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Deterioracao Quimica e Biologica Do Conc
Deterioracao Quimica e Biologica Do Conc
Elaborado por:
UBERLÂNDIA
MINAS GERAIS – BRASIL
MAIO DE 2015.
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3
4 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 53
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 54
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1 INTRODUÇÃO
O concreto armado é um dos materiais mais utilizados do mundo. Seu uso ganhou
espaço e credibilidade. De acordo com Lapa (2008), no Brasil, a maioria das estruturas
foi, e ainda é executada com concreto armado. Porém, o material pode apresentar
problemas de deterioração devido ao surgimento de manifestações patológicas.
Souza e Ripper (1998) afirmam que a primeira preocupação em relação a estabilidade
das estruturas deve ser com as patologias (defeitos e sintomas patológicos), pois de
nada serve que uma estrutura seja estável por apenas um curto período de tempo,
pois se tornaria economicamente inviável.
“As reações químicas se manifestam através de efeitos físicos nocivos, como aumento
da porosidade e permeabilidade, diminuição da resistência, fissuração e lascamento”
(MEHTA; MONTEIRO, 2008, p. 157).
Em ambientes úmidos, o gás carbônico (CO2), dióxido de enxofre (SO2) e outros gases
ácidos atacam o concreto, dissolvendo e removendo parte da pasta de cimento
endurecido (FERREIRA, 2000; LAPA, 2008). O ataque ocorre em valores de pH
próximos a 6,5 (LAPA, 2008). O concreto de cimento Portland fica em desequilíbrio
quando está em contato com ambiente ácido. Valores de pH abaixo de 6 são nocivos
ao concreto (MEHTA; MONTEIRO, 2008). Mehta e Monteiro (2008) destacam que,
quando a água marinha ou subterrânea possui pH maior ou igual a 8, a concentração
de CO2 livre normalmente é insignificante. Segundo os autores, quando o pH é menor
que 7, a concentração de CO2 pode ser nociva. Ferreira (2000) destaca que as águas
ácidas devido a presença de dióxido de carbono, ácidos orgânicos ou inorgânicos são
mais agressivas.
“As soluções ácidas contendo ânions, que formam sais solúveis de cálcio, são
encontradas frequentemente em ambientes industriais” (MEHTA; MONTEIRO, 2008,
p.159). “As soluções ácidas minerais (sulfúrico, hidro clórico, nítrico e fosfórico) e
orgânicas (lático, acético, fórmico, tânico, propiônico, entre outros) são as mais
agressivas para o concreto” (FERREIRA, 2000, p. 3.21, tradução nossa). Segundo
Mehta e Monteiro (2008), os ácidos clorídrico, sulfúrico ou nítrico podem ser
encontrados em efluentes da indústria química.
Mehta e Monteiro (2008) destacam que os ácidos acético, fórmico e lático são
encontrados em muitos produtos alimentícios. De acordo com Ferreira (2000), o ácido
lático possui efeito destrutivo na pasta de cimento, de modo que, em pavimentos de
leitarias e fábricas de queijos acontece este tipo de ataque, agravado quando o piso
está sujeito a uma abrasão pesada. O ácido acético também é muito severo para o
concreto (FERREIRA, 2000).
“Concretos que utilizam cimento Portland com pozolanas são mais resistentes que os
cimentos Portland e aluminoso” (BROWNE, 1979 apud FERREIRA, 2000, p.3.23,
tradução nossa).
As superfícies de concreto sujeitas aos ataques químicos devem ser protegidas com
pinturas de borracha, resinas epóxi e outras barreiras. O nível de proteção é bastante
variável, mas é essencial que a barreira antiácida seja bem aderente ao concreto e
resistente às ações mecânicas. (NEPOMUCENO, 1982 apud FALLÉ, 2012)
Reação álcali-agregado
Ataque de sulfatos
Os sulfatos podem ter origem nos materiais que compõem o concreto (podem estar
na água de amassamento, nos agregados ou no próprio cimento) ou no contato de
concreto com solos ou águas ricas neste agente (SILVA, 1998 apud LAPA, 2008). Os
dois principais meios de ataque por sulfatos são: reação com os produtos de
hidratação do aluminato tricálcico não hidratado (C3A) produzindo etringita; e reação
com o hidróxido de cálcio produzindo gipsita. (COSTA, 2004 apud LAPA, 2008). Os
sulfatos possuem ação expansiva e podem ocasionar a fissuração do concreto devido
sua baixa resistência a tração (COSTA, 2004 apud LAPA, 2008; MEHTA; MONTEIRO,
2008; PRISZKULNIK, 2011; SILVA, 1998 apud LAPA, 2008).
Figura 2.2: Modelo de ataque em material de base cimentícia por sulfato de sódio.
Fonte: SOUZA, 2006 apud KULISCH, 2011, p.40.
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Figura 2.3: Modelo de ataque em material de base cimentícia por sulfato de magnésio.
Fonte: SOUZA, 2006 apud KULISCH, 2011, p. 43.
De acordo com Mehta e Monteiro (2008), a expansão pode ocorrer inicialmente sem
qualquer dano ao concreto, mas o aumento de tensões internas ocasiona fechamento
das juntas de expansão, deformações, deslocamentos em várias partes da estrutura,
fissuração, lascamento e pipocamento. “Quando o concreto fissura, sua
permeabilidade aumenta e a água agressiva penetra mais facilmente em seu interior,
acelerando, portanto, o problema de deterioração” (MEHTA; MONTEIRO, 2008,
p.161).
Mehta e Monteiro (2008) destacam que a maioria dos solos possuem sulfatos na forma
de gipsita ( CaSO4 2H 2 O ), normalmente na faixa de 0,01 a 0,05%. Segundo os
autores, esta quantidade é inofensiva. Eles citam que concentrações maiores de
sulfatos são devidas à presença de sulfatos de magnésio, sódio e potássio. Afirmam
que o sulfato de amônio frequentemente está presente em terras e águas agrícolas.
Figura 2.7: Enfoque holístico para expansão e fissuração por formação de etringita tardia ou DEF
(dellayed ettringite formation).
* Collepardi apud Mehta; Monteiro (2008) levanta a hipótese de que a presença de água é necessária
para migração iônica no interior do concreto. Outra hipótese levantada pelo autor é a de que a
deposição de etringita ocorre dentro de microfissuras existentes, que se propagam por expansão ou
crescimento de cristais de etringita.
Fonte: Adaptado de Mehta; Monteiro, 2008.
De acordo com Mehta e Monteiro (20008), a melhor proteção contra ataques por
sulfato é a qualidade do cimento, especificamente a baixa permeabilidade.
A água pura ou deionizada contém pouco ou nenhum teor de íons de cálcio. Quando
essas águas entram em contato com a pasta de cimento Portland, tendem a hidrolisar
ou dissolver e lixiviar os produtos que contém cálcio (PRISZKULNIK, 2011; MEHTA;
MONTEIRO, 2008). O ataque por água pura geralmente é muito lento, a não ser que
água possa atravessar continuamente a massa de concreto. A água pura decompõe
determinados componentes do cimento através da dissolução do hidróxido de cálcio,
e, até determinado ponto, os compostos de alumina. A lixiviação contínua apenas
deixa um resíduo amorfo de silica hidratada, óxido de ferro e alumina (FERREIRA,
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Segundo Mehta e Monteiro (2008), a hidrólise da pasta de cimento continua até que
a maior parte do hidróxido de cálcio seja eliminada por lixiviação. Isto faz com que os
constituintes cimentícios fiquem suscetíveis a decomposição química. Além da perda
de resistência, ocasiona efeitos estéticos indesejáveis. Geralmente o produto lixiviado
interage com o CO2 do ar formando uma crosta esbranquiçada de carbonato de cálcio
conhecida por eflorescência (MEHTA; MONTEIRO, 2008).
Mehta e Monteiro (2008) destacam que é importante estudar o efeito da água do mar
no concreto, pois as estruturas costeiras estão expostas a ataques simultâneos físicos
e químicos de deterioração. Helene (1986) apud Nakamura (2004) afirma que, em
ambiente marinho, a velocidade de corrosão das armaduras pode ser 30 a 40 vezes
maior que em atmosfera rural. Além disso, de acordo com Mehta e Monteiro (2008),
os oceanos ocupam até 80% da superfície terrestre e, deste modo, várias estruturas
estão expostas ao ataque por água do mar direta ou indiretamente (Ex: ventos que
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carregam a névoa salina por quilômetros). Segundo Bauer apud Nakamura (2004),
em regiões litorâneas, os sais retirados do mar por ondas e transportados pelo ar
podem percorrer grandes distâncias e se depositarem sobre o concreto na forma de
gotículas. De acordo com Oliveira apud Nakamura (2004), o principal problema são
os cloretos, que possuem elevada mobilidade no interior do concreto. Estes serão
abordados em outro tópico. Em ambientes marítimos, os agentes agressivos que mais
atacam o concreto são os sais de magnésio e sulfatos, enquanto que os cloretos
concorrem para a corrosão das armaduras (BATTAGIN, 2010).
A maioria da água dos mares possui concentração de cerca de 3,5% de sais solúveis
em sua composição. Além disso, possuem altas concentrações de Na + e Cl -.
Quantidades suficientes de Mg2+ e SO42 para agressão de produtos de hidratação do
cimento também estão presentes (MEHTA; MONTEIRO, 2008). “Diante da exposição
à maresia, todos os tipos de estrutura de concreto podem sofrer ataques de cloretos,
sulfatos e outros agentes agressivos” (NAKAMURA, 2004).
Ferreira (2000) afirma que na zona superior e zona entre marés há predomínio de
deterioração física enquanto que na zona inferior, submersa, o ataque químico é
predominante, contribuindo para perda de resistência. Este fato é representado
através do esquema da Figura 2.8.
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Nepomuceno (1982) apud Lapa (2008) explica que no concreto armado, a absorção
de sal cria regiões anódicas e catódicas, resultando em uma ação eletrolítica que leva
à corrosão das armaduras, de modo que, os efeitos da água do mar são mais sérios
no concreto armado de que no concreto simples. Por isso, de acordo com o autor, é
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Carbonatação
A carbonatação pode ser representada pela equação química, de acordo com Lapa
(2008), mais simples e importante:
O CO2 penetra o concreto através de seus poros (AMORIM, 2010; FERREIRA, 2000;
LAPA, 2008). Em uma segunda fase, o concreto reage com a água e, por fim, o ácido
carbônico resultante reage com os componentes alcalinos do concreto (FERREIRA,
2000). O Concreto possui pH da ordem de 12,5 e o desaparecimento do hidróxido de
cálcio contribui para que este valor caia para aproximadamente 9,4, fator importante
para a corrosão das armaduras (AMORIM, 2010; LAPA, 2008; SILVA, 1995). Ferreira
(2000), porém, cita que o valor do pH cai de 12,6 a 13,5 para valores menores que
9,0. Ferreira (2000) afirma que, na verdade, o agente agressivo é o ácido carbono, já
que o gás carbônico não é reativo.
Amorim (2010) e Miller (1987 apud Ferreira, 2000) afirmam que a carbonatação ocorre
progressivamente, do exterior para o interior do concreto. Porém, de acordo com o
autor, à medida que se encaminha para o interior, a velocidade se torna mais lenta. A
velocidade de carbonatação depende da umidade relativa do concreto, que varia com
a sua profundidade (Miller, 1987 apud Ferreira, 2000). Em condições de umidade
constante, expressa-se a profundidade de carbonatação através da relação:
ck t
Na qual:
c = profundidade de carbonatação, mm;
k = coeficiente de carbonatação, mm/ano;
t = tempo em anos.
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Cloretos
(2000) afirmam que o cloro pode chegar no concreto ainda através do uso de
agregados contaminados ou da água de mistura.
“Uma vez iniciada a corrosão das armaduras, forma-se uma célula eletroquímica de
corrosão, onde as zonas corroídas funcionam como ânodo e a área restante de aço
passivado como cátodo” (FERREIRA, 2000, p.3.31, tradução nossa).
A ABNT NBR 6118 (2003), que trata do projeto de estruturas de concreto, não se
reporta ao teor de cloretos admissível, chamando somente a atenção quanto ao uso
de aditivos contendo cloretos. A norma em vigência a partir de 29 de maio de 2014, a
ABNT NBR 6118 (2014) – Versão corrigida - não permite o uso de aditivos à base de
cloreto em estruturas de concreto, devendo ser obedecidos os limites estabelecidos
pela ABNT NBR 12655 (2015), que trata do controle, preparo e recebimento do
concreto.
Figura 2.10: Infiltração de água em subsolo acarreta perda rápida da alcalinidade do concreto,
favorecendo ataque de cloretos e corrosão das armaduras.
Fonte: MEDEIROS, 2010.
Figura 2.12: Ataque químico em estrutura de concreto armado de indústria química, resultando em
uma perda de massa e redução da seção de concreto.
Fonte: AGUIAR, 2006, p.40.
Figura 2.14: Ataque em indústria têxtil: Pequeno cobrimento do concreto expõe armaduras a produtos
químicos ácidos usados para branquear tecidos em indústria têxtil.
Fonte: MEDEIROS, 2010.
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Figura 2.15: Ataque químico em estação de tratamento de esgotos – Deterioração do concreto com
exposição de agregados, onde são comuns ataques por sulfatos e erosão por ação da velocidade da
água.
Fonte: MEDEIROS, 2010.
Ferreira (2000) apresenta o exemplo de ataque de sulfatos em uma laje (Figura 2.16),
onde ocorreu uma expansão e fendilhação da pasta de cimento endurecido associado
a formação de etringita. O exemplo de ataque por sulfatos em outras estruturas
também é apresentado nas Figuras 2.17 a 2.19.
Bellport (1968 apud MEHTA; MONTEIRO, 2008) descreveu o ataque por sulfato em
estruturas hidráulicas localizadas Wyoming, Montana, Dakota do Sul, Colorado e
Califórnia. O autor constatou que, em alguns casos, o teor de sulfato solúvel no solo
chegava a valores elevados, como 4,55% e a concentração de sulfato da água era de
9.900 mg/L. Foram relatados muitos casos de deterioração severa de estruturas de
concreto com idade entre 5 e 30 anos.
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Figura 2.21 e 2.22: Ataque por sulfato na barragem de Fort Peck, em 1971.
* Inspeções realizadas com 20 anos de uso da barragem mostraram que as condições gerais do
concreto estavam muito boas. Entretanto, verificou-se consideráveis ataques por sulfatos em duas
áreas. Análises mineralógicas da pasta mostraram que grande quantidade de gipsita havia sido
formada a partir de C – S – H e hidróxido de cálcio.
Fonte: READING, 1971 apud MEHTA; MONTEIRO, 2006, p. 164.
Figura 2.23: Análise de difração de raios X do concreto deteriorado da barragem de Fort Peck.
* Os difratrogramas referentes às amostras de pasta de cimento do concreto de Fort Peck foram
obtidos usando radiação de cobre ka. Grandes quantidades de etringita e gipsita foram encontradas
nas amostras, ao invés de C-S-H, Ca(OH)2 e monossulfato hidratado, que normalmente estão
presentes em concretos bem desenvolvidos. O pico de quartzo refere-se a contaminação da pasta de
cimento pelo agregado.
Fonte: MEHTA; MONTEIRO, 2008, p. 168.
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Mehta e Monteiro (2008) destacam que um caso chamou a atenção, por mostrar que
os solos, as águas subterrâneas, marinhas e industriais não são as únicas fontes de
sulfato. Existem relatos de deterioração do graute entre vigas em balanço de concreto
pré-moldado e vigas de concreto moldadas in loco das arquibancadas do Clandestick
Park Stadium, em São Francisco, na Califórnia. Aparentemente o graute não foi
compactado adequadamente durante a etapa de construção. A lixiviação de materiais
cimentícios levou a uma perda significativa da resistência (Testemunhos
apresentaram resistência a compressão entre 4 a 7 MPa ao invés de 25 a 30 MPa),
causando a formação de estalactites de carbonato de cálcio no entorno. A análise por
difrações de raios X do material mostrou a presença de quantidades expressivas de
etringita e gipsita, como resultado de ataque por sulfatos. A junta que contém o graute
está localizada de 18 a 30 metros do nível do solo. Verificou-se que a água da chuva
tinha se acumulado no entorno da argamassa, como resultado de drenagem
insuficiente.
Figura 2.24: Microestrutura de pasta de concreto lixiviado por água pura (a) sem sílica ativa e (b) com
sílica ativa. Percebe-se que a ação da lixiviação foi mais intensa em concreto dosado sem sílica.
Fonte: JORGE et al., [20--].
Em relação ao ataque por água do mar, apresenta-se os casos das Figuras 2.25 a
2.29.
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Figura 2.25: Perda de resistência em concreto permeável devido à lixiviação do hidróxido de cálcio.
* Blocos de construção não armado parcialmente submersos em água do mar no porto de San Pedro,
em Los Angeles, na Califórnia, foram analisados após 67 anos de exposição contínua. Concretos de
baixa permeabilidade se encontravam em excelentes condições, independente da composição de
cimento Portland. Concretos com baixo consumo de cimento (alta permeabilidade) mostraram
tamanha redução na dureza superficial, de modo que um cabo de aço formou sulcos profundos nos
blocos quando foram içados com auxílio de um guindaste (parte a). Testemunhos extraídos
mostraram que o concreto estava muito poroso e fraco, com poros grandes contendo depósitos de
uma precipitação branca que foi identificada como Mg(OH)2, por análise de difração de raios X. Os
produtos originais de hidratação de cimento Portland (C-S-H, Ca(OH)2) não estavam mais presentes.
Fonte: MEHTA; HAYNES, 1967 apud MEHTA; MONTEIRO, 2006, p.189.
Figura 2.28: Pilar sobre o mar após 10 anos de construção, deteriorado devido aos efeitos de
interação da carbonatação com íons e cloretos.
Fonte: AGUIAR, 2006, p. 53.
Figura 2.29: Água do mar contribui para expansão, fissuração e desagregação do concreto devido a
ação de sulfatos, além de lixiviação e corrosão de armaduras pela ação de cloretos.
Fonte: MEDEIROS, 2010.
Figuras 2.30 e 2.31: Típicos casos de corrosão das armaduras por ataques de cloretos, com
manchas superficiais marrom-avermelhadas e corrosão localizada.
Fonte: NAKAMURA, 2004.
Figura 2.33: Pilar em indústria com corrosão nas armaduras devido à carbonatação.
Fonte: AGUIAR, 2006, p. 49.
Figura 2.34: Teste com fenolftaleína indicando uma profundidade de carbonatação de 2cm em uma
amostra com 4cm de cobrimento de armadura.
Fonte: AGUIAR, 2006, p. 51.
Figura 2.37: Taxa de corrosão eletroquímica variando com os teores de inibidores para os aditivos
tomados em seus teores otimizados. Situação: Barras atacadas por carbonatação. (Medidas feitas
com eletrodo de referência de calomelano saturado – ECS).
Fonte: BOLINA, CASCUDO, 2013, p.88.
Figura 2.38: Percentual de perda de massa para barras submetidas à ação de cloretos.
Fonte: BOLINA, CASCUDO, 2013, p.88.
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Figura 2.39: Taxa de corrosão gravimétrica para barras submetidas à ação de cloretos.
Fonte: BOLINA, CASCUDO, 2013, p.88
Figura 2.40: Eficiência do uso de inibidores para amostras atacadas por carbonatação.
Fonte: BOLINA, CASCUDO, 2013, p. 89.
Figuras 2.41 e 2.42: Aspectos da barra de aço sem inibidor após corrosão induzida por cloretos.
Aspectos da barra de aço com inibidor a base de tanino a 1% após corrosão induzida por cloretos.
Fonte: BOLINA, 2008 apud BOLINA, CASCUDO, 2013, p. 90-91.
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Lapa (2008) afirma que a biodeterioração do concreto pode ser classificada em quatro
categorias, que podem acontecer separadas ou simultaneamente. Estas são
apresentadas a seguir, de acordo com o autor:
Este tipo de ataque é comum em indústrias como óleo, gás, polpa e papel, indústria
química e muitos sistemas de armazenamento e distribuição de água. (FERREIRA,
2000).
Neste tópico são apresentados, de acordo com Pinheiro e Silva (2011), algumas
medidas que podem ser adotadas para prevenção e tratamento de estruturas
biodeterioradas.
Figura 3.7: Espécie Chaetomorpha antennina. Figura 3.8: Concreto imerso em água comum.
Fonte: JAYAKUMAR; SARAVANANE, 2009, p.469. Fonte: JAYAKUMAR; SARAVANANE, 2009, p.469.
Figura 3.11: Resultado de teste acelerado de incrustação de algas no concreto branco não tratado
com (a) 0; (b) 2; (c) 4; (d) 6; (e) 8; (f) 10 e (g) 12 semanas.
Fonte: MUYNCK et al., 2009, p. 685.
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Figura 3.12: Evolução da aparência do concreto autoclavado não tratado com 0,1,2,3,4,5,6 semanas
de teste acelerado.
Fonte: MUYNCK et al., 2009, p.687.
Figura 3.13: Evolução da aparência do concreto autoclavado tratado com combinação de biocida e
água repelente com 0, 2, 4, 8, 10, 12, 14 e 16 semanas.
Fonte: MUYNCK et al., 2009, p.687.
notaram que concreto contendo dióxido de titânio fotocatalítico e expostos a luz solar
artificial tiveram a incrustação e colonização por fungos fortemente inibidas.
Concluíram que a fixação de fungos em estruturas de concreto é fortemente
influenciada pela composição do concreto e nutrientes disponíveis.
Figura 3.14: Exemplos de incrustação biológica em concreto por comunidades de fungos: (a)
comunidade de fungos mista derivada de Atlanta; (b) comunidade fúngica mista derivada de
Gainesville; (c) comunidade de fungos mista derivada de La Grange; (d) comunidade de fungos mista
de Savannah; (e) Comunidade de fungos mista T-viride; (f-j) Imagens correspondentes a - e.
Fonte: GIANNANTONIO et al., 2009a, p.257.
Figura 3.15: Exemplos de ladrilhos de concreto sujados por fungos isolados cultivados em
laboratório. (a – e) Cladosporium cladosporioides; (b – f) Alternaria sp. (c - g) Epicoccum nigrum; (d –
h) ladrilho inoculado com água esterilizada sem nenhuma incrustação.
Fonte: GIANNANTONIO, 2009b, p. 38.
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Figura 3.16: Micrografias de (a) Thiobacillus intermedius e (b) Fusarium s.p em biofilmes de concreto
após 30 dias de incubação.
Fonte: Gu et al., 1998, p. 104.
Figuras 3.17 e 3.18: Amostra referência de concreto e amostra de concreto exposta por um ano na
câmara de umidade apresentando denso crescimento de fungos Fusarium sp. como biofilme preto.
Fonte: GEORGE et al., 2013, p.10.
Figuras 3.19 e 3.20: Face externa de um muro evidenciando manchas esverdeadas. Detalhe de
manchas esverdeadas mostrando um padrão cônico, o que sugere colonização por algas.
Fonte: FILLA; AUDIBERT; MORALES, 2010.
Figuras 3.25 e 3.26: Biodeterioração química em edificação de concreto aparente: (a) presença de
pátinas biológicas, manchas e fissuras e (b) detalhe do pé do pilar – presença de fissuras com
evidência de corrosão da armadura.
Fonte: PINHEIRO; SILVA, 2011, p. 1079.
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Figura 3.27: Biodeterioração dos agregados em concretos brasileiros: (a) mica muscovita e mica
biotita em processo de solubilização, na presença de microrganismos e (b) solubilização de grãos de
quartzo.
Fonte: PINHEIRO; SILVA, 2011, p.1080.
Figuras 3.28 e 3.29: Agregados com filamentos de algas após 3 anos de exposição.
Fonte: HUGHES et al., 2013, p. 17.
Figura 3.30: Vista da superfície de concreto armado após 3 anos de exposição. Um filamento maduro
de alga é verificado ao longo do agregado fino.
Fonte: HUGHES et al., 2013, p.17
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Figura 3.31: Análise de um grão de areia da praia. Verifica-se o crescimento de filamentos jovens de
algas.
Fonte: HUGHES et al., 2013, p. 18.
Figura 3.32: Biodeterioração de pilares de concreto: (a) pilar de concreto deteriorado, com
deslocamento de placas e oxidação da armadura e (b) presença de carbonato de cálcio solubilizado.
Ácidos podem ser produzidos por metabolismo de fungos e bactérias.
Fonte: PINHEIRO; SILVA, 2011, p.1081.
Figura 3.33: Biodeterioração de pilares de concreto: (a) carbonato de cálcio solubilizado e presença
de bactérias do tipo Thiobacillus e (b) carbonato de cálcio solubilizado, esporos e hifas de fungos.
Fonte: RIBAS SILVA, 1996 apud PINHEIRO; SILVA, 2011 e RIBAS SILVA, 1991 apud PINHEIRO;
SILVA, 2011, p. 1081.
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Figura 3.34: Biodeterioração de pilares de concreto: (a) hidróxido de cálcio solubilizado e presença
de hifas de fungos e (b) carbonato de cálcio solubilizado sob actinomicetos e prováveis bactérias tipo
desulfovíbrios.
Fonte: RIBAS SILVA & DELOYE, 1996 apud PINHEIRO; SILVA, 2011 e RIBAS SILVA, 1991 apud
PINHEIRO; SILVA, 2011, p. 1082.
As algas diatomáceas são microrganismos que armazenam a sílica para manter esse
elemento disponível às suas atividades metabólicas. A sílica é armazenada na forma
de carapaças em sua unidade. A análise micro estrutural de concretos atacados por
algas diatomáceas mostrou a redução do teor de sílica do material. A presença de
algas diatomáceas é comum em concretos de estruturas em diferentes regiões
brasileiras (PINHEIRO; SILVA, 2011).
Figura 3.35: Pilar de concreto deteriorado: Algas diatomáceas associadas a outros micro-organismos
– fungos e (b) frústula (carapaça) de álga diatomácea.
Fonte: RIBAS; SILVA, 1993 apud PINHEIRO; SILVA, 2011 e RIBAS; SILVA, 1991 apud PINHEIRO;
SILVA, 2011, p. 1082.
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Figura 3.36: Presença de algas diatomáceas em concreto deteriorado: (a) Pérgula (espécie de
galeria, para passear, construída em forma de ramada) e (b) Pilar de ponte.
Fonte: RIBBAS SILVA & PINHO, 1998 apud PINHEIRO; SILVA, 2011 e RIBAS SILVA, 1995 apud
PINHEIRO; SILVA, 2011, p. 1083.
As Figuras 3.38 a 3.40 são exemplos de deterioração causada por contato do concreto
com águas residuais. As figuras 3.41 a 3.43 são exemplos de deterioração de
estruturas causadas por invasão de plantas e raízes.
Figura 3.38: Comporta aberta da ETE da região metropolitana de Curitiba, cujas paredes de concreto
apresentavam uma camada amarelada, evidenciando a presença de enxofre.
Fonte: KULISCH, 2011, p. 75.
Figura 3.39: Amostra de concreto da parede lateral extraída da comporta da ETE da região
metropolitana de Curitiba.
Fonte: KULISCH, 2011, p. 75.
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Figura 3.40: Teto de galeria de águas pluviais contaminada por esgotos apresenta manchas devido
ao ataque biológico.
Fonte: AGUIAR, 2006, p.56.
Figura 3.42: Figueira Ficus microcarpa em prédio abandonado na cidade de São Paulo.
Fonte: CARDIM, 2010.
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Figura 3.43: Figueira Ficus microcarpa em prédio abandonado na cidade de São Paulo. Esta figueira
de origem estrangeira cresce em frestas e construções abandonadas, com sementes levadas pelos
pássaros.
Fonte: CARDIM, 2010.
4 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
CARDIM, Ricardo. A figueira do último andar. In: Árvores de São Paulo. Atualizado
em 17 mai. 2010. Disponível em:
<https://arvoresdesaopaulo.wordpress.com/2010/05/17/a-figueira-do-ultimo-andar/>
Acesso em 12 mai. 2015.
JORGE, Marcelo et al. Ataque do concreto compactado com rolo por águas puras.
In: Silicon. Atualizado em [20--]. Disponível em: <http://www.silicon.ind.br/wp-
content/themes/silicon/estudos/ATAQUE_DO_CCR_PO_AGUAS_PURAS.pdf>
Acesso em 10 mai. 2015.
NEVILLE, Adam Matthew. Propriedades do Concreto. 2 ed. São Paulo: PINI, 1997.
828p. il.
PINHEIRO, Sayonara Maria de Moraes; SILVA, Moema Ribas da. Ações de agentes
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São Paulo: IBRACON, 2011, cap. 30, p.1069 – 1094.
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Escola Politécnica da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2003.