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PROCESSOS INFLAMATÓRIOS

OU INFECCIOSOS DO TGF

VAGINITE,
VAGINOSE E
CERVICITE
VAGINITE/VAGINOSE E
CERVICITES

OBJETIVO DA AULA DE HOJE


Identificar processos inflamatórios E/OU infecciosos no
TGF.
Identificar, se possível, o agente causal do processo
inflamatório e/ou infeccioso.
Vamos aos conceitos?
VAGINITE: inflamação infecciosa ou não infecciosa da mucosa
vaginal e/ou vulva (vulvovaginite).

VAGINOSE: é a vaginite decorrente de uma alteração complexa


da flora vaginal, com diminuição de lactobacilos e
supercrescimento de patógenos anaeróbios.

CERVICITE: é uma inflamação infecciosa ou não infecciosa da


colo do útero.
VAGINITE
Vaginite é uma inflamação infecciosa ou não da mucosa vaginal ou da
vulva.
Sintomas: corrimento vaginal, irritação, prurido, eritema, dor ou
sangramento moderado.
Causas: infecção pela flora provinda do TGI (higiene perineal
inadequada), produtos químicos na banheira, papel higiênico, abuso
sexual, pH vaginal alcalino ( ↓ lactopacilos), duchas frequentes,
absorventes internos esquecidos, amaciantes, espermicidas, etc
Na menopausa, ocorre a diminuição significativa de estrogênio,
que causa atrofia vaginal e maior vulnerabilidade a infecções e
inflamações.
VAGINITE
DIAGNÓSTICO:

•Avaliação clínica.
•Medir pH vaginal (fita de pH).
•Exame a fresco em lâmina: secreção vaginal com soro fisiológico ou
com KOH.
•Teste do cheiro: verificar se há odor de peixe na solução de KOH
(resulta das aminas produzidas por tricomonas ou na vaginose
bacteriana).
• O KOH dissolve a maior parte do material celular, deixando
leveduras e hifas, se presente, tornando a identificação mais fácil.
VAGINOSE
Por definição é uma vaginite decorrente de uma alteração complexa
da flora vaginal, com diminuição de lactobacilos, ocasionando um
supercrescimento de patógenos anaeróbios.

Os patógenos anaeróbios que apresentam supercrescimento


incluem: Gardnerella vaginalis, Mobiluncus spp e Mycoplasma
hominis, que aumentam sua concentração em até 100 vezes
substituindo os lactobacilos normalmente protetores.

Fatores de risco: Múltiplos parceiros sexuais e baixa higienização.


CERVICITE

Cervicite: é uma inflamação infecciosa ou não infecciosa do colo do


útero.
Sintomas: secreção vaginal, sangramento vaginal, eritema cervical e
friabilidade.
Cervicite pode alcançar o útero e causar endometrite e doença
inflamatória pélvica (DIP).
Causas não infecciosas: alguns procedimentos ginecológicos,
corpos estranhos, DIU, produtos químicos, espermicidas, géis,
cremes, látex.
CERVICITE
Os agentes infecciosos que causam inflamação no colo do útero:
▪ Trichomonas vaginalis,
▪ Candida albicans;
▪ Gardnerella vaginalis (bactéria anaeróbica),
▪ Mobilluncus;
▪ Haemophilus ducreyi,
▪ Neisseria gonorrhoeae,
▪ Chlamydia trachomatis
▪ Escherichia coli,
▪ Estreptococos e estafilococos;
▪ Infecções virais: HHV e HPV.
ASPECTO DO COLO DO ÚTERO NA CERVICITE
Trichomonas vaginalis
Cândida spp
Gardnerella vaginalis - bactéria anaeróbica
Mobiluncus spp
Neisseria gonorrhoeae
Chlamydia trachomatis
CÂNDIDA E TRICHOMONAS
LEPTOTRIX
ACTINOMYCETOS
CERVICITE
Qual epitélio é mais sujeito ao processo inflamatório?

SINTOMAS: secreção excessiva, coceira na vulva e vagina, dor e sensação de


queimação durante a relação sexual e dor abdominal inferior.
SINAIS CLÍNICOS: aparecimento de secreções excessivas coloridas
(acinzentadas, branco-acinzentadas, amarelo ou amarelo-esverdeado) ou
secreções fétidas, espumosas ou não, cérvix sensível e avermelhado com ou
sem vesículas, ulcerações e / ou fibrose;
O epitélio colunar pode parecer achatado;
Pode haver marcas de escoriação na vulva, eritema e edema vulvar, vaginal e
parte interna da coxa e períneo.
CERVICITE
A cervicite é caracterizada por:
- detritos celulares;
- secreções excessivas cobrindo o epitélio;
- células inchadas e inflamadas;
- descamação das células superficiais e intermediárias contendo
glicogênio;
- desnudação epitelial,
- ulceração superficial ou profunda;
- congestão do estroma cervical subjacente.
A inflamação crônica resulta em ulceração recorrente e pode
levar à cura por fibrose.
DIAGNÓSTICO DAS CERVICITES
No exame visual do colo do útero, pode-se observar:
- eritema vulvar e edema,
- marcas de escoriação na vulva e vagina
- colo avermelhado e dolorido com secreção mucopurulenta
malcheirosa, amarelo esverdeado ou branco acinzentado,
- colo com ou sem ulceração.

Cervicite gonocócica: se observa secreção uretral dolorosa.

Cervicite por candidíase: caracterizada por edema e eritema


vulvar, escoriação e secreção espessa, branca e sem odor.
DIAGNÓSTICO DAS CERVICITES

Cervicite por herpes: está associada à presença de vesículas e


úlceras na genitália externa, vagina e colo do útero, bem como
sensibilidade cervical.

Cervicite por candidíase: tratada-se com clotrimazol ou miconazol


200 mg por via intravaginal, diariamente por três dias.

Cervicite não candidíase: podem ser tratadas com metronidazol


400 mg mais doxiciclina de 100 mg por via oral, duas vezes ao
dia durante sete dias.
CASO CLÍNICO 1

▪Mulher, 42 anos;

▪História de pequena lesão do colo do


útero, persistente, em controle há 1 ano;

▪Portadora de DIU;

▪Resultado histológico há 6 meses foi


LSIL e Citológico ASC-US.

Este é o controle após 6 meses.


CASO CLINICO 2

Mulher, 58 anos;

▪Citologia cérvico-vaginal;

▪Positivo para HPV 18.


CASO CLINICO 3

▪Mulher, 30 anos;

▪Citologia cérvico-vaginal
convencional;

▪Parto há 6 semanas;

▪Pequeno ectropion (lesão).


CASO CLINICO 4

▪Mulher, 47 anos;

▪Citologia cérvico-vaginal;

▪Colo sem lesões.


CASO CLINICO 5

▪Mulher, 61 anos de idade;


▪Citologia cérvico-vaginal;
▪Menopausa aos 50 anos;
▪Colo sem lesões.
CASO CLINICO 6
▪Mulher, 39 anos;

▪Colheita de Ectocérvice e
Endocérvice;

▪Fazendo uso de DIU;

▪Citologia há 2 anos: LSIL,


Inflamação;
CASO CLINICO 7

▪Mulher, 51 anos;

▪Colheita de fundo de saco;

▪Histerectomia total, com


anexectomia bilateral;

▪Lesões brancas no fundo vaginal;

▪Sem informação relativa a


exames anteriores;
CASO CLINICO 8

▪Mulher, 43 anos;

▪Hemorragia Vaginal Intensa;

▪Miomas Uterinos

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