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NOTA:

(USE SOMENTE LETRA DE FÔRMA)


Nome: Nº.

T.E: E.O. ETAPA: ( )1ª; ( )2ª; ( X )3ª; ( )4ª Disciplina: HISTÓRIA AC1 ( ) AC2( X )

Série: 1º ANO Professor (a): LÍVIA Data: / / 2021


Ensino: MÉDIO Turma: U Turno: M
ESTA PROVA CONTEM 10 QUESTÕES

01: Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que


lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos, traziam arcos com
suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho
lhe fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram. Ali
não pôde deles haver fala, nem entendimento de proveito, por
o mar quebrar na costa. Somente deu-lhes um barrete
vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça e um
sombreiro preto. Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de
ave, compridas, com uma copazinha de penas vermelhas e
pardas como de papagaio; e outro deu-lhe um ramal grande de
continhas brancas, miúdas, que querem parecer de aljaveira,
as quais peças creio que o Capitão manda a Vossa Alteza.
CAMINHA, Pero Vaz de. Carta ao Rei D. Manuel. São Paulo: Best Bolso, 2015.
Segundo o texto anterior, no início do contato entre colonizadores e nativos da América portuguesa, a
relação estabelecida foi de:
A)Combate, pois portugueses e indígenas, com diversas armas, entraram em conflito.
B) Submissão, pois os portugueses subordinaram-se às reivindicações dos indígenas.
C) Subserviência, pois os indígenas cegamente servir a màs demandas dos portugueses.
D) Violência, pois os indígenas eram exterminados brutalmente pelas armas dos portugueses.
E) Diálogo, pois portugueses e indígenas trocaram entre si produtos dos quais dispunham no momento.

02: Os indígenas, munidos de instrumentos metálicos


entregues pelos europeus, incumbiam-se de cortar as
árvores, desbastá-las, retirar-lhes a casca, cerrar os
troncos, em dois ou três segmentos, e carregar os
troncos aos ombros para as feitorias ou navios situados,
por vezes, a distâncias da ordem das 15 a 20 léguas.
Dois baixos-relevos quinhentistas existentes em Ruão
ilustram o processo, realizado por aborígenes, de abate,
preparação, transporte e embarque de pau-brasil nos
navios franceses.
COUTO, Jorge. A construção do Brasil: ameríndios, portugueses e africanos, do início do
povoamento a finais de quinhentos. 3. ed.Rio de Janeiro: Forense, 2011. p. 311.
Sobre a atividade aludida no texto, constata-se que a:
A) Atividade de extração de madeira combinou a utilização do trabalho do africano com o indígena, mantendo
padrões aceitáveis de convivência.
B) Aproximação entre índios e europeus, na implantação de padrões coletivos de convivência, transmitiu as
técnicas dos nativos para os europeus.
C) Exploração de madeira de lei foi uma estratégia europeia de aproximação amigável para com os nativos,
transmitindo técnicas civilizatórias europeias.
D) Empresa mercantilista se valeu da exploração da mão de obra nativa para favorecer seus interesses
lucrativos, produzindo um tipo de barbarismo ecológico.
E) Construção do modelo de colônia passa necessariamente pela utilização dos ameríndios como os primeiros
colonos, já que estes eram conhecedores da região .
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03: Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte com
representações de bandeirantes no acervo do Museu
Paulista, mediante a aquisição de uma tela que
homenageava o sertanista que comandara a destruição
do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, viabilizada por
verba estadual, foi simultânea à emergência de uma
interpretação histórica que apontava o fenômeno do
sertanismo paulista como o elo decisivo entre a trajetória
territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa que
se consolidaria entre os historiadores ligados ao Instituto
Histórico e Geográfico de São Paulo ao longo das três
primeiras décadas do século XX.
MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a
tradição da retratística monárquica europeia. Revista do LEB, n. 44, fey. 2007.
A prática governamental descrita no texto, com a escolha dos temas das obras, tinha como propósito a
construção de uma memória que:
A) Afirmava a centralidade de um estado na política do país.
B) Resgatava a importância da resistência escrava na história brasileira.
C) Evidenciava a importância da produção artística no contexto regional.
D) Valorizava a saga histórica do povo na afirmação de uma memória social.
E) Destacava a presença do indígena no desbravamento do território colonial.

04: Nenhuma codificação legal monárquica da


escravidão obrigava as autoridades públicas a
imiscuir-se de modo significativo no tratamento dos
escravos; a justiça era privada. [...] E de fato a
escravidão no Brasil prosperou como uma vasta
extensão comercial das casas senhoriais ibéricas
tardo medievais. Este contexto cultural hierárquico
criou decididamente pouco potencial para o
desenvolvimento de discursos públicos de
responsabilização pelos abusos ou de
responsabilidade pública por remediá-los, mesmo
com a independência imperial do Brasil no século
XIX.
XAVIER, Regina Célia Lima (Org). Escravidão e liberdade: temas, problemas e perspectivas de análise. São Paulo: Alameda, 2012. p. 30-31.
O excerto anterior evidencia que:
A) Os agentes privados eram os responsáveis pela aplicação da justiça, daí a forma imparcial como tratavam
os cativos, obedecendo ao rigor da lei monárquica.
B) Os barões senhoriais respeitavam os limites físicos daqueles que serviam como trabalhadores em suas
propriedades, desde que estes fossem obedientes.
C)As autoridades pouco interferiam na violência cotidiana dos senhores para com os seus cativos, o que
revelava a ineficiência do poder público diante dos maus tratos.
D) Os clamores de autoridades públicas eram sentidos no que concernia ao combate público aos maus tratos
sofridos pelos africanos na condição de escravos.
E) As leis que deveriam proteger os escravos eram desrespeitadas, já que estas impunham padrões de
responsabilidade às autoridades fiscalizadoras.

05: Quando Portugal dividiu o Brasil em capitanias, entre os direitos dos donatários estava o de
escravizar os nativos e exportá-los para a Europa. Esse direito vacilou ao longo das décadas seguintes,
com Estado e Igreja oscilando entre o desejo de protegê-los e a pressão populacional pela necessidade
de mão de obra. A cultura da cana-de-açúcar não teria sido possível de outra forma. Aos portugueses
não havia caminho de sustento que não a lavoura de açúcar, imensamente lucrativa, mas muito
trabalhosa.
DORIA, Pedro. 1565: Enquanto o Brasil nascia: a aventura de portugueses, franceses, índios e negros na fundação do país.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
Segundo o texto anterior, a cultura da cana-de-açúcar no Brasil:
A)Sofreu perdas com a falta de investimentos da Coroa.
B) Foi favorecida pelo processo de escravização indígena.
C)Concorreu com a exportação de indígenas para a Europa.
D)Teve início antes das capitanias hereditárias serem instaladas.
E) Permaneceu limitada aos domínios territoriais interioranos.
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06: A família patriarcal fornece, assim, o grande modelo por onde se hão de calcar, na vida política, as
relações entre governantes e governados, entre monarcas e súditos.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 85.
O fragmento do texto sugere que:
A) Na formação da sociedade brasileira, as relações de parentesco e amizade foram abandonadas no
equilíbrio social.
B) Na implantação do Estado-nação, evidencia-se o distanciamento dos padrões ligados a comportamento e
costumes.
C) Na definição da organização estatal, as estruturas sociais foram reguladas pelo exercício da justiça.
D) Na composição das relações de poder, constata-se a presença de padrões de tradição e de liderança
familiar.
E) Na construção do Estado nacional, as relações de poder foram isentas da influência das células familiares.

07: Os tropeiros foram figuras decisivas na formação


de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra
tropeiro vem de "tropa" que, no passado, se referia ao
conjunto de homens que transportava gado e
mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era
levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O
tropeirismo acabou associado à atividade mineradora,
cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e,
mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas
também atraiu grandes contingentes populacionais
para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais
necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A
alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho,
feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité
(um molho de vinagre com fruto cáustico espremido).
Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem
molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era
servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é
um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse
nome porque era preparado pelos cozinheiros das
tropas que conduziam o gado.
Disponível em http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov. 2008.
A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à:
A) Atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.
B) Atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas.
C) Atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria.
D) Atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.
E) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.

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08: Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro
O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15) como
patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan). O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo
Horizonte. O presidente do Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está
"inserida na cultura do que é ser mineiro”.
(Folha de S. Paulo, 15 maio 2008).
Entre os bens que compõem o patrimônio nacional, o que pertence à mesma categoria citada no texto
está representado em:
A) Mosteiro de São Bento (RJ) B) Tiradentes esquartejado (1893), de Pedro América

C) Sítio arqueológico e paisagístico da Ilha do Campeche (SC)

E) Ofício das paneleiras de Goiabeiras (ES)

D) Conjunto arquitetônico e urbanístico da


cidade de Ouro Preto (MG)

09: (UEL) Leia o texto e responda à questão:


O estilo barroco chega ao Brasil pelas mãos dos
colonizadores, sobretudo portugueses. Desenvolve-se no
século XVIII, 100 anos após o surgimento do Barroco na
Europa, – recebe influências tanto portuguesas quanto
francesas, italianas e espanholas. Em Minas Gerais, a
expressão estética tanto deverá corresponder às solicitações
dos elementos transpostos como dos elementos locais
espontâneos. Isso vai se verificar tanto em relação aos fatores
estruturais, como no que diz respeito às ideias, aos
conhecimentos e valores.
(MACHADO, L. R. Barroco Mineiro. São Paulo: Perspectiva, 1983. p. 167-169.)

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Com base no texto e nos conhecimentos sobre o barroco mineiro, considere as afirmativas a seguir.
I. Nascido da herança europeia, o barroco mineiro é uma arte que traz em si o diálogo entre sua origem e um
novo contexto, caracterizando-se como um meio de expressão ao mesmo tempo barroco e mineiro.
II. O aspecto social contemporâneo à chegada do barroco a Minas contribuiu para que sua organização fosse
caótica e para que as características desse movimento acabassem contrastando com a vida mineira.
III. Posto em contato com o clima de efervescência cultural e com as descobertas no campo estético de Minas,
o barroco mineiro rompeu com a ideia do barroco universal e se destacou pela ambivalência.
IV. Os elementos transpostos pelos colonizadores apresentavam em suas raízes algumas semelhanças com o
universo mineiro, mas o poder instituído pela Academia Nacional de Belas Artes encaminhou o movimento para
rumos distintos.
Assinale a alternativa correta :
A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
B) Somente as afirmativas I e III são corretas.
C) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
D) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Cena da Paixão de Cristo, no Santuário de Bom Jesus do Matosinhos, em


Congonhas (Foto: Pedro Ângelo/ G1). Disponível em:
<http://g1.globo.com/minas-ges/ noticia/2014/11/bicentenario-de-morte-de-
aleijadinho-ecelebrado-nesta-terca-feira.html>. Acesso em 06/05/2015.

10: A arte barroca nasceu em oposição à arte


renascentista, que se baseava na razão e nos
modelos greco-romanos de equilíbrio e
simplicidade. Entre os maiores artistas da
época está Antônio Francisco Lisboa, o
Aleijadinho. Foi o maior artista do período
colonial e suas criações vão de projetos
inteiros de igrejas a esculturas e entalhes
delicados. As características próprias do
Barroco adquirem em seus trabalhos uma
feição particular, tais como:
I – Os olhos são expressivos, espaçados e
amendoados e apresentam certa semelhança aos orientais.
II – As maçãs do rosto mostram forte semelhança com as esculturas dos anjos barrocos.
III – O nariz é reto e alongado, o que dá muita força às fisionomias.
IV – Os lábios são entreabertos, o que traz uma ideia de movimento e vida à figura.
V – O queixo é sutilmente retangular, o que confere altivez à imagem esculpida.
É correto apenas o que se afirma em:
A) I, III, IV.
B) I, II, III.
C) II, III, V.
D) II, IV, V.
E) I, IV, V.

BOA SORTE! BOA PROVA!


Cascavel; ____/_____/2021
“ARQUIVE TODAS SUAS AVALIAÇÕES, GABARITOS, TRABALHOS, TD’S, APOSTILAS E AGENDA ESCOLAR. SÃO DOCUMENTOS IMPORTANTES PARA “PROVAR” SUAS NOTAS, DESEMPENHO
E APROVEITAMENTO, QUANDO HOUVER ERROS OU RECLAMAÇÕES NOS “BOLETINS DE NOTAS.”

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