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Diagnóstico de obesidade;
Fatores de risco;
Prevenção;
Tratamento.
EPIDEMIOLOGIA:
IMPORTÂNCIA:
Obesidade e COVID-19:
-
Considerações:
Criança até 5 anos incompletos, com IMC entre 2 e 3 (score z) = sobrepeso; se essa criança tiver entre 5 a 10
anos, considera-se obesidade.
Para crianças abaixo de 5 anos, consideramos obesidade quando o z score for maior do 3; se essa criança tiver
5 anos ou mais, considera-se obesidade.
OBS.: Temos algumas críticas com relação ao IMC, pois ele não separa massa magra, de massa de gordura, de massa
óssea. Contudo, é uma forma bem mais prática de fazermos o diagnóstico.
Tratando-se de
padrão ouro para
diagnóstico de obesidade
temos a densitometria
por emissão dupla de Rx.
Através dela conseguimos
visualizar a massa óssea,
massa gorda, massa
magra e massa de água.
-
IMC = Peso/altura² (kg/m²)
(https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-04/crescimento.pdf)
CASO CLÍNICO:
Apenas pelos dados não temos noção se a criança está gordinha ou não, precisamos analisar o gráfico.
1. Menina 4 anos, peso = 20kg, estatura = 105cm, IMC = 18,14 20kg (Z + 1,51); 105cm (Z + 0,5); IMC de 18,14
(Z + 1,79)
Dizemos que a criança está com sobrepeso quando o IMC é a partir de 2 e acima de 3 é obesidade.
2. Menina, 4 anos, peso = 13kg, estatura = 105cm, IMC = 11, 6 13kg (z -2,22); 105cm (Z + 0,5); IMC 10,88 (Z-
4, 06)
3. Menina, 4 anos, peso = 25kg, estatura 105cm, IMC = 22,68 25kg (Z + 2,94); 105cm (Z + 0,5), IMC 22,68 (Z +
3,86)
Essa criança tem IMC (pelo score Z) maior que 3, então ela já está obesa.
ETIOLOGIA:
Pode ser exógena, ou seja, a criança está comendo demais (excesso de calorias). É um desbalanço entre o que
é ingerido e que é gasto.
Sindrômica – relacionada à algumas síndromes;
Doenças endócrinas.
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OBS.: Alguns polimorfismos genéticos podem estar associados à obesidade, assim como podem também ter relação
com o desfavorecimento da obesidade (ex.: comer muito e ser magro).
FISIOLOGIA:
As questões sobre saciedade e fome são controladas por sinais enviados pelo trato gástrico intestinal, principalmente
ao cérebro, principalmente ao tronco e hipotálamo.
No cérebro temos neurônios que expressam o neuro peptídeo Y (AgRP) – relacionados à fome; e o POMC CART
– relacionado à anorexia (menor ingesta alimentar);
A grelina, produzida no estômago, é um hormônio orexígeno (o principal) – estimula a fome e aumenta a
ingesta alimentar. Irá atuar no cérebro através do nervo vago. Em obesos os níveis de grelina são elevados.
A leptina, no entanto, é um hormônio anorexígeno. É produzido pela gordura, e é chamado de hormônio da
saciedade. Ele inibe a vontade de comer. Pessoas com defeito ou no receptor ou na produção de leptina
podem ter obesidade (imunogênica). Nesses casos existe tratamento com leptina.
A importância da ingestão lenta de alimentos: dar tempo de a comida chegar no intestino e poder produzir os
hormônios como NPY, por exemplo, e esses hormônios possam chegar ao cérebro e transmitir os estímulos
corretos, induzindo também à saciedade.
FATORES DE RISCO:
HAS;
DCVs;
DM2;
Síndrome Metabólica;
Síndrome dos ovários policísticos – relacionada à produção de estrógeno pela gordura, resistência à insulina;
Colecistopatias;
Esteato-hepatite não álcoolica – assintomática e pode evoluir com cirrose;
Apneia Obstrutiva do sono;
Doenças Osteoarticulares;
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Problemas psicológicos.
OBS.: Na criança esses sinais de doença de Cushing são tardios. Para um diagnóstico precoce, podemos acompanhar
pelo crescimento: a criança começa ganhando e na curva do crescimento começa a cair.
DOENÇAS ENDÓCRINAS:
Hipotireoidismo: não causa rapidamente obesidade, quando chega a causar é porque já tem outros sintomas
mais importantes. Encontraremos baixa estatura, constipação, sonolência, alterações na cognição.
IMPORTANTE: A obesidade pode alterar o TSH!
OBS.: Em crianças obesas, com TSH alterado com t4 livre normal, não consideramos hipo subclínico, e sim uma
hipertireotropinemia (causado pela obesidade, onde ocorre o aumento do TSH isolado).
Deficiência de GH: pode gerar obesidade, embora não seja o principal sinal. São mais notáveis: baixa estatura,
baixa VC (velocidade de crescimento), atraso de IO (idade óssea), etc.
Síndrome de Cushing: obesidade centrípeta, giba, estrias violáceas, HAS e baixa estatura.
OBESIDADE SINDRÔMICA:
É caracterizada por uma compulsividade alimentar muito grande (podem ter até perversão do paladar) que se
manifesta apenas acima dos 4 anos de idade. Antes dos 4 anos temos as características acima.
Quando suspeitar:
Obesidade Exógena:
OBS.: Em um estudo realizado em gêmeos idênticos, diferenciados apenas pelos fatores ambientais, mostrou que o
ambiente aumento o risco de desenvolvimento de obesidade. Ou seja, mesmo com a genética igual, o ambiente é
determinante.
PREVENÇÃO:
Nesse primeiro caso já podemos ver influencia no ganho de peso, a criança tende a ser GIG. No segundo, o aumento
de peso pode ter acontecido pela criança ter nascido PIG e ser estimulada a maior ganho de peso. Nos dois casos há
predisposição de obesidade.
TRATAMENTO:
Atividade física – não é o que vai fazer com que o peso reduza em si, mas aumenta o número de massa magra
e aumentar o gasto metabólico em repouso. Na perda de peso o ajuste alimentar é o mais importante;
Restrição do tempo de tela: até 2h por dia;
Alimentação balanceada: comer devagar, 5-6 refeições diárias, evitar comer na frente da TV, não beber suco
ou refrigerante nas refeições, iniciar com salada, evitar frituras e alimentos hipercalóricos (sorvetes,
chocolates, balas, industrializados, etc).
Farmacoterapia:
Cirurgia Bariátrica:
OBS.: É muito difícil que a criança preencha esses três últimos critérios, pois ela tivesse cumprido, teria perdido peso.
SÍNDROME METABÓLICA:
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TG > 150 mg/dL;
HDL < 40 mg/dL;
Glicemia de jejum > 100 mg/dL;
PA > ou = 130x85.
DISLIPIDEMIA: