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7 Infeccoes Genitais
7 Infeccoes Genitais
Uma vez realizada a história clínica, incluindo o exame físico, deverá ser possível
classificar o doente de acordo com os seus sintomas e sinais, num dos seguintes síndromes:
VAGINITE
Vulvovaginites em crianças
Enterobacteriaceae
Streptococcus pyogenes e outros β-hemolíticos
VAGINOSE BACTERIANA
Exame cultural
• Isolamento em meios selectivos agar vaginalis ou gelose de sangue humano
suplementado com antimicrobianos; incubação a 37ºC, durante 48 horas
Identificação
• Colónias brilhantes com halo de hemólise
• Ausência de hemólise em sangue de carneiro ou cavalo
• Oxidase e catalase negativo
A cultura para Gardnerella vaginalis pode ser detectada em 50-60% de mulheres saudáveis
assintomáticas. Desta forma, a cultura do exsudado vaginal, isoladamente, não deve fazer
parte do diagnóstico de vaginose bacteriana.
No diagnóstico laboratorial os seguintes exames são frequentemente utilizados:
• pH vaginal > 4.5, odor desagradável após a adição de KOH a 10% à secreção
• Coloração pelo Gram: ausência ou diminuição de leucócitos e de lactobacilos,
presença de “clue cells”, grande quantidade de bacilos Gram variáveis
• Cultura: isolamento em meio selectivo
• Pesquisa através de sondas de DNA
Mulheres com leucorreia, com ou sem vaginite, devem ser sujeitas a cuidadosa
pesquisa de cervicite.
Uretrite pode ser considerada a dça masculina correspondente à cervicite.
Factores de risco:
• promiscuidade
• O não uso de preservativo
• Aumento da mobilidade populacional
• Homossexualidade
Nos homens:
• Geralmente restrita à uretra.
• Sintomas: Disúria e exsudado uretral purulento – 2 a 5 dias de incubação
• Complicações: epididimite, prostatite, abcesso periuretral
Nas mulheres:
• Infecção do colo uterino – a bactéria infecta o epitélio colunar endocervical e não o
vaginal.
• Sintomas: exsudado vaginal, disúria e dor abdominal
• Complicações: disseminação para o endométrio, trompas, ovários, superfície
peritoneal e estruturas contíguas, causando a doença inflamatória pélvica (DIP),
salpingites, manifestações cutâneas, articulares e septicemias
Nos recém-nascidos:
• Oftalmia neonatal
Diagnóstico laboratorial
Colheita
Exsudado endocervical
- Introduzir o espéculo sem lubrificante ou humedecido com soro fisiológico estéril
- Limpar o orifício externo do endocolo com compressa esterilizada.
- Introduzir uma zaragatoa de alginato de cálcio ou dacron, cerca de 1 cm no
endocolo e rodar.
- Colocar em meio de transporte com carvão
- Repetir a operação com uma 2ª zaragatoa e efectuar esfregaço após o acto da
colheita.
- O envio da amostra deve ser imediato.
Exsudado uretral
- Fazer a expressão da uretra
- A amostra deve colher-se antes da 1ª micção da manhã. Se não é possível, esperar
pelo menos uma hora após a última micção.
- Limpar cuidadosamente a mucosa circundante com gaze estéril.
- Introduzir uma zaragatoa fina e flexível com um movimento de rotação até 2 cm
dentro da uretra, para o exame directo a realizar no acto da colheita.
- Repetir a operação com uma 2ª zaragatoa para o exame cultural, que se deve
introduzir em meio de transporte com carvão e manter à temperatura ambiente.
- O envio das amostras deve ser imediato.
Miscroscopia:
Coloração de Gram muito sensivel: Ao exame directo, a observação de diplococos Gram
negativo no citoplasma de células inflamatórias é sugestiva de Neisseria.
Cultura
Para o exame cultural pode recorrer-se ao agar-chocolate ou a um caldo com factores de
crescimento (sangue).
Tratando-se de um produto polimicrobiano, usa-se um meio selectivo para Neisseria, por
exemplo, os meios de Thayer-Martin, Martin-Lewis e New York City.
Faz-se incubação a 37º durante 24-48h, com 5 a 10 % de CO2.
Nas colónias suspeitas deverá ser feita a prova das oxidases.
Para identificação das espécies utiliza-se a oxidação dos carbohidratos. A
mplificação de ácidos nucleicos – teste muito sensível, específico e rápido (4 horas).
Testes antigénicos.
Clamydia trachomatis
As espécies foram divididos em 3 biovars e estes em serótipos, com base nas diferenças
antigénicas na proteína de membrana externa major (MOMP)
Seróticos específicosdoenças especificas
Serótipos Síndromes
A,B,Ba,C Tracoma endémico
D-K Uretrite, epididimite, proctite, conjunivite,
cervicite, endometrite, salpingite,
perihepatite, síndrome Reiter
L1,L2,L2a,L3 linfogranuloma venéreo
Colheita
• As amostras adequadas não são as secreções vaginais, mas sim os raspados, já que
a Chlamydia trachomatis afecta as células do epitélio cilíndrico. Não são adequadas
amostras vaginais.
Citologia
Culturas celulares
Detecção Antigénica
Serologia
PROCTITES
Exsudado rectal
· Introduzir uma zaragatoa suavemente através do esfíncter anal.
· Rodar contra as criptas rectais, deixar 10-30 segundos para fixar os microrganismos e
retirar.
· Evitar o contacto com matéria fecal. Quando a zaragatoa ficar contaminada com fezes,
deve obter-se nova amostra.
· Introduzir a amostra em meio de transporte com carvão, que se deve manter à temperatura
ambiente.
ENDOMÉTRIO
D. INFLAMATÓRIA PÉLVICA
- Chlamydia trachomatis
- Neisseria gonorrhoae
ENDOMETRITE PÓS-PARTO
- Bactérias anaeróbias
- E. coli
- Enteroccocus
- G. vaginalis
- Streptoccocus agalactiae
Colheita:
Colheita:
· Colheita cirúrgica por aspiração (no caso da Gl. Bartholin, descontaminar a pele com
desinfectante não alcoólico).
· Enviar de imediato amostra até 5 ml num recipiente estéril e no caso de se suspeitar de
anaeróbios, em meio de transporte adequado.
Colheita:
· Colheita cirúrgica
· Introduzir o aspirado até 5 ml em meio de transporte adequado.
ÚLCERAS GENITAIS
1. LINFOGRANULOMA VENÉREO
Diagnostico laboratorial:
A infecção pode ser diagnosticada com base em:
1. achados citologicos, serológicos e culturais
2. detecção directa de antigénios nas amostras clínicas
3. através de provas de Bio Molecular
Serologia
Patogenicidade
Epidemiologia
Sífilis
Sífilis congénita
o Adquirida após os 3 primeiros meses de gravidez. Pode-se manisfestar como:
o Anormalidades congénitas
o Infecções serias resultando na morte intrauterinaa
o Infecção silenciosa, que so se torna aparente depois dos 2 anos
(deformidades faciais e dentarias)
Diagnostico laboratorial
Colheita
Microscopia
Cultura
Serologia
Os testes serológicos são essenciais para o dx. São divididos em não específicos e
específicos:
o Testes específicos
Tratamento: penicilina
Diagnóstico laboratorial:
Colheita
Limpar a superfície da lesão com solução salina. Fazer a colheita por aspiração com uma
pipeta Pasteur ou com zaragatoa embebida em solução salina.
Miscroscopia
Aspirados da margem da ulcera ou dos gg linfáticos aumentados apresentam grande
numero de bacilos gram negativos curtos e cadeias, no interior de PMN ou extracelularmente.
Cultura
A cultura é relativamente insensível. Crescem melhor em agar gonocócico suplementado
com 1% a 2% hemoglobina, 5% de soro fetal bovino, IsoVitalex e vancomicina. As culturas
devem ser incubadas a 33ºC numa atmosfera com 5 a 10% CO2 por 7 dias ou mais. (Não tolera
temperaturas elevadas. Crescimento lento.)
O sucesso na recuperação do H. ducrey requer que o microbiologista o pesquise
especificamente.
Identificação:
- Catalase negativo
- Requer o factor de crescimento X mas não o V
- não fermenta a glicose, a sacarose, a lactose, a manose e a xilose.
Tratamento: eritromicina
Diagnóstico laboratorial:
- colheita de material nas margens da lesão e realização de um esfregaço
-coloração Giemsa ou coloração de Wright: observam-se os bacilos pequenos no citoplasma de
histiócitos, PMN e plasmócitos. Corpos de Donovan são observados no interior de fagócitos
mononucleares (1 a 25 bactérias por célula fagocitica); observa.se também uma cápsula
proeminente
- não cresce em culturas de células livres
- já foi isolado em culturas de monócitos