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HISTÓRICO DA CATALOGAÇÃO:

PRINCIPAIS FATOS
BIBLIOTECONOMIA

*Area 1 – Fundamentos teóricos da Biblioteconomia e Ciência da


Informação
*AREA 2 – ORGANIZAÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
*Area 3 – Recursos e Serviço de Informação
*Area 4 – Gestão da Informação
IMAGEM DO
BIBLIOTECARIO
Fatos mais relevantes
da história dos
catálogos e da
catalogação
Sempre serviram para conduzir o usuário a encontrar
um documento pela descrição temática ou física; uma
ferramenta de uso para a recuperação de informações.

CATÁLOGOS
Catalogação
 Relevante e funcional;

 Desafiadora para os bibliotecários

https://vimeo.com/207094446
Tecnologia
Desafios e possibilidades de inovação
à catalogação que evoluiu do formato
manual de fichas ao formato online
1300 a.C – Períodos remotos

Os
Osegípcios
egípcios escreviam em
escreviam em
papiro
papiro que
que possui menor
possui menor
durabilidade
durabilidade
HISTÓRICO
• Bibliotecas datadas ao terceiro milênio a.C – preocupação em organizar
a informação utilizando as tecnologias vigentes (tábuas de argila,
papiros, pergaminho, papel, etc) (BARRIOS; QUEIROZ, 2013);

• Tábua de argila Papiro Pergaminho


250 a.C - Embrião da catalogação
Gregos desenvolvem as bibliotecas de Alexandria e Pérgamo
https://www.youtube.com/watch?v=
9TJR-TtfZF0

Século VI - Idade Média

São Bento ensinou


seus monges em Monte
Cassino a copiar
manuscritos

 Por alguns séculos, os


mosteiros passaram a
ser os únicos
preservadores,
copistas e
catalogadores de
livros
SUGESTÃO
Filme: O Nome da Rosa
livro: A Biblioteca de Babel /Jorge Luis Borges
LINK: http://super.abril.com.br/galeria/as-9-bibliotecas-mais-legais-da-
ficcao/
BLOG - http://biblioo.info/leitores-sem-fim-2/
LINK: http://www.frispit.com.br/site/10-itens-entre-livros-filmes-e-
documentarios-sobre-biblioteconomia/
Século VIII
Primeiras listas de obras de bibliotecas medievais
BIBLIOTECAS
MEDIEVAIS
Século IX
Interesse pelos livros por influência de Carlos
Magno e seus sucessores (Imperador Francês);

Surgem os catálogos mais dignos de nota;

Alemanha: Biblioteca de Richenau compilou


vários catálogos entre 822 e 842 que
indicavam as obras contidas em cada volume e
o número dos volumes ou rolos em que cada
obra estava contida
Século X, XI, XII e XIII
As bibliotecas crescem de tamanho no século X . 0 catálogo do mosteiro de Bobbio, na Itália,
registra quase 700 volumes, e o de Lorsch, na Alemanha, quase 600 – poucas inovações.
Os séculos XI, XII e XIII nada trazem de novo à história dos catálogos.

Curioso, apenas, o acréscimo feito ao registro dos livros na lista da biblioteca de


Glastonbury, na Inglaterra, em 1247: “inúteis”, “legíveis”, “velhos” e “bons”, provavelmente
se reportando às condições do livro.
Em fins do século XIII, iniciou-se um registro dos acervos das bibliotecas monásticas inglesas
um catálogo coletivo em que cada biblioteca era identificada por um código numérico. O
registro nunca foi concluído.

A biblioteca: uma história mundial/James W. P. Campbell | Will Pryce / Editora SESC SP, 2015
• Antigüidade até Renascença, incluindo
Idade Média
• Catálogos eram:
• inventários das coleções (“livro
de tombo”)
• organizados em códices (forma
de livro)
Lista do convento St. Martin, em
Dover, Inglaterra, de 1389:

• talvez o primeiro catálogo


considerado como tal
• continha o conteúdo de cada
volume, além da análise das
partes (entradas
analíticas)

HISTÓRICO DA CATALOGAÇÃO
Século XIV
Início das
bibliotecas
universitárias sem
contribuições à
catalogação, pois a
maioria continha
menos de 100
livros.
Século XV
Surgem pela
primeira vez as
remissivas
(registros que
remetem a outros
registros ou obras),
embora de forma
primitiva.
• Catálogo de Amplonius Ratnick, de
Berka, Alemanha, 1410-12:
• uso de remissivas (registros eram
remetidos a outros)

• Final do século XV - Johann Tritheim,


bibliógrafo e bibliotecário alemão:

• bibliografia em ordem cronológica,


com índice alfabético de autor

HISTÓRICO DA CATALOGAÇÃO
Johann Tritheim
Fim do século XV

Johann Tritheim: Bibliógrafo e


bibliotecário alemão compilou uma
bibliografia, apresentando-a em ordem
cronológica e em apêndice; um índice
alfabético de autor, pela primeira vez.
Século XVI
Finalmente: Surge um catálogo classificado na Inglaterra

1558: Catálogo do convento de Bretton introduz nos registros os


nomes dos editores e tradutores das obras

1560 a 1761: Muitos estudiosos apresentaram sugestões de


melhorias para o sistema de catalogação e das bibliotecas
Século XVIII
Marcado pelo desenvolvimento da
pesquisa científica e das atividades de
estudo, o que levou a um crescimento
substancial das bibliotecas da Europa.

Os fatos mais significativos e


interessantes surgiram durante a
Revolução Francesa.
ainda no século XVIII ...
Bibliotecas dos nobres: Confiscadas e transformadas em bibliotecas públicas.
Sendo assim, em 1791 o governo da Revolução estabeleceu normas para a sua
organização:
 Primeiro código nacional de catalogação
 Uso de catálogos em fichas
• 1595 – Andrew Maunsell – livreiro – Inglaterra: primeiras regras para descrição:
- entrada dos autores pessoais pelo sobrenome
- princípios de entrada uniforme para Bíblia
- ideia de localização do livro pelo sobrenome, pelo título, pelo tradutor e pelo assunto,
- inclusão do tradutor, impressor, data e volume como elementos de descrição (CAMPELLO, 2006, p. 57).
Século XVIII – Primeiro código de
catalogação
1791 – primeiro código francês

O código francês determinava:


 Que se transcrevesse a página de rosto, sublinhando o
sobrenome do autor para a alfabetação.
 Quando não houvesse autor, seria sublinhada a palavra mais
significativa do título.
Incluíam-se dados físicos: número de volumes, tamanho,
ilustrações, material de que o livro era feita, encadernação e
indicação de falta de páginas.
Século XIX
Publicações de inúmeros estudos a favor ou contra os catálogos alfabéticos e classificados

 Nomeada uma comissão para investigar as condições da administração e serviços do Museu


Britânico, uma das questões era a catalogação e o catálogo na biblioteca do museu.
Século XIX
bibliotecário do Museu Britânico e participou
da comissão;

1939 - Panizzi convenceu os membros da


comissão e estes aprovaram seu código. As
famosas 91 regras que tiveram grande
influência na biblioteconomia inglesa e
americana.
1841 –– “91 regras”, considerava que a
catalogação deveria ser feita “considerando-se
a obra (unidade literária) e não o livro
(unidade física).” (CAMPELLO, 2006, p. 58)
bibliotecário americano, em 1848 iniciou a atuação na
Smithsonian Institution e em 1850 viu aceito seu código para o
catálogo da biblioteca.
... século XIX

* Aprimorou as regras de Panizzi

Determinou a finalidade de um código de


catalogação:
“As regras de catalogação devem ser
escritas e devem ir ao encontro, o mais
possível, de todas as dificuldades do
detalhe. Nada, o máximo que se possa
evitar, deve ser deixado ao gosto individual
ou ao julgamento do catalogador.”
... ainda no século XIX
Charles Ami Cutter:
Considerado por Ranganathan
como o gênio da
Biblioteconomia.

 A obra de Cutter é um
exemplo de catalogação
 Cutter marca este período
• 1876 – Cutter –
consolidação das regras
práticas de catalogação e
estabelecimento das funções
dos catálogos
Fim do século XIX
1895: Paul Otlet e Henri La Fontaine
fundam o Institut International de
Bibliographie (IIB).

A Primeira Guerra Mundial


interrompeu os trabalhos de
compilação da bibliografia, mas
ela foi retomada pela UNESCO
após a Segunda Guerra
Mundial.
Sugestão: Documentário sobre Otlet/
CRIPE
• 1892 Paul Otlet e Henri La Fontaine • 1901 Library of Congress –
demonstraram interesse em organizar início do fornecimento de fichas
uma biblioteca universal catalográficas
Século XX

1961: Princípios de Paris – Aprovada na Conferência Internacional sobre


Princípios de Catalogação. Propósito: servir como base para uma
normalização internacional na catalogação
Século XX
1967: Publicada a primeira edição do
AACR (Anglo-American Cataloguing
Rules), Código de Catalogação Anglo-
Americano

1978: Publicada a segunda edição do


AACR2 / regido pelo estabelecimento
dos Princípios de Paris, a descrição
incorpora o padrão da ISBD.
CBU
◦ Biblioteca Nacional – Rio de Janeiro

Controle Bibliográfico Universal (CBU): Contribuiu para o desenvolvimento dos códigos, idealizado pela
IFLA e adotado pela UNESCO
(Reunião da produção bibliográfica de todos os países para acesso universal).
 Entendido como um programa com objetivos de longo alcance e cujas atividades levam à formação de
uma rede universal de controle e intercâmbio de informações bibliográficas prontamente disponíveis,
com rapidez e de forma universalmente compatível.
Século XXI
OPAC: Catálogos online de acesso público
 A internet provoca um crescimento na produção de documentos
eletrônicos.

 O AACR adotado pelas bibliotecas brasileiras encontra-se defasado em


relação à descrição de novos suportes, como CD-ROM

 Atinge-se agora o alerta à comunidade bibliotecária para o uso de


formatos de intercâmbio, especialmente o MARC
Século XXI
Formato MARC: Machine Readable Cataloging – catalogação legível por computador; formato
muito utilizado no mundo todo.
 O Brasil possui o MARC 21 vigente
Modelo conceitual : FRBR
 Proposta para um novo código: RDA

RDA: Criado para viabilizar, de modo eficiente, a satisfação dos usuários da informação.
Proposto pela IFLA para substituir o Código de Catalogação Anglo Americano (AACR2r)
Século XXI
Apesar de terem uma forte relação RDA e AACR se diferem.

RDA
Foi baseada em uma estrutura teórica e projetada para o ambiente digital, seu escopo é mais abrangente.
Introduz novos elementos descritivos, novas abordagens da descrição do suporte e do conteúdo.
 Não entra em choque com o que já existia
 Aperfeiçoa e expande convenções e normas anteriores.
 É baseada nos princípios de Paris (1961)
 Não destina-se apenas para bibliotecas.
Século XXI
2010: Lançou-se o RDA Toolkit; no mesmo ano, EUA realiza testes com a proposta.

 Bibliotecas optam pelo código


 Library of Congress anuncia implantá-lo
 Código amplo, sem tantas restrições e sem abreviaturas
 Pode ser usada com diferentes esquemas de codificação e diferentes formatos de apresentação
 Podem ser codificados com emprego do MARC 21, Dublin Core, MODS.
Finalidade: Servir de suporte à produção de dados bem formados, dados que possam ser gerenciados
pelas tecnologias atuais e futuras.
BRASIL

PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul): Pioneira na adoção do novo
código já implantado.
Questões
De acordo com os principais fatos históricos da catalogação
apresentados, nota-se, desde os fatos mais antigos, uma
preocupação em comum. Discutam essa preocupação até os dias
atuais e deem exemplos.
Referências
https://www.youtube.com/watch?v=P2Jmr-9LzvI
https://www.youtube.com/watch?v=9kml6RIq5UQ (biblioteca Nacional)
http://biblioo.info/leitores-sem-fim-2 (biblioteca Parque Manguinhos)
https://www.youtube.com/watch?v=QcQP8VdnU_M (biblioteca Parque Villa-Lobos)
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/31/album/1533036263_013678.html#foto_gal_20
(bibliotecas mais bonitas)
https://www.youtube.com/watch?v=APdaANRAL-I (

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