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SEMANA DA SEGURANÇA

QUÍMICA
O GHS–Sistema Globalmente
Harmonizado para Rotulagem de
Substâncias Químicas: Histórico,
conceitos e a implementação no setor
trabalho no Brasil
São Paulo
Arline Sydneia Abel Arcuri
FUNDACENTRO

17 de outubro de 2017
1
Um pouco de história
Grande parte do esforço destinado a
enfrentar os problemas decorrentes
do uso crescente de produtos químicos
foi estimulado pela Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente, celebrada em Estocolmo,
em 1972. Várias organizações
principalmente da ONU,
desenvolveram atividades relacionadas
a Segurança Química desde então:
PNUMA, OMS, OIT, FAO, OECD

2
Um pouco de história

A posição do Brasil - na época sob o


governo militar - era a de
"Desenvolver primeiro e pagar os
custos da poluição mais tarde", como
declarou o Ministro Costa Cavalcanti,
na ocasião.

http://amaliagodoy.blogspot.com/2007/09/desenvolvimento-sustentvel-
evoluo_16.html

3
1972
Neste ano o Departamento de Estado norte-
americano elaborou um documento intitulado "Brasil -
Se o Desenvolvimento Traz Poluição, Que Assim Seja”
("Brazil -If Development Brings Pollution, so Be It").

Este relatório procurava dar uma panorâmica da


situação do meio ambiente no Brasil para o governo
Nixon (1969-1974).

Este relatório concluía:


"No futuro, o Brasil poderá até mesmo se
tornar um "porto seguro de poluição" para
empresas que estejam procurando escapar a
restrições de países com controles."

4
Um pouco de história
Em 1989, a Assembléia Geral das Nações
Unidas havia decidido convocar uma
Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e o Desenvolvimento
(CNUMAD) para:
-elaborar estratégias e medidas com o fim de
deter e inverter os efeitos da degradação do
meio ambiente.
-intensificar os esforços nacionais e
internacionais para promover o desenvolvimento
sustentável e ambientalmente racional em todos
os paises.

5
Um pouco de história
Em 6 de junho de 1990, em sua
septuagésima sétima reunião, a
Organização Internacional do Trabalho
elaborou e adotou a Convenção (170) e a
Recomendação (177) sobre Segurança no
Uso de Produtos Químicos no Trabalho.

A adoção destes instrumentos exige que um


país possua um sistema para classificação
e rotulagem de produtos químicos

6
Convenção 170
Segurança na utilização de produtos
químicos no trabalho

Ratificada no Brasil pelo Decreto


Legislativo nº 67 de 1995 do Senado
Federal e Decreto Lei nº 2657 da
Presidência da República, publicado no
Diário Oficial da União em 6/7/98
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2657.htm

7
Convenção 170
Aplicação
Todos os ramos da atividade econômica nos quais os
produtos químicos são utilizados

Princípios
• Consultar organizações representativas de
trabalhadores e empregadores
• Revisar periodicamente
• Autoridade competente – se se justificar por
motivos de segurança e saúde, poderá de proibir ou
restringir o uso de substâncias perigosas ou exigir
notificação prévia e autorização para o uso de tais
substâncias.

8
Convenção 170
Utilização de produtos químicos no trabalho implica toda
atividade de trabalho que poderia expor um trabalhador a um
produto químico, e abrange:
I) a produção de produtos químicos;
II) o manuseio de produtos químicos;
III) o armazenamento de produtos químicos;
IV) o transporte de produtos químicos;
V) a eliminação e o tratamento dos resíduos de produtos
químicos;
VI) a emissão de produtos químicos resultantes do
trabalho;
VII) a manutenção, a reparação e a limpeza de
equipamentos e recipientes utilizados para os produtos
químicos;

Portanto o ciclo de vida dos produtos químicos

9
Convenção 170
Obrigatoriedades
• Sistema de classificação
• Rotulagem – facilmente compreensível aos
trabalhadores e com informações
essenciais sobre a classificação do
produto, os danos que apresentam e as
medidas de precaução que devem ser
tomadas
• Fichas de informação de segurança de
produtos químicos (FISPQ)

10
Convenção 170

Responsabilidades dos fornecedores


(produtores, importadores ou
distribuidores)
Providenciar classificação, identificação,
rotulagem e ficha de segurança.
Assegurar que rótulos e FISPQ, sempre
atualizados, sejam disponibilizados aos
trabalhadores.

11
Um pouco de história
(cont.)
O comitê técnico da OIT também aprovou uma
resolução solicitando que a OIT estudasse as
etapas/tarefas que seriam necessárias para
se atingir a harmonização.

A OIT concluiu que havia quatro sistemas


principais existentes que necessitavam ser
harmonizados para se conseguir uma
abordagem global.

12
Um pouco de história
(cont.)
Sistemas Principais Existentes
• Recomendações da Nações Unidas para Transporte
de Produtos Perigosos (primeira recomendação
existente desde 1956)
• Diretrizes da União Européia sobre Substâncias e
Preparados Químicos (Diretiva 67/548/EEC (27 de Junho de 1967), relacionada
às disposições legislativas, regulamentares e administrativas de classificação, embalagem e
rotulagem de substâncias perigosas é a principal legislação da União Europeia sobre segurança
química)

• Normativas do Canadá sobre produtos químicos no


Ambiente de Trabalho, Consumidores e Pesticidas
• Normativas dos Estados Unidos sobre produtos
químicos no Ambientes de Trabalho, Consumidores
e Pesticidas

13
Um pouco de história
Logo após, em 1992 no Brasil, de 3 a 14
de junho de 1992, foi realizada a
Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento -
CNUMAD (UNCED) que ficou conhecida
como ECO92 ou RIO92

Os Acordos da RIO 92 foram endossados


pela Assembléia Geral das Nações
Unidas.

14
Um pouco de história
Entre os textos sobre meio ambiente e
desenvolvimento aprovados na
conferência, destacam-se:

Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente


e Desenvolvimento e

Agenda 21

15
Agenda 21
É um modelo para a ação em todas as
principais esferas que influenciam a
relação entre meio ambiente e
economia. Reflete um consenso
mundial e um compromisso político do
mais alto nível sobre a cooperação
mundial em relação ao
desenvolvimento e ao meio ambiente.

É constituída de 40 capítulos

16
Capítulo 19 da Agenda 21
Capítulo 19 da Agenda 21  Manejo
Ecologicamente Saudável das Substâncias
Químicas Tóxicas, incluída a Prevenção
do Tráfico Internacional Ilegal dos
Produtos Tóxicos e Perigosos.
– Incorpora as propostas destinadas a reforçar
a cooperação internacional com relação à
segurança química e a necessidade de maior
coordenação.
– No artigo 19.75 recomenda  "criação de foro
intergovernamental para o manejo e a avaliação de
riscos ligados aos produtos químicos”

17
Capítulo 19 da Agenda 21 
seis áreas programáticas:
A - Expansão e aceleração da avaliação internacional dos
riscos dos produtos químicos
B - Harmonização da classificação e da rotulagem dos
produtos químicos
C - Intercâmbio de informação sobre produtos químicos
tóxicos e riscos devido aos produtos químicos
D - Organização de programas de redução de riscos
E - Fortalecimento da capacidade e dos meios nacionais
para a gestão dos produtos químicos
F - Prevenção do tráfico internacional de produtos tóxicos
e perigosos

18
Capítulo 19 da Agenda 21

A área programática B do Capítulo 19


da Agenda 21, incorporou portanto, o
projeto referente a Harmonização
Internacional da Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos.

19
Capítulo 19 da Agenda 21
Injunção Específica
“Um sistema globalmente harmonizado
para classificação e rotulagem,
incluindo fichas de informações de
segurança de produtos químicos e
símbolos facilmente compreensíveis
deveriam estar disponíveis, se possível,
até o ano 2000”

20
Capítulo 19 da Agenda 21
Como resultado, e seguindo as
recomendações constantes do capítulo
19, em 1992  grupo de coordenação
sobre a harmonização dos sistemas de
classificação dos produtos químicos
(CG/HCCS – sigla em inglês –
Coordinating Group for the
Harmonization of Chemical Classification
Systems), sob os auspícios do Programa
Internacional de Segurança Química –
PISQ (IPCS – sigla em inglês –
International Program on Chemical
Safety).
21
Fórum Intergovernamental de
Segurança Química
As agências da ONU  PNUMA, OIT, e OMS
convocaram a Conferência Internacional sobre
Segurança Química, realizada em Estocolmo, Suécia, de
25 a 29 de abril de 1994,  Fórum Intergovernamental
de Segurança Química.

Este fórum foi constituído para promover


a cooperação internacional com a
finalidade de alcançar as metas da
Agenda 21, mais especificamente aquelas
referentes ao Capítulo 19

22
Fórum Intergovernamental de
Segurança Química
Em 1995, já sob os auspícios do FISQ o
CG/HCCS que era secretariado pela OIT,
passou a fazer parte das atividades do
“Inter-organization Programme for the Sound
Management of Chemicals” (IOMC).
IOMC criado  implementação das recomendações da CNUMAD
(ECO 92) relativas à segurança química.

23
Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos no Brasil
Set/1995 – “Jornadas de trabalho sobre
sistemas harmonizados de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos”
Projeto Interdepartamental sobre Meio
Ambiente e o Mundo do Trabalho/OIT
Realização:
– OIT
– FUNDACENTRO
– SSST/MTb

24
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
Deste evento 
“ Documento nacional sobre os meios e
Formas de Apoio para por em Prática
Sistemas Harmonizados de Classificação
e Rotulagem de Produtos Químicos a
Nível Nacional”
Feito levantamento da situação nacional
Inicio das ações no Brasil voltadas a
questão

25
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil

No Brasil a rotulagem de substâncias


químicas utilizadas em ambientes de
trabalho deveria seguir a Norma
Regulamentadora Número 26 (NR26),
que regulamenta a Portaria 3214 do
Ministério do Trabalho, que por sua
vez regulamenta o Capítulo 5º da CLT.

26
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
Senado Federal, através do Decreto Legislativo nº
67 de 1995 e a Presidência da República,
através do Decreto-Lei nº 2657, publicado no
Diário Oficial da União em 6/7/98 ratificam a
Convenção nº 170 da OIT, sobre “Segurança na
Utilização de Produtos Químicos no Trabalho”,
adotada na 77a Reunião da Conferência
Internacional do Trabalho (Genebra 1990).

27
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
1995/1996 – ações da equipe do programa
de saúde do trabalhador da PMSP 
rotulagem de produtos químicos em
empresas paulistas, principalmente no
inicio na área gráfica

Encaminhamento da questão para


intermediação do Ministério Público do
Estado de São Paulo, através da
Promotoria de Justiça de Acidentes do
Trabalho, Setor de Prevenção

28
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
MP encaminha 1º processo para parecer da
FUNDACENTRO
FUNDACENTRO  sugestão de rotulagem
baseada na “Proposta de Diretiva do
Parlamento Europeu e do Conselho Relativa
a Classificação, Embalagem e Rotulagem de
Substâncias Perigosas” (CCE, 1993)
apresenta as normas a serem aplicadas na
Comunidade Européia sobre rotulagem de
substâncias perigosas.

29
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
Aumento significativo de processos sobre
rotulagem
MP cria grupo de trabalho multidisciplinar com a
responsabilidade de propor inicialmente modelo
de rotulagem que possibilitasse a manipulação
segura de substâncias químicas, complementado
posteriormente com modelo de ficha de
informação de segurança. Inicialmente a
solicitação visava apenas as misturas contendo
solventes orgânicos e foi posteriormente
ampliada para outros tipos de produtos
químicos.
30
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil

O grupo de trabalho recomendou os itens que


deveriam constar obrigatoriamente do
rótulo do recipiente de produto, assim como
o conteúdo e modelo geral de Ficha de
Informação de Segurança de Produto
Químico (FISPQ) que deveria fornecer um
conjunto de informações em 16 títulos
baseados na Recomendação 177 da OIT

31
Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos no Brasil
Composição do grupo de trabalho instituído em 1997
Arline Sydneia Abel Arcuri1; Cleide Lopes2; Esther M.O. Archer
Camargo Andrade3; Luíza Maria Nunes Cardoso 4; Magda Andreotti5;
Neli Pires Magnanelli6

1 Química Pesquisadora da FUNDACENTRO, na Coordenação de Higiene


do Trabalho
2 Médica do Trabalho do Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador da Lapa
3 Higienista Ocupacional e Enfermeira do Trabalho do Centro de
Referência em Saúde do Trabalhador de Santo Amaro
4 Química Pesquisadora da FUNDACENTRO, na Coordenação de Higiene
do Trabalho
5 Médica Sanitarista e do Trabalho, do Centro de Referência em Saúde
do Trabalhador Freguesia do Ó
6 Farmacêutica-Bioquímica do Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador da Lapa

32
Participação em encontros
internacionais
Entre 1998 e 2001
Participação brasileira
(FUNDACENTRO e MTE) em reuniões
do Grupo de Trabalho de
Comunicações de Risco / GHS (WGHS
– Working Group Hazard
Comunication) coordenado pela OIT

33
Norma ABNT 14725 jul 2001
ABNT elabora “Ficha de informações de
segurança de produtos químicos – FISPQ”
Para atender demanda das indústrias
pressionadas pelo Ministério Público para
elaboração de fichas e rótulo.
Norma sofreu algumas revisões
Conteúdo do GHS foi traduzido, adaptado e
está distribuído em 5 normas
Disponível pelo convenio entre ABIQUIM e
ABNT
http://www.abntcatalogo.com.br/abiquim/ 34
Está em andamento projeto de Lei
sobre Substâncias Químicas de Uso
Industrial que exigirá a adoção do
GHS.

35
GHS
aprovação
O GHS foi formalmente aprovado pelo
Comitê Econômico e Social da
Organização das Nações
Unidas, em 2003

36
O que é o GHS ?
Globally Harmonized System for Classification
and Labeling of Chemicals

Globally - Geral ou Global? ou ambos?


Harmonized = Harmonizado (e não padronizado)
Chemicals = Produtos Químicos

Sistema Globalmente Harmonizado de


Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos

37
O que é o GHS ?
Uma abordagem de fácil
compreensão e sistematizada para
definição e Classificação de perigos
de produtos químicos e para
Comunicação desses, através de
Rótulos e Fichas de dados de
segurança (SDS).

38
O que é o GHS ?

Fornece ainda a
infraestrutura básica para
o estabelecimento de
programas nacionais de
segurança química

39
Porque o GHS é necessário?
Nenhum país tem a capacidade de
identificar e regular detalhadamente
o risco de cada produto químico

A adoção de exigências sobre as


informações que acompanham o
produto ajuda nas medidas
necessárias de proteção.

40
Porque? (cont.)

Apesar de similares, as informações


vindas de diferentes países ainda
eram diferentes o suficiente a
ponto de existirem rótulos e fichas
de informações de segurança
diferentes para um mesmo produto,
no comércio internacional.

41
Porque? (cont.)
Países que possuem sistemas nacionais
tinham exigências diferentes para a
classificação de risco, bem como as
informações a serem incluídas no
rótulo ou na ficha de informações de
segurança.

Por exemplo, um produto pode ser considerado inflamável ou


tóxico no país em que esteja sendo produzido, mas não para
o qual esteja sendo exportado.

42
Exemplo das Diferenças
Antes deste esforço de harmonização, a União
Européia tinha como “valor de corte” de 25
mg/kg (oral), para Toxicidade Aguda -
Classe 1, enquanto os Estados Unidos tinham
50 mg/kg.

Todos os produtos químicos entre 25 e 50


mg/kg eram, como resultado, classificados
de forma diferente.

43
Exemplo das Diferenças
Exemplo de Classificações para Toxicidade
Substância com Toxicidade Oral Aguda LD50 = 257 mg/kg

Transporte (TDG): líquido: ligeiramente tóxica; sólida: não


classificada
União Européia Nociva (símbolo: Cruz de Santo Andre )
EUA Tóxico
Canadá Tóxico
Austrália Nocivo
Índia Não-tóxico
Japão Tóxico
Malásia Nocivo
Tailândia Nocivo
Nova Zelândia Perigosos
China Não perigoso
Coréia do Sul Tóxico
Palestra Roque Puiatti - Uberlândia agosto 2011 - O Sistema Globalmente Harmonizado de
Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), a Convenção 170 da OIT e a nova NR 26
44
Porque? (cont.)
Estas diferenças impactam tanto na
proteção como no comércio.

Na área de proteção, os usuários em


países que não têm exigências
específicas, podem encontrar rótulos
ou fichas com informações diferentes
para o mesmo produto químico.

45
Porque? (cont.)
Na área do comércio, a necessidade de
cumprir com múltiplos regulamentos
referentes à classificação e rotulagem é
onerosa

Empresas de pequeno e de médio portes ficam


impossibilitadas de comercializar
internacionalmente produtos químicos devido
ao ônus do cumprimento de múltiplos
regulamentos.

46
Objetivo do GHS
O objetivo principal do sistema
de classificação e comunicação
dos perigos (hazards) é fornecer
informações para proteção da
saúde humana e do meio
ambiente.

47
Públicos Alvo
Os públicos-alvo abrangem,
especialmente:
trabalhadores nos locais de
trabalho,
 consumidores,
 trabalhadores no transporte, e
 pessoal de emergência.

48
Benefícios da Harmonização
– Países, organismos internacionais, fabricantes de
produtos químicos e usuários se beneficiarão deste
sistema harmonizado
• Aumento da proteção para os seres humanos e ao meio
ambiente.
• Facilitação para o comércio internacional de produtos
químicos.
• Redução da necessidade de testes e avaliações.
• Serve de plataforma aos países e aos organismos
internacionais na garantia da gestão segura de
produtos químicos.

Os países terão um sistema internacional


disponível, sem a necessidade de desenvolver toda a
infra-estrutura necessária para a construção e
manutenção de um sistema dessa magnitude. 49
Princípios da Harmonização
As proteções não foram reduzidas;
• O entendimento (comprehensibility) é uma questão
essencial.

• Todos os tipos de produtos químicos são abrangidos e o


sistema é baseado nas propriedades intrínsecas (hazards)
dos produtos químicos.

• Todos os sistemas estão em processo de fazer alterações.

• O GHS não é compulsório.

• Building Block Approach (BBA)-(abordagem por módulos)


Permite flexibilidade na escolha, por exemplo, de Classes
de Perigos e Categorias.
Ex: Não adotar Classe V para Toxicidade Aguda

50
GHS : aplicação
Aplicação: Produtos químicos (substâncias químicas
puras, suas soluções diluídas ou misturas de
substâncias químicas elaborados por processos
químicos em laboratório ou indústria)
Não se aplica a:
• Minerais e biomassa não processados quimicamente.
• Substâncias intermediárias não isoladas.
• Produtos destinadas ao utilizador final (exposição
intencional)
– Medicamentos
– Medicamentos veterinários
– Produtos cosméticos e higiene pessoal
– Dispositivos médicos (contendo produtos químicos)
– Gêneros alimentícios
– Aditivos alimentares
• Substâncias ou produtos radioativos

51
GHS : aplicação
Fármacos, aditivos em alimentos,
cosméticos e resíduos de pesticidas em
alimentos não estão abrangidos em
termos de rotulagem do ponto de vista
de ingestão intencional, mas podem ser
abrangidos onde trabalhadores
estejam expostos nos locais de
trabalho e no transporte.

52
Texto final
O Documento do GHS junta o
trabalho técnico elaborado
com informações explicativas
no chamado
“Livro Púrpura”
1ª edição em 2005
Revisões a cada 2 anos (2007,
2009, 2011, 2013, 2015 e 2017)
53
GHS
Revisão 6
2015

http://www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/ghs_rev06/06files_e.html#c38156

54
6ª edição
Contém várias disposições novas ou revistas, incluindo:
•Nova classe de perigo de explosivos dessensibilizados
•Nova categoria de perigo para gases pirofóricos;
•Disposições diversas destina-se a clarificar os critérios
para algumas classes de perigo (explosivos, de toxicidade
para órgãos-alvo específicos na sequência de exposição única,
risco de aspiração e perigosos para o ambiente aquático);
•Informações adicionais a serem incluídas nas Fichas de
Dados de Segurança (seção 9);
•Revisão e racionalização de mais recomendações de
prudência e
•Novo exemplo no anexo 7 sobre rotulagem de embalagens
pequenas.

55
GHS
Revisão 7
2017

GHS (Rev.7) (2017) - Globally Harmonized System of Classification and


Labelling of Chemicals (GHS)
https://www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/ghs_rev07/07files_e0.html

56
7ª edição
Revisão dos critérios para classificação de Gases
Inflamáveis na categoria 1;
Alteração nas definições de algumas classes de risco para a
saúde a fim de melhor clareza em tais interpretações;
Orientação adicional para ampliar a cobertura da seção 14
das SDS/FISPQ para todas as cargas a granel
transportadas sob instrumentos da International Maritime
Organisation (IMO), independentemente do seu estado
físico;
Frases de precaução (Frases P) revisadas no Anexo 3;
E um novo exemplo para a rotulagem de pequenas
embalagens com rótulos dobráveis, no Anexo 7.

REVISÃO 7 DO GHS (PURPLE BOOK) JÁ ESTÁ DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD


http://br.lisam.com/pt-br/lisam/news/revis%C3%A3o-7-do-ghs-purple-book-j%C3%A1-
est%C3%A1-dispon%C3%ADvel-para-download/
57
Documento GHS (Livro Púrpura)
Parte 1 Introdução e 5 Cap.
Comunicação de Perigos

Parte 2 Critérios dos Perigos 16 Cap.


Físico-Químicos 17 na 6º
ed.

Parte 3 Critérios dos Perigos à 10 Cap.


Saúde

Parte 4 Critérios para o Meio 2 Cap.


Ambiente
58
Anexos
Anexo 1 – Tabela resumo sobre a classificação e rotulagem
Anexo 2 – Reservado
Anexo 3 – Codificação das Frases de Perigo; codificação e uso
das frases de Precaução; codificação dos pictogramas de perigo
e exemplos de pictogramas de precaução
Anexo 4 - Diretrizes sobre a preparação de Ficha de Dados
de Segurança de Produto Químico (FDS)
Anexo 5 - Rotulagem de produtos para o consumidor
baseada na probabilidade de danos à saúde.
Anexo 6 - Metodologia de avaliação de compreensibilidade dos
instrumentos de comunicação de perigo
Anexo 7 - Exemplos de distribuição dos elementos do GHS
nos rótulos
Anexo 8 - Exemplo de classificação segundo o Sistema
Globalmente Harmonizado
Anexo 9 - Diretrizes sobre os perigos para o ambiente
aquático
Anexo 10 - Diretrizes sobre a transformação/dissolução de
metais e compostos metálicos em meio aquoso
59
Elementos do GHS
Sistema de Classificação quanto aos perigos
- físicos (incêndio, explosão, reatividade)
- à saúde humana
- ao meio ambiente

Comunicação de perigos e riscos genéricos (nos


usos previstos)
Rotulagem (ou etiquetagem) preventiva
Ficha de Dados de Segurança (FDS)

60
Classificação segundo o GHS
Classificação baseada nas propriedades
intrínsecas – perigo (hazards).

Dados disponíveis são aplicados para a


classificação de substâncias e misturas.

Um dos objetivos do GHS é permitir


“auto-classificação”

61
Classificação segundo o GHS
1.3.2.2.2 A classificação de perigos inclui apenas
3 etapas, ou seja
(a)identificação de dados relevantes sobre os
perigos de uma substância ou mistura;
(b)subseqüente revisão de tais dados para
comprovar os perigos associados com as
substâncias ou misturas
(c) decisão sobre se a substância ou mistura
será classificada como substância ou
mistura perigosa e o grau de perigo, sempre
que apropriado, por comparação dos dados com
os critérios de classificação de perigo acordados.

62
Classificação segundo o GHS
1.3.3 Considerações específicas para a classificação de
misturas
Substância: Os elementos químicos e seus compostos em
estado natural ou obtidos por qualquer processo de produção,
incluindo qualquer aditivo necessário para preservar a
estabilidade do produto e quaisquer impurezas que derivem
do processo utilizado, mas excluindo qualquer “solvente” que
possa ser separado sem afetar a estabilidade da substância
ou modificar sua composição.
Mistura: Misturas ou soluções compostas de duas ou mais
substâncias que não reagem entre si.
Liga: Material metálico, homogêneo em escala macroscópica,
constituído de dois ou mais elementos de tal modo combinados
que não podem ser facilmente separados por meios mecânicos.
As ligas são consideradas como misturas para a finalidade de
classificação de acordo com o GHS.
63
O QUE É PRODUTO QUÍMICO
PERIGOSO?
Produto químico quem tem o potencial de
causar danos e que tenha sido classificado
como tal a partir de critérios previamente
definidos e dados obtidos em ensaios
específicos.

Não é adequado dizer “produto não perigoso”


mas produto não classificado como perigoso. A
princípio, qualquer material ou produto químico
pode dar origem a um determinado risco.

64
GHS: Perigos físicos
CLASSES CATEGORIAS

Explosivos Div Div. Div Div Div Div


1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6
Gases inflamáveis 1 2

Aerossóis inflamáveis 1 2

Gases oxidantes 1

Gases sob pressão C L Rf Ds

Líquidos inflamáveis 1 2 3 4

Sólidos inflamáveis 1 2

Substâncias e misturas auto- A B Ce Ee G


D F
reativas

65
GHS: Perigos físicos
CLASSES CATEGORIAS

Líquidos pirofóricos 1

Sólidos pirofóricos 1 2

Substâncias e misturas que auto- 1 2


aquecem
Substâncias e misturas, em contato 1 2 3
com a água, emitem gases inflamáveis
Líquidos oxidantes 1 2 3

Sólidos oxidantes 1 2 3 4

Peróxidos orgânicos A B CD EF

Corrosivos para metais 1

Explosivos “desensitized” (incluido 2015) 1 2 3 4


66
Explosivos “desensitized”
Exemplo:
Picrato de amônio seco ou com menos de
10% de água  explosivo classe 1
Picrato de amônio molhado com pelo
menos 10% de água, em massa 
explosivo “desensitized”

67
GHS - Perigos à saúde humana
CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade aguda 1 2 3 4 5

Corrosão / Irritação à pele 1 2 3

Lesões oculares graves / 1 2A 2B


Irritação ocular
Sensibilização respiratória 1AB

Sensibilização à pele 1AB

Mutagenicidade em células 1AB 2


germinativas
Carcinogenicidade 1AB 2

Toxicidade à reprodução 1AB 2 Lactação

68
GHS - Perigos à saúde humana

CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade para órgãos-alvo 1 2 3


específicos- Exposição única
Toxicidade para órgãos-alvo 1 2 2B
específicos – Exposição repetida
Perigo por aspiração 1 2

69
GHS - Perigos ao meio
ambiente
Classificação: Perigos ao meio ambiente
CLASSES CATEGORIAS

Toxicidade aguda – amb. aq. 1 2 3

Toxicidade crônica – amb. aq. 1 2 3 4

Perigoso para camada de O3 1 2 3

Perigoso para a Camada de Ozônio introduzido nas 3ª e 4ª versões (2008 e 2010)

70
Contaminantes ou impurezas

Contaminantes ou impurezas somente são


considerados para fins de classificação se as
concentrações forem iguais ou superiores a
determinados valores limites de concentração.
[Limites de concentração ou concentrações de
corte - cut-off]

71
Limites de concentração de contaminantes
para classes de perigo à saúde [cut off
values]
Classe de perigo Concentração
Toxicidade aguda ≥1%
Corrosão / irritação da pele ≥1%
Lesões oculares grave s/ irritação ocular ≥1%
Sensibilizante respiratório ≥ 0,1 %
Sensibilizante da pele ≥ 0,1 %
Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 1 ≥ 0,1 %
Mutagenicidade em células germinativas – Cat. 2 ≥1%
Carcinogenicidade ≥ 0,1 %
Toxicidade à reprodução ≥ 0,1 %
Toxicidade para órgãos-alvo específicos- ≥1%
Exposição única
Toxicidade para órgãos-alvo específicos- ≥1%
Exposição repetida
72
Elementos-chaves de comunicação de
perigos que foram harmonizados
Identificação do produto químico/composição dos
ingredientes da mistura
Símbolos/pictogramas (symbols/pictograms)
Palavras de Advertência (perigo, atenção)(signal
words)
Frases de Perigos - H(hazard statements)
Frases de Precaução – P (precautionary statement)
e pictogramas de precaução
Fichas de Dados de Segurança (SDS)

73
Elementos-chaves de comunicação de
perigos que foram harmonizados
Identificação do produto químico/composição dos
ingredientes da mistura
Símbolos/pictogramas (symbols/pictograms)
Palavras de Advertência (perigo, atenção)(signal words)
Frases de Perigos - H(hazard statements)
Frases de Precaução – P (precautionary statement) e pictogramas de
precaução
Fichas de Dados de Segurança (SDS)  corresponde ao FISPQ

74
Identificação do Produto ou Identidade
Química
A identificação do produto utilizada no rótulo deve coincidir com a
usada na SDS

Para substâncias, o rótulo deve incluir a identidade química da


substância

Para misturas ou ligas, o rótulo deve incluir a identidade química de


todos os ingredientes ou ligas que contribuem para toxidade
aguda, corrosão cutânea ou danos oculares graves,
mutagenicidade em células germinativas, carcinogenicidade,
toxicidade para a reprodução, sensibilização respiratória ou a
pele ou Toxicidade sistêmica em órgão alvo TOT

Número das Nações Unidas (TDG) quando a substância é coberta


pela regulamentação de transporte de produtos perigosos.

75
Declaração de ingredientes
Substâncias:
– Identidade química (conforme determinado pela
IUPAC, ISO, CAS ou nome técnico)

Misturas
– Identidades químicas de todos os ingredientes que
contribuem para:
• Toxicidade aguda,
• Corrosão da pele ou dos olhos,
• Mutagenicidade,
• Carcinogenicidade
• Toxicidade reprodutiva,
• Sensibilização da pele ou respiratória,
• Toxicidade sistêmica em órgãos específicos.

76
Informações confidenciais
As autoridades nacionais competentes devem
criar mecanismos apropriados para
Confidencialidade das Informações”
Confidential Business Information - CBI)
As regras das autoridades competentes para
CBI têm precedência em relação ao GHS
para declaração de ingredientes

Os princípios estabelecidos devem


observar fundamentalmente, o
“direito de saber”

77
Informações confidenciais
( Confidential Business Information (CBI))
GHS 1.4.8.3
A proteção das informações confidenciais devem ser
consistentes com os seguintes princípios gerais:
(a) As informações confidencias devem se limitar aos
nomes das substâncias químicas e suas concentrações
nas misturas. Todas as outras informações devem ser
disponibilizadas conforme requeridas;
(b) O rótulo ou ficha de informação de segurança deve
indicar se há informação confidencial;
(c) As CBI devem ser disponibilizadas às autoridades
competentes se requeridas. A autoridade competente
deve proteger a confidencialidade da informação de
acordo com a lei e a prática aplicável;
78
Informações confidenciais
(Confidential Business Information (CBI))
(d) Em uma emergência médica a informação
deve ser fornecida
(e) Em situações de não emergência as
informações devem ser dadas aos
profissionais de SST, se forem dadas
justificativas convincentes
(f) Se a informação for negada os produtores
ou empregadores devem justificar muito bem
o motivo da negação

79
Elementos-chaves de comunicação de
perigos que foram harmonizados
Identificação do produto químico/composição dos ingredientes da
mistura
Símbolos/pictogramas (symbols/pictograms)
Palavras de Advertência (perigo, atenção)(signal words)
Frases de Perigos - H(hazard statements)
Frases de Precaução – P (precautionary statement) e pictogramas de
precaução
Fichas de Dados de Segurança (SDS)  corresponde ao FISPQ

80
Forma e Cores do Pictograma

Para o transporte, os pictogramas usados


terão a cor de fundo e o símbolo
especificado no regulamento do UNRTDG

No GHS (for supply), os pictogramas terão


um símbolo de cor preta em fundo branco
com uma moldura vermelha (ou preta)

81
Pictogramas do Transporte utilizados no GHS

82
Pictogramas do GHS

Perigoso à Crânio e ossos


saúde cruzados

Meio ambiente

Corrosão
Ponto de
Chama exclamação

Chama sobre Cilindro de gás


círculo Bomba explodindo

83
Pictogramas do GHS

Toxicidade aguda
(severa)
•Carcinogênico •Perigoso ao meio ambiente
•Mutagênico
•Tóxico à
reprodução
•Inflamáveis •Sensibilizante
•Autorreagentes respiratório
•Pirofóricos •Tóxico sistêmico
•Combustão para certos
•Toxicidade aguda
espontânea órgãos alvos •Corrosivos
(moderada)
•Emitem gases •Irritante
inflamáveis •Sensibilizante à
pele

•Explosivos
•Autorreagentes •Gases sob pressão
•Peróxidos orgânicos
•Oxidantes
•Peróxidos orgânicos
84
Pictograma

Borda

Cor

Símbolo
Fundo

85
Classificação para líquidos
inflamáveis
Categoria Critério

1 Ponto de fulgor < 23°C (73°F) e ponto inicial de ebulição ≤ 35°C (95°F)

2 Ponto de fulgor < 23 °C (73°F) e ponto inicial de ebulição > 35°C


(95°F)

3 Ponto de fulgor ≥ 23 °C (73°F) e ponto inicial de ebulição ≤ 60 °C


(140°F)

4 Ponto de fulgor > 60 °C (140°F) e ponto inicial de ebulição ≤ 93 °C


(200°F)

86
87
Pictogramas para diferentes classes de perigos á saúde

Classes de Perigos à Saúde Categoria de Perigo


1 Toxicidade Aguda 1 2 3 4 5
Atenção

Perigo Perigo Perigo Atenção

2 Irritação/Corrosão cutânea 1 1A/B/C 2 3


Atenção
Atenção
Perigo
3 Irritação/Graves Danos Oculares 1 2A 2B
Atenção

Perigo Atenção

4 Sensibilização Respiratória 1
Perigo
5 Sensibilização cutânea 1
Atenção

88
Pictogramas para diferentes classes de perigos
á saúde
Classes de Perigos à Saúde Categoria de Perigo

6 Mutagenicidade 1 1A/B 2 Lactação


7 Carcinogenicidade Atenção ?
8 Toxicidade para a Reprodução
Perigo Atenção

9 TOT – exposição única 1 2 3


10 TOT – exposição repetida
11 Perigo por aspiração Atenção ?
Perigo Atenção

Nota: Não se usa mais a Cruz de Sto André

Nota: Não se usa mais o crânio com ossos cruzados para


efeitos crônicos
89
Classificação para toxicidade aguda
Toxicidade Categoria Categoria Categoria Categoria Categoria
aguda 1 2 3 4 5
Oral ≤5 >5 > 50 > 300 Critério:
• DL 50
(mg/kg) ≤ 50 ≤ 300 ≤ 2000 antecipada entre
2000 e 5000
Dermal ≤ 50 > 50 > 200 > 1000 mg/kg;
(mg/kg) ≤ 200 ≤ 1000 ≤ 2000 • Indicação de
efeito
Gases ≤ 100 > 100 > 500 > 2500 significante em
humanos;*
(ppm) ≤ 500 ≤ 2500 ≤ 20000 • Qualquer
mortalidade na
Vapores ≤ 0.5 > 0.5 > 2.0 > 10 classe 4;*
(mg/l) ≤ 2.0 ≤ 10 ≤ 20 • Sinais clínicos
significantes na
Poeiras e ≤ 0.05 > 0.05 > 2.0 > 1.0 classe 4;*
• Indicação para
névoas (mg/l) ≤ 0.5 ≤ 10 ≤5 outros estudos.*
*Se não se
justifica a
atribuição para
uma classe mais
perigosa.

http://www2.unitar.org/cwm/publications/cw/ghs/GHS_Companion_Guide_final_June2012_EN.pdf
90
Tabela D.19 — Toxicidade aguda – Inalação

Categoria 1 2 3 4 5

Pictograma Não exigido

Palavra de
Perigo Perigo Perigo Atenção Atenção
advertência
H333
H330 H330 H331 H332
Frase de Pode ser
perigo Mortal por Mortal por Tóxico por Nocivo por
nocivo por
inalação inalação inalação inalação
inalação
Frases de P260 P260
precaução: P261 P261
P271 P271
- prevenção P271 P271
P284 P284
P304 +P340 P304 +P340 P304 +P340 P304 +P340
- resposta a
emergências P310 P310 P311 P312 P304 + P312
P320 P320 P321
- armazena- P403+P233 P403+P233 P403+P233
mento P405 P405 P405
- disposição P501 P501 P501

Fonte: NBR14725-3, em processo de revisão. 91


Tabela D. 19 – Toxicidade aguda - Inalação
Categoria 1 2 3 4 5
Pictograma Não exigido

Palavra de Perigo Perigo Perigo Atenção Atenção


advertência
Frase de perigo H330 H330 H331 H332 H333
Fatal se Fatal se Tóxico se Nocivo se Pode ser
inalado inalado inalado inalado nocivo se
inalado
Frase de P260 P260 P260 P260 Não exigidas
precaução: P271 P271 P271 P271
Prevenção P284 P284
Frase de P303 + P340 P303 + P340 P303 + P340 P303 + P340 P304 + P312
precaução: P310 P310 P311 P312
Resposta a P320 P320 P321
emergências
Frase de P403 + P233 P403 + P233 P403 + P233 Não exigidas Não exigidas
precaução: P405 P405 P405
Armazenamento
Frase de P501 P501 P501 Não exigidas Não exigidas
precaução:
Disposição

ABNT NBR 14725-3:2012

92
Elementos-chaves de comunicação de
perigos que foram harmonizados
Identificação do produto químico/composição dos ingredientes da
mistura
Símbolos/pictogramas (symbols/pictograms)
Palavras de Advertência (perigo, atenção)(signal
words)
Frases de Perigos - H(hazard statements)
Frases de Precaução – P (precautionary statement) e pictogramas de
precaução
Fichas de Dados de Segurança (SDS)  corresponde ao FISPQ

93
Palavras de Advertência (signal words)

Danger ou Warning - Perigo ou Atenção/Cuidado


• Usadas para enfatizar o perigo e para
diferenciar entre categorias de perigos (nível
de perigo)
• Por exemplo: Toxicidade aguda
Categoria 1  Danger = Perigo
Categoria 4  Warning = Atenção

ATENÇÃO
PERIGO
CUIDADO
94
Elementos-chaves de comunicação de
perigos que foram harmonizados
Identificação do produto químico/composição dos ingredientes da
mistura
Símbolos/pictogramas (symbols/pictograms)
Palavras de Advertência (perigo, atenção)(signal words)
Frases de Perigos - H(hazard statements)
Frases de Precaução – P (precautionary statement) e pictogramas de
precaução
Fichas de Dados de Segurança (SDS)  corresponde ao FISPQ

95
Frases de perigo (hazard statements)
“frase de perigo harmonizada para cada
categoria de perigo dentro de cada classe de
perigo”
Por exemplo: Tóxico agudo oral
Categoria 1: “Fatal se ingerido” H300
Categoria 2: “Fatal se ingerido” H300
Categoria 3: “Tóxico se ingerido” H301
Categoria 4: “Nocivo se ingerido” H302
Categoria 5: “Pode ser nocivo se ingerido” H303

96
Frases de perigo - exemplos
Código Frases de perigo para Classe de perigo (GHS Categoria
(1) perigos á saúde (2) Capítulo 3) de perigo
(4)
H300 Fatal se ingerido Toxicidade aguda – oral 1, 2
(Capítulo 3.1)
H301 Fatal se ingerido Toxicidade aguda– oral 3
(Capítulo 3.1)
H302 Tóxico de ingerido Toxicidade aguda– oral 4
(Capítulo 3.1)
H303 Toxicidade aguda– oral 5
Pode ser nocivo se ingerido (Capítulo 3.1)
H304 Pode ser fatal se ingerido Tóxico por aspiração 1
ou entrar nas vias aéreas (Capítulo 3.1)

H305 Pode ser tóxico se ingerido Tóxico por aspiração 2


ou entrar nas vias aéreas (Capítulo 3.1)

97
Classificação: classe/categoria de perigo + frase H
Ex. Glutaraldeído
Classe / Frases de Perigo
Categoria
Tóxico Agudo 3 * H331 – Tóxico por inalação.
Tóxico Agudo 3 * H301 – Tóxico por ingestão.
Corr. Pele 1B H314 – Provoca queimaduras na pele
e lesões oculares graves.
Sens. Resp. 1 H334 – Quando inalado pode
provocar sintomas alérgicos, de asma
ou dificuldades respiratórias.
Sens. Pele 1 H317 – Pode provocar reações
alérgicas na pele.
Tox.aq. aguda 1 H400 – Muito tóxico para
organismos aquáticos. 98
Classificação do Glutaraldeído 2%

Classe / Categoria Frases de Perigo


Irr. Pele 2 H315 – Provoca irritação à pele.
Lesão ocular 1 H318 – Provoca lesões oculares graves.
Tox.orgão alvo esp.- H335 – Pode provocar irritação das vias
exposição unica respiratórias.
Sens. Pele 1 H317 – Pode provocar reações alérgicas
na pele.

99
Elementos-chaves de comunicação de
perigos que foram harmonizados
Identificação do produto químico/composição dos ingredientes da
mistura
Símbolos/pictogramas (symbols/pictograms)
Palavras de Advertência (perigo, atenção)(signal words)
Frases de Perigos - H(hazard statements)
Frases de Precaução – P (precautionary
statement) e pictogramas de precaução
Fichas de Dados de Segurança (SDS)  corresponde ao FISPQ

100
Frases de precaução
Medidas recomendadas que devem ser
tomadas para minimizar ou prevenir
efeitos adversos resultantes da
exposição, da armazenagem
inapropriada ou do manuseio de
produto perigoso.
Listadas na seção 2 do anexo 3 do livro
púrpura.

101
Frases de precaução
As frase de precaução seguem uma código alfanumérico
que consiste de uma letra e de três números como
segue:
(a) A letra P (para frase de precaução)
(b) Um número que designa o tipo de frase de precaução:
(a) “1” para frases de precaução geral
(b) “2” para frases de precaução para prevenção
(c) “3” para frases de respostas
(d) “4” para frases de armazenamento
(e) “5” para frases de descarte
(c) Dois números (que correspondem a seqüência numérica
das frases

102
Rev. 3 - 2009
Tabela A3.2.1 codificação para frases de precaução
geral
Código Frases de Classe de Categoria Condições
precaução perigo de perigo para o uso
geral
P101 Se assistência Como Produtos aos
médica for apropriado consumidores
necessária,
tenha a
embalagem ou
o rótulo do
produto á mão
P102 Mantenha Como Produtos aos
longe do apropriado consumidores
alcance das
crianças
P103 Leia o rótulo Como Produtos aos
antes de usar apropriado consumidores

103
Rev. 3 - 2009
Tabela A3.2.2 codificação para frases de precaução
para prevenção
Código Frases de precaução Classe de perigo Categoria de Condições para o uso
para prevenção perigo

P201 Obter instruções Explosivos (Capítulo 2.1) Explosivo instável


especiais antes de
Mutagenicidade de células IA, IB, 2
usar:
germinativas (Capítulo 3.5)
Carcinogenicidade (Capítulo 3.60 IA, IB, 2

Toxicidade a reprodução (Capítulo IA, IB, 2


3.7)
Toxicidade reprodutiva, efeitos Categoria adicional
na ou via lactação (Capítulo 3.70

P202 Não manuseie até que Explosivos (Capítulo 2.1) Explosivo instável
todas as medidas de
Mutagenicidade de células IA, IB, 2
precaução sejam lidas
germinativas (Capítulo 3.5)
e entendidas
Carcinogenicidade (Capítulo 3.60 IA, IB, 2

Toxicidade a reprodução (Capítulo IA, IB, 2


3.7)
P211 Não pulverize sobre Aerossóis inflamáveis (Capítulo 1, 2
chamas ou outras 2.3)
fonte de ignição

104
Rev. 3 - 2009
Tabela A3.2.2 codificação para frases de respostas
Código Frases de Classe de perigo Categoria de Condições para o
respostas perigo uso
P301 Se inalado: Toxicidade aguda 1, 2, 3, 4
oral(Capítulo 3.1)
Corrosão da pele (Capítulo 1A, 1B, IC
3.2)
Perigo de 1, 2
aspiração(Capítulo 3.10)
P302 Se cair sobre a Pirofórico líquido (Capítulo 1
pele: 2.9)
Toxicidade aguda, dermal I, 2, 3, 4
(Capítulo 3.1)
Irritação da pele (Capítulo 2
3.2)
Sensibilização da pele 1, 1A, 1B
(Capítulo 3.4)
P303 Se cair sobre a Líquidos inflamáveis 1, 2, 3
pele ou cabelo: (Capítulo 2.6)
Corrosão da pele (Capítulo 1A, 1B. 1C
3.2)

105
Rev. 3 - 2009
Tabela A3.2.2 codificação para frases de
armazenamento
Código Frases de Classe de perigo Categoria de Condições
armazenamento perigo para o uso
P401 Armazenar Explosivos (Capítulo Explosivos ...de acordo
com as
2.1) instáveis e
regulamentaçõe
divisões 1.1,
s locais,
1.2, 1.3, 1.4, regionais,
1.5 nacionais,
internacionais
(a ser
especificado)

P402 Estocar em local Substâncias e misturas 1, 2, 3


que em contato com água
seco podem emitir gases
inflamáveis (Capítulo
2.12)

P404 Estocar em Substâncias e misturas 1, 2, 3


que em contato com água
embalagem podem emitir gases
fechada inflamáveis (Capítulo
2.12)

106
Pictogramas de precaução

107
Classificação pelo GHS X outros
perigos

Atenção!!!

Podem existir perigos que não tenham


relação com a classificação segundo o
GHS que, dependendo do contexto do
uso do produto químico, podem dar
origem a riscos.

108
Perigos não relacionados à classificação

– Formação de aerossois ou particulados atmosféricos


(poeiras, fumos, névoas, particulados mistos)
– Produtos de decomposição térmica
– Formação de amosferas perigosas (explosivas,
deficientes de oxigênio)
– Formação de produtos tóxicos decorrentes de
misturas incompatíveis
– Perigos para o meio ambiente ainda não considerados
pelo GHS (efeitos sobre microorganismos do solo,
insetos, vertebrados, flora, etc...)
–Impactos ambientais relacionados à quantidade usada
Perigos não relacionados à classificação

Devem vir indicados na Ficha de Dados de


Segurança (campos 2 e 8) ou no rótulo
quando o produto é destinado a consumidor
final (domiciliar).

Por essa razão o Sistema Europeu de Classificação,


Rotulagem e Embalagem de Produtos Químicos que
aplicou o GHS (CLP-GHS) adotou frases de perigo
adicionais [ EUH]

110
Comunicação de Perigos (e
riscos no uso indicado) de
produtos químicos:
• rótulos e
• ficha de dados de
segurança (equivalentes à
FISPQ)

111
Rótulo segundo o GHS

Informação exigida no rótulo do GHS :


– Identificação do produto e fornecedor
– Pictograma de perigo
– Palavra de advertência (perigo, atenção)
– Frases de perigo (H – de hazard)
– Frases de precaução (P) – selecionadas
por julgamento profissional
– Opcional: pictogramas de precaução

112
Apresentação da informação
no rótulo
Os pictogramas, palavras de advertência, frases de
perigo do GHS devem ser localizadas juntas no rótulo.

A autoridade competente pode escolher fornecer um


leiaute especifico para a apresentação destas
informações e para as informações de precaução ou
deixar a critério do fornecedor.

Exemplos de rotulagem são apresentados no Anexo 7 do


GHS

113
Atualização das informações
As atualizações devem ser feitas prontamente ao se ter
conhecimento de informações novas ou significativas que
mudem a classificação da substância ou mistura de acordo
com o GHS e leva a de controle apropriadas que podem
afetar um resultado que muda a informação fornecida no
rótulo ou qualquer informação relativa ao produto químico
ou medidas as SDS.

Os fornecedores devem também periodicamente revisar as


informações sobre as quais os rótulos ou fichas de
informação de segurança são baseadas, mesmo que
nenhuma informação nova ou significativa tenha sido
fornecida a eles com respeito a substância ou mistura.

114
Transport
Information
Company/Branding Information GHS Label §1.4.10.5.4.1
§1.4.10.5.2(d)(i)

Commercial Information
PRODUCT ABC
Manufactured by

Company XYZ
GHS Product Identifier (§1.4.10.5.2(d)(i))
[GHS Chemical Identities (§1.4.10.5.2(d)(ii))]
Product Information/Use Instructions GHS Signal Word (§1.4.10.5.2(a))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Hazard Statement (§1.4.10.5.2(b))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Hazard Statement (§1.4.10.5.2(b))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Precautionary Statement (§1.4.10.5.2(c))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Precautionary Statement (§1.4.10.5.2(c))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Precautionary Statement (§1.4.10.5.2(c))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Supplier Identifier (§1.4.10.5.2(e))
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX GHS Supplemental Information (§1.4.6.3)
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX UNXXXX & Proper
Shipping Name

Other Information GHS Supplemental Information §1.4.10.5.4.2


115
Rotulagem GHS
CLOREX
Rua X no. xxx
30.000 Belo Horizonte
Brasil
(31)3 203 97 50

HIPOCLORITO DE SÓDIO 12%


CAS 7681-52-9
H 314 Provoca queimaduras severas na
pele e lesões oculares graves.
EUH 031 Em contato com ácidos libera
gases tóxicos.
H 400 Muito tóxico para organismos
aquáticos. PERIG0

Prevençao
Não inale os vapores/aerossóis.
Use luvas de proteção e proteção ocular
Resposta a emergëncia
P301 + P330 + P331 EM CASO DE INGESTÃO: Enxague a boca. NÃO provoque vômito.
P303 + P361 + P353 EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Retire imediatamente toda a roupa
contaminada. Enxágue a pele com água/tome uma ducha.
P304 + P341 EM CASO DE INALAÇÃO: Remova a vítima para local ventilado e a mantenha em
repouso numa posição que não dificulte a respiração.
P305 + P351 + P338 EM CASO DE CONTATO COM OS OLHOS: Enxague cuidadosamente com água
durante vários minutos. No caso de uso de lentes de contato, remova-as, se for fácil. Continue
enxaguando.
Contate imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.
Armazenamento
P 405 Armazene em local fechado à chave.
116
Rotulagem GHS
CLOREX
Rua X no. xxx
30.000 Belo Horizonte
Brasil
(31)3 203 97 50

HIPOCLORITO DE SÓDIO 1-2 %


CAS 7681-52-9

Provoca irritação à pele.


Provoca irritação ocular grave.
ATENÇÃO

Prevençao
Lave as mãos cuidadosamente após manuseio.
Use luvas de proteção e proteção ocular.

Resposta a emergëncia
EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lave com água e sabão em abundância.
Em caso de irritação cutânea: Consulte um médico.
Retire a roupa contaminada e lave-a antes de usá-la novamente.

117
118
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422013000800028
119
Elementos-chaves de comunicação de
perigos que foram harmonizados
Identificação do produto químico/composição dos ingredientes da
mistura
Símbolos/pictogramas (symbols/pictograms)
Palavras de Advertência (perigo, atenção)(signal words)
Frases de Perigos - H(hazard statements)
Frases de Precaução – P (precautionary statement) e pictogramas de
precaução
Fichas de Dados de Segurança (SDS) 
corresponde ao FISPQ

120
Comunicação de Riscos no Documento do
GHS
Capítulo 1.5, Comunicação de Risco: Fichas de Informações
de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ (SDS -
Safety Data Sheet )

– o papel da FISPQ no GHS

– quando é necessário uma FISPQ ?

– orientação geral para elaborar uma FISPQ

– formato e conteúdo

Primariamente para uso no local de trabalho


16 elementos

121
Ficha de dados de segurança (FDS)
Ordem que a informação deverá ser apresentada na
seguinte:
1. Identificação do produto e da 9. Propriedades físico-químicas
empresa fornecedora ou fabricante 10. Estabilidade e reatividade
2. Identificação de danos à saúde e
11. Informação toxicológica
meio ambiente (hazard(s)
identification) 12. Informações relativas ao meio
3. Composição / informação sobre os ambiente - ecotoxicológica
componentes 13. Considerações sobre
4. Primeiros socorros disposição/descarte
5.Medidas de combate a incêndios 14. Informação relativa ao
6.Medidas que devem ser tomadas em transporte
caso derramamentos ou vazamentos 15. Informação sobre
7. Manuseio e armazenamento regulamentação
8. Controles da exposição / proteção 16. Outras informações
individual

Detalhes sobre o que deve conter cada um destes itens podem ser encontrados em:
http://www.unece.org/trans/danger/publi/ghs/ghs_rev01/English/08e_annex4.pdf 122
Onde encontrar o que já existe
http://www.echa.europa.eu/web/guest/information-on-chemicals

Search for Chemicals


 I have read and I accept the legal
notice
Coloca: Name, EC or CAS number
Aparece tela com varios textos que citam o
produto
Escolhe o que for de interesse (view)
Vai para outra tela com várias opções
Escolhe REACH Registered Substances
Aparece novamente o produto de interesse
Escolhe ver o texto completo (full)

123
Classification and Labelling
GHS
Benzene
Aparecem todas as informações sobre a
classificação e a rotulagem

124
Outra fonte
http://gestis-
en.itrust.de/nxt/gateway.dll/gestis_en/000000.xml?f=templates$fn=defa
ult.htm$vid=gestiseng:sdbeng$3.0

Neste site é possível encontrar


informações sobre classificação,
rotulagem e informações para
preparação das fichas de informação
de segurança

125
No Brasil a ABNT aprovou 4 normas relacionadas ao
tema que estão disponíveis na página da entidade para
cópia gratuita.

São Normas sobre Produtos químicos – informações


sobre segurança, saúde e meio ambiente:
– NBR 14725-1 - Terminologia
– NBR 14725-2 – Sistema de classificação de perigo
– NBR 14725-3 - Rotulagem
– NBR 14725-4 - Ficha de informação de segurança de
produtos químicos - FISPQ

Não são, porém aprovadas pelo Grupo de Trabalho


Interministerial – GT-GHS-Brasil que foi constituído
com a atribuição de elaborar e propor estratégias,
diretrizes, programas, planos e ações para a
implantação do GHS no país. (DOU nº122,
27/06/2007)
http://www.abntcatalogo.com.br/abiquim/default.aspx
126
O Sub-Comitê do GHS
O Sub-Comitê de Especialistas para a Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos (UN SCE GHS) é o
responsável pelo Sistema Harmonizado.
A adoção formal, implementação e manutenção do GHS se
enquadram no escopo de suas responsabilidades.

1a Sessão: Julho 2001 (reúne-se 2 vezes ao ano – julho e


dezembro, em Genebra, nas Nações Unidas)
Composto por: Países membros (c/direito a voto), Países
observadores, Organismos das Nações Unidas (OIT,
OMS, UNITAR, FAO,...), Organizações
Intergovernamentais (OECD,...), e Organizações não-
governamentais(CEFIC, ICCA, CropLife,...)

127
Responsabilidades do Sub-Comitê
Órgão responsável por todos os aspectos do GHS
Pode delegar trabalhos técnicos e outros trabalhos
• Perigos Físicos: TDG
- Perigos ao meio ambiente e saúde: OECD
- Capacitação e apoio para a implementação: UNITAR

Responsável pelo monitoramento da implementação

Não classifica ou rotula substâncias ou misturas (ver TR)

128
O Comitê do GHS (Parent Committee)
Chart Title

UN ECOSOC

PARENT COMMITTEE

SUB-COMMITTEE SUB-COMMITTEE
ON GHS ON TDG

1a Sessão: Dezembro 2002


Adoção formal do Documento GHS

129
United Nations
International Economic
Security General Trusteeship UN
Court of & Social
Council Assembly Council Secretariat
Justice Council

IAEA UNEP WHO


UNITAR FAO
WTO ILO
UN CE GHS & TDG

UN SCE UN SCE
GHS TDG

130
Planos de Implementação
IFCS - Forum III - Bahia - Outubro 2000
Todos os países são encorajados a
implementar o GHS com vistas a que
estivessem plenamente operacional em
todos os países até 2008

Referendado na Rio +10, em Joanesburgo


2002 e pelo IFCS IV

131
Características da
Implementação do GHS
• Não vem sendo completamente “Harmonizado” neste início do
processo de implementação

• Opções para facilitar os países que têm sistemas realizarem a


transição para o GHS

• Apresenta uma abordagem integrada para Classificação e


Comunicação de Perigos
• Vem sendo implementado de maneira distinta em países sem
sistemas, com sistemas e com sistemas fragmentados
• Terá custos maiores nos primeiros anos de implementação, que
serão compensados depois

132
Apresentações
Esta exposição foi baseada em
apresentações preparadas por:
• Roque Puiatti
• Neli Pires Magnanelli
• Gilmar da Cunha Trivelato
• Apresentações em eventos internacionais

133
Obrigada pela
atenção

arline@fundacentro.gov.br

134
Implementação no Brasil
Criada pela Portaria Ministerial N º 319 de 27 de
dezembro de 2000 - COPASQ
Alterada pela Portaria Ministerial Nº 352 de agosto de
2003 - CONASQ
Objetivos: articulação institucional e fomentar
discussões sobre segurança química
Implementar o Programa Nacional de Segurança
Química – PRONASQ – 10 linhas de ação
Estrutura: 22 instituições (governo e sociedade civil
organizada)
Presidência: Ministério do Meio Ambiente
Vice-Presidência: Ministério da Saúde

135
Implementação no Brasil 2001
Criado em 2001 GT- GHS Brasil

Subgrupo de Trabalho da CONASQ:


Ação Prioritária – Implementação do GHS

Coordenação MDIC (Indústria e Comércio)


Vice-Coordenação MTE (Trabalho e Emprego)

Trabalho atuante de outros atores


(Saúde, ABIQUIM, INMETRO, ABIPHEC, ASSOCIQUIM, SBTOX,
FUNDACENTRO,...)

136
Implementação no Brasil
2002
Reuniões periódicas
(5 no ano)

Workshop Nacional/SP - novembro 2002

Diagnóstico de implementação feito pela ABIQUIM


(estado da arte, dificuldades e desafios)

Implementação da página na internet – MDIC

Questionários do GHS

137
Implementação no Brasil
2002 web page
Inclusão de atas, relatórios, palestras,
documentos e informações atualizadas.

Hospedada no MDIC
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior

http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/secex/n
egInternacionais/claRotSubQuimicas/oquee.php

138
Implementação no Brasil 2003-04

Reuniões periódicas (5 anuais)

Criação e reuniões periódicas de Sub-grupos


Glossário
Capacitação/Divulgação
Laboratórios
Legislação
Resíduos
Termo de Referência
Projeto de Implementação
Agrotóxicos

139
Implementação no Brasil 2003-04
Realização do workshops sobre Laboratórios

Apresentações do GHS em diversos fóruns

Workshop MERCOSUL e COMUNIDADE ANDINA,


em nov 2004 - SP

140
Implementação no Brasil 2004
Min. Indústria e Min. Trabalho e Min. do Meio Ambiente Min. da Saúde
Comércio - MDIC Emprego - MTE - MMA CGVAM/ANVISA
Min. Ciência e Min. Transportes ANTT Min. Agricultura - Min. Relações
Tecnologia - MCT MAPA Exteriores - MRE
Ministério da Defesa Min. Fazenda – INMETRO Universidades de São
- MD SRF/Aduana Paulo
IBAMA FUNDACENTRO Min. Integração - AENDA
Defesa Civil
Min. Minas e Energia - DRT/MG Universidade Católica Universidade de
MME de Brasília Brasília
CRQ - IV ABRAFATI ALUMAR SBTox
SITIVESP ABIQUIM ABEMA IBP
PETROBRAS ABIFINA ABIHPEC ABICLOR/
CLOROSUR
ASSOCIQUIM ANDEF ABONG ABNT
ÍntegraBrasilL SINTOX/FIOCRUZ CUT CFQ
ABQ ONIP CEBGAS FIOCRUZ
Volkswagen ** Defesa do Consumidor ** ONG’s de interesse ** Outros Sindicatos
público

141
Implementação no Brasil 2005
Oficina do GHS durante o Fórum Social Mundial –
Janeiro - Porto Alegre – Brasil

Reuniões em Março (BSB), Maio (SP) e Agosto(RJ)

Programação de Atividades para 2005

Reunião do Sub-Grupo de Laboratórios


(outubro/RJ)
Mesa Redonda e um Mini-curso do GHS no
Congresso Brasileiro de Toxicologia (out 2005)
142
Implementação no Brasil 2005
Finalização do Projeto Nacional de
Implementação do GHS
Capacitação e mobilização de diversos atores:
sindicatos, indústria, governo, universidades e
consumidores (curso RJ – 28 nov a 02 dez)

Diagnósticos setoriais sobre a implementação


do GHS (profissionais químicos, saúde,
comércio, trabalho, transporte, agrotóxicos,
etc.) e criação do Sub GT Informações
Confidenciais

143
Implementação no Brasil 2006
Oficinas de conscientização pública em diversas
cidades do país sobre GHS em 2006 (RJ, PR,
MG e AM)

2o curso de capacitação (FUNDAC – SÃO


PAULO)
Início do processo de Tradução do Livro
Púrpura para o português

Folder de divulgação

Reunião MERCOSUL - Grupo Ad-Hoc Químicos sobre


GHS
144
Implementação no Brasil 2007
3o curso sobre o GHS (25 a 29/06/2007),

1a reunião sobre harmonização de terminologias na


tradução do Purple Book (2 dias ....) em Brasilia

Desenvolvimento de Metodologia para estudos


sobre Entendimento (comprehensibility) (jan a junho
2007)

Reuniões para conclusão do texto do Decreto


Presidencial de formalização do GT-GHS

Participação na reunião da Task Force da OECD e no


Workshop HPV OECD e no 13a sessão do Sub-Comitê

145
Implementação no Brasil 2007
Atividades 2o semestre de 2006 -

4o curso sobre o GHS – Salvador

5o curso sobre o GHS - São Paulo

1o Curso sobre o GHS para órgãos públicos, em


Brasília

Curso sobre o GHS - Cooperação Ministério da


Saúde do Brasil - Ministério da Saúde do Uruguai,
em Montevidéu

146
Implementação no Brasil 2007
Aplicação da Metodologia sobre Entendimento

2a reunião sobre harmonização de terminologias na


tradução do Purple Book , agosto 2007, em São Paulo.

Revisão da Tradução para o português e Impressão


do Livro Púrpura

Decreto 26 de junho de 2007 institui Grupo de


Trabalho Interministerial – GT-GHS-Brasil com a
atribuição de elaborar e propor estratégias,
diretrizes, programas, planos e ações para a
implantação do GHS no país. (DOU nº122,
27/06/2007)
147
Implementação no Brasil 2008

Portaria nº 81, 01/04/2008, do


Ministério de Estado do
Desenvolvimento, Industria e
Comércio Exterior (MDIC) designa os
membros que comporão o GT-GHS-
Brasil e define o MDIC coordenador
do grupo com duas sub coordenações:
Ministério do Trabalho e Emprego e
Ministério da Saúde

148
IMPLEMENTAÇÃO BRASIL
ANVISA - Consulta Pública nº 102, de 3 de
novembro de 2010.
“Art. 2º - Este regulamento possui o objetivo de
elaborar, revisar, alterar, consolidar, padronizar,
os procedimentos e requisitos técnicos para
rotulagem de produtos saneantes, de forma a
gerenciar o risco à saúde e implementar a
adequação com o Sistema Globalmente
Harmonizado (Global Harmonized System – GHS)
para a Rotulagem e Classificação de Produtos
Químicos.”

149
Implementação no Brasil -2011
GT-GHS-Brasil
Relatório Final de Atividades

Proposição de um Decreto que dispõe sobre a


implementação do Sistema Globalmente
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de
Produtos Químicos (GHS), da Organização das
Nações Unidas, cria o Comitê Nacional de
Implementação e Acompanhamento do GHS,
CN-GHS, e dá outras providências.

150
Implementação no Brasil -2011
A criação do Comitê Nacional de
Implementação e Acompanhamento do
GHS, CN-GHS, como foro de diálogo
permanente para promover a harmonização
da legislação interna e sua atualização,
permitirá a evolução natural do processo
de implementação do GHS, que como
mencionado anteriormente, é motivado
pelos aprimoramentos acordados pelo
Subcomitê da ONU de Especialistas sobre
GHS.

151
IMPLEMENTAÇÃO BRASIL
PORTARIA N.º 229, DE 24 DE MAIO DE 2011
Altera a Norma Regulamentadora n.º 26.
26.2 Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com
Dados de Segurança de Produto Químico

26.2.1 O produto químico utilizado no local de trabalho


deve ser classificado quanto aos perigos para a
segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo
com os critérios estabelecidos pelo Sistema
Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem
de Produtos Químicos (GHS), da Organização das
Nações Unidas.

152
IMPLEMENTAÇÃO BRASIL
Ficou encaminhado uma reunião de 30
de julho de 2014 que a Coordenação
da CONASQ realizará reunião com
o MDIC, MTE, MS, MT e MAPA
para discutirem o assunto e
verificarem a melhor via
institucional de darem
prosseguimento à discussão sobre a
implementação do GHS no Brasil.

153
Em 16 de Dezembro de 2008 a União Européia
publicou o REGULAMENTO (CE) N.o
1272/2008 DO PARLAMENTO EUROPEU E
DO CONSELHO relativo à classificação,
rotulagem e embalagem de substâncias e
misturas. Ele traz as substâncias já
classificadas pela UE pela norma antiga e a
nova. Este regulamento está disponível em
português na página:

http://eur-
lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:353:0001:1355:PT:PDF

154

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