Você está na página 1de 103

Engenharia

de Software II
Aula 02

Prof. Dr. Rodrigo Plotze


rodrigoplotze@gmail.com
Roteiro
▪ Técnicas de Elicitação
− Pesquisa
• Entrevista
• Questionário
− Documentos
− Criatividade
− Observação
− Apoio

2
TÉCNICAS DE ELICITAÇÃO

3
Técnicas de Elicitação

Não existe uma técnica


universal de elicitação
de requisitos.

4
Técnicas de Elicitação
▪ O objetivo de todas as técnicas de elicitação é
auxiliar o engenheiro de requisitos a identificar o
conhecimento e os requisitos dos stakeholders.

▪ Como e quando aplicar uma determinada


técnica dependerá das condições encontradas
(cenário)

5
Técnicas de Elicitação
▪ A finalidade das técnicas de elicitação é identificar os
requisitos:
− Subconscientes = Básico = Evidente
− Consciente = Esperado = Explícito
− Inconsciente = Inesperado

▪ Cada projeto é peculiar, possui restrições específicas


e características individuais

6
Técnicas de Elicitação
▪ Fatores de Risco
− Importante ao escolher uma técnica adequada de
elicitação.
− Esses fatores são de consequências:
• Humanas
• Organizacionais
• Técnicas

7
Técnicas de Elicitação
▪ Fatores de Risco por Influência Humana
− Durante a fase de elicitação de requisitos uma boa
comunicação é essencial

− Assegurar uma comunicação de qualidade entre


Engenheiro de Requisitos e Stakeholders.

8
Técnicas de Elicitação
▪ Fatores de Risco por Influência Humana
− Competências sociais e cognitivas dos stakeholders,
bem como sua experiência com dinâmicas de grupo,
também influenciam significativamente a escolha
da técnica apropriada de elicitação

9
A falta de comunicação

INTRODUÇÃO

10
Técnicas de Elicitação
▪ Fatores de Risco por Influência Organizacional
− Isso inclui a distinção entre contratos de preço
fechado (empreitadas) e contratos de prestação de
serviço (alocação)
− O sistema a ser criado é um novo desenvolvimento
ou uma extensão de um sistema legado
− Disponibilidade de tempo e deslocamento dos
stakeholders

11
Técnicas de Elicitação
▪ Fatores de Risco por Influência Técnica
− É preciso considerar o conteúdo técnico dos
requisitos

− Caso o sistema seja considerado complexo, é


aconselhável utilizar uma abordagem estruturante
durante a elicitação para desconstruir os conteúdos
operacionais em partes compreensíveis

12
Técnicas de Elicitação
▪ Mesclando Técnicas de Elicitação
− Combinar técnicas de elicitação permite minimizar
os riscos inerentes ao projeto
− Requisitos abstratos podem ser elicitados
adequadamente por meio de técnicas de
criatividade.
− Técnicas baseadas em pesquisas ou observações
podem auxiliar a elicitar requisitos com nível médio
de detalhamento

13
Técnicas de Elicitação
▪ Mesclando Técnicas de Elicitação
− Requisitos minuciosamente detalhados podem ser
elicitados com técnicas centradas em documentos.

− Recomenda-se mesclar diversas técnicas, sobretudo


por minimizar inúmeros riscos inerentes ao projeto

14
Técnicas de Elicitação
▪ Mesclando Técnicas de Elicitação
− Pontos fracos e desvantagens de uma técnica
específica podem ser compensadas pelo uso de outra
técnica que apresenta pontos fortes onde a primeira
técnica eventualmente seja deficitária

15
Pesquisa
Elicitação Criatividade

Documentos

Observação

Apoio
16
Entrevista
Pesquisa
Questionário

Brainstorming

Brainstorming
Paradox
Criatividade
Mudanças de
perspectiva

Técnicas de Elicitação
Analogia

Arqueologia

Leitura Baseada
Documentos
em perspectiva

Reutilização

Observação de
campo
Observação
Apprenticing

Mapas mentais

Workshops

Apoio Cartões CRC

Gravação
Áudio/Vídeo

Storyboard 17
TÉCNICAS DE PESQUISA

18
Técnicas de Pesquisa
▪ As técnicas de pesquisa têm por objetivo elicitar
as mais precisas e imparciais declarações
possíveis dos stakeholders a respeito de seus
requisitos.
▪ Todas as técnicas de pesquisa partem do
pressuposto que o respondente é capaz de
expressar explicitamente seu conhecimento e
que ele está comprometido(a) a investir tempo e
esforço para a elicitação.

19
Técnicas de Pesquisa
▪ As técnicas de pesquisa são geralmente dirigidas
pelo engenheiro de requisitos (ele é quem faz as
perguntas).
▪ Tipos
− Entrevistas
− Questionários

20
Técnicas de Pesquisa
▪ Entrevistas
− Durante uma entrevista, o ER realiza perguntas
previamente direcionadas para um ou mais
stakeholders e documenta as respostas.
− Entrevistas podem ser utilizadas ao longo de toda a
fase de desenvolvimento do sistema.

21
Técnicas de Pesquisa
▪ Entrevistas
− Um entrevistador experiente pode controlar
individualmente o desenrolar da conversa:
• Dedicando-se totalmente a cada stakeholder
• Procurando obter informações sobre aspectos
específicos
• Assegurando dessa forma que as respostas sejam
completas

22
Técnicas de Pesquisa
▪ Entrevistas
− A principal desvantagem dessa técnica de elicitação é
o tempo que ela consome

23
Técnicas de Pesquisa
▪ Segundo Sommerville (2011), entrevistas podem
ser de dois tipos:
− Fechadas: em que o stakeholder responde a um
conjunto predefinido de perguntas.
− Abertas: em que não existe uma agenda predefinida.
A equipe de engenharia de requisitos explora uma
série de questões com os stakeholders do sistema e,
assim, desenvolve uma melhor compreensão de suas
necessidades.

24
Técnicas de Pesquisa
▪ Questões subjetivas: respostas “abertas”.
− Exemplos: O que você acha de ...? Explique como
você ...?
• Vantagens:
– riqueza de detalhes.
– Revelam novos questionamentos.
– Colocam o entrevistado à vontade.
• Desvantagens:
– Podem resultar em muitos detalhes irrelevantes.
– Perda do controle da entrevista.
– Respostas muito longas para se obter pouca informação útil.

25
Técnicas de Pesquisa
▪ Questões objetivas: respostas “fechadas”.
− Exemplos: Quantos ...? Quem ...? Quanto tempo ...?
Qual das seguintes informações ...?
• Vantagens:
– Ganho de tempo, uma vez que vão direto ao ponto em questão.
– Mantêm o controle da entrevista.
– Levam a dados relevantes.
• Desvantagens:
– Podem ser maçantes para o entrevistado.
– Podem falhar na obtenção de detalhes importantes.
– Não constroem uma afinidade entre entrevistador e entrevistado

26
Técnicas de Pesquisa
▪ O que perguntar?
− Técnica dos 5W2H (cinco W e 2H)
• O quê? (what)
• Quando? (when)
• Onde? (where)
• Por quê? (why)
• Quem? (who)
• Como? (how)
• Quanto custará? (how much)

27
Técnicas de Pesquisa
▪ Antes da entrevista (planejamento)
− Estudar os entrevistados e a organização
− Decidir sobre os tipos de questões
− Elaborar um roteiro
− Definir duração entre 45 minutos e uma hora.

28
Técnicas de Pesquisa
▪ Durante a entrevista (execução)
− Confirmar a data, horário e local da entrevista.
− Falar brevemente sobre os objetivos.
− Explicar ao entrevistado sobre o que será feito com as
informações coletadas.
− Registre dados da entrevista: entrevistado, função,
data, assunto e objetivos.
− Uso de gravação/filmagem:
• Requer permissão do entrevistado.
− Uso de anotações.

29
Técnicas de Pesquisa
▪ Após a entrevista
− O relatório da entrevista deve capturar a essência da
entrevista.
− Documentação da Entrevista
• Nome do entrevistado;
• Função do entrevistado na empresa;
• Data, local, horário e duração da entrevista
• Objetivos da entrevista
• Perguntas feitas
• Respostas dadas
• Relatório de avaliação da aplicação da entrevista
30
Relatório da Entrevista (Exemplo)
Pessoa Entrevistada: João da Silva Entrevistador: José Antônio 20/10/2011
Objetivos da Entrevista:
• Entender os relatórios produzidos pelo Recursos Humanos no sistema atual.
• Determinar os requisitos para o novo formato do relatório.
Resumo da Entrevista:
• As amostras de relatórios do setor de Recursos Humanos estão anexadas a este relatório.
As informações que não foram usadas ou estiverem faltando estão anotadas nos relatórios.
• Dois dos maiores problemas com o sistema atual são:
• Os dados são muito antigos. (O Departamento de Recursos Humanos precisa de
informações 2 dias antes do fim do mês; atualmente as informações são fornecidas a
eles depois de um atraso de 3 semanas)
• Os dados são de baixa qualidade. (Frequentemente, os relatórios devem ser ajustados
ao banco de dados do Departamento de Recursos Humanos)
• Os erros mais comuns nos dados encontrados no sistema atual incluem informações
incorretas de nível dos empregados e ausência de informações sobre salários
Itens em Aberto:
• Obter de José Thomas Neto (ramal 1234) o relatório da relação atual de empregados
• Verificar com José Thomas Neto os cálculos usados para determinar o tempo de férias
• Marcar entrevista com Fernando Henrique Cardoso (ramal 8865) a respeito dos motivos
para os problemas com a qualidade de dados
Anotações Detalhadas: Ver transcrições em anexo. Aprovado por:
31
Técnicas de Pesquisa
▪ Questionário
− Fazer uso de questões abertas e/ou fechadas
(questões de múltipla escolha).
− Se um grande número de participantes precisam ser
sondados, um questionário online é uma opção
viável.
− Questionários podem elicitar grande número de
informações em curto espaço de tempo e a baixo
custo.

32
Técnicas de Pesquisa
▪ Questionário
− Se as respostas estão previamente determinadas,
até mesmo stakeholders que não têm a capacidade
de expressar seu conhecimento de forma explícita
podem fornecer uma avaliação
− Uma desvantagem de se utilizar um questionário é
que ele somente pode ser utilizado para coletar os
requisitos que o ER já conhece ou conjectura

33
Técnicas de Pesquisa
▪ Questionário
− Elaborar um questionário apropriado é muitas
vezes uma tarefa complicada que exige muito
tempo e requer conhecimento profundo do domínio
em questão
− Ao contrário das entrevistas, os questionários não
fornecem uma retroalimentação imediata entre o
pesquisador e o pesquisado (reconhecer que uma
pergunta foi esquecida ou mal formulada somente
surge depois que os questionários foram avaliados)
34
Técnicas de Pesquisa
▪ Variáveis Estatísticas
− Variável
• Símbolo (X,Y,Z,...) que pode assumir qualquer valor
de um conjunto determinado, o qual é denotado
domínio da variável ou categoria.

35
Técnicas de Pesquisa
▪ Variáveis Estatísticas
− Classificação das Variáveis

Nominal
Qualitativa
(Categórica)
Ordinal

Discreta
Quantitativa
(Numérica)
Contínua
36
Técnicas de Pesquisa
▪ Variáveis Estatísticas – Classificação
− Variáveis Qualitativas Nominais
• Quando os valores possíveis são do tipo nominal.
• Não existe ordenação entre os valores.
• Exemplo
– Tipo sanguíneo {A, B, AB, O}
– Gênero {Masculino, Feminino}
– Cor dos Olhos {Castanho, Azul, Verde}

37
Técnicas de Pesquisa
▪ Variáveis Estatísticas – Classificação
− Variáveis Qualitativas Ordinais
• Possuem um valor nominal que permite
estabelecer uma ordem entre elas.
• Existe uma ordenação entre as categorias.

38
Técnicas de Pesquisa
▪ Variáveis Estatísticas – Classificação
− Variáveis Qualitativas Ordinais
• Exemplos
– Grau de recuperação de um paciente ao aplicarmos um
medicamento {nenhum, bom, ótimo}
– O site www.xyz.com é fácil de navegar?
» {Não concordo totalmente, Não concordo
parcialmente, Indiferente, Concordo parcialmente,
Concordo totalmente}
– Escala de Likert
» Criada pelo sociólogo americano
Rensis Likert (1903-1981)

39
Técnicas de Pesquisa
▪ Variáveis Estatísticas – Classificação
− Variáveis Qualitativas Ordinais
• Exemplos
– Escolaridade (1o, 2o, 3o graus)
– Estágio da doença (inicial, intermediário, terminal)
– Mês de observação (janeiro, fevereiro,..., dezembro).

40
Técnicas de Pesquisa
▪ Variáveis Estatísticas – Classificação
− Variáveis Quantitativas ou Numéricas
• Valores são expressos numericamente, permitindo
realizar operações aritméticas.

41
Técnicas de Pesquisa
▪ Variáveis Estatísticas – Classificação
− Variáveis Quantitativas ou Numéricas
• Divida em dois grupos:
– Discretas
» Expressa por valores inteiros não negativos, por exemplo idade,
ou o número de ocorrência de um evento , etc.
» Exemplo: Número de filhos, número de bactérias por litro de
leite, número de cigarro fumados por dia.

42
Técnicas de Pesquisa
▪ Variáveis Estatísticas – Classificação
− Variáveis Quantitativas ou Numéricas
• Divida em dois grupos:
– Contínuas
» características mensuráveis que assumem valores em uma
escala contínua
» Exemplo: peso (balança), altura (régua), tempo (relógio),
pressão arterial, idade.

43
Variáveis Estatísticas

Variável

Qualitativa Quantitativa

Nominal Ordinal Discreta Contínua

44
TÉCNICAS DE CRIATIVIDADE

45
Técnicas de Criatividade
▪ Técnicas de Criatividade têm a finalidade de:
− desenvolver requisitos inovadores, esboçar uma
visão inicial do sistema
− elicitar fatores inesperados de satisfação

▪ Não são geralmente muito adequadas para


estabelecer requisitos precisos sobre o
comportamento do sistema

46
Técnicas de Criatividade
▪ Brainstorming (1)
− Ideias são coletadas durante certo período de
tempo, geralmente em grupos de 5 a 10 pessoas.

47
Técnicas de Criatividade
▪ Brainstorming (2)
− As ideias são documentadas por um moderador sem
serem discutidas, julgadas ou comentadas.
− Os participantes usam ideias de outros
participantes para desenvolver novas ideias
originais, ou para modificar ideias existentes.

48
Técnicas de Criatividade
▪ Brainstorming (3)
− Técnica particularmente eficaz quando envolve um
grande número de pessoas de diversos grupos de
stakeholders.
− Vantagens
• muitas ideias podem ser coletadas em um curto
espaço de tempo
• diversas pessoas podem expandir essas ideias
colaborativamente
49
Técnicas de Criatividade
▪ Brainstorming (4)
− A coleta imparcial dessas ideias proporciona o
surgimento inesperados de novas soluções
− Brainstorming é geralmente menos eficaz quando a
dinâmica do grupo é confusa ou quando há
membros muito dominantes no grupo

50
Técnicas de Criatividade
▪ Brainstorming (5)
− Quando o brainstorming não é considerado eficaz,
sugere-se outras técnicas como, por exemplo, o
método 6-3-5.

51
Técnicas de Criatividade
▪ Brainstorming (6) - Método 6-3-5
− “Seis participantes, cada um escreve três ideias numa
folha de papel.
− Esta folha é repassada aos outros membros, que
comentam e desenvolvem as ideias recebidas,
processo este que se repete cinco vezes”
− Tal método também é intitulado de brainwriting

52
ATIVIDADE PRÁTICA

53
Atividade Prática
▪ Objetivo
− Elicitar requisitos para um App de Delivery
de uma Pizzaria.

▪ Requisitos
− Utilizar a técnica de criatividade brainstorming

54
Atividade Prática
▪ Roteiro
− Organizar grupos de até 6 integrantes.
− Especificar as ideia no papel.
− Trocar entre os integrantes.

▪ Cenário
− Entrar no Sistema
− Escolher os itens do pedido.
− Entrar com os dados da entrega
− Escolher a forma de pagamento
− Sair do Sistema
55
56
Técnicas de Criatividade
▪ Brainstorming Paradox (1)
− É uma modificação do brainstorming tradicional.
− As ideias coletadas são eventos que não devem
acontecer.
− O que o sistema não pode fazer?

57
Técnicas de Criatividade
▪ Brainstorming Paradox (2)
− O grupo mais tarde desenvolve medidas para evitar
que os eventos anteriormente coletados venham
acontecer
− Através desse processo os participantes muitas
vezes percebem quais ações podem acarretar
resultados negativos

58
Técnicas de Criatividade
▪ Brainstorming Paradox (3)
− Riscos podem ser identificados antecipadamente
com esse método, e medidas preventivas podem ser
desenvolvidas
− As vantagens e desvantagens dessa técnica são as
mesmas do brainstorming clássico

59
Técnicas de Criatividade
▪ Mudanças de Perspectiva (1)
− Objetivo é adotar diferentes pontos de vista
extremos.
− A técnica mais comum é a chamada Six Thinking Hats
(Seis Chapéus ou Seis Chapéus do Pensamento)

60
Técnicas de Criatividade
▪ Mudanças de Perspectiva (2)
− Cada chapéu representa uma perspectiva específica
adotada, uma após a outra, para cada participante
− As soluções resultantes abordam o problema a
partir de perspectivas diferentes

61
Técnicas de Criatividade
▪ Mudanças de Perspectiva (3)
− Até mesmo stakeholders que têm absoluta
convicção a respeito de suas ideias podem ser
persuadidos a adotar um ponto de vista diferente
− Tal técnica é benéfica quando os stakeholders não
conseguem expressar seu conhecimento sem
imparcialidade, ou quando estão obstinadamente
presos a sua opiniões

62
Técnicas de Criatividade
▪ Mudanças de Perspectiva (4)
− Essa técnica não pode ser aplicada se os requisitos
exigem um nível de detalhamento muito preciso
(tornaria a técnica muito cansativa)

63
Six
Thinking
Hats

64
65
Six
Thinking
Hats

66
Fonte: www.storyboardthat.com/articles/b/six-thinking-hats-examples
Six
Thinking
Hats

Social-Local-Mobile-Food 67
Fonte: www.storyboardthat.com/articles/b/six-thinking-hats-examples
Técnicas de Criatividade
▪ Técnicas de Analogia
− Na técnica biônica, problemas que o projeto
enfrenta são comparados (mapeados) a uma
situação análoga que ocorre na natureza
− As soluções proporcionadas pela natureza são
investigadas e então transferidas (mapeadas) de
volta ao projeto
− Exemplos
• Redes Neurais Artificiais
68
TÉCNICAS BASEADAS
EM DOCUMENTOS

69
Técnicas Baseadas em Documentos
▪ Reutilização de Soluções e Experiências
− Reutilizam soluções e experiências feitas com
sistema existentes
− Quando um sistema legado é substituído, essa
técnica assegura que a funcionalidade completa do
sistema legado possa ser identificada

70
Técnicas Baseadas em Documentos
▪ Reutilização de Soluções e Experiências
− Tais técnicas devem ser mescladas com outras
técnicas de elicitação para que a validade dos
requisitos elicitados possa ser determinada e novos
requisitos identificados

71
Técnicas Baseadas em Documentos
▪ Reutilização de Soluções e Experiências
− Requisitos que foram compilados anteriormente e
atualizados para um determinado padrão de
qualidade podem ser reutilizados
− Os requisitos são armazenados em um BD (por
exemplo), e disponibilizados no nível exigido de
detalhamento para reutilização
− Por meio da reutilização, os custos com os
procedimentos de elicitação podem ser
significativamente reduzidos
72
Técnicas Baseadas em Documentos
▪ Arqueologia de Sistema (1)
− Técnica que extrai informações necessárias para
construir um novo sistema a partir de
documentação ou da implementação (código) de
um sistema legado, ou de um sistema concorrente.

− Essa técnica é frequentemente aplicada quando o


conhecimento explícito sobre a lógica do sistema foi
parcialmente ou completamente perdido

73
Técnicas Baseadas em Documentos
▪ Arqueologia de Sistema (2)
− Ao analisar o código existente, o ER pode assegurar
que nenhuma das funcionalidades do sistema
legado será esquecida, a lógica do sistema legado é
novamente elicitada.
− Esse método produz grande quantidade de
requisitos muito detalhados e exige muito trabalho.

74
Técnicas Baseadas em Documentos
▪ Arqueologia de Sistema (3)
− É a única técnica que pode assegurar que todas as
funcionalidades do legado serão implementadas no
novo sistema.
− Em situações em que está absolutamente claro que
o sistema legado e o novo sistema diferem em
termos de funcionalidade, técnicas adicionais de
elicitação (técnicas de criatividade), deverão ser
empregadas inicialmente

75
Técnicas Baseadas em Documentos
▪ Leitura Baseada em Perspectiva (1)
− Aplicada quando documentos precisam ser lidos a
partir de uma perspectiva específica (perspectiva do
implementador ou do testador)
− Aspectos contidos nos documentos mas que não
dizem respeito à perspectiva atual são ignorados
− Permite uma análise estritamente focada em partes
específicas da documentação existente

76
Técnicas Baseadas em Documentos
▪ Leitura Baseada em Perspectiva (2)
− Aspectos relacionados à tecnologia ou à
implementação podem ser separados de aspectos
operacionais essenciais que são relevantes para o
sistema sucessor

77
TÉCNICAS DE OBSERVAÇÃO

78
Técnicas de Observação
▪ Observações (1)
− Quando especialistas de domínio não se dispõem a
dedicar o tempo necessário para compartilhar sua
expertise com o ER
− Ou se eles não são capazes de expressar e
representar seu conhecimento, as técnicas de
observação são muito úteis
− Durante a observação o ER observa os stakeholders
enquanto trabalham

79
Técnicas de Observação
▪ Observações (2)
− O ER documenta todos os passos e dessa forma
elicita os processos que o sistema deverá suportar,
bem como potenciais erros, riscos e questões em
aberto
− Os stakeholders podem ativamente demonstrar seu
conhecimento no uso do aplicativo, ou podem
permanecer passivos, com o ER apenas observando

80
Técnicas de Observação
▪ Observações (3)
− Técnicas de observação são muito apropriadas para
elicitar requisitos detalhados e fatores básicos de
satisfação (dissatisfiers), pois o ER pode identificar
fatores considerados óbvios

81
Técnicas de Observação
▪ Observação de Campo
− O ER, acompanhando o especialista ou os usuários
do sistema no próprio local de trabalho, observa e
documenta os processos e procedimentos
operacionais executados
− A partir dessas observações, o ER formula os
requisitos
− Tal processo pode receber o apoio adicional de
gravações de áudio ou vídeo

82
Técnicas de Observação
▪ Apprenticing (1)
− O ER precisa ativamente aprender ou realizar os
procedimentos dos stakeholders
− Como se fosse um aprendiz em treinamento, o ER é
estimulado a questionar procedimentos
operacionais pouco claros e complexos com o
objetivo de adquirir experiência do domínio
− O ER pode vivenciar requisitos que os stakeholders
consideram óbvios e por isso não conseguem
elucidar
83
Técnicas de Observação
▪ Apprenticing (2)
− O equilíbrio de forçar entre o ER e o respectivo
especialista é invertido (vantagem)
− O stakeholder nesse momento adota o papel de
“mestre”, como detentor de um conhecimento que o
aprendiz ainda não possui

84
ATIVIDADE PRÁTICA

85
Atividade Prática
▪ Objetivo
− Elicitação de requisitos de um software comercial para
controle de estoque utilizando a técnica de
observação.
▪ Roteiro
− Pesquisar interfaces gráficas de um sistema para
controle de estoque.
− Elicitar requisitos funcionais e não funcionais a partir
das interfaces encontradas.
− Elaborar um protótipo indicando uma melhoria na
interface.
86
TÉCNICAS DE APOIO

87
Técnicas de Apoio
▪ Técnicas de Apoio
− Funcionam como apoio adicional para as técnicas de
elicitação e procuram compensar eventuais pontos
fracos e desvantagens da técnica de elicitação
selecionada

88
Técnicas de Apoio
▪ Mapas Mentais
− Mind Mapping, cria-se uma representação gráfica
dos relacionamentos e das interdependências
refinadas entre termos
− Usados como técnicas de apoio para o
brainstorming ou brainstorming paradox

89
Mapas Mentais

Fonte: https://compilousemerro.blogspot.com.br/2013/10/mapa-mental-arrays-em-varias-linguagens.html 90
Mapas Mentais

Fonte: https://https://br.pinterest.com/pin/342836590366926914/ 91
Técnicas de Apoio
▪ Workshops
− Em reunião conjunta, o ER e os stakeholders
elaboram os objetivos do sistema (ou os detalhes de
uma certa funcionalidade)
− Exemplo:
• As interfaces de usuário necessárias do sistema
podem ser projetadas em um workshop

92
Técnicas de Apoio
▪ Cartões CRC (Class Responsibility Collaboration)
− Aspectos do contexto e seus respectivos atributos e
propriedades são anotadas em fichas de arquivo
− Requisitos são então formulados utilizando essas
fichas

93
Técnicas de Apoio
▪ Gravações de Áudio e Vídeo (1)
− São apropriadas para elicitar requisitos quando os
stakeholders não estão disponíveis, quando o
orçamento é limitado ou quando o sistema é
altamente crítico
− Especialmente durante observações de campo, elas
podem ajudar a capturar processos de alta
velocidade

94
Técnicas de Apoio
▪ Gravações de Áudio e Vídeo (2)
− A desvantagem dessa técnica é que os stakeholders
muitas vezes têm a sensação de estarem sendo
supervisionados ao serem filmados e podem, em
consequência disso, fornecer declarações
imparciais, ou mesmo, em casos extremos, recusar-
se a cooperar

95
Técnicas de Apoio
▪ Protótipos (1)
− São apropriados para questionar requisitos
estabelecidos e elicitar requisitos em situações onde
os stakeholders apenas têm uma vaga
compreensão do que necessita ser desenvolvido
− Consequências potenciais de requisitos novos ou
modificados podem mais facilmente ser
identificados

96
Técnicas de Apoio
▪ Protótipos (2)
− Exemplo:
• Protótipos de interfaces com o usuário são
frequentemente utilizados na prática para
encontrar requisitos funcionais adicionais

97
Técnicas de Apoio
▪ Protótipos (3)

98
Protótipo

99
Protótipo

100
Protótipo

101
Técnicas de Apoio
▪ Protótipos – Ferramentas
− Pencil <pencil.evolus.vn/>
− Scketch <www.sketchapp.com/>
− Invision <www.invisionapp.com/>
− Axure <axure.com>
− Frame JS <framer.com/>

102
FIM

103

Você também pode gostar