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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM MATEMÁTICA

JOSÉ ANTONIO PEREIRA

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I: ENSINO
FUNDAMENTAL (6º AO 9º ANO)

Jacareí
2020
JOSÉ ANTONIO PEREIRA

RELATÓRIO DO
ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I: ENSINO
FUNDAMENTAL (6º AO 9º ANO)

Relatório apresentado à Universidade


Pitágoras Unopar, como requisito parcial para o
aproveitamento da disciplina de Estágio
Curricular Obrigatório I: Ensino Fundamental
(6º ao 9º Ano) do Curso de Formação
Pedagógica em Matemática.

Jacareí
2020
SUMÁRIO

1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS..................................................................................7
2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP).......................................................12
3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA
BNCC....................................................................................................................15
4 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE
ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA...................................................................17
5 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS
DIGITAIS...............................................................................................................19
6 PLANOS DE AULA...............................................................................................21
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................25
REFERÊNCIAS...........................................................................................................26
6

INTRODUÇÃO

Neste item, você deve apresentar, de forma clara, o objetivo do material, ou


seja, a apresentação dos resultados do estágio realizado no semestre, conforme
Plano de Trabalho. Neste espaço, deve constar uma apresentação detalhada dos
resultados obtidos pelo acadêmico.

O presente trabalho tem como objetivo realizar atividades previstas para os


estágios de Educação no Ensino Fundamental Anos Finais dos cursos de
Licenciatura, o qual foi reformulado para atender às restrições estabelecidas durante
o período da pandemia COVID-19. Nele foram realizadas a leitura e resumo textuais
relacionados ao Estágio Supervisionado em disciplina especifica de Matemática,
uma atividade de reconhecimento do Projeto Político Pedagógico com respostas a
algumas questões. Foram respondidas questões sobre o conhecimento e atuação
do professor e sua inter-relação com a equipe pedagógica e administrativa,
Do mesmo foram respondidas outros questionamentos sobre o conhecimento
e abordagem dos temas contemporâneos transversais da BNCC e também sobre as
metodologias ativas com uso de tecnologias digitais, mediante a uma situação
problema. Por fim, a elaboração em sequencia de 2 planos de aula para uma turma
fictícia de acordo com o modelo de Plano de Aula pré estabelecido.
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1 LEITURAS OBRIGATÓRIAS

Atualmente a docência vai muito além dos conhecimentos da área


pedagógica, exigindo que o professor adquira também outros conhecimentos dentro
do ambiente de trabalho. Desta forma, o profissional de ensino pedagógico tem sua
formação em boa parte sendo praticada na sala de aula, analisando detalhadamente
as práticas de aprendizagem. Ensinar pode ser visto como se colocar diante de um
grupo de alunos e desencadear um processo de esclarecimento que gerem
interações (TARDIF; Maurice, 2002, p. 167). Ensinar é saber conduzir os
acontecimentos, lidar com as incertezas, com a pluralidade de ideias e diversidades
que permeiam a singularidade de espaço (MAISTRO; ARRUDA; OLIVEIRA, 2009).

Para Fiorentini (2003), o futuro professor de maneira reflexiva contribui na


construção de novos conhecimentos dentro do contexto da realidade escolar, pois é
no contato diário com os alunos que o docente adquirirá saberes. De acordo com
Fillos e Marcon (2011), é dentro do contexto escolar que o estágio supervisionado
propiciará uma experiência em campo, gerando oportunidades para o decente
observar, participar e interagir com outros colegas de profissão e alunos.

O estágio supervisionado é uma exigência legal (LDB nº 9394/96), que tem


como objetivo principal possibilitar o treinamento prático ao futuro professor, como o
próprio nome já sugere, o Estágio deve ocorrer mediante a parceria colaborativa
entre a escola e a universidade, onde o profissional será supervisionado e orientado
por profissionais da escola, bem como de outros profissionais que atuam nos
diferentes locais educativos (BELLO; BREDA, 2007, p.01). Isso permitirá que o
docente tenha a oportunidade de imergir e obter conhecimentos para o ensino
pedagógico. As diretrizes curriculares nacionais sugerem ainda, que as práticas do
estágio estejam refletidas nas disciplinas curriculares de forma que o aprendizado
teórico possa ser colocado em prática (BRASIL, 2013, p. 246).

O cenário escolar pode possibilitar ainda experiências valiosas ao futuro


professor, uma vez que o aprendizado prático o ajudará a desenvolver outras
habilidades, conforme Cyrino e Passerini mencionam:
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O contato gradativo e sistemático com o futuro campo de trabalho, com as


situações escolares em diferentes níveis de ensino, ao longo de todo curso
de formação inicial, pode possibilitar ao futuro professor reconhecer limites e
potencialidades das práticas educativas observadas; analisar, construir e
testar possíveis ações para remediar ou suprir as necessidades práticas
com as quais entrará em contato em sua futura prática profissional
(CYRINO; PASSERINI, 2009, p. 126).

Segundo Cyrubi e Passerini (2009), esse contato pode equalizar o receio


inicial dos desafios diários da sala de aula por meio das diversas formas de ensinar,
manejo correto de lidar com a indisciplina e usar materiais didáticos adequados para
o aprendizado.

Fiorentini e Castro (2003, p. 122), mencionam que o Estágio Supervisionado é


um divisor de águas na vida do licenciando, para os autores esse é o momento em
que o educando deixar de ser aluno e passa a ser professor (p. 122). Para eles, este
é o processo de ressignificação dos saberes da profissão, pois tudo que foi
aprendido ao longo da vida estudantil, familiar e cultural passa a ser contextualizado.
Os autores ressaltam ainda, que os saberes profissionais, surgem do diálogo que o
novo professor relaciona entre o que sabe, o que estudou e o que aprendeu na
conversa com colegas sobre a aprendizagem educacional, desta forma, o professor
vivência na prática diária escolar a aplicação de toda metodologia educativa teórica,
passando o Estágio Supervisionado ser um meio de interligação entre o discente e o
docente. (FIORENTINI e CASTRO, 2003, p. 126).

De acordo com Cyrino e Passerini (2009), é no Estágio Supervisionado em


Matemática que o futuro professor imerge na Matemática ensinada nas escolas de
educação básica e tem como estudo literal sua performance, sua averiguação, seu
julgamento e seus comentários críticos, se baseando no que foi estudado nas
disciplinas da universidade.

Este será o momento em que o aluno, aprendiz de Matemática, passa a


condição de professor, tendo agora a responsabilidade de ensinar.

Conforme Coelho (2007, p. 02) apud Fillos e Marcon:


9

A disciplina de Estágio Supervisionado no Ensino Básico tem como objetivo


central proporcionar aos alunos oportunidades para refletir sobre, questionar
e talvez (re)elaborar as próprias concepções do ensino de Matemática,
“dialogando” com a bibliografia, analisando as relações e as interações que
se estabelecem no cotidiano escolar. O aluno tem também oportunidade de
estudar, analisar e aplicar diferentes metodologias e ver a realidade escolar
com olhar investigativo, procurando contribuir com a apresentação de
sugestões que possam melhorar as condições dessa realidade.

Além de proporcionar o aprendizado literal da matéria aprendida enquanto


discente, o Estágio Supervisionado também possibilita uma visão geral de tudo que
acontece na escola, uma vez que o futuro professor terá contato com a gestão
escolar como a elaboração da proposta pedagógica, com o regimento escolar, com
a gestão dos recursos, com a seleção dos materiais didáticos, bem como no
processo de avaliação e da organização dos ambientes de ensino” (SBEM, 2003, p.
22).

Cabe ressaltar que os acadêmicos que estão estagiando devem participar de


todas as atividades que envolvem o dia a dia da escola, observando e auxiliando em
sala o professor regente na elaboração das aulas e materiais didáticos. Tais
experiências diárias lhe darão condições para superar o medo e a insegurança que
envolve o desconhecido (CYRINO; PASSERINI, 2009).

Os acadêmicos do curso de Licenciatura em Matemática tem avaliado de


forma positiva o Estágio Supervisionado, constituindo aprendizagens nas áreas
social, profissional e cultural, além de experiências realistas da docência no caminho
do ensinar, os futuros professores destacaram ainda as oportunidades que tiveram
ao interagir com os alunos, o momento de aprofundamento de aprendizagens
específicas do processo educativo, a recordação de conteúdos e a prática da teoria
aprendida enquanto estudantes.

Assim, o Estágio é visto como um espaço de desenvolvimento de suas


atividades cognitivas importantes para a composição de sentidos e de produção de
saberes e, uma das principais experiências no início do trabalho docente. Nesse
sentido Tardif (2002, p. 52) apud Fillos e Marcon, menciona que:

[...] é através das relações com os pares e, portanto, através do confronto


entre saberes produzidos pela experiência coletiva do(a)s professor(a)es,
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que os saberes da experiência adquirem uma certa objetividade: as


certezas subjetivas devem então, se sistematizar a fim de serem traduzidas
em um discurso da experiência capaz de informar ou de formar outros
docentes e de responder a seus problemas.

Será no momento do Estágio que os estudantes vivenciarão a complexidade


da profissão de professor, já que entrarão em contato com a heterogeneidade
existente nas salas de aula, dando ao estudante uma noção das reais condições e
dos problemas de trabalho enfrentados pelo professor. Sobre isso, os acadêmicos
apontaram como sendo os principais problemas enfrentados a indisciplina dos
alunos, a falta de interesse nos conteúdos matemáticos, a superlotação em algumas
salas de aula e a inserção com sucesso de metodologias inovadoras no ensino da
disciplina. Além disso, há registros indicando que a maior tensão vivenciada no
Estágio é quando os acadêmicos assumem a turma no lugar do regente, pois ficam
inseguros quanto ao que irão enfrentar, pois conforme Pimenta e Lima (2008, p. 68),
a formação envolve vários tipos de saberes – reflexivos, especializados e
pedagógicos - que constituem a profissão docente e “comportam situações
problemáticas que requerem decisões num terreno de grande complexidade,
incertezas, singularidades e de conflito de valores”

De acordo com Cyrino e Buriasco (2003, p. 134), é importante pontuar ao


aluno da Licenciatura em Matemática que durante o Estágio haja o desenvolvimento
de uma visão adequada dos conteúdos matemáticos destinados aos alunos da
Educação Básica, revendo criteriosamente algumas práticas educativas vigentes
relacionadas aos conteúdos e metodologias, objetivando uma visão sem divisões e
sintetizando o desenvolvimento das ideias fundamentais da Matemática na
Educação Básica. Portanto, os conteúdos da disciplina devem ser revistos
criticamente, sempre no sentido de melhorar as condições dos acadêmicos
desenvolverem suas aulas de Matemática com maior flexibilidade no futuro.

Outro ponto relatado pelos acadêmicos é a diferença entre os saberes


trabalhados no contexto universitário e o contexto da realidade escolar, já que em
sua maioria os conteúdos das disciplinas são destinados ao ensino superior e não
para os ensinos fundamental e médio, razão pela qual os licenciados entendem que
a universidade não fornecer conhecimento suficiente para o bom desempenho
profissional.
11

Diante dos relatos dos licenciados percebeu-se a disparidade entre as


indicações das Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores da
Educação Básica (BRASIL, 2002a) e as práticas vivencias no Estágio, pois o
planejamento das disciplinas curriculares não são totalmente cumpridas, em razão
da valorização demasiada de conteúdos específicos em detrimento aos conteúdos
pedagógicos. Nesse sentido Cyrino e Passerini (2009), destacam que as principais
críticas feitas aos Cursos de Formação de Professores de Matemática atualmente
está a falta de “discussão e reflexão sobre elementos da prática pedagógica e a
desarticulação quase total entre teoria e prática” (p. 126).

Para a melhoria do Estágio Supervisionado, os acadêmicos sugerem a


implementação do mesmo desde o primeiro ano do curso, bem como o
desenvolvimento de projetos em contraturno, oficinas e seminários nas escolas, e
que o Estágio seja realizado no máximo em duas turmas diferentes, cabendo
mencionar que devem abranger escolas do campo e da cidade.
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2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)

1. O que é o PPP e qual a importância desse documento para o ambiente


escolar?

O Projeto Político Pedagógico é uma política educacional instituída pelos


Artigos 12, 13, 14 e 15 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, conhecida
como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, cujo princípio fundamental é
instituir uma proposta pedagógica para o planejamento educacional contínuo e
permanente, além de demonstrar as metas, os objetivos e os possíveis caminhos
que se quer atingir para a formação educacional dos discentes como cidadão. Será
por meio do PPP que a escola apresenta para a Comunidade local os trabalhos que
serão realizados, as responsabilidades individuais e coletivas destinadas ao alcance
dos alvos estabelecidos. Em outras palavras, o Projeto Político Pedagógico é um
eficiente mecanismo que possibilita a escola condições plenas de buscar meio,
envolver pessoas e adquirir recursos para a sua execução.
O Projeto Político Pedagógico é importante para o ambiente escolar porque
articula de maneira relevante a participação da Família e da Comunidade criando
processos de integração da sociedade com a escola, exercitando o que chamamos
de gestão democrática (Brasil, art. 12 da LDB), a qual é essencial para garantir a
parceria entre família e escola, imprescindível para o desenvolvimento pleno do
educando. No PPP devem ser estabelecidos princípios e normas fundamentais para
garantir a harmonia e o cumprimento da proposta pedagógica, bem como para que
também haja clareza na comunicação entre os envolvidos no processo educativo do
ambiente escolar.

2. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo


que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem se apropriar na
educação básica. Sendo assim, todas as escolas devem organizar seu currículo a
partir desse documento. Com base na leitura que você realizou, como as
competências gerais da Educação Básica se inter-relacionam com o PPP?
De acordo com a legislação, a educação básica deve seguir as orientações
vigentes estabelecidas na BNCC, nela estão definidos um conjunto orgânico e
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progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver


ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica (Brasil, BNCC, p. 7, 2017)
para a formação integral do educando. Nesse sentido a BNCC estabelece uma
estrutura de competências básicas gerais do currículo para o atendimento essencial
da aprendizagem da Educação, e o primeiro passo é ajustar o Projeto Político
Pedagógico à BNCC, devendo a Equipe Diretiva, o Setor Pedagógico e o Corpo
Docente acompanhar as mudanças e se adequar ao novo modelo de ensino, além
de se adaptar as novas perspectivas pedagógicas que devem estar descritos
satisfatoriamente no planejamento educacional para atender aos educandos.

3. A avaliação da aprendizagem é um elemento crucial no processo de ensino


e de aprendizagem, visto que oportuniza indícios dos avanços escolares e dos
pontos que precisam ser aperfeiçoados. Com base na leitura que você realizou do
PPP, de que modo a escola apresenta o processo de avaliação?
As avaliações de aprendizagem são apresentadas aos educando de acordo à
faixa etária, ao período em que estiver matriculado. No caso da Educação Infantil até
o 1º ano do Ensino Fundamental, a avaliação se baseará nos dois pressupostos que
são:
 Observação atenta e criteriosa sobre as manifestações de cada criança;
 Reflexão sobre o significado dessas manifestações de acordo com o
desenvolvimento do(a) educando(a).
Ao final de cada Etapa Letiva haverá uma Ficha de Avaliação e do Direito de
Aprendizagem e Desenvolvimento, com valorização de Conceitos/Habilidades
referentes aos Campos de Experiência e Componentes Curriculares propostos pela
BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Para o 2º ano da Educação Fundamental até o Ensino Médio o processo de
avaliação se pautará:
 Observação, registro e reflexão acerca do pensamento e da ação do
educando;
 Uso de vários instrumentos de avaliação sintonizados com os objetivos do
grupo e com as necessidades dos estágios subsequentes;
 Consideração do processo de aprendizagem e dos aspectos atitudinais
demonstrados pelo aluno, mantendo um caráter contínuo e cumulativo.
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Existe ainda outras formas de avaliação de aprendizagem que são:


A distribuição de pontuação, que é dividia em 3 etapas com valores
percentuais para cada instrumento avaliativo;
A avaliação de frequência, na qual o aluno deve ter no mínima de 75%
horas/aula de assiduidade e dispõe elemento fundamental para a aprovação do
aluno;
A avaliação Individual Especial, que é a 2ª chamada para o aluno que perdeu
algum instrumento Avaliativo Individual ou Coletivo (integral), mas essa avaliação
que esta condicionada a determinados critérios.
A avaliação de Recuperação de Etapa que é aplicação de uma atividade
avaliativa, em horário extraturno, para aquele aluno que não obtiver a média mínima
referente aos pontos da Etapa Letiva – 70% do valor da Etapa. Contudo o resultado
da mudança da nota final deverá atender a determinados critérios.
A avaliação de Recuperação Final que será aplicada ao aluno que atingiu
menos de 70% do total de pontos distribuídos ao longo do ano letivo e sua
aprovação deverá atender a critérios específicos.
Por fim, existe ainda a Avaliação do Aluno com Necessidades Especiais
Educativas, esse processo de avaliação envolve, necessariamente, a política
educacional vigente, os compromissos assumidos no Plano de Desenvolvimento
Individual - PDI e no Projeto Político Pedagógico - PPP, a atuação do professor, sua
interação com os alunos, o ambiente físico da sala de aula, os recursos instrucionais
e metodológicos disponíveis, todas as relações que se desencadeiam no contexto
escolar, além da família e dos próprios alunos como sujeitos do processo, ou seja, o
processo avaliativo é específico para cada uma das etapas.
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3 ABORDAGEM DOS TEMAS TRANSVERSAIS CONTEMPORÂNEOS DA BNCC

1. Como podemos entender o termo Transversalidade?


Podemos compreender a transversalidade como um princípio que
desencadeia metodologias modificadoras da prática pedagógica, integrando
diversos conhecimentos e ultrapassando uma concepção fragmentada, em direção a
uma visão sistêmica, como os TCTs, que não são de domínio exclusivo de um
componente curricular, mas perpassam a todos de forma transversal e integradora.

2. Qual a importância de se trabalhar com os TCTs na escola?


Sua importância se dá, por permitir ao estudante compreender questões
diversas, tais como cuidar do planeta, a partir do território em que vive; administrar o
seu dinheiro; cuidar de sua saúde; usar as novas tecnologias digitais; entender e
respeitar aqueles que são diferentes e quais são seus direitos e deveres como
cidadão, contribuindo para a formação integral do estudante como ser humano,
sendo essa uma das funções sociais da escola. A Base Nacional Comum Curricular
destaca a importância dos TCTs quando diz que é dever dos sistemas de ensino e
escolas incorporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de
temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e
global, preferencialmente de forma transversal e integradora.

3. Dos TCTs listados, quais podem ser trabalhados de forma transversal no


seu curso de graduação?
Entende-se que todos os TCTs listados na pergunta anterior, podem ser
trabalhados no Ensino Fundamenta, abordando um contexto de situações reais
vivenciadas diariamente, ou até mesmo no desenvolvimento de projetos de
pesquisas específicos que visem o aprendizado educacional.

4. O Guia apresenta uma metodologia de trabalho para o desenvolvimento


dos TCTs, baseado em quatro pilares. Quais são estes pilares? Comente sua
perspectiva sobre essa metodologia.
A metodologia de trabalho para o desenvolvimento dos TCTs, está baseado
em quatro pilares sendo:
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 Problematização da realidade e das situações de aprendizagem;


 Superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão
sistêmica;
 Promoção de um processo educativo continuado e do conhecimento
como uma construção coletiva;
 Integração das habilidades e competências curriculares à resolução de
problemas;

O objetivo dessa proposta de sugestões metodológicas é favorecer e


estimular a criação de estratégias que relacionem os diferentes componentes
curriculares e os TCTs, de forma que o estudante ressignifique a informação
procedente desses diferentes saberes disciplinares e transversais, integrando-os a
um contexto social amplo, identificando-os como conhecimentos próprios. Para
tanto, sugere-se formas de organização dos componentes curriculares que,
respeitando a competência pedagógica das equipes escolares, estimulem
estratégias dinâmicas, interativas e colaborativas em relação à gestão de suas
práticas pedagógicas.
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4 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE


ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

1) A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) começou a ser implementada


na Educação Básica recentemente. Esse documento fornece orientações e
determina competências, habilidades e componentes essenciais para estudantes de
todas as escolas brasileiras, públicas e privadas. Porém, esse não é o único
documento que o professor deverá considerar no momento de planejar a sua prática
pedagógica.
a. Por que a BNCC não pode ser o único documento orientador do
planejamento docente?
Porque as escolas precisam ter autonomia para elaborar seu próprio
currículo, pois as escolas tem necessidades especificas, as quais devem estar
adequadas com a realidade regional da escola.
b. Quais outros documentos deverão ser considerados?
Podemos considerar a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), o Projeto Político
Pedagógico (PPP), o Regimento Escolar, a Constituição Federal, Referencial
Curricular Nacional para a Educação (RCN), e o Currículo Regional, devendo ser
considerada a flexibilização curricular de acordo com cada escola

2) Exemplifique de que maneira a equipe pedagógica poderá orientar o


professor tendo como referência a utilização do Projeto Político Pedagógico e da
Proposta Curricular.
O pedagogo precisa ter domínio da teoria e conhecer a realidade da escola
para o exercício da prática, apresentando a proposta curricular para estabelece a
maneira de ensinar e formas de avaliação de aprendizagem. Além disso, é
importante também a organização do tempo e espaço da escola. Todos os
professores devem se organizar para cumprir com as necessidades da escola.
Nesse sentido, a equipe pedagógica tem função de viabilizar o que for necessário
para que a escola funcione da maneira que almeja, dando o suporte ao professor na
execução do PPP e apresentar as melhores maneiras de agir no determinado
momento.
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3) No que se refere às atribuições da equipe administrativa, descreva a


importância da relação da direção com a equipe pedagógica para a qualidade dos
processos educativos no contexto escolar.

As atribuições o diretor é no âmbito administrativo e pedagógico, trabalhando


de forma coletiva. O diretor precisa se inteirar sobre as questões pedagógicas, o
coração da equipe pedagógica dentro da escola são os professores e a própria
equipe pedagógica, que vão direcionando dentro do currículo, dentro dos conteúdos
a serem ministrados, dentro das metodologias que esse professor utiliza, cabendo
ao diretor acompanhar, não só a questão das notas, das avaliações, mas
principalmente a questão da evasão, aprovação e reprovação por conselho de
classe. Essas informações são trazidas pela equipe pedagógica e os professores
para o diretor e nesse sentido estabelecem-se estratégias para resgatar esse aluno
da evasão, e dificuldade de aprendizagem.
O diretor estabelece estratégias junto com a equipe pedagógica e junto com
os professores auxiliando nessa implementação, pois não adianta somente a equipe
pedagógica e os professores tentarem realizar essas ações, o diretor é o condutor
de todas essas ações pedagógicas também e ele deve dar além de todo o suporte
administrativo da estrutura pedagógica, materiais didáticos, valorização da
biblioteca, a possibilidade de organizar essa escola dentro das metodologias da
tecnologia da informação e da comunicação para que dentro da sua função
enquanto diretor do escopo pedagógico possa direcionar os recursos e os
encaminhamentos pedagógicos junto com a equipe pedagógica e com os
professores.
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1 CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS

A situação problema apresentada demonstra que existem diversos problemas


na escola, a começar pelos altos índices de evasão, baixo rendimento em relação
aos índices estaduais, escola com poucos recursos financeiros e uso ilimitado de
aparelhos celulares na sala de aula. Diante do exposto e das metodologias ativas
disponíveis, a que melhor se aplica na resolução dos empecilhos é a da Metodologia
Didática, pois além de apresentar novas possibilidades no ensino da aprendizagem
já que é composta por um conjunto de atividades planejadas para ensinar um
conteúdo, ela pode ser feita sem necessariamente o uso de tecnologia, pois seus
passos e etapas são ligados entre si e organizados de acordo com os objetivos
propostos pelo professor para tornar o aprendizado mais significativo e eficiente.
O se nota é esta Metodologia além de simples, possui uma sequencia lógica
para sua realização, o que facilita o entendimento do aluno apresentada na
Conforme sequencia abaixo:

As tarefas devem ser iniciadas pela apresentação de


uma situação problema, por meio da formulação de
Contextualização
perguntas que permitam a reflexão e percepção dos
(Exploração)
conhecimentos prévios dos participantes sobre o tema
a ser discutido.
Uma vez recebida a tarefa inicial, os participantes
organizam o planejamento das atividades e
Planejamento (Introdução) determinam o funcionamento do trabalho cooperativo,
os objetivos e os critérios de avaliação sob orientação
do professor.
Depois de estabelecido o planejamento é hora de
realizar o que foi planejado e exercitar o que foi
Realização (Estruturação aprendido. Aqui os participantes se propõem a pensar
e Informação) a partir dos conteúdos, utilizando os conhecimentos
adquiridos para estabelecer, em conjunto com os seus
pares, possíveis soluções aos problemas identificados.
Aplicação Esta parte implica em colocar os conhecimentos
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adquiridos em prática de modo a contribuir para a


melhoria social com as soluções identificadas (AL-
LÈS, 2012).
21

5 PLANOS DE AULA

Elaboração do primeiro plano de aula conforme estipulado no Plano de


Trabalho.
Plano de Aula
Identificação Disciplina Matemática
Série 6º ano
Turma B
Período Noturno

Conteúdo Revisitando a Multiplicação

Objetivo geral
• Ampliar o senso numérico e a compreensão dos significados da
multiplicação em situações-problemas envolvendo quantidades até a
ordem dos milhares, utilizando estratégias de cálculo que podem ou
não envolver uso dos algoritmos.
• Verificar a habilidade dos alunos em resolver situações-problemas
que envolvam o uso da multiplicação;
• Ampliar a compreensão dos significados da multiplicação em
situações problemas.

Objetivos específicos
Objetivos • Fazer refletir a respeito dos significados da operação de
multiplicação.
• Relembrar as múltiplas operações de multiplicação.
• Sistematizar as aprendizagens da aula.

Verbos ligados ao:


- nível de conhecimento – Verificar a habilidade dos alunos em
resolver situações-problemas que envolvam o uso da multiplicação;
- nível de aplicação – Ampliar a compreensão dos significados da
multiplicação em situações-problemas;
- nível de solução de problemas – Debater e refletir a respeito dos
significados da operação de multiplicação

Metodologia
1) Antes do inicio a abordagem dos conteúdos de sua aula, os alunos
devem estar situados sobre o que irão aprender.
2) Desta forma, expor aos estudantes, no início da aula, que o objetivo
é uma prática essencial no processo de ensino e aprendizagem,
que pode impactar positivamente nas aulas, situando e despertando
o interesse, curiosidade, empenho e motivação dos alunos.
3) Iniciar a aula perguntando aos alunos se eles já utilizaram a
multiplicação em alguma situação prática de sua vida e de que
forma ela contribuiu nesta situação.
4) Logo após, comentar com os alunos os exemplos de aplicações
práticas da multiplicação no dia a dia, como os apresentados no
slide.
22

5) Aproveitar enquanto os alunos tentam resolver o problema proposto


para observar as estratégias que eles utilizam para resolver
problemas de multiplicação, bem como suas dúvidas e dificuldades.
6) Após resolverem, solicite a alguns que expliquem como resolveram
a atividade proposta.
7) Propósito: Situar o aluno sobre a temática em estudo, de modo que
ele relembre ou passe a encarar também a multiplicação como a
soma de parcelas iguais, dando novos significados ao que pode ter
sido apreendido como um simples algoritmo da Matemática.
8) Discuta com a turma: Como conseguir aplicar os conhecimentos
aprendidos na escola sobre multiplicação em situações cotidianas?
9) Estimular a resolver situações-problemas de multiplicação sem o
uso dos algoritmos?
10) Estimular quanto a existência de diferentes formas de se aplicar o
algoritmo da multiplicação?

 As explicações teóricas serão dadas por meio da apresentação de


slides elaborados por computador e software específico.
Recursos
 As apresentações serão feitas com o auxílio de computador portátil
e reproduzidas em parelho Datashow ou TV digital disponível.

Atividades
 Será Apresentada uma atividade com uma nova situação e os
estudantes devem tentar a resolvam sozinhos, levando em
consideração o que aprenderam na aula, cujo objetivo é avaliar se
todos os alunos conseguiram avançar no conteúdo proposto.
 Identificar as estratégias de resoluções de cada aluno e também se
Avaliação eles estão conseguindo resolver a situação apresentada

Critérios
 Executar a atividade em sua plenitude, promover a interação com os
colegas a fim de promover a discussão sobre os meios utilizados
para obter o resultado ou resposta da atividade.
 Identificar os alunos com maior dificuldade de entendimento.

BRASIL, Ministério da Educação, BNCC. Disponível em:


http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=79601-anexo-texto-bncc-
reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192.
Referências Acesso em 20/06/20

VIANA, Lucas Henrique. Revisitando a Multiplicação. Disponível em:


https://novaescola.org.br/plano-de-aula/439/revisitando-a-
multiplicacao#atividade. Acesso em: 20/06/20.
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Elaboração do segundo plano de aula conforme estipulado no Plano de


Trabalho.
Plano de Aula
Identificação Disciplina Matemática
Série 6º ano
Turma B
Período Noturno

Conteúdo Multiplicação e Divisão

Objetivo geral
• Reconhecer a multiplicação e divisão como operações inversas,
fazendo ou uso dos algoritmos usuais.
• Verificar e fortalecer nos alunos a ideia de utilização da
multiplicação e divisão enquanto operações inversas.

Objetivos específicos
• Retomar e fortalecer estratégias de cálculo de multiplicação e
divisões e suas relações
• Relembrar as múltiplas operações de multiplicação e divisão.
Objetivos
• Resolver as atividades propostas utilizando a ideia de
multiplicação e divisão como operações inversas.

- nível de conhecimento – Permitir que os alunos compartilhem entre


si as estratégias utilizadas para preencher os quadros, suas dúvidas e
erros e opiniões.;
- nível de aplicação – Calcular e resolver as atividades propostas
utilizando a ideia de multiplicação e divisão como operações inversas;
- nível de solução de problemas – Debater e compartilhar as
estratégias utilizadas, buscando entender se as resoluções estão
corretas, como poderiam ser melhoradas e o que elas significam.
Metodologia 1) O início será feita uma pergunta com abordagem teórica, a alguns
dos alunos sobre o que eles entendem pela operação de
multiplicação;
2) Em seguida outros alunos serão questionados sobre o que eles
entendem por divisão;
3) A partir daí, será comentado que as operações de divisão e
multiplicação são inversas e que, tendo uma multiplicação de dois
fatores gerando um produto, podemos fazer divisões a partir do
produto entre os dois fatores.
4) Posteriormente, será solicitado então que os alunos respondam a
Atividade de Retomada.
5) Nesta atividade, pretende-se levar os alunos a reconhecerem a
multiplicação e divisão como operações inversas, fazendo ou não,
uso dos algoritmos usuais.
6) Para isso, ele terá de analisar os quadros apresentados,
verificando quais números devem ser inseridos nos espaços em
branco, se fazem sentido e se estão relacionados com seus
vizinhos, de acordo com as operações indicadas nas setas. Dessa
forma, não espera-se que os alunos preencham os quadros com
números quaisquer, mas que verifiquem e entendam o significado
do número que está sendo inserido nas operações indicadas.
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7) Vale ser ressaltados alguns pontos a respeito desta atividade:


8) O aluno pode optar por utilizar o número 1 nos quadrados
menores para facilitar seus cálculos, não consistindo
necessariamente num erro, desde que de acordo com as
operações indicadas.
9) Em alguns quadros, não há um padrão de preenchimento nos
quadrados menores.
10) No caso do slide 5, todos os quadros possuem valores iguais nos
quadrados menores, já no slide 6, esses valores variam.
11) O aluno terá de verificar se os números que ele está inserindo nos
quadros fazem sentido com as respectivas operações e valores
vizinhos.

 As explicações teóricas serão dadas por meio da apresentação de


slides elaborados por computador e software específico.
Recursos
 As apresentações serão feitas com o auxílio de computador portátil
e reproduzidas em parelho Datashow ou TV digital disponível.

Atividades
 Será Apresentada uma atividade com uma nova situação e os
estudantes devem tentar a resolvam sozinhos, levando em
consideração o que aprenderam na aula, cujo objetivo é avaliar se
todos os alunos conseguiram avançar no conteúdo proposto.
 Identificar as estratégias de resoluções de cada aluno e também se
Avaliação eles estão conseguindo resolver a situação apresentada

Critérios
 Executar a atividade em sua plenitude, promover a interação com os
colegas a fim de promover a discussão sobre os meios utilizados
para obter o resultado ou resposta da atividade.
 Identificar os alunos com maior dificuldade de entendimento.

BRASIL, Ministério da Educação, BNCC. Disponível em:


http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=79601-anexo-texto-bncc-
reexportado-pdf-2&category_slug=dezembro-2017-pdf&Itemid=30192.
Referências Acesso em 20/06/20

VIANA, Lucas Henrique. Revisitando a Multiplicação. Disponível em:


https://novaescola.org.br/plano-de-aula/1648/revisitando-a-
multiplicacao#atividade. Acesso em: 20/06/20.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo propõe uma reflexão importante quanto à importância do


papel do Estágio Supervisionado no processo de formação do professor, pois foi
possível verificar que existe uma grande diferença entre o que é ensino no contexto
Acadêmico e o que é aprendido nas escolas. Não há dúvidas de que o Estágio
Supervisionado proporciona um conhecimento e uma experiência rica em detalhes e
situações cotidiana que nunca poderão serão experimentados na Universidade, fato
disso são as experiências relatadas por alunos acadêmicos sobre as situações
vivenciadas e o receito de ligar com o novo. Na opinião de muitos licenciandos, o
Estágio Supervisionado ser reformulado e oferecido logo no início do curso de
licenciatura, fato permitiria um melhor preparo para a vida profissional.
A execução do presente trabalho contribuiu substancialmente para o
aprendizado intelectual, pois as informações apresentadas foram de grande valor
para a formação do professor da atualidade.
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REFERÊNCIAS

Apresentar as referências citadas nos textos construídos para o relatório. Citar


apenas as referências utilizadas, seguindo, por exemplo, os modelos a seguir:

SOBRENOME, Nome do autor. Título da obra. 1. ed. Cidade: Editora, 2019.

SOBRENOME, Nome do autor. Título do texto. Disponível em: <www.site.com.br>.


Acesso em: 19 dez. 2018.

ARQUIDIOCESANO DE OURO PRETO, Colégio, Síntese do Projeto Político


Pedagógico 2019. Disponível em: https://arquidiocesano.com/proposta-
pedagogica/sintese-do-ppp/, Acesso em: 08/05/2020

BRASIL, Ministério da Educação, Base Nacional Comum Curricular, Disponível em:


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/linha-do-tempo-2017-
dezembro/BNCCpublicacao.pdf
Acesso: 20/06/2020

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