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PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO - TREINAMENTO & DESENVOLVIMENTO

O que é Treinamento?
É um processo de assimilação cultural a curto prazo, que objetiva repassar ou
reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionados diretamente à
execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho.

Qual o objetivo do Treinamento?


O treinamento tem por finalidade ajudar a empresa a alcançar os objetivos,
proporcionando oportunidade aos funcionários de todos os níveis para obterem o
CHA.
O treinamento produz um estado de mudança no conjunto de CONHECIMENTOS,
HABILIDADES e ATITUDES – CHA, de cada trabalhador, modificando a bagagem
particular de cada um.

Quem corrige as distorções do CHA individual com o CHA correspondente


ao perfil exigido pela Organização?
Cada um de nós somos possuidores de um CHA individual adquirido ao longo de
nossa trajetória, porém, precisamos estar em uníssono com a posição que
ocupamos numa estrutura organizacional e com as devidas responsabilidades.
As eventuais diferenças existentes devem ser corrigidas por meio do Treinamento.

Qual o resultado esperado com um Programa de Treinamento?


• Aumento da produtividade
• Melhoria na qualidade dos resultados
• Redução de custos, retrabalho, etc.
• Otimização da eficiência
• Elevação do saber
• Aumento das habilidades
• Redução do índice de acidentes
• Melhoria do clima organizacional
• Aumento da motivação pessoal
• Redução do absenteísmo
• Redução do turn-over

Quais são as atividades da área de Treinamento?


1. Levantamento de necessidades – definir as necessidades considerando:
• Manual de Requisitos Básicos e Qualificações Desejáveis, ou
seja, (comparar o perfil do empregado com as exigências da
função);
• Perfil de Competências do Profissional da Organização;
• Novas Tecnologias;
• Novos Processos de Fabricação;
• Treinamento para o Sistema da Qualidade (ISO 9000...);
• Necessidades diagnosticadas em instrumentos de avaliação.
2. Planejamento de Treinamento
• Definição de local para realizar o Treinamento
• Identificação de Instrutor, consultorias especializadas, entidades
especializadas (SENAI, SENAC, FGV...)
• Definição de horário (dentro ou fora do horário de trabalho, finais
de semana);
• Liberação de verba
• Organizado pelo RH ou pela própria área
3. Programação de Treinamento
• Elaboração de objetivos mensuráveis
• Recursos internos - utilização de multiplicadores
• Recursos externos – identificação de fornecedores, cotações,
negociação e logística do evento.
• Reserva de recursos áudio-visuais, impressos...
4. Elaboração da Solicitação de Treinamento
• O requisitante solicita o Treinamento através de formulário
próprio (papel ou eletronicamente), estabelecendo os resultados
esperados;
• Divulgação do programa de Treinamento
• Convocação dos participantes
• Registros de Treinamento
• Controle de registros
• Eficácia do Treinamento – avaliação de resultados
• Registro do monitoramento da eficácia de treinamento

Qual a importância do Planejamento de um Programa e Treinamento?


Planejar um programa é a previsão inteligente e bem calculada de todas as
etapas do trabalho: é a programação racional de todas as atividades de modo
a tornar o ensino seguro e eficiente, devendo-se pensar na seguinte ordem:
1. Objetivo
2. Forma
3. Conteúdo
Devemos considerar todos os aspectos, desde o próprio ambiente, até os
recursos de que se dispõe, tudo deve ser estudado, avaliado e preparado, a
fim de que os objetivos do trabalho sejam plenamente atingidos. Não se pode
falar em um treinamento sem considerar o planejamento como a etapa vital no
seu desenvolvimento.
Este planejamento deve responder às questões básicas:

O QUÊ? PARA QUEM? QUANDO? COMO?


POR QUÊ? PARA QUÊ? ONDE? QUANTO?

Quais as questões que planejamento do Programa de Treinamento deverá


responder?

• definição dos objetivos da apresentação/ treinamento

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• análise do público a que se destina
• determinação do tempo disponível
• preparação do assunto a ser desenvolvido
• seqüência lógica da apresentação
• escolha da técnica/metodologia
• preparação dos recurso instrucionais, visuais e audiovisuais
• preparação do local da apresentação
• previsão de situações e perguntas que poderão ocorrer durante a
apresentação

Como definir os objetivos da apresentação?


Os objetivos devem ser específicos, realistas, relevantes e coerentes. Na verdade,
os objetivos têm como função dirigir as decisões sobre a seleção do conteúdo e
sobre as experiências a serem adquiridas pelos participantes.
Para definir os objetivos, o primeiro passo é saber aonde se quer chegar com o
programa.
O Objetivo de qualquer treinamento é um aprendizado, ou seja;
Qual o objetivo de aprendizado que se busca?
Pessoas são treinadas para adquirirem ou aperfeiçoarem determinado
conhecimento, habilidade e/ou atitude - CHA.
O objetivo de todo treinamento está ligado a uma necessidade identificada de
desenvolvimento de pessoas que, por sua vez, está relacionada a objetivos e
metas maiores propostas para a empresa ou para o negócio.
Todo objetivo de uma atividade de negócios demanda recursos matérias,
humanos, tecnológicos, financeiros, etc. Dentre esses recursos, as pessoas são,
via de regra, os mais importantes, pois representam os principais agentes de
resultados. Para tanto, elas devem ser capacitadas.

Determinar o público a que se destina


Definir a quantidade e a qualificação dos participantes, quanto à experiência
comum, escolaridade, idade, etc, e os objetivos e interesses dos ouvintes.

Determinar o tempo disponível


Uma vez estabelecido o objetivo, determinar o tempo necessário para a
apresentação e manter-se dentro desse limite. A distribuição do tempo deve ser
feita de acordo com a complexidade dos itens que constituem o assunto, da
técnica a ser empregada, do recurso instrucional, visual ou audiovisual a ser
utilizado e do público alvo.
Preparar o assunto a ser desenvolvido
Elaborar questões que possam aprofundar sua compressão e se preparar para
apresentar o assunto com autoridade para falar sobre o tema escolhido. Prepara-
se sempre para fazer a qualquer emergência, tal como uma mudança de ênfase
devido às observações dos participantes ou uma pergunta bem dirigida.

Seqüência da técnica e metodologia


Toda apresentação deve contemplar:

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• Início - introdução ao assunto;
• Meio - área delimitada do assunto;
• Fim - que é a conclusão, respeitando o tempo estabelecido com a devida
coerência para compreensão do tema.

Preparação dos recursos instrucionais, visuais e audiovisuais.


Num treinamento ou apresentação em público é necessário garantir o estímulo de
uma série de comportamentos diferentes. Para tanto, o multiplicador ou o
apresentador deve lançar mão de diferentes meios ou recursos, tais como:
apostilas, textos complementares,folhetos, filmes, cartazes, transparências, slides,
dinâmicas, exercícios, etc., ou seja, utilizar os sistemas de multimeios.
Multimeios, por si só, não garante os resultados. Devemos analisar sua aplicação
sob o ponto de vista do processo de comunicação e da classificação de objetivos,
pois são meios que visam um fim e não constituem um fim por si só.

Forma e tipo de programa

Quanto à forma, o treinamento pode ser: formal ou informal.


Seguem alguns exemplos:

• Treinamentos Formais
Programas de treinamentos em sala de aula: são encontros com finalidades
específicas onde o fluxo de comunicação se processa em duas direções. O
apresentador discorre sobre um tema e a platéia participa.
Exposições, Palestras e Conferências: são encontros com finalidades
específicas onde o fluxo de comunicação se processa em uma só direção. O
apresentador discorre sobre um tema e a platéia ouve.
Seminário: é caracterizado pela apresentação de um tema comum por vários
apresentadores, onde haverá um debate junto aos participantes após a
apresentação. Sua finalidade é a de discorrer sobre os mais diversos aspectos de
um tema e coletar fatos, informações e experiências.
Simpósio: constituído por um apresentador-coordenador e dois ou mais
apresentadores especialistas, onde cada um abordará o mesmo tema sob
aspectos diferentes. Os participantes poderão participar por meio de perguntas por
escrito, respondidas após a apresentação formal. A finalidade deste tipo de evento
é fornecer informações atualizadas, propiciando aos apresentadores a divulgação
de seus trabalhos e projetos.

• Treinamentos Informais:
Reuniões de trabalho: são encontros que ocorrem no dia-a-dia de trabalho, que
por vezes objetivam trocar informações, discutir problemas, apresentar projetos ou
tomar decisões em grupo.
Uma reunião ou parte dela pode ser também bem utilizada como uma sessão de
treinamento. Para tanto, é necessário usar a criatividade para criar dinâmicas e
exercícios rápidos, que não demandem muita estrutura. Funciona muito bem para

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programas motivacionais, de monitoramento, revisão ou aprofundamento em
algum assunto já abordado em sala de aula.

Quanto ao conteúdo, um treinamento pode ser:


Informal: quando transmitimos um embasamento teórico, e trabalhamos apenas a
informação, que será transformada¨ pelo treinando em conhecimento,
proporcionando-lhe o SABER
Prático: trabalhamos o SABER FAZER. A partir da informação adquirida, o
treinando coloca o conhecimento em prática, seja em situações reais ou por meio
de simulações, objetivando o desenvolvimento de HABILIDADES.
Comportamental: objetivamos estimular a ATITUDE das pessoas na consecução
de determinada tarefa, procedimento, postura etc. Focado no QUERER FAZER.
A soma do Conhecimento, da Habilidade e Atitude integram a sigla CHA -
desenvolvendo a COMPETÊNCIA.

Desenvolvimento do Conteúdo
Seja qual for o tipo de treinamento adotado, o importante é o que o conteúdo
atenda a algumas premissas, tais como:
• Estimular o interesse e introduzir tópicos novos antes de apresentar o
assunto. A aprendizagem será melhor se você começar com uma atividade
que estimule o interesse dos participantes.¨
• Intercalar atividades difíceis com atividades fáceis. Dê um tempo para os
participantes se familiarizarem com o jogo antes de iniciar o campeonato.
• Mesclar atividades diferentes. Variar os métodos de treinamento, a
intensidade das atividades, o ambiente físico e a disposição física.
Pesquisas apontam que uma pessoa consegue ficar atenta em uma
atividade apenas 45 minutos. Sendo assim, devemos variar o máximo para
conseguir a atenção do público.
• Introduzir conceitos simples e depois conceitos complexos. De modo geral,
aprendemos melhor quando uma idéia nova se apóia em outra idéia que já
assimilamos.
• Fazer referências como apoio ao conceito principal. Dê sempre exemplos
práticos do próprio negócio e também de outros
• Seqüência. Algumas habilidades precisam ser assimiladas antes do que
outras. Muitas vezes, habilidades complexas não podem ser assimiladas
sem que tenhamos assimilado atividades mais básicas antes.
• Fechamento. Fechar as seqüências de treinamento com uma discussão ou
com perguntas, tais como: E agora? ou Para onde vamos agora?
• Permitir que os participantes considerem as implicações do conteúdo
abordado pelo curso e tirarem as suas próprias conclusões.

Pesquisa
A definição do conteúdo passa por ampla pesquisa prévia. Algumas dicas:
• Antes de iniciar a pesquisa devemos nos concentrar nos objetivos do
treinamento;

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• Dedicar várias horas a esse passo, uma pesquisa bem feita traz resultados
surpreendentes;
• Pesquisar várias fontes, tais como, internet, livros, guias, vídeos, CD´s,
pessoas que são autoridades no assunto, revistas e jornais. Limitar-se a
uma única fonte é muito arriscado.
• Desconfiar sempre da informação coletada e confirmar a informação em
outras fontes;
• Preocupar-se com a atualização - sua apresentação deve trazer
informações inovadoras.

Cuidando da experiência positiva do treinando


Todo detalhe, desde o momento da recepção do evento, até a despedida do
treinando, influencia no nível de absorção do aprendizado e, conseqüentemente,
nos resultados do treinamento. Por isso, tudo deve ser pensado.
Precisa ser feito um check-list com os principais detalhes que devem ser vistos.
Dentre eles:
• Convite
• Local
• Recepção
• Sala e dependências ( Lay-out, cadeiras/mesas, pisos, temperatura,
iluminação, limpeza, acústica, segurança)
• Alimentação
• Emergências
• Avisos e compromisso

Recursos Instrucionais
Numa apresentação/treinamento, é necessário garantir o estímulo de uma série de
comportamentos diferentes. Para tanto, o multiplicador ou apresentador deve
lançar mão de múltiplos meios ou recursos instrucionais, tais como : telas,
apresentação em power point, transparência, slides, filmes, cartazes, etc.
Pesquisas científicas apontam que as pessoas retêm um novo conhecimento por
meio dos cinco sentidos, a saber:

1,0 % Paladar
1,5 % Tato
3,5 % Olfato
11 % Audição
83 % Visão

Tendo conhecimento desses dados, os multiplicadores e apresentadores podem


aproveitar melhor a potencialidade dos sentidos dos participantes e contribuírem
para o processo de aprendizagem.
Não existe um ¨recurso ideal¨para cada tipo de treinamento ou para cada
comportamento que se deseja modificar, mas é importante estar atento ao recurso
que atenderá às necessidades de forma prática.

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Inicialmente é preciso haver um perfeito ¨entrosamento¨ do apresentador com o
recurso escolhido; caso contrário , a apresentação se tornará um desastre.
È importante lembrar que o uso de recursos instrucionais por si só não garante os
resultados. Devemos analisar sua aplicação sob o ponto de vista de comunicação
e dos objetivos de instrução.

Recursos instrucionais:
• Plano de aula
Funciona como um roteiro que traz descritas todas as atividades do programa,
distribuídas no tempo, bem como, todos os recursos utilizados. È um instrumento
valioso para o multiplicador/ apresentador utilizar como um ¨guia¨.
Exemplos de alguns modelos de plano de aula:

Manual/ Apostila
Estes instrumentos são úteis ao treinando, não apenas para acompanhamento
daquilo que está sendo ministrado, mas também como referência do assunto
tratado para posterior consulta, e ainda como complemento. A apostila pode trazer
detalhamento do que foi abordado em sala de treinamento, permitindo que o
treinando complemente as informações.
A apostila pode conter apenas a cópia das telas utilizadas pelo instrutor. Nesse
caso, é importante que estejam visíveis, sendo recomendável utilizar 2, no
máximo, 3 telas por folha. No entanto, uma apostila mais detalhada, com textos ou
telas + texto complementa as informações.
O manual, como o próprio nome sugere, é um instrumento mais completo, com o
detalhamento e passo-a-passo.

Recursos visuais e audiovisuais


Os recursos audiovisuais tem como objetivo:
• Despertar o interesse;
• Facilitar a percepção;
• Concretizar e ilustrar o que está sendo exposto verbalmente;
• Sistematiza e ordenar conceitos;
• Tornar a apresentação mais rápida e eficiente;
• Estimular a participação;
• Favorecer e fixar a aprendizagem.

Recursos utilizados

Quadro de Giz ou magnético: Recurso de fácil utilização, necessitando apenas


que se planeje o que será escrito, cuidando para que seja legível a todos os
participantes, independentemente do local onde estejam dispostos.
Vantagens:
• Grande área de visibilidade;
• Versátil, permitindo apagar e reconstituir facilmente idéias, conceitos e
opiniões;
• Não necessita de fonte de energia;

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Limitações:
• Impróprio, caso seja necessário voltar ao assunto;
• Ficar de costas para o treinando enquanto escreve;
• Difícil locomoção;
• Inadequado para grandes platéias, pois dificulta a visualização.

Folhetos ou álbum seriado: Consiste numa coleção de folhas e confeccionadas


antes da apresentação, que podem ser encadernadas ou fixadas num cavalete.
Ao selecionar o álbum seriado, deve-se ter o cuidado de escrever com letras
grandes e coloridas, destacando-se as palavras chaves. Vantagens:
• Atrair o olhar do observador e transmite-lhe imediatamente a idéia
desejada;
• Chamar atenção para determinado assunto;
• Orientar através de sinalizador;
• Ser confeccionado com antecedência;
• Ficar afixado ou disponível durante todo o curso, possibilitando visualização
constante sobre o assunto.
Limitações:
• Planejar em termos de ilustração, textos, cores.
• Escrever ou desenhar o conteúdo com muita habilidade.

Flip-chart : São folhas brancas colocadas num cavalete próprio para serem
utilizados durante a apresentação. Sua utilização é semelhante ao quadro de giz
ou magnético.

Vantagens:
• O texto escrito permanece, permitindo voltar quando necessário;
• A mensagem pode ser previamente preparada;
• As folhas podem ser posteriormente aproveitadas como cartazes e afixados
em locais visíveis da sala;
• É de fácil locomoção.
Limitações;
• A área de visibilidade é pequena;
• Normalmente o multiplicador fica de costas para o treinando enquanto
escreve.

Retroprojetor: é um equipamento que projeta transparências em uma tela. As


transparências são folhas de acetato, onde ilustra-se os tópicos a serem
abordados durante a apresentação. Vantagens:
• Substitui com eficiência o quadro de escrever;
• Pode ser utilizado em salas de diferentes tamanhos;
• A sala pode estar parcialmente clara durante a projeção;
• É fácil de ser operado;
• É de fácil transporte, etc;

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Limitações:
• Impede a utilização na falta de energia elétrica;
• Provoca cansaço visual durante exposições muito longas;
• Tem imagem estática;
• Alguns equipamentos apresentam barulho.

Projetor multimídia: é o mais utilizado atualmente. Permite projetar telas em


power point, com cores, sons , efeitos, imagens em movimento, além de clips,
tornando a apresentação muito dinâmica e atraente. Vantagens:
• Pode ser utilizado em salas de diferentes tamanhos;
• É relativamente fácil de ser operado e de fácil transporte;
• As telas podem ser gravadas em CD´s e utilizadas outras vezes;
• É possível a utilização de muitos recursos multimídia.
Limitações:
• É um recurso mais sofisticado, que necessita capacitação técnica;
• Impede a utilização na falta de energia elétrica;
• Provoca cansaço visual;

Filme/Videocassete: Sua projeção é bastante simples, permitindo explorar


inúmeros temas e aspectos atitudinais por meio da visualização de situações,
fatos ou locais. Pode ser projetado em sala de qualquer tamanho, desde que
adequado a um monitor (TV) ou telão que consiga atingir a amplitude do local
onde a apresentação será realizada. Deve ser de curta duração ou apresentado
em partes.
Vantagens:
• Os temas que podem ser de grande abrangência;
• Aspectos atitudinais por meio da visualização de situações análogas;
• É o recurso audiovisual mais completo;
• Sua projeção é bastante simples.
Limitações:
• Deve ser utilizado em sala escura;
• Deve ser de curta duração;
• Na falta de energia elétrica, sua utilização fica impedida;
• Exige certo grau de abstração para o pleno aproveitamento de mensagens
ou idéias.

Ferramentas de práticas
É certo que as pessoas ¨esquecem o que ouvem, lembram o que falam, mas
aprendem, de fato, o que fazem¨. Por isso, as dinâmicas e simulações de
situações reais levam os treinandos a praticarem e, assim, assimilarem melhor o
conteúdo ensinado.

Dinâmicas/Jogos
Um jogo de treinamento pode ser definido como uma atividade estruturada, com
um objetivo de aprendizado -há sempre uma meta a ser perseguida. O uso de
dinâmicas nos processos alternativos de educação em grupos visa proporcionar

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momentos educativos que possibilitem ao grupo vivenciar situações inovadoras
em todos os níveis... As dinâmicas são meios utilizados com os seguintes
objetivos:
• Ampliar seu conhecimento pessoal;
• Facilitar seu relacionamento;
• Expressar sentimentos;
• Confrontar idéias;
• Estimular os pensamentos analógicos e associativos;
• Incentivar a comunicação não verbal;
• Buscar o consenso;
• Solucionar conflitos;
• Caracterizar os tipos de lideranças;
• Explorar a riqueza da expressão grupal;
• Despertar o sentimento de solidariedade, de confiança mútua, o
descobrimento do outro, etc.

Quais as vantagens das dinâmicas e jogos em treinamentos

Anonimato: Os membros menos extrovertidos de um grupo têm a oportunidade


de participar ativamente, sem deixarem óbvio aos demais que decidiram agir
assim. Isso pode lhes dar mais autoconfiança, encorajando-os a continuarem
participando na fase de discussão posterior. O elemento de opção, contudo, é
importante: cada um deve ter o direito de deixar de participar, se assim o preferir.

Desenvolvimento: O uso de jogos de treinamento é um meio de


desenvolvimento tanto para participantes, como para
multiplicador/apresentadores. O conhecimento de um amplo repertório de jogos
faz com que o multiplicador/apresentador escolha o mais apropriado, não só às
necessidades do grupo, mas um em que ele desenvolva as suas aptidões, à
medida que sua autoconfiança e experiência cresçam.

Experimental: A fonte de aprendizado é o que os participantes fazem o que


querem e não o que ouvem do multiplicador. Os jogos são aprendizado baseado
em ação.

Experimentação: Em lugar de falar as diversas de se fazer as coisas, os jogos


oferecem aos participantes uma oportunidade para porem em prática suas
habilidades num ambiente relativamente seguro, e até experimentarem diversas
opções sem risco das consequências de fazê-lo no mundo real.

Flexibilidade: os jogos oferecem ao multiplicador uma oportunidade de variar as


condições da atividade de acordo com as necessidades do grupo – algo que, às
vezes, pode ser difícil com métodos mais formais de treinamento.

Participação de todos: o envolvimento de todos os participantes é a norma dos


jogos. Os jogos exigem a participação plena de cada um. Se todos forem vistos

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fazendo alguma coisa, os membros menos extrovertidos ou socialmente hábeis se
sentirão mais à vontade para reagir nos estágios posteriores do jogo, nas
discussões e em outras atividades verbais no decorrer do programa.

Responsabilidade do grupo: Um jogo dá ao grupo a oportunidade de tomar


decisões por si e reduz a dependência do multiplicador como fonte de
responsabilidade. O papel de facilitador continua a ser essencial , mas o grupo
terá de estabelecer seus próprios princípios e maneira de obedecê-los.

Tipos de Jogos

Objetivos dos Jogos ativadores e de integração:


• Aumentar o nível de energia e de sinergia do grupo;
• Ser rápidos e muito ativos;
• Utilizar músicas e danças;
• Utilizar em integrações, retorno das refeições, coffee breaks, ou quando a
energia do grupo cair;
• Utilizar para romper o ambiente frio e impessoal, cansaço ou para retomar
uma atividade.

Jogos de toque de confiança:


• Utilizados na fase em que o grupo está mais entrosado, com
relacionamentos mais sólidos. Podem ser aplicados a turmas em que os
integrantes já se conhecem e mantêm um relacionamento periódico.
Mesmo assim, necessitam de uma reflexão prévia: será que o grupo está
preparado para estabelecer toques? Será que as pessoas estão
preparadas para confiar umas nas outras?

Jogos de criatividade e reflexão:


• Aplicar na fase de produtividade do treinamento;
• Utilizar quando dispomos de tempo, pois são mais extensos;
• Trabalhar a interação, comunicação, criatividade;
• Possibilitar a interligação do aprendizado com o seu dia-a-dia;
• Estimular através de exercícios as pessoas a refletirem em suas atitudes.

Jogos de gestão:
• São jogos que lidam com todos os aspectos de gestão: gestão de tempo,
recursos, clientes, comunicação, pessoas, planejamento estratégico etc;
• Demandam tempo e devem ser aplicados na fase de produtividade do
treinamento.

Jogos de fechamento:
• Devem ser usados para consolidar o assunto ou encerrar o treinamento;
• Têm que provocar impacto e não podem dar margem ao surgimento de
dúvidas.

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