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O Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS) é um sistema de organização e consolidação
das estatísticas da Previdência Social, criado em 1992, com o intuito de amplificar a transparência
dos dados básicos sobre os benefícios concedidos e mantidos pelo INSS, bem como sobre a
arrecadação de contribuições previdenciárias. Destaca-se que esses dados se encontram disponíveis
na internet através do sistema AEPS – INFOLOGO.
1
1. INTRODUÇÃO
Historicamente, o álcool etílico (etanol) é a droga lícita mais incorporada no
contexto social humano, havendo relatos de seu consumo desde 6.000 anos a.C.
Ocorre que, até os dias atuais, as bebidas alcoólicas encontram ampla
aceitação sociocultural e política, sendo seu consumo associado a valores como
status, virilidade e sociabilidade e, inclusive é incentivado culturalmente através de
filmes, publicidades, literaturas, músicas e demais meios de comunicação em
massa.
Em que pese os inúmeros incentivos existentes ao consumo de bebidas
alcoólicas, o alcoolismo é uma doença, devidamente catalogada, na Classificação
Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) e pelo
Manual de Diagnósticos e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), sendo
definido pela Sociedade Americana de Dependências como “uma doença crônica
primária que tem seu desenvolvimento e manifestações influenciadas pelos fatores
genéticos, psicossociais e ambientais, frequentemente progressiva e fatal” (MS,
2001).
A Organização Mundial de Saúde (OMS), acredita que cerca de 60 doenças
estão relacionadas ao consumo do álcool, sendo observada maior incidência dos
diagnósticos relacionados a estas morbidades nos países que estão em
desenvolvimento.
Ainda, de acordo com a OMS o consumo excessivo de álcool é a terceira
causa de mortes no mundo, restando atrás apenas do câncer e cardiopatias, razão
pela qual é se tornou um grave problema de saúde pública.
Ademais, não é temerário afirmar que o consumo imoderado de bebidas
alcóolicas implica na dependência psicológica, física, química e comportamental, e
gera inadequação social do indivíduo, destituição social, afetiva e profissional,
inclusive, durante períodos de recesso ou cessação do consumo, ou seja, em
período conhecido como “abstinência”. Assim, em linhas gerais, o abuso de
substância etílica a longo prazo resulta em um quadro biopsicossocial catastrófico e
de difícil controle ou reversão.
Ocorre que o consumo de bebidas alcoólicas tem sobressaído entre os jovens,
adolescentes e mulheres e, em contrapartida, nota-se um redução significativa nas
concessões do benefício de auxilio doença em decorrência de incapacidade
laborativa atreladas ao alcoolismo e, foi justamente, em busca de uma resposta que
pudesse justificar a redução dos afastamentos dos segurados que o presente
trabalho foi desenvolvido.
Quais são as principais causas do alcoolismo no Brasil?
Quais são as principais doenças geradas pelo alcoolismo?
Qual é o impacto e a repercussão do alcoolismo na previdência social e na
concessão de auxílio doença?
As políticas públicas e os programas de reabilitação profissional do alcoólatra
são eficazes no combate e na mitigação deste problema?
Todas as perguntas serão certamente respondidas no decorrer deste artigo.
2
2. O ALCOOLISMO
2.1 CONCEITO
A síndrome da dependência alcoólica, também conhecida como alcoolismo é
uma doença caracterizada pela vontade incontrolável de beber, falta de controle ao
tentar parar a ingestão, tolerância ao álcool (doses cada vez maiores para sentir os
efeitos da bebida) e dependência física, que se manifesta com sintomas físicos e
psíquicos nas situações de abstinência alcoólica.2
O alcoolista ou dependente alcoólico não bebe por prazer, mas por uma
necessidade orgânica, seja para experimentar dos efeitos psíquicos causados, seja
para evitar o desconforto de sua falta. Logo, o dependente não escolhe se quer ou
não beber.
A doutrina médica classifica o alcoolismo como uma doença, e a caracteriza
como um transtorno mental e comportamental, de natureza crônica, catalogada pela
Classificação Internacional de Doenças (CID 10) como “Transtornos mentais e
comportamentais devido ao uso de álcool (CID 10 – F10)”, tendo em vista que
ocasiona dependência física, comportamental e psicológica.
O caminho percorrido para se chegar à conclusão de um diagnóstico de
alcoolismo é algo complexo, e não está relacionado com a quantidade de bebida
etílica consumida, mas sim ao autocontrole da pessoa que a ingere. O Centro de
Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), de forma clara e abrangente, a respeito
do alcoolismo, explica que:
“Ela é definida pela 10ª edição da Classificação
Internacional de Doenças (CID-10), da Organização
Mundial da Saúde (OMS), como um conjunto de
fenômenos comportamentais, cognitivos e
fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido
de álcool, tipicamente associado aos seguintes
sintomas: forte desejo de beber, dificuldade de
controlar o consumo (não conseguir parar de beber
depois de ter começado), uso continuado apesar das
consequências negativas, maior prioridade dada ao
uso da substância em detrimento de outras
atividades e obrigações, aumento da tolerância
(necessidade de doses maiores de álcool para
atingir o mesmo efeito obtido com doses
anteriormente inferiores ou efeito cada vez menor
com uma mesma dose da substância) e por vezes
um estado de abstinência física (sintomas como
sudorese, tremores e ansiedade quando a pessoa
está sem o álcool).”3
2
https://www.einstein.br/doencas-sintomas/alcoolismo
3
http://www.cisa.org.br/artigo/4010/-que-alcoolismo.php
3
Segundo a 5ª edição do Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais
(Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, DSM-5), da Associação
Americana de Psiquiatria (APA, na sigla em inglês), os transtornos relacionados ao
uso de álcool são definidos como a repetição de problemas decorrentes do uso do
álcool que levam a prejuízos e/ou sofrimento clinicamente significativo, cuja
gravidade varia de acordo com o número de sintomas apresentados, conforme
quadro 1.4
Fonte: http://www.cisa.org.br/artigo/4010/-que-alcoolismo.php
4
http://www.cisa.org.br/artigo/4010/-que-alcoolismo.php
4
O alcoolismo não deve e nem pode ser confundido com o abuso de álcool, pois
este denota uma vontade de ingerir grandes quantidades de bebidas com teor
alcoólico, enquanto aquele é literalmente caracterizado pelo sentimento de
necessidade de consumir bebidas alcoólicas, em quantidade cada vez maiores, sem
conseguir parar após iniciar a beber e com eventual incidência de crise de
abstinência durante a recessão entre os períodos de ingestão de bebidas alcóolicas,
sendo o episódio caracterizado por simultaneidade de três ou mais dos seguintes
sintomas: tremor; palpitações; sudorese; agressividade; fala distorcida; intoxicação;
demência; perda da concentração; ansiedade; desanimo; perda da concentração,
raciocínio, memória e realidade, etc.
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SENA, Lago da Silva; BOERY, Rita Narrimam Silva de Oliveira; CARVALHO, Patrícia Anjos Lima de; REIS, Helca,
Franciolli Teixeira; MARQUES, Ana Maria Nunes. Alcoolismo no contexto familiar: um olhar fenomenológico.
(Artigo). Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2011 Abr-Jun; 20(2): 310-8. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/tce/v20n2/a13v20n2> Acessado em: 02/12/2019
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http://saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45613-consumo-abusivo-de-alcool-aumenta-42-9-entre-as-
mulheres
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Elsen I, Marcon SS, Silva MRS, organizadores. O viver em família e sua interface com a saúde e a doença.
Maringá (PR): EDUEM; 2002. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/
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é acompanhado por uma equipe interdisciplinar que realiza atividades ocupacionais,
recreativas e educacionais, visando a reinserção do alcoolista no seu meio social.
Os CAPS também devem oferecer suporte às famílias, desenvolvendo
atividades como terapias individuais, grupais, atividades educacionais e de lazer. No
entanto, essas famílias ainda não são vistas como uma das principais entidades
afetadas pelo alcoolismo, como núcleo que precisa de tratamento contínuo e
integral, a fim de terem condições dignas de saúde e poderem colaborar com o
tratamento do membro alcoolista.
A presença da família no tratamento do alcoolista é fundamental para um
resultado eficaz, pois além do paciente se sentir mais amparado, o familiar também
aprende a conviver, compreender e auxiliar o alcoolista da melhor maneira.
Neste contexto, está posto que o cuidado deve estar voltado não somente para
o alcoolista, mas para toda sua família e para terceiros inseridos no contexto
cotidiano da pessoa. Porém, o que se observa hoje é que a família é vista apenas
como coadjuvante no tratamento do membro alcoolista e não como entidade que
necessita de cuidados, tanto quanto ele.8
Há de se ressaltar que, portanto, o consumo de álcool incorre em despesas de
cunho social e de saúde.
8
Silva AL, Gonçalves LHT, Alvarez AM, Cartana MH. Protocolo de pesquisa colaborativa e participativa: o
processo de viver humano contemporâneo no contexto da grande Florianópolis. Florianópolis (SC):
Universidade Federal de Santa Catarina; 2003
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https://www.dw.com/pt-br/os-danos-sociais-causados-pelo-consumo-de-%C3%A1lcool-no-brasil/a-47564127
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https://www.dw.com/pt-br/os-danos-sociais-causados-pelo-consumo-de-%C3%A1lcool-no-brasil/a-
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(OMS), concluiu que houve uma redução per capita no tocante a ingestão de álcool,
haja vista que em 2016 a consumação per capita de substancias alcoólicas foi
de 7,8l. Ao passo que, no ano de 2010 o consumo estimado foi de 8,8l de álcool per
capita. Diante de tais dados, o Brasil está abaixo da região das Américas que gira
em torno de 8L, porém, acima da média mundial que é 6,4 L.
A diminuição do consumo de bebidas alcoólicas no Brasil refletiu
automaticamente na redução do número de pessoas portadoras de transtornos
psiquiátricos relacionados ao uso de bebidas.
Em contraponto, entre os anos de 2006 a 2017, houve o aumento de
diagnósticos de alcoolismo, sendo observado que entre os homens subiu de 24,8%
para 26%, enquanto para as mulheres passou de 7,7% para 11%, conforme
constatado pelo Ministério da Saúde.11
Observa-se que a dependência química por alcoolismo é um distúrbio mental
presente na sociedade como um todo; paralelamente, dados epidemiológicos
nacionais fornecidos pelo Ministério da Saúde demonstram que há o consumo cada
vez mais precoce e que cerca de 13% da população apresenta um quadro de
dependência alcoólica.
A OMS afirma que o Brasil tem caminhado na contramão, pois situações como
o Beber Pesado Episódico (BPE) que é caracterizado pelo conhecido “porre
ocasional” saltou de 12,7% para 19,4. Ao passo que nos demais países do mundo
houve uma queda de 20,5% para 18,2%. E de acordo com alguns dados estatísticos
República Federativa do Brasil ganhou destaque, de forma negativa, devido ao
aumento substancial do consumo de bebidas etílicas entre idosos, mulheres, jovens
e adolescentes, sendo que o álcool já é considerada a droga lícita mais utilizada
entre estes dois últimos grupos (jovens e adolescentes), seja em razão da
vulnerabilidade caracterizada pela faixa etária destes indivíduos, seja em
decorrência da facilidade no que tange ao quesito acessibilidade de tais bebidas.
O CISA apresentou um relatório de onde é possível extrair que: os jovens
experimentam pela primeira vez algum tipo de bebida alcoólica por volta dos 12
anos de idade, sendo que esse dado tem se tornado cada vez mais recorrente,
sendo apurado que de 2013 a 2016 aumentou de 50% para 55,5% o número de
jovens que com até 15 anos de idade ingerem habitualmente bebidas alcoólicas, e
na região sul do país o crescimento foi ainda maior e atingiu o patamar de 68% de
jovens.
Outro ponto que merece destaque é o crescimento do número de pessoas do
sexo feminino, que estão consumindo álcool regularmente, dentre a adolescência e
o início da fase adulta, tendo sido apontado como fator preponderante para esse
aumento o espaço conquistado pelas mulheres na sociedade, que traz consigo o
enfrentamento de diversos preconceitos, seja no âmbito social como psicológico.
Os movimentos feministas que ao logo dos anos asseguram e fortaleceram o
empoderamento feminino, ainda não tiveram o condão de absolver as mulheres de
algumas discriminações sociais, pois em um contexto geral, são muito mais
11
http://saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45613-consumo-abusivo-de-alcool-aumenta-42-9-entre-as-
mulheres
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alvejadas e rotuladas pela sociedade do que os homens, a exemplo disso imaginem
se um homem e uma mulher ficarem bêbados juntos num bar com amigos.
Certamente a pessoa do sexo feminino terá a sua conduta reprovada e será vítima
de chacotas, ao passo que a embriaguez do homem será considerada um evento
natural.
Os indivíduos do sexo masculino, independente da faixa etária, ainda se
sobressaem às mulheres no que tange ao consumo esporádico habitual de bebidas
alcoólicas; porém, tal diferença numérica tem se tornado cada vez mais estreita ao
longo do tempo.
O Ministério da Saúde defende que a necessidade de ações de promoção da
saúde, compreendidas como estratégias de articulação transversal com enfoque nos
determinantes do processo destinado ao cuidado da saúde da população e nas
diferenças entre necessidades, territórios e culturas presentes no Brasil, a fim de
construir mecanismos que diminuam as situações de vulnerabilidade, promovam a
equidade e insiram a participação da comunidade e o controle social na gestão das
políticas públicas, com o escopo de otimizar todos os serviços destinados ao
fornecimento de um sistema de saúde.
Nesse sentido, se tem como importante a existência de políticas públicas
abrangentes, a efetiva articulação intersetorial do poder público e privado e
participação popular, incrementando a qualidade de vida e reduzindo os riscos à
saúde, porém, o seu grande obstáculo reside justamente em questões políticas e
econômicas, pois a indústria do álcool brasileira é a mais lucrativa do mundo.
13
PASTOR, José Manuel Almansa. Derecho de la seguridade social. 7ª ed. Madrid: Tecnos, 1991.
14
Os segurados do Regime Geral de Previdência – INSS podem ser conceituado como sendo toda pessoa física
que realiza o recolhimento de suas contribuições para o sistema, seja ela obrigatória quando o indivíduo exerce
atividade laborativa, seja facultativa quando a pessoa não exerce atividade remunerada.
10
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os
dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou
mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes,
observado o disposto no § 2º.”
15
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 21ª ed. São Paulo: Malheiros, 2007, p.259.
16
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de
carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de
15 (quinze) dias consecutivos.
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possa arcar com os custos de tratamentos médicos, que em muitos casos se torna
imprescindível para a subsistência da família do contribuinte, isso sem contar com o
fato de que, caso o segurado tenha vínculo empregatício com alguma empresa, este
é mantido, permitindo ao trabalhador retornar imediatamente ao labor após a alta
médica previdenciária.
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http://www.previdencia.gov.br/saude-e-seguranca-do-trabalhador/
13
Convém destacar que o último anuário estatístico disponibilizado quando da
realização do presente trabalho foi referente ao ano de 2017.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora o consumo per capita de bebidas etílicas pelos brasileiros tenha
reduzido nos últimos anos, também houve um aumento expressivo e preocupante de
sua ingestão por mulheres e jovens. Assim, as substancias alcoólicas, em que pese
todo o seu poder destrutivo aos seus dependentes e à família destes, permanece
sendo a droga licita mais consumida no Brasil.
Em contrapartida, o governo Brasileiro já ciente de que o alcoolismo é
considerado um dos principais problemas na área da saúde pública, não pode
permitir que as indústrias de bebidas – em especial, as cervejarias – por se tratar do
segmento mais lucrativo do mundo, possam se sobrepujar aos direitos à saúde e à
vida do ser humano, consagrados como fundamentais pela Constituição Federal,
apenas por questões de cunho econômico e de lobby político.
Portanto, para que se garanta o bem-estar social e a dignidade humana, sob o
âmbito coletivo e individual, é necessário que haja o investimento na implantação de
políticas públicas de combate ao consumo de bebidas alcoólicas, assim como
buscando a otimização das políticas já existentes, com enfoque especial nos jovens
que, conforme declarou o Papa Emérito Bento XVI18, eles são o futuro da
humanidade e esperança de todas as nações. Logo, não se pode admitir que a
juventude se enverede por um caminho que muitas vezes se torna irreversível.
Através da presente pesquisa, restou notório que houve uma redução do
número de contribuintes do RGPS e que ocorreram impactos do alcoolismo na
concessão do benefício previdenciário de auxilio doença pelo INSS.
Isso se dá pelo fato de que houve uma queda do consumo de álcool per capita
na população adulta, onde se concentra o maior número de trabalhadores que
prestam serviços formais e que, por sua vez, são contribuintes da autarquia
18
http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2005/august/documents/hf_ben-
xvi_spe_20050820_meeting-muslims.html
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previdenciária; bem como ao aumento do índice de desemprego e trabalhos
informais, que refletem na ausência de recolhimentos para o sistema previdenciário.
Em que pese tais reduções, o impacto financeiro e social sofrido devido a
concessão do referido benefício é avassalador, pois, na maioria dos casos, afastar o
trabalhador dependente de álcool de seu labor ou do seu meio social traz resultados
refratários ao tratamento do alcoolista e certamente para os cofres públicos, que
correm o risco de pagar o benefício de auxilio doença por um longo período.
Portanto, em vista ao alcance de um bem individual e coletivo chama-se a
atenção para que o INSS se dedique à celebração de parcerias com empresas,
entidades públicas e privadas, destinadas desenvolver um programa de reabilitação
profissional eficaz, que possa reverter na efetiva reinserção do dependente químico
na sociedade.
Por derradeiro, conclui-se o quão importante é não apenas a implementação de
políticas públicas, mas também a realização de exames periódicos de avaliação da
saúde do trabalhador, assim como investir em ações que possam refletir na melhoria
da qualidade de vida e, consequentemente, evitar o desencadeamento de outras
patologias e assim reduzir os afastamentos previdenciários associados ao uso do
álcool.
5. REFERÊNCIAS
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de; LAZZARI, João Batista. Manual de Direito
Previdenciário. 15ª Ed.. Rio de Janeiro: Forense, 2013.
FIOTEC. Você sabe o que são os Caps e como eles funcionam?. Disponível em:
http://www.fiotec.fiocruz.br/index.php/noticias/projetos/5324-voce-sabe-o-que-sao-
os-caps-e-como-eles-funcionam. Acesso em 24 de jun. de 2019.
GOUVEIA, Carlos Alberto Vieira de. Benefício por incapacidade & perícia médica:
manual prático. 2ª Ed.. Curitiba: Juruá, 2014.
Silva AL, Gonçalves LHT, Alvarez AM, Cartana MH. Protocolo de pesquisa
colaborativa e participativa: o processo de viver humano contemporâneo no
contexto da grande Florianópolis. Florianópolis (SC): Universidade Federal de
Santa Catarina; 2003.
18