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VULVOVAGINITES E

URETRITES
R2 – Alexandre Reis Lourenço
MODULO ENFERMARIA CHM
VAGINOSE BACTERIANA
INTRODUÇÃO
Desordem mais frequente do trato genital inferior em
mulheres em idade reprodutiva (gestantes ou não) e a
causa mais prevalente de corrimento vaginal com odor
fétido.

VAGINOSE perda de lactobacilos e crescimento de bactérias, Gram-


negativas anaeróbicas
BACTERIA Gardnerella vaginalis
Atopobium vaginae
NA Mobiluncus spp

risco de DST (incluindo o HIV)


complicações cirúrgicas ginecológicas
gravidez (ruptura prematura de membranas,
corioamnionite, prematuridade e endometrite pós-
cesárea)
FISIOPATOLOGIA
VAGINOSE lactobacilos  pH  Gardnerella vaginalis produz
aminoácidos = quebrados pelas bactérias anaeróbicas em
BACTERIA aminas voláteis (putrecina e cadaverina) = odor
desagradável.
NA
Após o coito e menstruação  alcalinizam o conteúdo
vaginal = queixa principal da paciente!!

A afecção é facilmente identificada ao exame especular,


que mostra as paredes vaginais em sua maioria íntegras,
marrons homogêneas ao teste de Schiller, banhadas por
corrimento perolado bolhoso em decorrência das aminas
voláteis.
VAGINOSE
BACTERIA
O padrão-ouro é a coloração por Gram do fluido vaginal. Quantifica-se o número de bactérias e lactobacilos patogênicos,
resultando em um escore que determina se há infecção.

NA
O padrão-ouro é a coloração por
Gram do fluido vaginal -quantifica-se
o número de bactérias e lactobacilos
patogênicos, resultando em um escore
que determina se há infecção.
CANDIDIASE
INTRODUÇÃO
• Ag. Etiológico: Candida albicans (80-92%)

CANDIDÍA  restante por espécies não albicans (glabrata, tropicalis,


krusei, parapsilosis) e Saccharomyces cerevisae 
SE
• 10-20% das mulheres serão colonizadas por
Candida spp., de forma assintomática

não complicada: sintomas leves/moderados, frequência


esporádica, agente etiológico C. albicans e ausência de
comorbidades

complicada: >= 1 dos criterios: sintomas intensos,


frequência recorrente, agente etiológico não albicans
(glabrata, kruzei), presença de comorbidades (diabetes,
HIV) ou gestação
Fatores predisponentes
DIAGNÓSTICO
Candidíase clássica: prurido, ardência, corrimento
geralmente grumoso, sem odor, dispareunia de introito
vaginal e disúria externa
CANDIDÍA
SE Sinais característicos: eritema e fissuras vulvares,
corrimento grumoso, com placas aderidas à parede
vaginal, de cor branca, edema vulvar, escoriações e lesões
satélites, por vezes, pustulosas pelo ato de coçar

Citologia a fresco  soro fisiológico + hidróxido de


potássio a 10% = ver hifas e /ou esporos dos fungos

Associada à pH vaginal normal (<4,5)


TRICOMONÍASE
INTRODUÇÃO
TRICOMONÍA Vulvovaginite menos frequente nos dias atuais

SE Ag. Etiológico: Trichomonas


(protozoário flagelado unicelular)
vaginalis

30% assintomático
Corrimento vaginal intenso, amarelo-esverdeado, por
vezes acinzentado, bolhoso e espumoso, acompanhado de
odor fétido (na maioria dos casos, lembrando peixe)
e prurido eventual (reação alérgica à afecção). 

Na inflamação intensa  corrimento aumenta e pode


haver sinusorragia e dispareunia, pode haver edema vulvar
e sintomas urinários (ex. disuria)
INTRODUÇÃO
Na maioria não há complicações sérias, mas pode propiciar
TRICOMONÍA transmissão de outros agentes infecciosos agressivos, facilitar DIP,
vaginose bacteriana (devido aumento e pH) e, na gestação, quando
SE não tratada, pode evoluir para rotura prematura das membranas

No exame especular, percebe microulcerações no colo uterino,


que dão um aspecto de morango ou framboesa (teste de Schiller
“onçoide” ou “tigroide”)

DIAGNÓSTICO
+ comum: exame a fresco, mediante gota do conteúdo vaginal 
ver o protozoário
Teste das aminas é positivo – na maioria
Resumindo...
TRATAMENTOS

500 mg VO 12/12h,
7 dias
por 7 dias
URETRITES
INTRODUÇÃO
Inflamação e corrimento uretral.

Ag.Etiológico:Neisseria gonorrhoeae e a Chlamydia trachomatis

URETRITES Agentes microbianos podem ser transmitidos por relação sexual


vaginal, anal e oral. 

O corrimento uretral varia de mucoide a purulento


volume variável
associado a dor uretral (independentemente da micção)
disúria, estrangúria (micção lenta e dolorosa)
prurido uretral e eritema de meato uretral

Fatores de risco: idade jovem, baixo nível socioeconômico,


múltiplas parcerias ou nova parceria sexual, histórico de DST e
uso irregular de preservativos.
ETIOLOGIA
Outros agentes: Trichomonas vaginalis,

URETRITES Ureaplasma urealyticum, enterobactérias (nas relações


anais insertivas), Mycoplasma genitalium, vírus do
herpes simples (HSV, do inglês Herpes Simplex Virus),
adenovírus e Candida sp. são menos frequentes. 

Causas traumáticas (produtos e objetos utilizados na


prática sexual) devem ser consideradas no diagnóstico
diferencial das uretrites.

Dividido em :
 Uretrites Gonocócicas
 Uretrites não Gonocócicas
URETRITE Processo infeccioso e inflamatório da mucosa uretral, causado

GONOCÓCIC pela Neisseria gonorrhoeae


intracelular). 
(diplococo Gram-negativo

A Sinais e sintomas: determinados pelos locais primários de


infecção: uretrite, cervivite, reto (proctite), faringe (faringite) e
conjuntiva (conjuntivite).

Assintomática < 10% (mulheres é mais frequente).


Sintomáticos: corrimento (80%) e disúria (50%). 

Período de incubação: 2-5 dias após a infecção.

Complicações – ocorre em infecção ascendentes


podendo ocasionar orquiepididimite, prostatite e estenose de 
uretra.
URETRITES URETRITE NÃO GONOCÓCICA

NÃO Vários agentes têm sido responsabilizados por essas


infecções, como Chlamydia trachomatis (50%),
GONOCÓCIC Mycoplasma genitalium, Ureaplasma urealyticum,
AS Mycoplasma hominis, Trichomonas vaginalis, entre
outros

A uretrite não gonocócica caracteriza-se, habitualmente,


pela presença de corrimentos mucoides, discretos, com
disúria leve e intermitente. 
DIAGNÓSTICO
Priorizar testes que identifiquem o agente infeccioso,
principalmente em casos de reinfecção.

›› Bacterioscopia: a coloração de Gram é um método rápido e


possui bom desempenho para o diagnóstico de gonorreia em
homens sintomáticos com corrimento uretral.

URETRITES
OBRIGADO!

• Referências bibliográficas

• Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para. Atenção Integral às Pessoas com


Infecções. Sexualmente Transmissíveis (IST). Brasília – DF. 2018

• MANUAL DE ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE. Coordenação de Desenvolvimento de


Programas e Políticas de Saúde – CODEPPS. Secretaria da Saúde do Município de SP, 2006.

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