Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CÍNTIA MANFREDINI
GESTÃO DE PESSOAS
1ª Edição
Taubaté
Universidade de Taubaté
2014
Copyright©2014.Universidade de Taubaté.
Todos os direitos dessa edição reservados à Universidade de Taubaté. Nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida por qualquer meio, sem a prévia autorização desta Universidade.
Administração Superior
Reitor Prof.Dr. José Rui Camargo
Vice-reitor Prof.Dr. Marcos Roberto Furlan
Pró-reitor de Administração Prof.Dr.Francisco José Grandinetti
Pró-reitor de Economia e Finanças Prof.Dr.Luciano Ricardo Marcondes da Silva
Pró-reitora Estudantil Profa.Dra.Nara Lúcia Perondi Fortes
Pró-reitor de Extensão e Relações Comunitárias Prof.Dr. José Felício GoussainMurade
Pró-reitora de Graduação Profa.Dra.Ana Júlia Urias dos Santos Araújo
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Prof.Dr.Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira
Coordenação Geral EaD Profa.Dra.Patrícia Ortiz Monteiro
Coordenação Acadêmica Profa.Ma.Rosana Giovanni Pires
Coordenação Pedagógica Profa.Dra.Ana Maria dos Reis Taino
Coordenação Tecnológica Profa. Ma. Susana Aparecida da Veiga
Coordenação de Mídias Impressas e Digitais Profa.Ma.Isabel Rosângela dos Santos Ferreira
Coord. de Área: Ciências da Nat. e Matemática Profa. Ma. Maria Cristina Prado Vasques
Coord. de Área: Ciências Humanas Profa. Ma. Fabrina Moreira Silva
Coord. de Área: Linguagens e Códigos Profa. Dra. Juliana Marcondes Bussolotti
Coord. de Curso de Pedagogia Profa. Dra. Ana Maria dos Reis Taino
Coord. de Cursos de Tecnol. Área de Gestão e Negócios Profa. Ma. Márcia Regina de Oliveira
Coord. de Cursos de Tecnol. Área de Recursos Naturais Profa. Dra. Lídia Maria Ruv Carelli Barreto
Revisão ortográfica-textual Profa. Ma. Nanci Aparecida de Almeida
Projeto Gráfico e Diagramação Me.Benedito Fulvio Manfredini
Autor Cíntia Manfredini
Unitau-Reitoria Rua Quatro de Março,432-Centro
Taubaté – São Paulo CEP:12.020-270
Central de Atendimento:0800557255
Polo Taubaté Avenida Marechal Deodoro, 605–Jardim Santa Clara
Taubaté–São Paulo CEP:12.080-000
Telefones: Coordenação Geral: (12)3621-1530
Secretaria: (12)3625-4280
Polo Ubatuba Av. Castro Alves, 392 – Itaguá – CEP: 11680-000
Tel.: 0800 883 0697
e-mail: nead@unitau.br
Horário de atendimento: 13h às 17h / 18h às 22h
Polo São José dos Campos Av Alfredo Ignácio Nogueira Penido, 678
Parque Residencial Jardim Aquarius
Tel.: 0800 883 0697
e-mail: nead@unitau.br
Horário de atendimento: 8h às 22h
ISBN – 978-85-62326-87-5
Bibliografia
Palavra do Reitor
Bons estudos!
v
vi
Apresentação
O impacto dessas mudanças pode ser percebido por meio de novas tecnologias e
modelos de gestão que foram incorporados ao ambiente empresarial.
vii
isso é necessário cuidar, inclusive, do ambiente, no qual todos dividem os mesmos
objetivos. A empresa deve fazer parte da vida do funcionário e este não deve apenas
cumprir o horário e receber o salário mensal. Assim, todos os stakeholders passam a
ganhar mediante essa nova forma de trabalho.
Serão também analisados os esforços para criar e manter um ambiente que conduza a
questões como qualidade de vida, retenção de talentos, plena participação e
crescimento pessoal e organizacional.
Nosso principal objetivo, portanto, é que você conheça o conteúdo proposto nas
unidades, dividida em subtópicos, por meio da apropriação dos diversos conceitos
abordados durante todo o livro-texto. Assim, você terá mais instrumentos para gerir
pessoas.
Esperamos que o conhecimento seja enriquecedor para você e para sua organização.
Bom trabalho!
viii
Sobre a autora
E-mail: cintiamanfred@gmail.com
ix
x
Caros(as) alunos(as),
Caros( as) alunos( as)
A estrutura interna dos livros-texto é formada por unidades que desenvolvem os temas e
subtemas definidos nas ementas disciplinares aprovadas para os diversos cursos. Como
subsídio ao aluno, durante todo o processo ensino-aprendizagem, além de textos e
atividades aplicadas, cada livro-texto apresenta sínteses das unidades, dicas de leituras e
indicação de filmes, programas televisivos e sites, todos complementares ao conteúdo
estudado.
Esperamos, caros alunos, que o presente material e outros recursos colocados à sua
disposição possam conduzi-los a novos conhecimentos, porque vocês são os principais
atores desta formação.
Equipe EAD-UNITAU
xi
xii
Sumário
xiii
Unidade 4. Manter e monitorar pessoas ......................................................................... 73
4.1 Manter pessoas ......................................................................................................... 74
4.2 Higiene do trabalho .................................................................................................. 75
4.3 Segurança no trabalho .............................................................................................. 77
4.4 Qualidade de vida no trabalho .................................................................................. 82
4.5 Monitorar pessoas ..................................................................................................... 84
4.6 Tecnologia da informação e gestão de pessoas (TI) ................................................. 85
4.7 Balanced Scorecard (BSC) na gestão de pessoas ..................................................... 87
4.8 Síntese da Unidade ................................................................................................... 90
4.9 Atividades ................................................................................................................. 91
4.10 Para saber mais ....................................................................................................... 91
Referências ..................................................................................................................... 93
xiv
Gestão de Pessoas
ORGANIZE-SE!!!
Você deverá usar de 3
a 4 horas para realizar
cada Unidade.
Ementa
EMENTA
1
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
2
Introdução
4
Unidade 1
5
(Figura 1.2), na França, resultando respectivamente na administração científica e na
teoria clássica.
Os estudos de Max Weber, figura 1.3, ocorreram paralelos aos de Fayol e Taylor e
buscavam estabelecer estrutura, estabilidade e ordem nas organizações por meio de uma
hierarquia integrada de atividades especializadas, definidas por regras sistemáticas
6
denominadas modelo burocrático de organização. Nesse modelo os indivíduos se
tornam elementos secundários, com algumas características como formalidade,
impessoalidade e profissionalismo. As burocracias são formadas por funcionários e
como conseqüência dessa participação, os funcionários obtêm os meios para a
subsistência (MAXIMIANO, 2005).
produtividade. O psicólogo
americano Elton Mayo (figura
1.4) e seus colaboradores
desenvolveram estudos que
desencadearam uma série de
descobertas sobre o
comportamento humano no
trabalho.
Os experimentos em Hawthorne
Figura 1.4 - Elton Mayo
constituíram a base para a Fonte: http://www.library.hbs.edu/hc/hawthorne/04.html
Acesso em: 11 maio 2011
formulação das Teorias das
Relações Humanas, por meio dos quais os pesquisadores observaram que outros fatores
interferiam na produtividade dos funcionários e não só a luminosidade. Os aspectos
psicossociais no trabalho passaram a ser considerados, demonstrando que uma
organização não é assentada somente em bases formais, normas, procedimentos e
rotinas. A chamada organização informal que revela a cultura organizacional e os
7
grupos informais deve ser estudada. Dessa visão, originam-se os posteriores estudos
comportamentais sobre motivação, liderança e diferenças individuais.
8
Função de Pessoal
Chefe de Pessoal Gerente de Recursos Humanos Gerente de Recursos Humanos
Até 1950 De 1950 a 1970 De 1970 a 1999
Controle frequência Controle frequência Controle frequência
Falta ao trabalho Falta ao trabalho Falta ao trabalho
Pagamentos Pagamentos Pagamentos
Admissões e demissões Admissões e demissões Admissões e demissões
Cumprimento da CLT Cumprimento da CLT
Serviços Gerais Serviços Gerais
Medicina e Higiene Medicina e Higiene
Segurança Patrimonial Segurança Patrimonial
Segurança Industrial Segurança Industrial
Contencioso trabalhista Contencioso trabalhista
Cargos trabalhistas Cargos trabalhistas
Recrutamento e seleção Recrutamento e seleção
Treinamento Treinamento
Avaliação de desempenho
Qualidade de vida
Desenvolvimento Gerencial
Relações Trabalhistas
Sindicalismo
Desenvolvimento
organizacional
Estrutura Organizacional
Áreas de Responsabilidade da função de pessoal
Fonte: Marras (2009, p. 25).
Bertalanffy defendia que algumas ciências poderiam ser aplicadas a outras, desde que
seus objetivos pudessem ser atendidos como sistemas, fossem eles físicos, químicos,
sociais, psicológicos etc.
9
para quem produzir (FERREIRA, REIS e PEREIRA, 2002). As teorias modernas
dividem-se em:
Abordagem contingencial: o fundamento da abordagem contingencial está na
teoria dos sistemas, já que defende a importância das inter-relações entre as
partes de uma organização;
Dessa forma, a Área de Recursos Humanos passou a ser tratada como uma forma de
interação entre os funcionários e a empresa. Trata-se de uma época em que ocorreram
grandes mudanças e em que surgiram novos valores pessoais e organizacionais,
desenvolvimento rápido de novas tecnologias, empresas virtuais, cultura corporativa etc.
Entende-se na Gestão de pessoas que existe uma grande interação entre pessoas e
organizações, pois as pessoas passam a maior parte do seu tempo trabalhando dentro
das organizações, que as organizações são constituídas e dependem de pessoas para a
consecução de seus objetivos organizacionais e que as pessoas são o diferencial
competitivo que mantém e promove o sucesso organizacional.
10
Verifica-se uma nova fase de relacionamento entre as pessoas e as organizações. Antes
predominavam o antagonismo e o conflito, uma situação limitada, estreita e sem visão
dos objetivos da organização diferentes dos das pessoas. Hoje, busca-se a canalização
dos esforços das pessoas para que também atinjam seus objetivos individuais e, assim, a
organização também saia ganhando.
Essas políticas e práticas podem ser resumidas em seis processos básicos: agregar
pessoas, aplicar pessoas, recompensar pessoas, desenvolver pessoas, manter pessoas e
monitorar pessoas (esquema seguinte).
Gestão
de
Pessoas
11
sindicatos
Seis processos básicos da Gestão de Pessoas – adaptado (CHIAVENATO, 2005).
Todos esses processos estão relacionados entre si de tal maneira que se influenciam
reciprocamente. Cada processo tende a favorecer ou prejudicar os demais, quando bem
ou mal utilizado. O balanceamento na condução de todos esses processos é fundamental
para o bom andamento da organização. Além disso, todos esses processos são
desenhados de forma estratégica para que atenda às exigências das influências
ambientais externas e às influências organizacionais internas, para obter melhor
equilíbrio entre si. Ele deve funcionar como um sistema aberto e interativo
(CHIAVENATO, 2005).
12
transferências e planejamento de pessoal. É importante ressaltar que nem sempre existe
uma distinção clara entre linha e staff nas organizações (CHIAVENATO, 2005).
O contrapeso desse princípio é que cada gerente é o único e exclusivo chefe dos seus
subordinados. Para que o gestor possa assumir com plena autonomia , ele precisa
receber assessoria e consultoria do órgão de gestão de pessoas, que lhe proporciona os
meios e serviços de apoio. Assim, gerir pessoas é uma responsabilidade de cada gerente
que deve receber orientação do staff a respeito das políticas e dos procedimentos
adotados pela organização.
Entende-se, portanto, que o gerente de linha, sob essas condições, deverá considerar o
especialista de gestão de pessoas como uma fonte de ajuda e não como um intruso que
interfere em suas responsabilidades.
13
Treinar para que os gerentes trabalhem juntos e aprendam a tomar decisões
conjuntas.
14
organização. Saber como administrar o conhecimento é fundamental para o sucesso da
organização (ROBBINS, 2005).
Surge então a gestão do conhecimento nos últimos anos motivada pelo aumento da
importância do conhecimento como vantagem competitiva nas organizações. Torna-se
necessário que as empresas considerem, principalmente, a importância dos seus ativos
intangíveis, como o capital intelectual e as competências profissionais dos funcionários
(MARRAS, 2009).
A gestão de pessoas, portanto, deve deixar de ser como os antigos departamentos (DP e
RH), que tinham simples funções operacionais, e fazer parte dos grupos de
planejamento estratégico da empresa, para que a organização possa aproveitar os
15
conhecimentos de cada funcionário e difundi-los junto a outros funcionários - isto é o
que se chama gestão do conhecimento.
17
Objetivos e estratégias
organizacionais
Objetivos e estratégias
da Gestão de Pessoas
Planejamento estratégico de
gestão de pessoas
19
quais a preocupação é apenas preencher as vagas existentes e dar continuidade
ao cotidiano;
O planejamento estratégico de pessoas pode ser afetado ainda por três variáveis que
devem ser consideradas: índice de absenteísmo dos funcionários, rotatividade de pessoal
da empresa e mudanças nas necessidades de mão de obra, decorrentes de
dimensionamento de pessoas (CHIAVENATO, 2005).
20
absenteísmo, verificando as justificativas, comunicando regras de ausência e
recompensando bons registros de assiduidade.
A rotatividade representa alto custo (quadro seguinte) para as organizações e deve ser
monitorada constantemente, pois as movimentações de pessoas são inevitáveis e, muitas
vezes, salutares para a alavancagem de promoções dentro das organizações. Porém,
deve ser controlada para que não afete significativamente a produtividade, os custos de
contratação e o desenvolvimento de novas pessoas (CHIAVENATO, 1999).
22
1.6 Síntese da Unidade
Nesta Unidade, estudamos a evolução da gestão de pessoas baseadas nas teorias
administrativas, abordando a nova fase de relacionamento entre as pessoas e as
organizações, em que se busca canalizar os esforços das pessoas para que atinjam seus
objetivos individuais e, consequentemente, aperfeiçoem os objetivos organizacionais.
Por fim, discutimos que a gestão de pessoas está atrelada ao planejamento estratégico da
empresa e refere-se à maneira como a função de gestão de pessoas pode contribuir para
o alcance dos objetivos organizacionais em seus diferentes modelos e metodologias.
Vimos ainda as variáveis que devem ser consideradas no planejamento estratégico de
pessoas, como: rotatividade de pessoal da empresa, índice de absenteísmo dos
funcionários, mudanças nas necessidades de mão de obra, decorrentes de
dimensionamento de pessoas.
1.7 Atividades
1) Dê exemplos de gestão de pessoas, como responsabilidade de linha e função de staff.
23
2) Explique como o índice de absenteísmo dos funcionários, a rotatividade de pessoal e
as mudanças nas necessidades de mão de obra podem afetar a organização.
FORD O HOMEM E A MAQUINA (Ford The Man and The Machine): direção
de Allan Eastman, 1995. No elenco, estão Hope Lange, Heather Thomas, Michael
Ironside, Cliff Robertson, R. H. Thomson. Trata-se da criação das linhas de montagens
por Henry Ford e do seu relacionamento com os funcionários. Ford entendeu que na
linha de montagem os funcionários chegavam a níveis de estresse muito altos, assim
tomou algumas decisões, como diminuição da carga horária e aumento de salários,
alcançando melhorias no processo de fabricação. Também é possível vermos mudanças
culturais surgidas com a criação dos carros, das estradas, com o desenvolvimento das
cidades e indústrias, além do total princípio de autoridade e racionalidade dos
empresários durante todo o período da escola clássica de administração.
24
Livros
Site
http://www.historiadaadministracao.com.br
25
26
Unidade 2
Unidade 2 . Agregar e aplicar pessoas
A área de Gestão e Pessoas, pela sua importância, está presente em todas as decisões
que são tomadas nas organizações, para que a organização consiga se adequar ao
cenário com constantes mudanças.
27
2.1 Agregar pessoas
Para agregar pessoas, o recrutamento é o primeiro passo de um processo de seleção de
pessoas para a organização. Trata-se dos procedimentos que a organização comunica e
divulga oportunidades de emprego para atrair os candidatos interessados e que devem se
enquadrar às exigências iniciais para o preenchimento da vaga.
Selecionam-se pessoas porque existe uma variabilidade humana enorme, com diferenças
individuais, fazendo com que se comportem de forma diferente uma das outras. Sendo
assim, percebem situações de maneira diferente e a seleção auxilia adequar seus
objetivos pessoais aos objetivos organizacionais. As organizações escolhem as pessoas
que desejam como funcionários e as pessoas escolhem as organizações em que
pretendem trabalhar e aplicar seus esforços.
Dessa forma, logo de início, é perceptível que essa prática não se constitui numa tarefa
fácil aos gestores de RH, que precisam continuamente mediar e contrabalançar esse
cabo de guerra.
29
2.2 Recrutamento
O recrutamento abrange um conjunto de técnicas que visa a atrair candidatos
potencialmente qualificados, que serão selecionados para a organização com base na
descrição e análise de cargos. Trata-se de um conjunto de atividades desenhadas para
atrair um conjunto de candidatos qualificados para uma organização.
Portanto, para que o processo de seleção seja eficaz, ele precisa se basear em dados e
informações sobre o cargo a ser preenchido. As informações sobre o cargo podem ser
obtidas pela:
30
Técnicas dos índices críticos: é a forma pela qual os gestores e suas equipes
descrevem, de forma sistemática, todas as características desejáveis e
indesejáveis do ocupante de cargo a ser preenchido, para que os recrutadores
possam investigar quais candidatos têm os respectivos atributos descritos.
Salienta-se que, por se tratar de sugestões, esse tipo de coleta de informações
pode se tornar subjetiva.
A análise do cargo tem diversos usos nos processos de gestão de pessoas, além de
realimentar o próprio desenho de cargos, como, por exemplo, no recrutamento e na
seleção, no treinamento e no desenvolvimento, na avaliação de desempenho, entre
outros.
Uma vez que todas as informações necessárias sobre o cargo pretendido foram
realizadas, é feita uma ficha de especificações do cargo, que contém, de forma
detalhada, todas as características necessárias para o preenchimento da vaga. A partir
das informações sobre o cargo a ser preenchido, o passo seguinte é a escolha das
técnicas de recrutamento para conhecer, comparar e escolher os candidatos adequados.
“O mercado no qual a organização tenta buscar os candidatos pode ser interno, externo
ou uma combinação de ambos” (CHIAVENATO, 1999, p. 92).
31
As fontes de recrutamento interno são os recursos de busca de candidatos dentro da
própria organização. Constam:
32
Antes de a organização optar pelo recrutamento interno ou externo, é importante
analisar as vantagens e desvantagens, conforme o quadro a seguir:
Em escolas e universidades;
Indicação de funcionários;
33
Agências de recrutamento (operadas pelo governo, agências associadas a
organizações não lucrativas e agências privadas de recrutamento);
Outplacement é uma prática da gestão de pessoas que consiste no aconselhamento, no apoio, na orientação e no
estímulo ao profissional insatisfeito no trabalho ou demitido, preparando-o técnica e psicologicamente para as
oportunidades de mercado, bem como para o planejamento de sua carreira.
34
2.3 Seleção de pessoas
[...] a seleção busca, dentre os vários candidatos recrutados, aqueles
que são mais adequados aos cargos existentes na organização, visando
manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do pessoal, bem
como a eficácia da organização. No fundo, está em jogo o capital
intelectual da organização que a seleção deve preservar e enriquecer
(CHIAVENATO, 2005, p. 131).
A seleção de pessoal tem por finalidade escolher os candidatos à vaga recebidos pelo
setor de recrutamento, para o atendimento às necessidades internas da empresa. Esse
processo de seleção de pessoal baseia-se fundamentalmente na análise comparativa de
da característica do candidato e das exigências do cargo.
Para que o processo de seleção seja eficaz, deve-se basear nos dados e nas informações
sobre o cargo a ser preenchido, como também nas competências desejadas pela
organização. A escolha do(s) candidato(s) mais adequado(s) para a organização, dentre
os vários candidatos recrutados, deve ser feita por meio de instrumentos adequados de
análise, avaliação e comparação de dados (LIMONGI-FRANÇA, 2007).
Assim, é importante ter a definição das características do cargo, pois a seleção é feita
justamente com o objetivo de preencher uma vaga que irá ocupar esse cargo e
desempenhar funções. As informações sobre a necessidade do cargo podem ser
realizadas por meio dos seguintes itens (CHIAVENATO, 1999):
Técnicas dos índices críticos: é a forma pela qual os gerentes e suas equipes escrevem,
de forma sistemática, todas as características desejáveis e indesejáveis do ocupante de
determinado cargo a ser preenchido. Assim, os selecionadores podem averiguar quais os
candidatos têm os respectivos atributos descritos. Ressalta-se que esse tipo de coleta de
informações pode torna-se subjetivo por tratar-se apenas de sugestões dos gerentes e da
sua equipe.
35
Análise do cargo no mercado: é realizada quando a empresa institui um novo cargo ou
precisa atualizar os já existentes, ou seja, torna-se necessária uma pesquisa, pois a
organização não dispõe de requisitos e característica atuais do cargo.
Análise de currículo;
Entrevista de seleção;
Dinâmica de grupo.
Entrevista não diretiva: entrevista totalmente livre que não específica nem
questões nem respostas requeridas;
Testes psicológicos: são utilizados para identificar as aptidões dos candidatos e podem
ser utilizados para avaliar traços de personalidade, potencial intelectual e habilidades
específicas, tais como raciocínio verbal, raciocínio abstrato, raciocínio mecânico. No
Brasil, apenas psicólogos habilitados têm autorização para aplicá-los (GIL, 2007).
37
Teste de personalidade: aponta as características mensuráveis relacionadas aos
aspectos permanentes e consistentes de uma pessoa;
Técnicas vivenciais: são técnicas que buscam criar situações para que o
candidato possa interagir ativamente, a fim de que seu comportamento social
seja avaliado. Deve ser realizado por profissional qualificado. Podem ser de três
tipos (LIMONGI-FRANÇA, 2007):
Para que a seleção possa alcançar o resultado esperado, torna-se necessário uma
adequada escolha da técnica a ser utilizada para averiguar os conhecimentos, as
habilidades, os interesses do candidato. Além disso, a característica de sua
personalidade (de acordo com o perfil do cargo solicitado), a sua idade e as suas
condições psicológicas e sociais devem também ser verificadas. Fatores com o tempo
disponível para a aplicação e interpretação dos resultados também devem ser
considerado na elaboração das etapas (exemplificados no quadro a seguir). Assim,
independentemente de qual seja a ferramenta a ser utilizada no processo seletivo, deve-
se ter cuidado com as interferências negativas ou os erros de critérios. É importante
38
ressaltar ainda que o selecionador não pode se esquecer do legado principal da
organização - a cultura organizacional.
Candidatos recrutados
Decisão positiva
Referências
Triagem Possível aproveitamento
Análise curricular Decisão negativa do candidato em outros
Entrevista cargos
Testes de conhecimento e
desempenho psicológico
Entrevista de seleção
Dinâmica de grupo
Exame médico
ADMISSÃO
39
2.4 Aplicar pessoas
Depois de realizada a contratação e antes de efetivamente o candidato ocupar o cargo e
efetuar suas atividades no trabalho, ele deverá passar por um processo de integração à
empresa, com o objetivo de facilitar sua adaptação. Nesse processo, o funcionário passa
a ter uma visão geral da organização (a história, os objetivos, a sistemática de trabalho,
entre outros). Também são informados sobre os direitos e deveres, datas de pagamentos
e adiantamentos, entre outros. Concluída a exposição, o novo funcionário será
encaminhado para o local onde irá trabalhar, sendo posteriormente apresentado aos
demais pares (SEBRAE, 2005).
Para aplicar pessoas são utilizados técnicas para desenhar as atividades que as pessoas
irão realizar na empresa, orientar e acompanhar seu desempenho. Incluem desenho
organizacional e desenho de cargos, análise e descrição de cargos, orientação das
pessoas e avaliação do desempenho.
Downsizing: (achatamento) é uma das técnicas de gestão contemporânea que tem por objetivo a eliminação da
burocracia corporativa desnecessária. Trata-se de um projeto de racionalização consistente com o planejamento
estratégico do negócio e que, a curto prazo, envolve demissões, achatamento da estrutura organizacional,
reestruturação, redução de custos e racionalização.
Empowerment: (empoderamento) é uma ação da gestão estratégica que visa ao melhor aproveitamento do capital
humano nas organizações por meio da delegação de poder. Este poder é o resultado do compartilhamento de
informações fundamentais sobre o negócio, da delegação de autonomia para a tomada de decisões e da
participação ativa dos colaboradores na gestão do negócio, adquirindo responsabilidades e liderança de forma
compartilhada.
Sescrição de cargo: é uma exposição por escrito do que o seu ocupante faz, como o faz
e por que o faz. As especificações do cargo resumem o que o cargo exige do seu
ocupante, ou seja, seu ocupante deve ter conhecimentos, habilidades e atitudes. Inclui
também as condições de trabalho e os riscos que ele envolve.
41
O processo de análise de cargos envolve a coleta dos dados e a elaboração da descrição
e especificações do cargo por escrito. Essa coleta dos dados pode ser feita por meio de
técnicas de observação, questionário e entrevista, e, ainda, deve considerar a clareza,
dando preferência a termos simples e à precisão, possibilitando que haja mensuração,
observação real; a concisão, dando preferência a frases curtas; impessoalidade, usando
verbos no infinitivo ou na terceira pessoa do singular (GIL, 2007).
42
realçadas e utilizadas; as últimas, corrigidas e eliminadas. Não se preocupa com as
características situadas no campo da normalidade.
Método das escolhas forçadas: método que avalia o desempenho das pessoas por meio
de frases descritivas (veja a seguir) - duas de significado positivo e duas de significado
negativo. O avaliador deve escolher a positiva que mais se aplica ao desempenho do
empregado avaliado e a negativa que menos se aplica (GIL, 2007).
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Funcionário ____________________________________________________________
Cargo _______________________________________ Seção ____________________
Abaixo você encontrará frases de desempenho combinadas em blocos de quatro. Anote um "x" na coluna ao lado, sob o sinal
"+"para indicar a frase que melhor define o desempenho do empregado e também o sinal "-"para a frase que menos define seu
desempenho. Não deixe nenhum bloco sem preencher duas vezes.
+ - + -
Faz somente o que mandam Tem medo de pedir ajuda
Comportamento irrepreensível Mantém seu espaço sempre em ordem
Aceita críticas construtivas Já apresentou queda de produção
Não produz sob pressão É decidido
Se expressa com dificuldade É criterioso ao tomar decisões
Conhece seu trabalho Precisa ser repreendido regularmente
É cuidadoso com as instalações da empresa É rápido
Espera sempre por uma recompensa É hostil
Método das escolhas forçadas (adaptado de GIL, 2007).
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Nome do Funcionário: _______________________________________ Data ____/____/____
Departamento/Seção: ________________________________________ Cargo: _____________________________________
Desempenho na função: Considera apenas o desempenho atual do funcionário na sua função
Fatores de
Ótimo Bom Regular Insuficiente Fraco
Avaliação
Produção Ultrapassa Ultrapassa as Satisfaz às Às vezes, abaixo Sempre abaixo das
Volume e sempre as exigências com exigências das exigências exigências. Muito
quantidade de exigências. Muito freqüência lento
trabalho executado rápido
Qualidade Excepcionalment Às vezes superior. Sempre Parcialmente Nunca satisfatório.
Exatidão, esmero e e exato no Bastante acurado satisfatório. Sua satisfatório. Apresenta grande
ordem no trabalho trabalho. no trabalho acuidade é Apresenta erros número de erros.
regular. ocasionais.
43
Conhecimento do Conhece todo o Conhece o Conhecimento Conhece parte do Tem pouco
trabalho necessário e necessário suficiente do trabalho. Precisa de conhecimento do
Perícia no trabalho aumenta sempre trabalho treinamento trabalho.
seu conhecimento
Cooperação Possui excelente Dá-se bem em Colabora Não demonstra boa Mostra relutância em
Relacionamento espírito de trabalho de normalmente em vontade. Só colaborar
interpessoal cooperação. equipe. Procura trabalho de colabora quando
colaborar equipe. muito necessário.
Características Individuais: Considera apenas as características individuais do avaliado e seu comportamento funcional dentro
e fora de sua função
Compreensão de Ótima capacidade Boa capacidade Capacidade de Pouca capacidade Nenhuma capacidade
situações de intuição e de de intuição e de intuição e de de intuição e de de intuição e de
Grau com que apreensão. apreensão. apreensão apreensão apreensão
apreende a essência satisfatória
de um problema.
Capacidade de
resolver problemas
Criatividade Tem sempre Quase sempre tem Algumas vezes Levemente Tipo rotineiro. Não
Engenhosidade. ótimas idéias boas idéias e dá sugestões. rotineiro. Tem tem idéias próprias.
Capacidade de criar Tipo criativo e projetos poucas idéias
idéias e projetos. original próprias.
Capacidade de Ótima capacidade Boa capacidade Realiza e efetiva Tem dificuldade na Incapaz de efetivar
realização de concretizar de concretizar idéias novas concretização de qualquer idéia ou
Capacidade de idéias novas. idéias novas. com satisfatória novos projetos. projeto.
efetivação de idéias e habilidade.
projetos.
Método da escala gráfica - adaptado (CHIAVENATO, 2005).
Avaliação 360 graus: bastante utilizado pelas empresas contemporâneas pelas suas
características. Pode ser implementada em todos os níveis da empresa, no entanto, é
44 mais utilizada nos níveis gerenciais e na alta administração das empresas. Cada
funcionário recebe feedback de quase todas as pessoas com quem tenha contato, como,
por exemplo, subordinados, superiores, colegas de trabalho, clientes externos e internos,
fornecedores, entre outros. A subjetividade tende a ser muito baixa. O feedback
estruturado pode ser um instrumento de aprendizagem (CHIAVENATO, 2005; GIL,
2007).
Interação ao sistema de gestão com pessoas (deve ser integrada a outras práticas
de gestão de pessoas da empresa).
Por fim, estudamos alguns fatores para aplicar pessoas, abordando procedimentos como
o desenho das atividades que as pessoas irão realizar na empresa, o desenho de cargos, a
análise e descrição de cargos, a orientação das pessoas e, ainda, os métodos de avaliação
do desempenho.
2.7 Atividades
1) Exemplifique as vantagens e desvantagens do recrutamento misto.
Livros
Sites e links
http://oglobo.globo.com/economia/seubolso/mat/2009/05/23/sites-de-recrutamento-
utilizam-midias-sociais-para-divulgar-imagem-756002457.asp
Neste site, você encontra matéria do jornal O globo, na qual está descrito o caso das
empresas de recrutamento on line, como Catho, MonsterBrasil.com e Curriculum.com,
nas quais as mídias sociais estão sendo utilizadas como uma ferramenta de divulgação
própria e não especificamente para contratar pessoas.
47
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0925/noticias/as-armadilhas-do-
recrutamento-m0166389
48
Unidade 3
Unidade 3 . Recompensar e desenvolver pessoas
Uma das principais vantagens das organizações hoje baseia-se no capital humano ou,
ainda, no conhecimento tácito que seus funcionários têm, pois esse fator competitivo é
difícil de ser imitado, copiado e modificado.
49
3.1 Recompensar pessoas
A busca por reconhecimento e recompensa pelo trabalho é natural para os indivíduos.
Cabe à organização identificar quais mecanismos de recompensa podem ser aplicados
aos colaboradores para que os faça sentir-se motivados e, consequentemente, aumente a
produtividade. Recompensa é a retribuição pelo serviço que alguém presta e pode se
caracterizar por um simples elogio até um considerável pagamento em dinheiro.
Cada recurso produtivo tem o seu custo e o seu benefício, mas são as recompensas
oferecidas pelas organizações que irão influenciar na satisfação ou não dos funcionários.
Embora as recompensas representem custos para a organização, também trazem
vantagens, uma vez que é por meio da política de recompensas que a empresa estimula
seu próprio crescimento.
Recursos produtivos são os elementos usados na produção. Incluem os recursos naturais, capital, força de trabalho
e tecnologia.
50
3.2 Recompensas e remuneração
O salário pago ao cargo ocupado constitui somente uma parcela do pacote de
contrapartida que as organizações podem oferecer aos seus funcionários. A
remuneração geralmente é feita por outras maneiras além do salário. Uma considerável
parte de remuneração é constituída em benefícios sociais e serviços sociais. A
remuneração abrange todas as parcelas do salário direto e todas as decorrências do
salário indireto, trata-se da soma do salário direto e do salário indireto.
51
As recompensas financeiras diretas são os salários diretos, as comissões,os prêmios e
os bônus pagos pelas organizações em compensação à prestação do serviço, podendo
ser convencionado o pagamento por hora, dia, semana, quinzena ou mês.
As recompensas financeiras indiretas, por sua vez, são elementos como férias, DSR
(descanso semanal remunerado), gorjetas, horas extras, 13º salário, adicionais, entre
outros. Essas recompensas podem ser definidas em convenções coletivas do trabalho.
Deve-se salientar que, para o cálculo dos custos de produção de uma organização, o
salário é dividido em valor correspondente às horas trabalhadas, que é lançado como
custo direto de produção; valor correspondente às horas não trabalhadas (DSR, férias,
13º salário), lançado como custos indiretos de produção.
52
Elas podem ser de curto e longo prazo. De curto prazo, as mais utilizadas são a
participação nos lucros e resultados (PLR) e as comissões por produção. Nesses casos, a
participação individual nem sempre é clara, pois os resultados são coletivos e ainda
existe o questionamento do lucro apurado (OTHA, 2007 apud LIMONGI-FRANÇA,
2007).
As comissões por produção tanto podem ser atribuídas pelo alcance de metas
previamente negociadas como por peça fabricada ou vendida. Em ambos os casos, é
bem clara a participação e a produção individual.
3.3 Salário
Deve-se fazer uma distinção entre salário nominal e real. O nominal representa o
volume de dinheiro recebido pelo funcionário, conforme contrato firmado com o
empregador, e o real corresponde à quantidade de bens que pode ser adquirido com o
dinheiro pago, ou seja, o salário real corresponde ao poder aquisitivo.
Salário real: quantidade de bens que o indivíduo pode adquirir com o dinheiro que
recebe.
Dessa forma, entende-se que nem sempre o aumento do salário nominal significa
aumento do poder aquisitivo - pode estar ocorrendo apenas uma recomposição das
perdas. Essa reposição do valor real não representa aumento salarial, é apenas
53
reajustamento de salário (recomposição do salário real) e não aumento real do salário
(acréscimo ao salário real).
Os salários ainda são compostos por fatores internos (organizacionais, como tipologia
dos cargos, política de RH, desempenho e capacidade financeira da empresa,
competitividade da organização) e externos (ambientais como mercado de trabalho,
situação econômica, sindicatos, legislação trabalhista). Veja o quadro seguinte.
Pode-se entender salário como o pagamento de um trabalho que representa uma medida
de valor de um indivíduo na organização e também coloca o funcionário em uma
hierarquia de status dentro da organização.
54
legislação, avaliação e classificação de cargos; equilíbrio interno dos salários, entre
outros.
Em uma organização, cada cargo tem o seu valor individual. Outro fator importante é
focar a base num sistema lógico de comparações internas e externas dos cargos e de
seus respectivos salários.
Para que haja uma estrutura equitativa, faz-se necessário estabelecer o equilíbrio interno
e o equilíbrio externo. A principal fonte é a pesquisa salarial, que representa uma
coleta de dados sobre remuneração junto a determinado setor empresarial para fornecer
elementos de comparação entre esse setor e o que se estabelece.
Tendo em vista essa complexidade, em todas as organizações, deve ser adotada uma
política de administração de salários, desenhando-se um sistema de remuneração que
viabilize a motivação e o comprometimento do pessoal, o aumento da produtividade, o
controle dos custos, o tratamento justo aos funcionários e o cumprimento da legislação.
3.4 Benefícios
Os benefícios são os complementos ao sistema salarial da empresa e constituem um
conjunto de planos ou programas oferecidos pela organização. São uma forma indireta
de remuneração com o objetivo de aprimorar a qualidade de vida profissional e pessoal
55
dos funcionários. Passaram a ser considerados direitos e a fazer parte de negociações
salariais.
Quanto aos seus objetivos, os benefícios podem ser de três tipos (BOHLANDER,
SNELL e SHERMAN, 2003):
Nem sempre os custos dos benefícios representam valor percebido pelas pessoas na
organização. Muitas vezes, a organização elabora e oferece ao funcionário. Embora ele
não utilize, o custo permanece. Por esse motivo, algumas organizações adotam o
sistema de benefícios flexíveis.
Os benefícios ainda têm como objetivo atender aos propósitos organizacionais, por
meio da redução dos índices de rotatividade, ausências e redução do stress, e aos
objetivos dos indivíduos, pois o trabalhador necessita atingir as condições mínimas para
sua qualidade de vida.
Tais benefícios podem ser compulsórios, ou seja, aqueles que são oferecidos aos
funcionários em atendimento às leis trabalhistas ou às normas legais; ou espontâneos,
ou seja, aqueles oferecidos pela empresa por vontade própria, com o objetivo de tornar o
perfil da remuneração atraente e competitiva no mercado e suprir necessidades não
atendidas pelos benefícios compulsórios (MARRAS, 2009).
Já os benefícios flexíveis são planos que permitem aos funcionários escolher entre as
diversas opções de um cardápio de benefícios e permite que cada funcionário escolha o
56
conjunto de benefícios adaptado as suas necessidades, considerando, geralmente, o
salário como base. Assim, pode-se utilizar de planos de assistência médica, seguros de
vários tipos, planos de previdência, entre outros (ROBBINS, 2006).
57
Treinamento e desenvolvimento (T&D) têm elevada importância na atualidade,
devido às rápidas e vertiginosas mudanças tecnológicas, econômicas e sociais que
caracterizam o cenário internacional nas últimas décadas. Ambos, treinamento e
desenvolvimento (T&D), constituem processos de aprendizagem.
No Brasil, o desafio pode ser maior, já que grande parte da mão de obra disponível no
mercado de trabalho tem baixo nível de escolaridade e o país, para se desenvolver e
disputar mercados com outros países, terá de introduzir e desenvolver novas estratégias
de aprendizagem.
3.6 Treinamento
Treinar é um processo educacional de curto prazo e aplicado de maneira sistemática e
organizado, por meio do qual as pessoas aprendem conhecimentos, atitudes e
habilidades em função de objetivos definidos (CHIAVENATO, 1999).
O treinamento nas organizações tem sido desenvolvido com diferentes enfoques. Nas
primeiras décadas do século XX, assumiu a forma de adestramento, visando aos
aspectos físicos do trabalho. O homem não era tido como um ser identificado com a
organização, mas que essencialmente trabalhava em função do dinheiro (GIL, 2007).
59
- criar oportunidades para o desenvolvimento pessoal, tanto para os cargos que o
funcionário ocupa como para os que possivelmente poderá ocupar;
- mudar as atitudes dos trabalhadores, para que convivam em harmonia, fazendo com
que fiquem motivados e que sejam mais aptos a compreender as técnicas vindas da
supervisão e gerência;
Por fim, a necessidade de aplicação que pode ser interna ou externa; reativa ou
prospectiva de acordo com o Levantamento das necessidades de Treinamento –
LNT.
60
O período para se realizar esse levantamento está relacionado à necessidade de cada
organização, que deve analisar o contexto, os problemas ocorridos, as necessidades de
desempenho, as prioridades e as potencialidades.
c) A análise individual que identifica quem deve ser treinado, bem como o tipo de
treinamento necessário. Se houve uma análise inadequada, poderá resultar em
treinamento inapropriado. Essa análise também avalia se os colaboradores têm
os pré-requisitos necessários quanto a atitudes, conhecimentos e motivação para
que possam se beneficiar do treinamento.
61
Listagem: é uma variação do questionário que pode apresentar uma série de
comportamentos;
Determinação de quais os
Análise dos recursos comportamentos, atitudes e competências
humanos necessários ao alcance dos objetivos
organizacionais.
62
Exame dos requisitos exigidos pelos
Análise dos cargos cargos, pelas especificações e pelas
mudanças nos cargos.
1
Necessidades de
treinamento a serem
satisfeitas
4
2
Avaliação dos
Desenho do programa
resultados do
de treinamento
treinamento
3
Aplicação do
programa de
treinamento
64
qualidade e a produtividade; amplia o conhecimento das pessoas envolvidas e torna a
empresa mais competitiva (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000).
O treinamento tornou-se um aliado das empresas que buscam manter seus funcionários
atualizados com novas tecnologias e novos conceitos. A importância de manter equipes
treinadas é irrefutável, pois é uma maneira eficaz de agregar valor às pessoas, à
organização e aos clientes.
Ao delinear um plano de carreiras, pelo menos duas estruturas são possíveis. Uma por
meio de cargos compondo trajetórias de carreiras e outra por meio de cargos amplos que
irão se constituir em segmentos de carreira. Pelo de segmentos de carreira, o foco
principal é o desenvolvimento de pessoas, uma vez que os cargos são descritos por
competências. A escolha do formato de carreira por cargo ou segmento de carreira
requer decisão na análise de cargos.
67
o indivíduo: ressaltando as motivações, atitudes necessidades, entre outros.
Os autores do DO destacam que mudar a estrutura organizacional não basta para mudar
uma organização. A única maneira viável de mudar uma organização é mudar sua
cultura, isto é, os sistemas dentro dos quais as pessoas vivem e trabalham. Para que as
organizações possam sobreviver e se desenvolver, para que exista a renovação e a
revitalização, deve-se mudar a cultura organizacional (CHIAVENATO, 2005).
68
Como a organização trabalha em um ambiente altamente dinâmico e sujeito a constantes
mudanças, torna-se mais que necessário um esforço planejado de mudança, ou seja, um
programa de desenvolvimento organizacional.
O DO, portanto, pode ser entendido como um esforço educacional complexo, destinado
a mudar atitudes, valores, comportamentos e estrutura da organização, de tal maneira
que esta possa adaptar-se melhor às novas conjunturas.
69
um sistema de crenças e valores, tradições e hábitos. Outro item que os autores do DO
enfatizam é o clima organizacional que constitui o meio interno de uma organização, a
atmosfera psicológica característica em cada organização.
3.10 Atividades
1) Pesquise e descreva o que é remuneração por competência.
A Firma (The Firm), direção de Sydney Pollack, 1993 (EUA), Paramount Pictures –
estúdio e distribuidora -, com Tom Cruise, Jeanne Tripplehorn , Gene Hackman, Hal
Holbrook. Tom Cruise faz o papel de Mitch McDeere, um jovem advogado que vai
trabalhar com um alto salário e diversas vantagens em uma firma em Memphis. Porém,
logo descobre que a empresa onde trabalha está envolvida com lavagem de dinheiro da
Máfia e que todos os advogados que saíram ou tentaram sair da firma morreram
precocemente, de forma misteriosa. No filme, questiona-se o código de ética e as
questões como planejamento de carreira. Cultura organizacional e clima organizacional
também são abordadas.
Livros
OLIVEIRA, A. de. Manual de descrição de cargos e salários. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2007.
70
Trata-se do conceito e do procedimento de descrição de cargos. Aos profissionais, é
oferecida uma exaustiva descrição de cargo das mais diversas atividades existentes no
mercado.
Consiste no manual de integração que, além das informações sobre a organização, deve
conter os direitos e deveres e as normas, entre outros.
Sites e links
http://www.ambev.com.br/pt-br/a-ambev/gente-e-gestao/remuneracao-e-beneficios
http://www.unilever.com.br/carreiras/por_que_se_juntar_a_nos/trainees/remuneracao_e
_beneficios/
http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/videos/headhunter-remuneracao-
beneficios-491677.shtml
71
72
Unidade 4
Unidade 4 . Manter e monitorar pessoas
As pessoas hoje são vistas como seres inteligentes e singulares, com personalidade,
conhecimento e habilidades capazes de sustentar a organização num ambiente
turbulento e mutável. A mudança da visão implica em quebra dos paradigmas, que são
padrões e servem como marco de referência para explicar e ajudar os gestores a lidar
com situações (MAXIMIANO, 2004).
Mas, essa nova visão fez também com que muitas empresas buscassem incorporar a
promoção de ações e/ou programas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), que vêm
se tornando uma das maneiras pela qual é possível manter os funcionários em uma
organização. Muitas empresas que aparecem nas revistas como “as melhores em gestão
de pessoas” têm se destacado no aumento da produtividade, baseando-se em QVT ao
implantar em seu planejamento estratégico o gerenciamento dos recursos humanos.
A inclusão da QVT dentro das empresas gera inúmeros benefícios, mas sabe-se que a
redução de custos com a saúde dos trabalhadores é considerável, apresentando
diminuição dos níveis de estresse, menor incidência e prevalência de doenças
ocupacionais. Isso, ainda, associado ao ganho secundário no aumento de produtividade.
73
[A]a organização com a mais perfeita definição de funções, estrutura
organizacional e sistema de recompensas não vai funcionar direito, a
menos que contrate um número e tipo de certos funcionários,
colocados nas posições mais adequadas e consiga mantê-los dentro da
empresa (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000, p.158).
Ainda nessa unidade são apontados fatores para monitorar pessoas que devem ser
gerenciadas para criar uma vantagem competitiva sustentável. Na verdade, como já
discutimos, elas são as fontes mais promissoras de vantagem competitiva nas
organizações de hoje. Mas os empregados não aparecem nos relatórios financeiros e sua
contribuição é frequentemente muito sutil (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000).
74
bem avaliadas, o bônus do principal executivo não está somente atrelado a resultados,
mas também à satisfação pessoal (EXAME, 2011).
Manter pessoas e propiciar condições ambientais para seu desempenho é contribuir para
a sua satisfação. Para tanto, nota-se a relevância de alguns fatores como a qualidade de
vida, segurança, clima e cultura organizacional, entre outros.
Os custos advindos das doenças profissionais e dos acidentes de trabalho vão além do
custo financeiro, ou seja, envolvem custos sociais e humanos, que provocam prejuízos
tanto para a empresa quanto para o funcionário (CHIAVENATO, 1999).
Para Maximiano (2004), desde o início da moderna sociedade industrial, ficou claro que
a produtividade e o desempenho das organizações dependem também do
comportamento das pessoas e não apenas da eficiência dos sistemas técnicos.
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/8b6939f8b38f377a03256ca200686171/509f2321d97cd2
d203256b280052245a?OpenDocument
Quando se fala em saúde, não se trata apenas da parte física, mas também dos aspectos
emocionais de uma pessoa. Os problemas emocionais, crises pessoais, alcoolismo, uso
de drogas são problemas pessoais, que se tornam problemas da empresa, pois afetam o
comportamento e o desempenho do funcionário (BOHALANDER; SNELL;
SHERMAN, 2003).
A Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) define a ERGONOMIA como o estudo das interações das pessoas com
a tecnologia, a organização e o ambiente para intervenções e projetos que visem a melhorar de forma integrada e não
dissociada a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas (BRASIL, 2002).
A saúde e a segurança dos empregados constituem uma das principais bases para a
Higiene e segurança do trabalho é uma área que responde pela segurança industrial,
pela higiene e medicina do trabalho, relativamente aos empregados da empresa, atuando
tanto na área de prevenção quanto na de correção, em estudos e ações constantes que
envolvam acidentes no trabalho e saúde do trabalhador (MARRAS, 2009).
O acidente por ato inseguro é responsável por aproximadamente 90% dos acidentes de
trabalho. Um acidente de trabalho por condição insegura envolve equipamentos com
defeitos, materiais em lugares errados, falta de equipamento de proteção individual,
falta de materiais para exercer determinada atividade, entre outros fatores (MARRAS,
2009).
É possível diminuir os acidentes de trabalho com algumas medidas simples, como, por
exemplo, sinalizar a empresa, empregar novos funcionários, usar capacete de cor
diferente, eleger a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e enfatizar a
importância da sua atuação, realizar campanhas de prevenção de acidentes e a Semana
Interna de Acidentes no Trabalho (SIPAT), treinar uma brigada de incêndio, revisar
extintores periodicamente, ter chaves de segurança, elaborar treinamentos para prevenir
acidentes, relevar o apoio da direção e das chefias, entre outros (OLIVEIRA, 1991):
EPIs são protetores específicos para determinada parte do corpo que está sofrendo
ameaças. A empresa deve informar aos usuários a maneira correta de utilizá-los, seja
por meio de treinamentos ou aulas expositivas, ficando o empregado obrigado a usar os
equipamentos necessários a sua segurança.
79
Os tipos de EPIs utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou de riscos
que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do corpo que se
pretende proteger.
81
4.4 Qualidade de vida no trabalho
A qualidade de vida no trabalho QVT surgiu com a regulamentação do trabalho de
menores, com a implantação de jornada de trabalho, descanso semanal e indenizações
por acidentes, mas vai além da legislação trabalhista, relacionando-se com os sindicatos,
com a questão psicológica que afirma que há íntima relação entre o estado psicológico e
a produtividade (CHIAVENATO, 1999).
Reflete sobre o comportamento do indivíduo tanto nas atitudes pessoais quanto nas
produtivas, pois estimula o empregado ao trabalho. Diminui sua resistência a mudanças
e incentiva a criatividade. Baseia-se em ações que uma empresa desenvolve, buscando
melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no local onde ocorrerá o
serviço. Essa importância dada à QVT é consequência dos novos modelos de vida de
dentro e de fora da empresa, ou seja, o conceito de QVT busca o desenvolvimento
humano e organizacional.
A satisfação é uma reação emocional prazerosa ou positiva que uma pessoa tem em
relação a suas experiências profissionais (MILKOVICH e BOUDREAU, 2000).
Pode-se dizer que a QVT, ao mesmo tempo em que eleva a satisfação dos funcionários,
com motivação, preservando sua saúde física e psicológica, está também renovando a
82
força da organização e aumentando a produtividade, ou seja, mantendo as pessoas na
organização.
Existem alguns fatores que influenciam a QVT. São os aspectos importantes no modo
de vida de dentro e fora da empresa:
Cada grupo de pessoas (regiões, sociedades) tem uma cultura diferente que interfere no
modo de vida das pessoas. Assim também é a cultura organizacional. Cultura
organizacional significa modo de vida, sistema de crenças, expectativas e valores,
forma de interação e relacionamento típicos de determinada organização
(CHIAVENATO, 2005).
83
A cultura organizacional influencia o clima existente na organização, ou seja, a cultura
determinará se o clima é favorável ou não, mostrando o grau de satisfação dos
funcionários da organização.
Entende-se que cada organização tem uma cultura diferente e que o clima é o resultado
percebido pelas pessoas no ambiente, o que pode motivá-las ou não no trabalho.
A QVT pode ser desenvolvida por meio de vários programas e várias ações que podem
ser inseridas na organização, como, por exemplo, estudo de cargos e salários,
qualificação de benefícios, avaliação de desempenho, treinamento e desenvolvimento de
pessoas, entre outros.
Cada vez que mudam os fatores que agem sobre o ambiente organizacional, a
organização precisa se adequar à nova realidade. Em consequência disso e da mesma
forma como ocorre com outras áreas, a atuação da área de gestão de pessoas passa a ter
foco mais estratégico e menos operacional (COSTA, 2002).
O uso da tecnologia da informação pode ser abordado a partir das três perspectivas: no
ganho de eficácia operacional, na obtenção e redução de custos, no tratamento e na
disseminação de informações e conhecimento. Essas perspectivas permitem à
organização obter e gerar os maiores impactos possíveis no processo de gestão de
recursos humanos (MACUCCI, 2002).
85
A monitoração se caracteriza cada vez mais por desenvolver e estimular autocontrole e
flexibilidade, tendo em vista que os profissionais devem manter com a organização e
seus públicos uma atitude de cooperação e engajamento na missão.
86
A área de gestão de pessoas deve avaliar metodicamente o sistema em relação tanto ao
custo de instalação e manutenção quanto ao de utilidade, qualidade e nível de utilização
pelos usuários.
SAÍDA DE INFORMAÇÕES
ACESSO DO GERENTE
87
pelos autores Robert S. Kaplan e David P. Norton com a finalidade de pensar o
equilíbrio entre objetivos de curto prazo e longo prazo, entre medidas financeiras e não
financeiras, entre indicadores de tendências e ocorrências e entre as perspectivas interna
e externa de desempenho e, assim, promover o monitoramento da organização.
88
Outra vantagem é o estabelecimento de causa e efeito entre os objetivos estratégicos,
que permitirá verificar se os planos de ação estarão caminhando lado a lado com a
estratégia estabelecida na direção da visão.
- a coleta de dados: após análise dos indicadores, são coletados os dados dos recursos
humanos necessários ao monitoramento dos principais itens;
89
sobre os investimentos em RH, que mais contribuirão para melhorar os resultados da
empresa.
Uma dificuldade refere-se ao custo de implantação, que pode se tornar um desafio para
a organização, pois exige novos processos que, em muitos casos, demandam um número
maior de pessoas e qualificações.
90
Por fim, abordamos o Balanced Scorecard (BSC), uma ferramenta que pode ser
utilizada na área de gestão de pessoas com a finalidade de obter o equilíbrio entre
objetivos de curto prazo e longo prazo, entre medidas financeiras e não financeiras,
entre indicadores de tendências e ocorrências e entre as perspectivas interna e externa de
desempenho e, assim, promover o monitoramento da organização.
4.9 Atividades
1) A empresa em que você trabalha tem CIPA? Como é feita a escolha dos membros da
CIPA? Quais as atribuições dessa comissão (pesquise)?
2) Faça uma avaliação da sua qualidade de vida na organização que você trabalha e
escreva como você consegue contrabalançar a relação entre vida profissional e vida
pessoal. Segundo sua avaliação, que fatores favorecem a qualidade de vida no trabalho?
91
SENGE, P. M.. A quinta disciplina. São Paulo: Editora Best Seller, 1990.
http://revistamelhor.uol.com.br
São debatidos assuntos atuais sobre todo o universo da Gestão de Pessoas.
http://vocesa.abril.com.br/
São abordados assuntos como carreira, liderança, salários, melhores empresas e critérios
selecionadores, casos, entre outros.
http://exame.abril.com.br/carreira/
Neste site, você encontra notícias, testes, tabela de salários, cursos, carreira, entre
outros.
92
Referências
GIL, A. C. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas,
2007.
94
MARRAS, J. P. Administração de recursos humanos: do operacional ao estratégico.
São Paulo: Saraiva, 2009.
95
96