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Direito Civil II
Direito Civil II
Barreto Ramos
2017
23/11/16
Ø Direito das Obrigações
Vínculo Jurídico
Por esta teoria, a obrigação se desenvolve por meio da relação entre 2 elementos, quais sejam,
o débito (Schuld) e a responsabilidade (Haftung).
Quase todas as obrigações funcionam sob essa relação entre o débito e a responsabilidade.
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Rafael Barreto Ramos
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Ex1. Dívida prescrita. Há a dívida, todavia extinta a pretensão de credor em razão da prescrição.
a) Jogos proibidos: São os jogos ilícitos. Ex. Os que estão no art. 50 da Lei de Contravenção Penal, tais
como o jogo do bicho.
b) Jogos tolerados: Aqueles que a lei não proíbe expressamente, mas não são bem vistos pela sociedade.
Ex. Carteado (jogos de cartas).
c) Jogos permitidos: Aqueles que são autorizados por lei. Ex. Jogos promovidos pelas loterias oficiais.
Nestes exemplos, se o devedor quiser, pode pagar, contudo, se não, o credor não poderá invadir seu
patrimônio.
ATENÇÃO:
Informativo 566 STJ: O jogo decorrente de casas de bingo que funcionavam por decisão liminar NÃO
OBRIGA O PAGAMENTO.
ISTO OCORREU PORQUE AS CASAS DE BINGO NÃO TÊM AUTORIZAÇÃO LEGAL PARA FUNCIONAR (VIDE
CONCEITO ACIMA).
a) Dar
Obrigações positivas
b) Fazer
coisa certa
coisa incerta
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Ex. João me deve um carro tal, placa tal, ano tal, etc.
Neste caso, o credor NÃO É OBRIGADO A RECEBER PRESTAÇÃO DIVERSA QUE LHE É DEVIDA, AINDA QUE
MAIS VALIOSA.
Art. 313 - CC. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais
valiosa.
Se o credor aceitar, tratar-se-á da dação em pagamento que, por sua vez, ocorre quando o credor
consente em receber prestação diversa da que lhe é devida.
Art. 356 - CC. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
PRINCÍPIO DA GRAVITAÇÃO JURÍDICA: Dispõe que os acessórios ACOMPANHAM A COISA CERTA ainda
quando não mencionados (art. 233 CC – primeira figura).
Os acessórios NÃO acompanharão a coisa certa quando houver disposição em contrário no título
(contrato) ou a depender das circunstâncias do caso.
Ex. Devolução de apartamento locado em que há geladeira, fogão e afins NÃO O ACOMPANHARÃO
(circunstâncias do caso).
Art. 233 - CC. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo
se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
- Premissas
Ex. Torna-se dono de um carro (coisa móvel) COM A TRADIÇÃO, prescindindo da transferência no DETRAN,
posto que esta se destina para fins administrativos. Juridicamente falando o carro muda de dono com a
simples entrega.
Se a perda se der antes da tradição, será do DEVDEDOR coisa. Caso se dê depois da entrega, será do
CREDOR da coisa.
De acordo com o Código Civil, a obrigação será RESOLVIDA, ou seja, extinta. Ou seja, retorna-se ao status
quo.
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Caso já tenha sido adiantada parcela da contraprestação, esta deverá ser DEVOLVIDA.
In casu, a obrigação também será RESOLVIDA, extinta, todavia o DEVEDOR da coisa deverá indenizar o
CREDOR da coisa com PERDAS E DANOS.
Art. 233 CC. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se
o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
Art. 234 CC. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor (aquele que
ENTREGA A COISA), antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para
ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas
e danos.
Nota:
- Direito das obrigações é DIFERENTE da parte geral do Código Civil, posto que é mais voltado ao
raciocínio.
IMPORTANTE:
- Na obrigação de dar a coisa certa, o DEVEDOR é aquele que deve a ENTREGA DA COISA
(alienante) e não aquele que dará o dinheiro.
Em sentido oposto, na obrigação de dar o dinheiro, aquele que dá o dinheiro que será o devedor.
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Até a tradição, a coisa pertence ao devedor, com os melhoramentos e acrescidos, podendo este exigir
aumento de preço. Em caso de discordância do credor, a obrigação será resolvida/exinta.
Ex. Comprei uma cadela e a paguei, todavia fica avençado que esta será entregue após 10 dias. Até a
entrega da cadela, o DEVEDOR da coisa será o pet shop. No momento da entrega da cadela, esta está
grávida. Neste caso, considerando que houve um melhoramento na cadela, o melhoramento pertencerá
ao pet shop, podendo este exigir um aumento no valor da cadela.
Art. 237 CC. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos
quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
No SILÊNCIO DO CONTRATO, quem escolherá será o DEVEDOR da coisa, porém este não poderá o que tem
de pior, também não precisará entregar o que tem de melhor.
Art. 244 CC. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se
o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a
prestar a melhor.
A obrigação de dar coisa incerta transforma-se em obrigação de dar coisa certa a partir da CIENTIFICAÇÃO
DA OUTRA PARTE QUANTO À ESCOLHA.
Art. 245 CC. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente.
1. Perda da coisa incerta – NÃO ADMITIDA – genus non perit (art. 246 – CC)
“Nós devemos nos manifestar pela impossibilidade de uma coisa incerta vir a se perder. Isso porque
gênero NÃO SE PERDE (genus non perit).
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Art. 246 - CC. Antes da escolha , não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que
por força maior ou caso fortuito.
SE, NA PROVA, APARECER A CÓPIA DO ART. 246, DEVE-SE CONSIDERAR A ASSERTIVA COMO VERDADEIRA.
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ATENÇÃO:
Ex. João me deve 10 (quantidade) garrafas de vinho (gênero) de determinada safra (limitação de gênero).
IMPORTANTE:
a) Física;
b) Intelectual;
c) Declaração de vontade.
Ex. A obrigação que uma das partes (promissário vendedor) tem de, na promessa de compra e venda, ao
término do pagamento das parcelas, outorgar a escritura pública.
1.1.2.1. Classificação
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ATENÇÃO:
Art. 249 - CC. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa
do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
da natureza do contrato
da natureza da obrigação
a) Sem culpa
Ex. Indivíduo contratado para cantar numa festa estava em cárcere em razão de sequestro.
b) Com culpa
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1.1.3. Obrigação de não fazer – obrigação negativa (arts. 250 e 251 – CC)
1.1.3.1. Classificação
a) Instantânea
É aquela em que, quando há o seu DESCUMPRIMENTO, NÃO é possível DESFAZER aquilo que foi feito.
“Quando o sujeito faz aquilo que não deve ser feito, não há como desfazer.”
Ex. Violar segredo de empresa. Se contar o segredo, não há como voltar atrás.
b) Permanente
É aquela em que, quando há o seu descumprimento, É POSSÍVEL DESFAZER o que foi feito.
Isto é, indivíduo disponibiliza vaga de condomínio para guardar lixo. Desta feita, não poderá parar seu
carro no local. Se eventualmente parar o carro, poderá retirá-lo.
MACETE:
Obrigação de fazer
Instantânea àIrreversível.
Permanente à Reversível.
Art. 250. CC Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne
impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
Art. 251. CC Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o
desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente
de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
Ocorre a partir de quando o indivíduo faz aquilo que não poderia ter feito.
Art. 390. CC Nas obrigações negativas o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou
o ato de que se devia abster.
a) Com culpa
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ATENÇÃO:
Obs. Só faz sentido para a obrigação de não fazer permanente, pois somente esta permite a reversão.
Art. 251 - CC. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o
desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente
de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
b) Sem culpa
2. Boa-fé
Considerada um princípio.
Art. 309 - CC O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era
credor.
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Assim será alcançada a maior satisfação para o credor com a menor onerosidade para o devedor.
“Conjunto de atos. ‘Um antes, um durante, um depois’. A obrigação não vai se exaurir num único
momento.
A doutrina diz que todos esses momentos deverão ser permeados com a boa-fé objetiva.
Conseguir-se-á a maior satisfação para o credor com a menor onerosidade para o devedor”
Ex. A montadora de veículo deve continuar a produzir peças para carros não mais fabricados por
determinado tempo.
4. A obrigação complexa
Proteção
Informação
Cooperação
L
(le)aldade
Solidariedade
Ex. Indivíduo pede um sanduíche e um refrigerante. O chão estava molhado sem aviso e o
indivíduo cai.
O indivíduo ajuíza ação contra o estabelecimento, obtendo êxito em sua empreitada, posto que
este cumpriu com a obrigação principal (sanduíche e refrigerante), mas não cumpriu a anexa
(noticiar que o chão estava molhado).
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- Fracionárias;
- Solidárias;
- Divisíveis/indivisíveis.
- Cumulativas;
- Alternativas.
Havendo uma pluralidade de credores, em se tratando de prestação divisível, deve-se presumir que
qualquer credor apenas poderá cobrar o valor correspondente à sua fração ou cota parte.
Quando o objeto é divisível, presume-se que o credor poderá cobrar somente a sua parcela.”
Havendo uma pluralidade de devedores, se a prestação for divisível, qualquer devedor apenas poderá ser
cobrado pela sua fração ou cota parte.
Art. 257. - CC Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-
se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.
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Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um
devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
3 credores devem 90 reais a 1 devedor com 3 devedores devem 90 reais a 1 credor com
solidariedade ativa àtodos os credores podem solidariedade passiva à o credor pode cobrar os
cobrar os 90 reais do devedor 90 reais de todos os devedores.
O credor que recebeu os 90 reais tem a obrigação O devedor que pagar poderá cobrar a fração dos
de repassar 30 reais a cada devedor. demais devedores.
- Explicação: - Explicação:
2. Qualquer credor pode cobrar a dívida toda 2. Qualquer devedor pode ser cobrado pela
dívida toda
3. Aquele que receber o pagamento dividirá com
os demais aquilo que recebeu. 3. Aquele que pagar poderá se voltar contra os
demais devedores exigindo a fração de cada um.
a) A solidariedade NÃO SE PRESUME. Decorre da LEI OU DA VONTADE DAS PARTES (CONTRATO) (art.
265 - CC)
A questão deve expressar que a solidariedade decorre da lei ou que foi firmado contrato com cláusula
referente à solidariedade.
Se houver lei ou contrato acerca da solidariedade, João poderá cobrar 1000 a qualquer um dos dois.
Art. 265 - CC. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
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“De acordo com esse princípio, embora sejam devedores solidários, é possível que existam variações nas
obrigações, como, por exemplo, locais de pagamento diferentes, datas de vencimento diferentes.”
Art. 266. - CC A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e
condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
Contudo, se um dos credores promover a demanda, o devedor ficará obrigado a pagar a esse que
demandou.
Art. 268. CC Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer
daqueles poderá este pagar.
Se houver um pagamento parcial, o valor recebido pelo credor deverá ser dividido entre os demais e a
dívida permanece quanto ao restante.
“Se um dos credores receber parcela da dívida, terá que DIVIDIR COM O RESTANTE DOS CREDORES.”
Art. 269. CC O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi
pago.
Diante do falecimento de um dos credores solidários, os seus herdeiros apenas poderão cobrar o valor
correspondente ao quinhão hereditário de cada um.
“Um dos credores falece e deixa dois herdeiros. Cada herdeiro poderá cobrar somente a sua parte, pois,
caso contrário, presumir-se-ia a solidariedade, o que é vedado.”
Ex. Devedor deve 90 reais a 3 credores. 1 morre e deixa 2 herdeiros. Cada herdeiro somente poderá cobrar
15 reais.
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Todavia, se a prestação for indivisível, qualquer herdeiro poderá cobrar a dívida toda, NÃO PORQUE HÁ
SOLIDARIEDADE, MAS SIM PORQUE HÁ INDIVISIBILIDADE.
“Em caso de obrigação indivisível, o herdeiro poderá cobrar todo o objeto, haja vista que a prestação é
indivisível.”
Ex. Devedor deve uma vaca a 3 credores. 1 morre e deixa 2 herdeiros. Cada herdeiro poderá cobrar a vaca.
Art. 270. CC Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a
exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for
indivisível.
Ex. Devedor deve uma vaca a 3 credores. Em caso de morte da vaca, deve esta ser convertida no valor
correspondente em pecúnia, permanecendo, apesar do dinheiro ser divisível, a SOLIDARIEDADE
CONTINUA.
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Art. 271. CC - Convertendo-se a prestação em perdas e danos , subsiste, para todos os efeitos, a
solidariedade.
(1) Crítica: Deveria dispor “convertendo-se a prestação em pecúnia”, posto que as perdas e danos
somente são válidas quando HÁ CULPA
SE APARECER NA PROVA A REDAÇÃO LITERAL DO ART. 271 – CC, DEVE-SE CONSIDERÁ-LA CORRETA.
Caso um dos credores solidários perdoe a dívida integralmente, o devedor será liberado e, o credor que
promoveu o perdão, deverá pagar aos demais credores, a fração de cada um.
Art. 272. CC O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela
parte que lhes caiba.
Nota:
Ex. Devedor deve a 3 credores. Um dos credores ajuíza ação contra o devedor. Todavia, um credor diverso
devia ao devedor. Neste caso, por se tratar de exceção pessoal de outro credor, não poderá opor.
Art. 273 - CC. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos
outros.
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Ex. Devedor deve a 3 credores. Um dos credores ajuíza ação contra o devedor e perde a causa. Neste caso,
prejudicará somente ao credor que ajuizou a ação.
Art. 274 - CC. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais; o julgamento
favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve. (Vide
Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
Art. 274 - CC. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o
julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de
invocar em relação a qualquer deles. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
6.2.5.1. A solidariedade passiva não se confunde com o litisconsórcio passivo necessário (art. 275, par
un – CC)
Se o credor ajuizar a ação contra 1 dos devedores solidários, isso NÃO significa que ele está renunciando
a solidariedade em relação aos demais.
Art. 275 - CC. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou
totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam
obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um
ou alguns dos devedores.
Se houver o falecimento de um dos devedores solidários, cada um dos seus herdeiros apenas poderá ser
cobrado pelo valor correspondente ao seu quinhão hereditário, SALVO se a prestação for indivisível.
Art. 276 - CC. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a
pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível;
mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
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30/11/16 (Material gentilmente cedido por Thâmara Laís, Mônica Lins, Yasmin, Liliane e Poliana)
6.2.5.3. Remissão (art. 277 – CC)
Caso o credor perdoe um dos devedores solidários, esse devedor ficará liberado de sua obrigação
enquanto que os demais continuarão vinculados solidariamente.
Art. 277 - CC. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam
aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
Quando o credor renuncia à solidariedade em relação a um dos devedores solidários, esse devedor passa
a ser fracionário, enquanto que os demais continuarão solidário, devendo, evidentemente, ser subtraída
a fração referente ao devedor beneficiado com a renúncia.
Art. 282 - CC. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os
devedores.
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
Pelo equivalente, todos os devedores serão responsáveis, porém a indenização por peras e danos
somente poderá ser cobrada do devedor culposo.
Art. 279 - CC. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para
todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
6.2.5.6. Insolvência de um dos devedores solidários pela perda (art. 283 – CC)
Caso um dos devedores solidários seja insolvente, a sua fração será dividida entre os devedores que sejam
solventes.
Art. 283 - CC. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores
a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no
débito, as partes de todos os co-devedores.
6.2.5.7. Dívida solidária no interesse exclusivo de um dos devedores solidários (art. 285 – CC)
Art. 285 - CC. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por
toda ela para com aquele que pagar.
Exceção da regra – o devedor que pagou se volta aos demais exigindo a fração.
IMPORTANTE:
O fiador será devedor solidário quando renuncia ao benefício de ordem.
Em uma situação em que o fiador renuncia ao benefício de ordem, ele se torna devedor
solidário. Desse modo, quando ele promove o pagamento integral da dívida, ele pode se voltar
contra o locatário.
Contudo, impende destacar que, como a dívida se deu no interesse exclusivo do locatário, o
fiador exigirá do locatário não a fração, mas sim a dívida toda.
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7.1. Conceito
7.1.1. Obrigação indivisível (art. 258 – CC)
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A obrigação será indivisível quando a prestação não puder ser dividida por sua natureza , por motivo de
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ordem ou dada a razão determinante do negócio .
(1) A prestação não puder ser dividida por sua natureza: Ex. Vaca, carro.
(3) Dada a razão determinante do negócio: Ex. Terreno para a construção de um shopping.
Art. 258 - CC. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante
do negócio jurídico.
Aquele devedor que pagar – a dívida integralmente, irá se sub-rogar na posição de credor em
relação aos demais.
Art. 259 - CC. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado
pela dívida toda.
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros
coobrigados.
a) A todos conjuntamente; ou
1
b) A um dos credores, desde que este apresente um documento denominado CAUÇÃO DE RATIFICAÇÃO .
(1) Caução de ratificação: documento pelo qual os demais (todos) credores consentem que o pagamento
seja feito a um credor determinado.
Art. 260 - CC. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o
devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
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Na obrigação cumulativa, o devedor cumprirá com a sua obrigação apenas se adimplir todas as
prestações.
Na obrigação alternativa, o devedor cumprirá com a sua obrigação com o pagamento de uma
das prestações.
O contrato dirá.
Art. 252 - CC. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
o
§ 1 Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
o
§ 2 Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada
período.
o
§ 3 No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o
prazo por este assinado para a deliberação.
o
§ 4 Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a
escolha se não houver acordo entre as partes.
IMPORTANTE:
- Obrigação facultativa – NÃO CONFUNDIR COM obrigação alternativa objtetivamente plural
Há apenas uma prestação, porém há um direito potestativo de o devedor adimplir a obrigação de maneira
diversa daquela que foi estipulada inicialmente.
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ATENÇÃO - STJ:
Entendimento STJ:
Estético – obrigação de fim
- Cirurgião plástico
continuada
diferida
9.2.2.1. Continuada
9.2.2.2. Diferida
IMPORTANTE:
A teoria da imprevisão somente se aplica às obrigações de execução futura continuada ou
diferida.
(1) Condição: A cláusula que deriva exclusivamente da vontade das partes e subordina os efeitos do
negócio a um evento futuro e incerto.
Ex. Dar o carro se a Maria se casar (pode ser que se case ou não.
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(1) Termo: Cláusula acessória que pode decorrer da vontade das partes ou da lei e que subordina a
vontade das partes a evento futuro e certo.
Aquela em que há a presença de um encargo que se traduz em um ônus imposto à outra parte.
DEPENDE DE APURAÇÃO.
Em regra, qualquer crédito pode ser cedido, SALVO SE A ISSO SE OPUSER (art. 286 – CC):
a) a natureza da obrigação
b) a lei
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Art. 298 - CC. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver
conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado,
subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro.
c) a convenção
ATENÇÃO – STJ:
- Informativo 562 – STJ:
É possível a cessão de crédito relativo a indenização do seguro DPVAT decorrente de morte.
Entretanto, não é possível a cessão de crédito decorrente do seguro DPVAT em relação à hipótese de
reembolso de despesas médico-hospitalares por expressa vedação da lei.
b) é imprescindível a notificação ao devedor para que a cessão produza efeitos em relação a ele.
Art. 290 - CC. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada;
mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão
feita.
Art. 292 - CC. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor
primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com
o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a
prioridade da notificação.
O cedente será responsável pela existência do crédito somente se tiver agido de má-fé.
Excepcionalmente, é possível que o cedente seja responsabilizado não apenas pela existência do crédito,
mas também pela solvência do devedor.
Para tanto, deverá haver disposição expressa nesse sentido no instrumento de cessão.
Art. 295 - CC. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável
ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe
nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
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Art. 296 - CC. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
Art. 287 - CC. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus
acessórios.
Art. 288 - CC. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se mediante
o
instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1 do art. 654.
Art. 289 - CC. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do
imóvel.
Art. 290 - CC. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada;
mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão
feita.
Art. 291 - CC. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que se completar com a tradição
do título do crédito cedido.
Art. 292 - CC. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor
primitivo, ou que, no caso de mais de uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com
o título de cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a
prioridade da notificação.
Art. 293 - CC. Independentemente do conhecimento da cessão pelo devedor, pode o cessionário exercer
os atos conservatórios do direito cedido.
Art. 294 - CC. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que,
no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente.
Art. 295 - CC. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável
ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe
nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
Art. 296 - CC. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
Art. 297 - CC. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais
do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as
que o cessionário houver feito com a cobrança.
Art. 298 - CC. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver
conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado,
subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro.
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Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da
dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
Art. 300 - CC. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da
assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor.
Art. 301 - CC. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas
garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a
obrigação.
Art. 302 - CC. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor
primitivo.
Art. 303 - CC. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito
garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á
dado o assentimento.
a) Devedor
b) Terceiro interessado
Isso significa que o terceiro interessado passa a ocupar o lugar do credor primitivo com todos os seus
direitos, ações, garantias e privilégios (art. 349 – CC)
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
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Art. 349 - CC. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do
primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Art. 304 - CC. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser,
dos meios conducentes à exoneração do devedor.
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor,
salvo oposição deste.
Art. 305 - CC. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor.
Parágrafo único. Se pagar antes de vencida a dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento.
Art. 306 - CC. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga
a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação.
Art. 307 - CC. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por
quem possa alienar o objeto em que ele consistiu.
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de
boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la.
a) Credor
O credor é quem deverá receber, entretanto, para que o pagamento seja considerado válido, o credor
deverá ser capaz parada dar a quitação - recibo (art. 310 – CC – vide abaixo).
Se paga ao credor incapaz, terá que pagar novamente, salvo se provar que o pagamento reverteu em
benefício do credor
Credor putativo é a pessoa que, estando na posse do título obrigacional, passa aos olhos de todos como
sendo a verdadeira titular do crédito (credor aparente).
A validade do pagamento a ele realizado não depende de que se faça ulteriormente, a prova de não ser o
verdadeiro ou de ser vencido numa ação em que se dispute a propriedade da dívida.
Ex. A deve a B, mas B morre e deixa um testamento nomeando C seu herdeiro, então A paga a C, mas
depois o Juiz anula o testamento, A não vai precisar pagar novamente pois pagou a um credor putativo;
C é que vai ter que devolver o dinheiro ao verdadeiro herdeiro de B.
Fonte: http://www.dicionarioinformal.com.br/credor+putativo/
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Trata-se de uma exceção à regra de que “quem paga mal, paga duas vezes”.
ATENÇÃO – STJ:
Para o STJ, para que haja a configuração de um caso de credor putativo, é necessário que o erro
do devedor ao fazer o pagamento seja ESCUSÁVEL (desculpável, não grosseiro – inescusável).
b) Representante do credor
b.1.) Expresso
b.2.) Tácito
Art. 308 - CC. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só
valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito.
Art. 309 - CC. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era
credor.
Art. 310 - CC. Não vale o pagamento cientemente feito ao credor incapaz de quitar, se o devedor não
provar que em benefício dele efetivamente reverteu.
Art. 311 - CC. Considera-se autorizado a receber o pagamento o portador da quitação, salvo se as
circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante.
Art. 312 - CC. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da
impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o
devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor.
Art. 313 - CC. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais
valiosa.
Art. 314 - CC. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado
a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Art. 315 - CC. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor
nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes.
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Art. 317 - CC. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo
que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
Art. 478 - CC. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se
tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença
que a decretar retroagirão à data da citação.
Como decorrência disso, são NULAS as cláusulas da moeda estrangeira e a do ouro, SALVO AS EXCEÇÕES
PREVISTAS NA LEGISLAÇÃO ESPECIAL.
Art. 318 - CC. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para
compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na
legislação especial.
Art. 319 - CC. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto
não lhe seja dada.
Art. 320 - CC. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a
espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento,
com a assinatura do credor, ou do seu representante.
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos
ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta
do pagamento.
Art. 322 - CC. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova
em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
ATENÇÃO – STJ:
A presunção do art. 322 – CC (vide acima) NÃO SE APLICA às despesas condominiais, isso porque
cada quota condominial goza de autonomia perante as outras.
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Compra e venda de uma fazenda em São Paulo, cujo contrato foi firmado em Minas Gerais.
Qual alqueire deve ser adotado no silêncio do contrato? Aplica-se o sistema do lugar da execução do
contrato.
Art. 326 - CC. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das
partes, que aceitaram os do lugar da execução.
Art. 313 - CC. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais
valiosa.
Art. 314 - CC. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado
a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Art. 315 - CC. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor
nominal, salvo o disposto nos artigos subseqüentes.
Art. 317 - CC. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da
prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo
que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
Art. 318 - CC. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para
compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, excetuados os casos previstos na
legislação especial.
Art. 319 - CC. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto
não lhe seja dada.
Art. 320 - CC. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a
espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento,
com a assinatura do credor, ou do seu representante.
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos
ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida.
Art. 321 - CC. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o devedor
exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.
Art. 322 - CC. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova
em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
Art. 323 - CC. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos.
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta
do pagamento.
Art. 325 - CC. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer
aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida.
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05/12/16
12.2.3. Lugar do pagamento
12.2.3.1.1. Quesíveis/QUERABLES
12.2.3.1.2. Portáveis/PORTABLES
Art. 327 - CC. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
Em caso de imóvel, há uma regra específica, qual seja, que o pagamento se dá na situação do bem, ou
seja, no local em que este se encontra.
Art. 328 - CC. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel,
far-se-á no lugar onde situado o bem.
Art. 330 - CC. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor
relativamente ao previsto no contrato.
Por esta teoria, o direito de uma pessoa será suprimido após a sua longa omissão.
A BOA-FÉ DIZ QUE, SE VOCÊ TEM UM DIREITO, EXERCITE-O LOGO, POIS SENÃO PRESUMIR-SE-Á A
RENÚNCIA.
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O dia do pagamento deve ser ajustado no contrato. Caso contrário, o pagamento deve se dar
IMEDIATAMENTE.
Art. 331 - CC. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode
o credor exigi-lo imediatamente.
Art. 332 - CC. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao
credor a prova de que deste teve ciência o devedor.
12.2.4.3. Sanções do credor pela cobrança antecipada ao vencimento (art. 939 – CC)
O art. 939 do Código Civil prevê as sanções para o credor que cobra antecipadamente a dívida, entretanto
existem situações de vencimento antecipado das obrigações em que as sanções do art. 939 não serão
aplicadas que, por sua vez, são previstas no art. 333 do mesmo Codex.
Art. 939 - CC. O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, FORA DOS CASOS EM QUE A
LEI O PERMITA, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros
correspondentes, embora estipulados, e a pagar as custas em dobro.
Isso ocorre para viabilizar o direito de preferência do credor hipotecário (hipoteca) ou credor pignoratício
(penhor).
Ex. Indivíduo penhora uma casa, que estava hipotecada para o credor 1, para o credor 2. O credor 1 poderá
exigir a dívida antes do vencimento.
IMPORTANTE:
- Hipoteca: Direito real de garantia. Dá-se como garantia um bem IMÓVEL.
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Se a garantia se enfraquecer e, após o credor chamar a atenção do devedor para reforçar a dívida, e
este nada fazer, a dívida vencerá antecipadamente.
Art. 333 - CC. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no
contrato ou marcado neste Código:
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará
vencido quanto aos outros devedores solventes.
12.3.1.1. Premissa
12.3.1.2. Conceito
12.3.1.3. Procedimento
Procedimento judicial dar-se-á por meio de ação de consignação em pagamento previsto, inclusive, no
novo CPC.
Todavia, pode se dar através da via extrajudicial através do pagamento em banco credenciado.
12.3.1.4. Hipóteses (Dificuldades que o credor pode criar) (art. 335 – CC)
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida
forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto
ou de acesso perigoso ou difícil;
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IMPORTANTE:
12.3.1.6. Efeito
Libera o devedor do vínculo obrigacional, isentando-o dos riscos de arcar com a multa e com os juros.
12.3.2.1. Hipóteses
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva
o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no
todo ou em parte.
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição
expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
A sub-rogação faz com que o novo credor ocupe o lugar do credor primitivo com todos os seus direitos,
ações, garantias e privilégios.
Art. 349 - CC. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do
primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
IMPORTANTE:
Para o STJ, se a mãe, ante o inadimplemento do pai, obrigado a prestar alimentos a seu filho,
assume essas despesas, NÃO É CASO DE SUB-ROGAÇÃO.
Portanto, o prazo prescricional NÃO será o de 2 anos (art. 206, par. 2º, - CC), mas sim de 10
anos (art. 205 – CC) – Informativo 574 do STJ.
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Art. 205 - CC. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se
vencerem.
12.3.3.1. Premissa
Trata-se de instituto que só faz sentido se o devedor estiver obrigado a vários débitos perante o seu
credor.
Ex. Devedor tem uma dívida de R$200,00, outra de R$300,00 e outra de R$500,00.
12.3.3.2. Conceito
Significa que, havendo vários débitos, O DEVEDOR poderá indicar a qual dos débitos corresponde o
pagamento.
O devedor que imputa o pagamento é que escolherá qual débito será quitado total ou parcialmente.
Art. 352 – CC. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o
direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
12.3.3.3. Omissão
12.3.3.3.1. Do devedor
Se nem devedor nem credor promoverem a imputação, deverão ser aplicadas as regras de imputação
legais (arts. 354 e 355 – CC). São estas:
c) Se todas as dívidas se vencerem ao mesmo tempo, a imputação ocorrerá em relação à mais onerosa.
Art. 354 - CC. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois
no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Art. 355 - CC. Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação,
esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas
ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
Ocorre quando o credor consente em receber prestação diversa da que lhe é devida.
Art. 356 - CC. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
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Se a coisa dada em pagamento se perder por evicção, a obrigação primitiva deverá ser reestabelecida.
Art. 359 - CC. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação
primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.
12.3.5. Novação
12.3.5.1. Conceito
É instituto que gera a extinção da obrigação porque, em verdade, outra a substitui, seja porque houve
mudança dos sujeitos ou do objeto.
“Ao mesmo tempo que extingue uma obrigação, cria uma nova”.
12.3.5.2. Espécies
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
12.3.5.2.2. Subjetiva
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite
com este.
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite
com este.
Art. 366 - CC. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.
A obrigação nula não admite a novação, isso porque o negócio nulo NÃO É SUCESTÍVEL DE CONFIRMAÇÃO
(art. 169 – CC).
Art. 169 - CC. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do
tempo.
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Art. 367 - CC. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações
nulas ou extintas.
IMPORTANTE:
O negócio nulo não admite confirmação, pois atinge interesse público.
A obrigação anulável pode ser novada, isso porque o negócio anulável por ser confirmado pelas partes
(art. 172 – CC).
Art. 172 - CC. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
12.3.6.1. Conceito
Art. 368 - CC. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações
extinguem-se, até onde se compensarem.
12.3.6.2. Requisitos
a) Dívidas líquidas
b) Dívidas vencidas
Art. 374 - CC. A matéria da compensação, no que concerne às dívidas fiscais e parafiscais, é regida pelo
disposto neste capítulo. (Vide Medida Provisória nº 75, de 24.10.2002) (REVOGADO)
“Se você tinha um crédito com o estado e este lhe deve alguma coisa, poder-se-ia compensar a dívida.”
FOI REVOGADO!!!
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Ex. Devo meu pai e, antes do pagamento da dívida, este falece, sendo eu o único herdeiro de meu pai.
Neste caso, serei credor de mim mesmo, devendo a obrigação ser EXTINTA.
Um filho pega emprestado com o pai R$100.000,00. Posteriormente, o pai falece e o filho herda todo o
crédito. Neste caso, houve confusão total.
Art. 381 - CC. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor
e devedor.
IMPORTANTE:
Em prova, invertem-se os conceitos de COMPENSAÇÃO (dois indivíduos credores e devedores
entre si) e CONFUSÃO (indivíduo é devedor e credor de si mesmo).
12.3.7.1.1. Total
12.3.7.1.2. Parcial
Ex. Um filho pega emprestado com o pai R$100.000,00. Posteriormente, o pai falece e o filho herda o
crédito, JUNTAMENTE COM SEU IRMÃO, OUTRO HERDEIRO.
Neste caso, haverá a confusão parcial, ou seja, somente parte da dívida será extinta. O filho continuará a
dever R$50.000,00, contudo, agora, ao irmão.
12.3.8. RemiSSão
12.3.8.1. Conceito
“É o perdão da dívida.”
Art. 385 - CC. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de
terceiro.
12.3.8.3. Classificação
12.3.8.3.1.1. Total
12.3.8.3.1.2. Parcial
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12.3.8.3.2.1. Expressa
12.3.8.3.2.2. Tácita
IMPORTANTE:
- A devolução do objeto empenhado/apenhado (penhor) não representa remissão tácita. Indica,
tão somente, que o credor renunciou àquela garantia.
Art. 387 - CC. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real,
não a extinção da dívida.
13.1.1. Conceito
Ocorre quando o credor não quer pagar ou o devedor não quer pagar em tempo, lugar, forma
estabelecido em lei ou contrato.
lugar lei/lugar
Ex (Credor em mora). Credor que receberá um carro e não tem lugar para deixá-lo e, desta feita, esquiva-
se para não receber.
Art. 394 - CC. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser
recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Ex. Tenho uma dívida a vencer em 06/12. Caso não pague, automaticamente (de pleno direito), a partir
de 07/12, estarei em mora.
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Art. 397 - CC. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito
em mora o devedor. (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
NÃO INCIDE DE PLENO DIREITO, posto que a pessoa do credor deve fazer algo (notificar) para constituir o
devedor em mora.
Deve haver uma notificação prévia. Transcorrido o prazo constante da notificação, o devedor estará em
mora.
Art. 397 – CC Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou
extrajudicial.
NÃO HÁ ESPÉCIES.
13.1.4.1. Do devedor
a) art. 395 – CC
- Juros moratórios;
- Correção monetária;
Art. 395 - CC. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos
valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir
a satisfação das perdas e danos.
ATENÇÃO – STJ:
Os honorários mencionados no art. 395 – CC, de acordo com o STJ, são os honorários contratuais
ou convencionais e NÃO OS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA (resp 1.134.725 – MG).
b) Art. 399 – CC
Quando a perda da coisa ocorre durante a mora do devedor, INDEPENDENTEMENTE DE O DEVEDOR TER
AGIDO COM CULPA OU SEM CULPA, o devedor arcará com a indenização por perda e danos.
- EXCEÇÕES:
ii. Se o devedor conseguir provar que a culpa pelo atraso não foi dele, mas sim do credor.
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Art. 399 - CC. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa
impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se
provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente
desempenhada.
b) Obriga o credor a ressarcir o devedor pelas despesas empregadas com a conservação da coisa;
Art. 400 - CC. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação da
coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela
estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento e
o da sua efetivação.
13.1.5. A mora decorrente do ato ilícito/MORA PRESUMIDA/MORA IRREGULAR (art. 398 - CC)
A mora decorrente do ato ilícito, também chamada de MORA PRESUMIDA ou mora irregular, constitui-se
DA PRÁTICA DO ATO ILÍCITO.
Art. 398 - CC. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em mora, desde que o
praticou. (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) – redação idêntica à súmula 54 do STJ.
ATENÇÃO – STJ:
Para o STJ, considera-se a mora da data do evento danoso se a condenação for fixada em uma
única parcela.
Se a condenação for fixada em várias parcelas, os juros moratórios serão considerados A PARTIR
DO VENCIMENTO DE CADA PARCELA.
13.1.6.1. Do devedor
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do
dia da oferta;
13.1.6.2. Do credor
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes do
dia da oferta;
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II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora
até a mesma data.
13.2.1. Conceito
13.2.2. Hipóteses
c) Ocorre quando a prestação se torna inútil para o credor. (art. 395, parágrafo único – CC)
Art. 395 – CC Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá
enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.
13.2.3. Efeito
Resolução da obrigação.
Ocorre quando, embora tenha havido o cumprimento da obrigação principal, NÃO FORAM
CUMPRIDOS OS DEVERES LATERAIS OU ANEXOS (vide obrigações complexas acima).
Nota:
Desse modo, caberá ao credor, tão somente, perseguir a tutela cabível para cobrar as poucas
prestações faltantes.
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Rafael Barreto Ramos
2017
1. Principiologia
É o poder que o ordenamento concede a cada um para criar suas normas dentro de
determinados limites.
Por esse princípio, uma vez celebrado o contrato, as partes se tornam obrigadas a cumpri-lo.
Art. 156 - CC. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a
pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente
onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo
as circunstâncias.
Art. 157 - CC. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se
obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado
o negócio jurídico.
A ideia é conservar o contrato para que ele cumpra sua função social.
Art. 421 - CC. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Art. 2.035 - CC. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor
deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos,
produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista
pelas partes determinada forma de execução.
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os
estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
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Rafael Barreto Ramos
2017
IMPORTANTE:
Boa-fé subjetiva é o estado psicológico da pessoa que ignora o vício que macula a obrigação.
1.4.2. Funções
Art. 113 - CC. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua
celebração.
Art. 187 - CC. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Deve-se cumprir não só a obrigação principal, mas também os deveres laterais ou anexos (vide obrigações
complexas acima).
Art. 422 - CC. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua
execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Caso ocorra um desequilíbrio superveniente, deverá ser aplicada a teoria da previsão (art. 478
– CC).
b) Acontecimento de evento extraordinário e superveniente que induza uma das partes à situação de
onerosidade excessiva
c) Evento imprevisível
41
Rafael Barreto Ramos
2017
- Efeito
RESOLUÇÃO (alvo de diversas críticas – ex. violação ao princípio da função social – IGNORAR PARA A
PROVA).
Há a possibilidade de REVISÃO com segunda opção somente se o réu quiser (alvo de críticas – IGNORAR
PARA A PROVA).
Art. 478 - CC. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se
tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença
que a decretar retroagirão à data da citação.
Art. 479 - CC. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as
condições do contrato.
IMPORTANTE:
Se o desequilíbrio se der em uma relação de consumo, tratar-se-á da teoria da quebra da base
objetiva do negócio jurídico que, por sua vez, possui apenas 2 requisitos:
b) Acontecimento de evento extraordinário e superveniente que induza uma das partes a onerosidade
excessiva;
d) Que gere extrema vantagem para a outra parte (NÃO PREVISTO PARA RELAÇÃO DE CONSUMO).
42
Rafael Barreto Ramos
2017
24/01/17
2. Formação dos contratos
IMPORTANTE – STJ:
Para o STJ, excepcionalmente, a fase de negociação preliminar pode gerar vinculação quando
há ofensa a boa-fé objetiva.
Ex. Empresa alimentícia, comumente, concedia sementes aos fazendeiros para, posteriormente,
comprar a colheita.
Em determinado ano, a dita empresa concedeu as sementes aos fazendeiros, todavia não
comprou a colheita.
2.2. Proposta/policitação
É séria/precisa.
PROPONENTE OBLATO
Vinculação
Ex. Receber propaganda com a fotografia da mercadoria e o seu respectivo valor.
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Rafael Barreto Ramos
2017
2.2.2. Formas
IMPORTANTE:
Uma proposta por telefone se reputa entre presentes (art. 428, inciso I – CC)
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a
pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a
pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao
conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
2.3. Aceitação
2.3.1. Conceito
PROPONENTE OBLATO
Vinculação
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Rafael Barreto Ramos
2017
Art. 433 - CC. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a
retratação do aceitante.
2.3.3. Formas
3. Vícios redibitórios (arts. 441 a 446 – CC – relações não consumeristas; arts. 18 a 20 CDC –
denominado vício do produto/serviço – relações de consumo)
3.1.1. Conceito
2 1
É o defeito oculto que contém a coisa objeto de contrato oneroso que a torne imprópria
ao uso ou prejudique o seu valor.
Ex. Comprei um carro do vizinho que, por sua vez, veio com um defeito do motor.
(1) Contrato oneroso: é aquele em que AMBAS AS PARTES sofrem sacrifícios patrimoniais.
(1.1) Contrato gratuito: é aquele em que apenas UMA DAS PARTES sofre sacrifício patrimonial.
Ex. Doação.
Art. 441 - CC. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos
ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
45
Rafael Barreto Ramos
2017
(2) Defeito oculto: aquele que não é de fácil constatação para o homem médio.
2.1
Pelo Código Civil, não se pode reclamar vícios aparentes .
IMPORTANTE:
3.1.2. Efeitos
A ação será redibitória será com PERDAS E DANOS se o ALIENANTE CONHECIA O DEFEITO.
Art. 443 - CC. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e
danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Art. 442 – CC. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar
abatimento no preço.
3.1.3. Prazos
Art. 445 – CC. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de
trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na
posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
46
Rafael Barreto Ramos
2017
contatos a partir
da descoberta
Entendimento acerca da interpretação dos prazos ratificado pelo STJ (Resp 1.095.882/SP).
“1 ano, não podem ultrapassar 1 ano da tradição” é expressão legal ilógica, posto que dá na mesma.
o
Art. 445 – CC - § 1 Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-
se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando
de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
IMPORTANTE:
Em relações de consumo, o prazo para reclamar dos vícios do produto ou do serviço está
previsto no art. 26 – CDC.
Art. 26 - CDC. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
§ 2° Obstam a decadência:
II - (Vetado).
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado
o defeito.
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos
ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar
abatimento no preço.
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2017
Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e
danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se
perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição.
Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta
dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o
prazo conta-se da alienação, reduzido à metade.
o
§ 1 Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do
momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens
móveis; e de um ano, para os imóveis.
o
§ 2 Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em
lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais, aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não
houver regras disciplinando a matéria.
Art. 446. Não correrão os prazos do artigo antecedente na constância de cláusula de garantia; mas o
adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob
pena de decadência.
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente
pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se
destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações
constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações
decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre que, em
razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou
características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial.
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não sendo possível
a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo diversos,
mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos
incisos II e III do § 1° deste artigo.
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Rafael Barreto Ramos
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III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam.
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto sempre
que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações
constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor
exigir, alternativamente e à sua escolha:
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios;
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao
consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as
indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha:
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta
e risco do fornecedor.
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles
se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer produto
considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição originais
adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do fabricante, salvo, quanto a estes
últimos, autorização em contrário do consumidor.
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Rafael Barreto Ramos
2017
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer
outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e,
quanto aos essenciais, contínuos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo,
serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste
código.
Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos produtos e
serviços não o exime de responsabilidade.
Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo expresso, vedada
a exoneração contratual do fornecedor.
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação
de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores.
§ 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço, são
responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação.
4.1. Conceito
(1) Perda da coisa em virtude de decisão administrativa: Entendimento solidificado pelo STJ (informativo
414, STJ).
Denunciação da lide
reivindica
Aliente Adquirente (evicto) Terceiro (evictor)
oneroso
- NÃO CABE EVICÇÃO REFERENTE A CONTRATO GRATUITO, SEM EXCEÇÕES.
Denunciação da lide por saltos (per saltum) (art. 456 – CC) NÃO MAIS É CABÍVEL NA EVICÇÃO (REVOGADA
PELO NOVO CPC).
Art. 456 - CC. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o
alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do
processo. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
Parágrafo único. Não atendendo o alienante à denunciação da lide, e sendo manifesta a procedência da
evicção, pode o adquirente deixar de oferecer contestação, ou usar de recursos. (Revogado pela Lei
n º 13.105, de 2015) (Vigência)
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Rafael Barreto Ramos
2017
- De acordo com o Novo CPC e o STJ, a denunciação da lide não é o único caminho a ser seguido pelo
evicto. É possível também o manejo de uma ação regressiva autônoma (art. 125, §1º - NCPC).
Art. 125 - CC. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a
fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de
quem for vencido no processo.
o
§ 1 O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida,
deixar de ser promovida ou não for permitida.
o
§ 2 Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor
imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado
sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por
ação autônoma.
4.2. Pedidos
Art. 457 - NCPC. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
No contrato feito entre o alienante e o adquirente, é possível que haja uma cláusula de reforço,
de diminuição ou, até mesmo, de exclusão da responsabilidade do alienante em caso de evicção.
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Art. 448 - CC. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade
pela evicção.
Art. 449 - CC. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o
evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado,
não o assumiu.
Ø Responsabilidade civil
1.1. Conceito
É aquela em que o fundamento para o dever de reparar reside na culpa lato sensu.
Art. 927 - CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.
COMBINADO COM
Art. 186 - CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
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1.2. Elementos
+
2. Dano
+
3. Nexo Causal
1.2.1.1. Conceito
1
A conduta antijurídica ocorre quando há violação ao neminem laedere .
a) Dolo
imperícia
Ocorre quando o agente atua com culpa, mas a vítima também contribui com uma parcela de culpa para
a eclosão do evento danoso.
Ex. A, em alta velocidade, atropela B que, por sua vez, atravessava a rua em local proibido. O motorista
vai pagar, mas pagará menos.
Art. 945 - CC. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será
fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano.
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Faz com que o ato se torne LÍCITO e, em regra, há o afastamento da responsabilidade civil.
(1) Exceção – excludente de ilicitude que NÃO afasta a responsabilidade civil (art. 929 c/c art. 188, inciso
II – CC – vide abaixo): Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, em estado de necessidade, não forem
culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
(1) Reconhecido: Entendem os civilistas que, ao trazer a expressão reconhecido, o Código Civil,
IMPLICITAMENTE, prevê a excludente de ilicitude estrito cumprimento do dever legal.
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem
absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
Art. 929 - CC. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados
do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
1.2.2. Dano
1.2.2.1. Conceito
1
Dano é a lesão a um bem jurídico .
1.1
Dano emergente
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Art. 402 - CC. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor
abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
IMPORTANTE:
As perdas e danos são formadas pelo dano emergente e lucros cessantes (vide conceitos acima).
- Conceito
- Direitos da Personalidade
Ocorre quando há ofensa aos direitos da personalidade que, a seu turno, são aqueles direitos aos nossos
atributos fundamentais (Exs. Honra, imagem, intimidade, privacidade, etc.). São ILIMITADOS, não há um
rol exaustivo previsto em lei.
Art. 52 - CC. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
- Planos
b) Psíquico
c) Moral
Nota:
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.
Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e
danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo
o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar
diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida
em lei especial.
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou
em parte, para depois da morte.
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Rafael Barreto Ramos
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Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a
intervenção cirúrgica.
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que
a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção
o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as
providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. (Vide ADIN 4815)
- Material/moral: Possível
Súmula: 37 - STJ
- Moral/estético: Possível
É aquele que INDEPENDE de produção probatória. Entretanto, a presunção é RELATIVA (o réu pode
produzir prova em contrário).
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Rafael Barreto Ramos
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Da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando
preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento.
“Se o sujeito possui 49 inscrições devidas no SPC. A 50ª, mesmo que indevida, não acarretará em dano
moral.”
Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada de imagem de pessoa com
fins econômicos ou comerciais.
1.2.2.4.1. Conceito
Ex. Indivíduo passa na 1ª etapa de um concurso brilhantemente, mas não consegue realizar a 2ª em razão
de problemas no ônibus em que se encontrava.
Para o STJ, a perda de uma chance aplica-se tanto ao dano moral quanto ao dano material.
1.2.2.4.3. Indenização
Juízo de probabilidade.
Ex. Pergunta de 1 milhão do programa “Show do Milhão” sem resposta. Participante desiste e ganha 500
mil. STJ decidiu que a participante seria indenizada em 125 mil, posto que teria 25% de chance de acertar
a questão, caso esta possuísse resposta.
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Rafael Barreto Ramos
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1.2.3.1. Conceito
1.2.3.2.2. Hipóteses
a) Caso fortuito ou força maior: evento necessário cujos efeitos não se pode impedir.
- Caso fortuito interno – NÃO EXCLUI O NEXO: o fato está CONEXO à organização e atuação da empresa.
Ex. Infarto que o motorista de ônibus sofra na direção do veículo (deveria ser detectado nos exames
periódicos que a empresa deveria fazer em seus motoristas).
- Caso fortuito externo - EXCLUI O NEXO: o fato NÃO está conexo à atuação e organização da empresa.
Art. 393 - CC. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se
expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era
possível evitar ou impedir.
As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno
relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias. (Súmula 479,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/06/2012, DJe 01/08/2012)
Ex. Vítima se joga em frente a um carro visando se suicidar e logra êxito em sua empreitada.
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Rafael Barreto Ramos
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c) Culpa de terceiro
Ex. Engavetamento.
Nota:
2.1. Conceito
Art. 927 - CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.
Art. 187 - CC. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
E outros
2.2. Elementos
1. Atividade de risco1
+
2. Dano (aplica-se o item 1.2.2. supra)
+
3. Nexo Causal (aplica-se o item 1.2.3. supra)
(1) Atividade de risco: Não há previsão legal. O Juiz deve decidir no caso concreto.
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Ex. Código de Defesa do Consumidor quanto ao fornecedor (nesta matéria, foca-se no Código Civil).
A regra, no nosso ordenamento, é que nós somos responsáveis apenas pelos nossos atos.
Excepcionalmente, pode ser que uma pessoa tenha que pagar por um fato de um terceiro.
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho
que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo
para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Art. 933 - CC. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de
sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
Art. 934 - CC. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele
por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
- Dono/detentor de animal:
Art. 936 - CC. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar
culpa da vítima ou força maior.
O dono, ou detentor, do animal SEMPRE ressarcirá o dano por este causado – FALSO.
Art. 937 - CC. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta
provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
- Prédio “normal” (não é em ruínas ou em construção) – aquele que habitar (não necessariamente
precisa ser dono):
STJ - SE NÃO DESCOBRIR QUEM HABITA, OU DE QUAL APARTAMENTO VEIO O OBJETO QUE ACARRETOU
EM DANO, O CONDOMÍNIO DEVE PAGAR
Art. 938 - CC. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que
dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
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Rafael Barreto Ramos
2017
Ex. Indivíduo que escuta música alta na madrugada, atingindo o direito ao repouso dos vizinhos.
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Art. 187 - CC. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes.
(1) Também comete ato ilícito: Expressão atécnica, posto ser referente a requisito para a
responsabilidade subjetiva.
Nada obstante a redação infeliz do art. 187 – CC, trata-se de RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
IMPORTANTE – STJ:
Para o STJ, agiu com abuso de direito a instituição de ensino que extinguiu curso superior de forma
ABRUPTA.
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