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Sangue e Amor
Sangue Divino
Pontos de Ação!!!
Escola de Monstros
Necromante Genuíno
Que tal escrever um conto e concorrer a dois livros de RPG? A revista Vulto
Salvador juntamente com Conclave Editora declaram que estão abertas as inscrições! É
muito simples!Para participar, mande seu conto de no máximo 20.000 toques incluindo
espaçamentos em formatação justificada, fonte Times New Roman tamanho 12,
juntamente com seu nome, e-mail e endereço completo para:
vulto_salvador@yahoo.com.br e concorra!
Os contos devem apresentar uma temática sombria como a ambientação dos livros
da Conclave Editora: Legado de Nosphoros e Líber des Ritae, as premiações!
O 1° lugar receberá estes dois livros e a publicação do seu material na edição 04 da
revista, os 5 melhores subseqüentes concorrerão ao sorteio do livro Guia dos NPC’S.
OBS: TODOS os contos enviados se tornam automaticamente propriedade
assegurada da revista Vulto Salvador, sendo terminantemente proibido a reprodução
total ou parcial dos materiais sem a autorização prévia por escrito da equipe editorial da
revista.
Sejam bem vindos!!!
"Nada é permanente nesse mundo cruel. Nem mesmo os nossos problemas."
– Charles Chaplin
Sejam bem vindos caros leitores e LEITORAS! César naquele dialogo, o tema que é usado ali é
Impressão minha ou você falou “leitoras” mais quando o Alucard do game diz que é filho do Drácula,
animadinho? mas o Drácula ali é o outro Alucard.
Eu não falei nada! Não pense besteira! Seria um susto que o Alucard (anime) leva ao
Sei... descobrir “que tem um filho”.
Não faz essa cara! Qual é a graça nisso?
Podemos falar de alguma coisa que eu entenda? Se você falar mais alguma coisa prometo te
NÃO! vender como item “mágico”.
Olha só! Eu estava pensando eu não ter que lutar Quando vocês dois vão passar uma edição sem um
com você! Mas do jeito que as coisas andam... Prepare- ameaçar o outro?
se! Ela é Má, criaturas malignas quando são fracas só
Vocês já vão começar com isso? perturbam!
Vocês são dois idiotas... Eu falei...
Hey! Você não pode dizer isso! Há crianças lendo ***COMEÇA UMA BRIGA***
isso! Enquanto eles se matam, vamos ler outro e-mail:
I?
Não vejo nenhuma... Olá! Eu estive dando uma olhada no trabalho de
Nossa... Você está cada vez ficando melhor! vocês, no caso a Revista Vulto Salvador e gostaria de
Bem vamos dar uma pausa nessa “enrolarão” e parabenizá-los pela iniciativa. Eu trabalho com RPG há
vamos ler um e-mail: algum tempo e sempre vejo pessoas com iniciativas
parecidas, mas o trabalho de vocês é muito bom.
Caros amigos da revista vulto salvador, Parabéns de verdade. Agora, gostaria de tirar também
uma dúvida: Vocês usaram o selo da D20 System na capa
Gostaria de informar que na matéria de capa da da revista. Eu ouvi falar que o sistema d20 é liberado
edição 01 (talvez eu esteja atrasado), há uma conversa para quem quiser usar, eu gostaria de saber se você
entre dois Alucards (do anime Hellsing e do jogo sabe algo a respeito em relação a isso. O selo d20
Castlevania), mas gostaria de deixar claro que o Alucard System pode ser usado em qualquer publicação assim
do anime não é o filho do Drácula, isso fica claro na como o sistema pode ser usado? Em fim, espero manter
série de ova's onde percebe-se que ele é o próprio mais contato, continuarei acompanhando o trabalho de
CONDE DRÁCULA. vocês. Obrigado!
OVELHAS!!!
Vamos vendê-lo!
sangue, então a reação do Bárbaro foi:
U que?! – Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
Vendê-lo, eu vou montar essa barraquinha aqui SOCORROOOOOOOOOOOOOO!!!
aí você fica com aquelas plaquetas aí na rua – Brond,
chamando fregueses. A “Barboleta”
HUN! HUN! HUN! Me dá um tomo?
Montando uma ficha de um personagem épico, o jogador
O que lhe faz pensar que eu faria isso?
(ovelha) pergunta:
Bem... Eu possuo poderes mágicos, carrego uma – Hei mestre, o Linhagens e Tomos ta aí?
foice bem afiada, o que acha? O mestre não entendendo muito, já que o montava a ficha de
Bem enquanto você termina de montar a barraca um guerreiro, responde:
eu vou ler um e-mail. – Ta sim, por quê?
– É que eu quero comprar um “Tomo da Força”.
– Ovelha
Hey, o que vocês acham de umas matérias para
Uma lenda viva
ação!!! Muito Estranho
Jogando Daemon Anime/Supers, um jogador é professor dos
Tenho uma idéia de cenário, que mistura o D&D outros dois jogadores, ele os leva até um beco e fala:
com o Ação!!! – Calma, eu não vou fazer nenhuma pederastia com vocês.
Os jogadores se olham sem entender muito o “professor”, aí o
Se quiserem, escrevo e mando pra vocês! professor pergunta:
– Hei! Vocês são maiores de idade?
– Professor “Onizuka”,
"Raony Salgueiro de Jesus" Um professor sem moral
NERDS
Em:
namorados... devemos passa o dia
jun...
GIRLFRIEND
Kainã Lacerda
hey hey!! you you!! No way!! No way!! hey hey!! you you!!
I don’t like your I think you need a new one!! I could be yo…
girlfriend!!
BANG!!!
OWNED!! FIM...
FIM... objetivo é melhorar cada vez mais! Alguém
deu uma de ovelha na sua mesa? Mande
para gente, também queremos rir!
E-mail: vulto_salvador@yahoo.com.br
Preguiça de mandar o e-mail? Poste nesse
link do orkut:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=217
09658&tid=2544055175496991262&start=1
União do Vapor UdV: A certeza de que produzimos um material
Gostaria de apresentar a vocês a galera da União de qualidade, que contribui significantemente para a
do Vapor: Uma E-zine especializada no cenário Reinos afirmação e o crescimento do cenário no Brasil, para fãs
de Ferro; Para melhor conhecer o seu trabalho nada como nós, essa é a melhor razão de todas. Uma segunda
mais interessante que algumas perguntas! razão é fazer algo com amigos que gostam do que
fazem e gostam de trabalhar em
VS: Quantas pessoas formam a equipe.
equipe e como surgiu a idéia de
formarem uma revista voltada ao VS: O que vocês pretendem
cenário Reinos de Ferro? para o futuro e quais seus projetos?
UdV: Temos uma quantidade de UdV: Tornarmos-nos um
colaboradores bastante flutuante. referencial de material do cenário.
Começamos com oito pessoas e hoje Estamos trabalhando em nossa
somos, oficialmente, mais de quinze! Edição Especial de aniversário,
A idéia surgiu no Fórum da Editora também. Nela pretendemos ter
Jambô, o Fradie deu a idéia de entrevistas especiais, além de brindes
traduzirmos uma e-zine americana para os leitores (como a promoção
(Hand Cannon), e o ScreckNET União do Vapor: “Eu visto essa
sugeriu de criarmos nossa própria e- camisa!” veiculada na UdV#3).
zine, então criamos um novo tópico Além disso, acabamos de acertar
para acertar tudo e começamos nossa uma parceria com a HandCannon,
edição #1... e hoje já hospedamos aquela e-zine que pretendíamos
nosso material em nosso próprio site: traduzir lá no começo. Pois é, agora,
www.uniaodovapor.com nós vamos traduzir material do
Anarkiridian; Cassiano; Fernalf; português para o inglês e publicar lá
VS: Bem, vocês poderiam dar Fradie; Kalagar; Nume Finório; no cenário americano, através da
uma pequena explicação sobre o a Pramon71; Rbonelli; Salver Mãoleve; HandCannon, não é legal isso? Fora
ambientação 'Reinos de Ferro'. que temos colaboradores e apoio
ScreckNET; Sieg; Steam Jegue;
UdV: Um cenário definido tanto de publicações feitas por fãs
Sutekh; Zenner.
pelos seus autores como: "Full Metal quanto por parte das empresas que
80 págs., cor
Fantasy", traduzido pela Jambô como produzem o cenário aqui e lá fora.
Gratuito – Português
"Fantasia forjada em Metal". Os
Reinos, em si, são um aglomerado de nações VS: Vocês mantêm alguma relação fixa com
independentes, que tiveram que se unir no passado para algum site ou alguma outra revista de RPG?
rechaçar uma invasão estrangeira que quase destruiu UdV: Somos avaliados constantemente pela
tudo. Hoje esta aliança, que já era frágil, se Editora Jambô, que é quem detém os direitos de
desfragmenta rapidamente entre os que ainda são publicação do cenário no Brasil. Somos uma zine
aliados. Reinos de Ferro é diferente de tudo o que você "oficialmente" não-oficial. Além da já citada parceria
já viu até hoje, ele mistura fantasia tradicional, máquinas com a HandCannon. Temos, ainda, autorização de uso
a vapor e um clima sombrio para criar um mundo de material da Bucanner Bass (um fã site norte-
único. americano), da Jambô e da Privateer Press para uso de
material livre e imagens oficiais. Assim como estamos
VS: Qual a maior diferença entre Reinos de Ferro em contato quase diário com vários fóruns e sites de
e os outros cenários já existentes? RPG no Brasil, EUA e Espanha.
UdV: Um cenário mais industrializado que o
comum do mercado, onde a magia, por ser menos VS: Como o Reinos de Ferro é recebido aqui no
acessível e algumas vezes perigosa, divide espaço com Brasil e exterior?Diferenças de receptividade?
inventos mekânicos. Além disso, suas histórias são mais UdV: Muitas pessoas aqui no Brasil ainda não o
sombrias que a maioria, dando espaço para um mundo conhecem, mas a maioria que conhece gosta. No Ceará,
de possibilidades interpretativas. alguns dos nossos integrantes fazem diversos eventos
para divulgação do Cenário. Lá, os livros de Reinos de
VS: Ao longo do trabalho de vocês quase Ferro não param nas lojas! No exterior, o cenário há
problemas e dificuldades foram encontradas para muito já foi reconhecido como um dos melhores de
manter a revista? todos os tempos, e tem uma verdadeira legião de fãs
UdV: A maioria dos problemas tem relação com muito fiéis (nunca fale de pirataria num fórum onde
acesso à internet, já que nem todos possuem PC em haja fãs dos RdF) e conta, ainda, com os fãs do
casa, além do problema de se discordar de uma idéia wargame do cenário, o Warmachine, para reforçar as
através de palavras digitadas. Às vezes, rolam pequenos suas bases.
desentendimentos devido a isso, mas a gente sempre
supera, depois de muita diplomacia em alguns casos. VS: Gostaria de agradecer por esta entrevista, e
Até hoje, nossos maiores problemas foram o 4shared por último, vocês poderiam mandar uma mensagem
apagando a edição 02 da e-zine sem nenhum motivo para os leitores da Vulto Salvador e da União do Vapor.
aparente, nos forçando a reupá-la, e quando nosso UdV: Nós agradecemos a oportunidade de
primeiro fórum ficou um tempão fora do ar, mas mostrar um pouco de nosso trabalho e de como
felizmente migramos para um melhor bem rapidinho. fazemos as coisas. Nosso recado é: Joguem Reinos de
Ferro! Leiam nossa e-zine! Avante União! Ah, e
VS: O que mais une vocês para seguir adiante acompanhem a Vulto também.
com a revista? Renan Sparrow
RPG & Educação Psicologia em Florianópolis, aplicando RPG no Ensino
Você deve estar se perguntando: O que RPG tem a Fundamental e Médio.
ver com Educação? Tudo começou no início da década de
60 quando os Jogos de Estratégia estavam em alta e Em fim, agora sabemos a relação entre RPG e
ninguém iria imaginar o que podia refletir mais tarde na Educação. Mas isso não pára por aqui, o RPG possui
Educação a aplicação do jogo; A prática de utilizar os características interessantes como poucos outros jogos.
jogos cooperativos nas diversas áreas educacionais vem Vamos ver aqui algumas qualidades específicas do RPG:
sendo adotada por profissionais há um bom tempo, e se creio que a maior delas seja a possibilidade de se criar
desenvolve cada vez mais. Os jogos como vários tipos de situações, seja com
ferramentas de ensino podem propiciar jogos mais dinâmicos ou mais
vantagens que uma aula curricular não parados; Pode ser usado numa
ofereceria, como por exemplo, aula interativa em forma de
apresentação, interação em grupo, RPG Live-action ou mesmo
técnicas de negociação e até uma numa sala de aula onde os
avaliação em forma de jogo, que alunos devem permanecer
perde a característica de tensão sentados em forma de RPG
muito comum nos momentos de Tradicional (o velho conhecido
provas e testes comuns. dos jogadores). Além do
que, podemos oferecer
A partir de agora situações onde os alunos
já não está tão difícil exerçam a cooperação e
compreender a ligação a socialização. Afinal de
entre RPG e contas, em um jogo em
Educação; Entre 1968 grupo onde se exige
e 1973, Dave Wesley, interatividade entre os
Dave Arnerson e Gary membros, é necessário da
Gygax começaram a idealizar parte dos jogadores o
um jogo de interpretação de personagens um desenvolvimento das suas relações sociais
tanto quanto diferente dos jogos de estratégias militares com os demais membros do grupo, assim como a
da época. Todo esse processo originou o que capacidade de cooperação e diálogo (saber a hora de
conhecemos hoje como Dungeons & Dragons, o famoso falar e ouvir).
D&D, que só ficou conhecido em território nacional no Outra grande característica do RPG é exatamente a
início da década de 80. Em fim chegava o RPG no Brasil, vitória apenas por soluções coletivas, pois não há
com o lançamento do primeiro livro “GURPS Módulo competitividade direta (por isso também é um dos poucos
Básico”, em 1990 pela editora Devir; Depois disso a GSA jogos permitidos por astronautas em missões no espaço).
lançou Tagmar e O Desafio dos Bandeirantes (sistemas Criatividade e imaginação também são fortes marcas dos
inteiramente nacionais!). Foi por volta de 1994 que o RPG jogos de RPG. A utilização deste na Educação, estimula a
passou a se popularizar em São Paulo e Rio de Janeiro, capacidade criativa do jogador e ainda o leva ao hábito de
tanto que, se você perguntar para jogadores veteranos leitura (os jogos de RPG são em geral compostos por
em que ano tiveram seu primeiro contato com o RPG, livros recheados de longos textos). A parte interpretativa
provavelmente lhe responderão que foi no ano de 1995. do jogo leva ao desenvolvimento da expressão oral e
Assim nasceu o RPG no Brasil, e veremos como este jogo corpórea, o que é muito importante dentro do processo
ganhou espaço junto aos demais jogos cooperativos educativo, afinal, não vale de nada uma boa interpretação
utilizados na Educação. de texto se não houver uma capacidade de expressar
aquilo que foi compreendido. O RPG pode ser usado
Na década de 70, norte-americanos utilizavam o ainda na resolução de situações-problemas que é uma
RPG para avaliar a capacidade intelectual de estudantes constante dentro do jogo...
com QI acima da média. Profissionais da área de
Psicologia e Pedagogia trabalhavam juntos para RPG tem tudo em comum com a Educação, afinal
descobrirem as vantagens educacionais do RPG. Foi de contas, como já dizia as leis do “Entertainment-
assim que tudo começou! Hoje em dia se ouve falar em Education”: o ato de aprender não precisa ser
“Entertainment-Education” que se trata de um método de necessariamente sofrido. Podemos aprender se
ensino muito usado na Universidade do Novo México e divertindo, brincando e por que não jogando RPG?
que significa “educar entretendo”. No Brasil, também está
sendo implantado o RPG na Educação. Podemos citar os
trabalhos de Marcos Tanaka, professor de educação física
em São Paulo ( www.jogodeaprender.com.br ), Rosângela
Basilli B. Mendes Valente, professora do 5º ano (antiga 4ª
série), palestrante do Simpósio de RPG e Educação, e
Leonardo Zegur
Alessandro V.R. ( www.cfh.ufsc.br/alevr ), graduado em
(Essa matéria foi escrita com o auxilio de uma
professora, que preferiu se manter anônima)
Bionética Relatividade, nanotecnologia, robótica, genética e
Bionética. Tudo aquilo que esta além do mais até o quinto elemento. Tudo misturado, num
distante que já se foi capaz de alcançar. É definido cenário de aventura, adrenalina, conspirações entre
como um jogo futurista, mas está obstante disso, mega-empresas, ficção alucinógena, mas tudo
muito além do futuro. Isto é Bionética. O avanço inteiramente verossimilhante. Todo o cenário de
absurdo da tecnologia reduziu a evolução social, mas Bionética foi baseado em especulações sobre o
tornou o ser humano uma criatura perfeita. Agora futuro, como respaldo, temos pesquisas
são conhecidos como novos-humanos e imperam desenvolvidas por cientistas e pesquisadores sobre o
uma galáxia onde seres eletrônicos se fundem com futuro. Este cenário foge dos antigos cenários de
biológicos, onde a linha do tempo já não nos futuro onde se tornavam clichês os veículos, armas e
aprisiona mais e o espaço é flexível como uma cenários urbanos. Aqui é diferente, o desafio esta
folha de papel. em você conseguir imaginar algo tão
alucinante que transcende a mente
Porém o mais interessante é que humana. Bionética não é só um jogo,
enquanto se viaja nesse universo, você mas o resultado da evolução de
recebe milhões de informações que te um projeto acadêmico criado em
enriquecem os conceitos. Bionética 2001 que vem sendo desenvolvido
trata de conscientização da até os tempos de hoje. Por ter
desigualdade abordando temas do essa alternativa de se incutir
gênero. valores e questões sociais, é
possível se utilizar deste jogo
Outrora, nas colônias como uma ferramenta de
(estações-espaciais), habitavam ensino sendo utilizado em
os cidadãos que provinham de sessões piloto de tratamento
famílias ricas. Estas pessoas psicológico e em aulas com
temiam estarem – devido a professores, que seguem a
guerra – geneticamente linha do entertainment-
education.
incorretas, por isso, criaram
laboratórios de alta-
Esse jogo é
tecnologia onde geravam – em úteros
considerado extraordinário
artificiais – novas vidas humanas. A
por apresentar inúmeras
geração de cidadãos que provinham de
alternativas adicionais,
famílias ricas, morreram e quem passou a
diferenciando-se dos
habitar as colônias foram os novos-
demais RPGs, além de
humanos. Em fim, esse fator demonstra
uma dinâmica de jogo
a desigualdade social. Os que provieram
flexível: regras próprias
de famílias ricas hoje em dia são
para mestria e até novas
geneticamente perfeitos, porém os de
maneiras de se jogar não
baixa renda se transformaram em
baseada em dados. É um
mutações genéticas, anomalias da
jogo complexo
natureza. Essas raças se dividem em
recomendado para
dois mundos diferentes que se
maiores de 18 anos que
encontram na linha traçada entre a lei
sejam criativos e que
e a ordem. Não sabendo coexistir os seres orgânicos
tenham coragem de encarar uma verdadeira
deram lugar às máquinas, que subliminarmente
aventura, porque saiba que, ao conhecer o Bionética,
governam as galáxias. Assim, a sociedade falida se
daqui em diante ninguém nunca foi tão longe...
arrasta sob o peso do “O Governo” enquanto se
afunda numa infindável dívida externa com as
nações extraterrestres. Para tornar um cenário
www.orkut.com/Community.aspx?cmm=27811617
infernal como este num lugar suportável, os
governantes multiplicaram a geração de
www.orkut.com/Community.aspx?cmm=735825
entretenimento. Agora, tudo é game, lazer, diversão,
internet... Tudo é tão empolgante, tão estimulante,
Site: http://br.geocities.com/futuro_bionetica/
tangível, que se perde o senso da realidade. Em fim:
eis aqui o cenário de Bionética, agora, tudo o que
E-mail: bionetica@hotmail.com
tens a fazer é sobreviver! Mas não se preocupe, se
você não conseguir, não fique triste, basta uma
cápsula de “xantina” para começar um novo dia.
Conteúdo
Leandro Araujo
Divine Celibate, tem personagens que devem obedecer ao código
b _|äÜÉ wtá YtÇàtá|tá XÜ™à|vtá de castidade de Celibate, pode ser usado em qualquer cenário de
campanha, há também o Metaphysical Spellshaper,
Um livro pouco conhecido, mas talvez um dos livros
simplesmente a única classe que não possui nenhuma ligação
mais... É... Adulto, assim podemos dizer. Este livro também é
direta com o assunto base do livro.
para maiores de idade, mas não pelo conteúdo obscuro ou
fanático, mas sim pelo material erótico encontrado no livro. No capítulo 4 é apresentadas as magias mais exóticas de
Mesmo com esses “pequenos” detalhes, o livro é um dos poucos todo o universo D&D, algumas fazem o alvo ficar impotente,
(ou talvez o único) que não apresenta desenhos para ilustrar suas outras fazem o personagem se masturbar e receber dano!!! Entre
páginas, mas sim atores fantasiados, maquiados e com pequenos outras bizarrices. Tem algumas magias que podem ser
“efeitos especiais” transformam-se em: Fadas, Dríades, Ninfas, considerados normais, tem uma que apenas faz imagens e textos
entre outras criaturas desse gênero. ficar com vida, para que a história possa ser mais bem contada,
um ancião de uma aldeia poderia usar essa
No capítulo 1 chamado: Sex, Love &
magia para entreter as crianças de um vilarejo,
Roleplaying, apresenta inicialmente maneiras
ou alguém pode usar em gravuras eróticas... No
de colocar coisas como amor, desejo e sexo em
final desse capítulo são apresentadas novas
seus jogos. Existem até tipos de campanha para
formas de se usar magias velhas, imagine o que
se criar usando o livro como, por exemplo, a
se pode fazer com telecinésia, ou com animar
PG, que é uma campanha com temas adultos,
objetos...
com algumas cenas eróticas e de paixão
envolvendo NPCs e jogadores, e outras coisas Finalmente chega o capítulo mais
com esses temas mais adultos. Também tem a exótico do livro, o capitulo 5 é apresentados os
XXX, que é similar àqueles Hentais em que o itens! Observação: Caso os jogadores quiserem
objetivo do jogo é fazer sexo, não importa com fazer um “live-action” usando esse capítulo do
o que e onde. As próprias tendências também livro, você pode mandá-los para um sex shop!
influenciam o jeito como o personagem ama e Isso não é apenas uma brincadeira, o conteúdo
faz sexo, como por exemplo: Leal e Bom é um desse capítulo é totalmente assim. Nesse
cara que vê o amor como parte da vida e não capítulo pode ser encontrado itens mágicos
como objetivo, mas só pratica com as pessoas como, por exemplo, o Gnomish Kama Sutra
certas e na hora certa. Enquanto o Leal e Mal é (Original né?). Há também um artefato
um Masoquista e o Caótico e Mal é um ex- • Book of Erotic Fantasy • chamado: Book of Erotic Fantasy, ele é ótimo
trupador de plantão. Logo em seguida no Nota: 4/5 para personagens pervertidos, mas para
mesmo capítulo, o livro fala como as raças Valar Project personagens virgens, castrados ou que não
(exceto os humanos, por que será?), vêem o praticam sexo, sofrem dano só a tocá-lo.
Gwendolyn F.M. Kestrel
amor e o sexo, inclusive de como amar os tipos
de criaturas como: Dragões, Construtos e até Ducan Scott No penúltimo capítulo do livro, o
mesmo elementais! Já pensou uma NPC que é 192 págs., cor, capa dura. capítulo 6, é apresentado seis deuses
louca por uma estátua de pedra que protege um U$ 32,95 – Inglês relacionados ao tema básico do livro e também
local? Pois bem nem eu... alguns monstros. Nesse capitulo, logo nas
primeiras páginas, é apresentado à imagem mais bizarra de
No capítulo 2, chamado: Rules, Skills & Feats, Apresenta todas, mas para não estragar a sua surpresa (???), não vou falar o
regras variantes para serem encaixadas em jogos, usando este que é. Os Deuses do livro são até bem leves, comparados ao
livro. Inclusive a criação de uma sétima habilidade (Força, resto do livro, são apenas Deuses do “amor”, só que dividido em
Destreza, Constituição, Inteligência, Sabedoria e Carisma; são as seis. Os monstros são bem bizarros mesmos, logo de início é
apresentadas no Livro do Jogador 3.5) a Appearance (Aparência, apresentado um enxame de pequeninas fadas pervertidas, e
em português). Essa nova habilidade pode substituir o bônus de durante o capítulo é apresentado outras criaturas também
carisma em certas jogadas. Há também uma regra que mede o “estranhas”. Inclusive é apresentada uma versão mais poderosa
tempo em que o personagem consegue manter-se fazendo sexo. da Succubus do Livro dos Monstros 3.5.
O personagem rola um teste de constituição e vê quanto tempo
consegue manter (manter 30 minutos o CD é 12, e manter-se 3hs Finalmente chegamos ao final do Livro, o capítulo 7
a CD é 30!!!). Tem até novas perícias e novas utilidades para as chamado: Adventures & Organizations, ele apresenta uma tabela
antigas, algumas são: Craft (Sexual Itens), Knowledge (Arcana, similar a que tem no Livro do Mestre 3.5 para rolar idéias para
Sex magic), Perform (Sexual Techniques) e Profession aventuras aleatórias. Nesse capítulo também é mostrado algumas
(Prostitute); são apenas algumas delas. Nesse mesmo livro é organizações prontas para serem colocadas em “qualquer”
apresentadas algumas doenças sexualmente transmissíveis, cenário de campanha.
algumas são mágicas, outras baseadas nas que podem ser Este livro apresenta um clima pesado para as pessoas que
encontradas hoje em dia. Até mesmo a licantropia é uma doença, jogam D20, e também para as pessoas que não jogam, podem
podendo ser passada em relações sexuais. Depois são começar a achar o livro como um assunto geral para o RPG,
apresentadas tabelas e algumas informações interessantes, porque para acender uma fogueira, é necessária apenas uma
explicando coisas como: período de gestação das raças, chances faísca. Esse livro pode criar uma faísca, algumas pessoas que já
de engravidar, entre outras coisas do gênero. O interessante é não gostam do RPG podem querer usar esse livro para alimentar
que tem raças que possuem a habilidade de controlar as suas a idéia. O livro em si traz apenas algumas coisas interessantes
chances de engravidar do jeito que bem entender (Ninfas, para os jogos de D20 em geral, pois o livro em si não contém um
Celestiais e Demônios, etc...). Por último é apresentado os conteúdo utilizável em jogos normais, em que aventuras épicas
Talentos. Há um novo tipo de talentos: os Sexuais (adivinhe do são travadas. O material do livro é equilibrado e não desequilibra
que se trata?). TODOS os talentos são relacionados a coisas que os seus jogos (o que alguns livros costumam fazer), mas mesmo
incorporem temas sexuais. Existem alguns talentos que dão assim o material é bem difícil de se encaixar em suas histórias.
pontos de habilidade após algum tempo de ter feito sexo. Esse é um bom livro para alguém que saiba ler inglês (já que a
No capítulo 3 chamado: Base & Prestige Classes, é Devir nunca vai traduzir) e também que gostam de colocar
apresentado 3 classes básicas novas e 12 de prestígio. As classes romances e climas mais quentes em seus jogos.
básicas são Imagist, Kundala e Trantrist; a mais normal, em
minha opinião, são os Kundalas, uma espécie de Monge que é
treinado em um templo, que ao contrário dos normais, podem
fazer sexo e inclusive defendem o sexo (como se fossem um
paladino que defende o seu deus). As classes de prestígio contêm
as habilidades mais exóticas apresentadas em todos os livros do
D&D. Há algumas classes de prestígio que não possuem
necessariamente objetivos com o sexo ou com o amor. A classe Renan Sparrow
HEROI 20 FAROESTE, já para guerras teremos H20 - WAR. Além
dessas adaptações, publicaremos matérias intituladas
Bem vindo ao mundo dos Heróis! Herói 20 - Guia da Aventura, que como o nome sugere,
formarão um guia, de rápida e fácil compreensão para
Por que fazer um novo sistema de regras? todos os novos aventureiros e para os combatentes
experientes.
Na verdade não queremos lhe empurrar um novo
sistema, onde você seria obrigado a aprender tudo de Herói 20 ou H20 traz para vocês um sistema de
novo. Mas sim lhe dar novas opções para o seu jogo d20 regras completo que lhes permitirá criar seus
favorito, pois o que apresentamos aqui é totalmente personagens de forma rápida e eficiente, pois as
OGL. mudanças aqui apresentadas, na mecânica de regras,
visam tornar o sistema mais simples e fácil, mantendo o
Mas o que seria OGL? que ele tem de melhor.
Porque H20?
normais,
e os matam
quando ainda são
crianças. Quando
identificados, são presos,
mantidos em segredo e são
feitos testes.
Yuka
O mangá e o anime É a Prima de Kouta. Desde pequena gosta
do primo, e mantém esse sentimento mesmo
Quando Okamoto lançou o mangá depois de tanto tempo longe. Encontra Nyu com
capítulo por capítulo, na Young Jump, Kouta, e os dois decidem cuidar dela. Com o tempo,
fechou no décimo segundo volume. Com o ela desenvolve um ciúme doente por Kouta. Adota
sucesso, o mangá ganhou uma versão de junto com o primo a jovem Mayu.
anime, de 13 episódios. Seguiu com o mangá até
certo ponto, terminando sem chegar ao fim da
história, então foi lançado um OVA especial (como Mayu
uma garota chega a conhecer esses sentimentos) que Jovem com quase 14 anos, que sofreu abuso sexual
é conhecido como episódio perdido. O começo se encaixa do padrasto na infância, e mora na rua agora. Mesmo
com o minuto 15 do episodio 9 e o final com parte do tendo dificuldade em confiar nas pessoas é boa com
flashback do episódio 10. todos e nunca tenta fazer algo por si mesma. Tinha
como único amigo, o cão Wanta, até ser adotada por
Personagens Kouta e Yuka.
Kouta Kurama
É o personagem principal. Um rapaz que tem um É o chefe do centro de pesquisas de Diclonius
bom coração e aberto a todos. Volta para a cidade onde numa instalação militar em uma ilha. Sofreu muito no
morou na infância, por causa da universidade e encontra começo com as crianças, mas rapidamente parou de se
sua prima e amiga de infância, Yuka. Acaba indo morar importar com elas quando viu que eram assassinas,
em um restaurante já fechado. Na praia, encontra Nyu, inimigas dos humanos. Mudou de idéia quando sua filha
e a põe morando junto dele, prometendo protegê-la, já nasceu com chifres.
que ela é procurada por muita gente. Sofreu um grande
Nana
É uma jovem Silpelit de nome “Sete” (Nana). Vectors
Diferente de outros do mesmo tipo, não tem
sentimentos assassinos ou de ódio. Ela mostra grande Vectors são braços invisíveis de fótons, presente
paixão e bondade, não conseguindo seu poder máximo, em Diclonius femininos, puros ou um Silpelit. Podem ser
se tornando a menos problemática. Agüenta qualquer usados a qualquer hora, como membros normais e saem
problema se for pelo bem de seu querido pai, Kurama. das costas. Agem de acordo com a vontade e
necessidade do Diclonius. Eles tem um alcance de 2
Bando metros (os da Lucy) a mais de 11 (os de Mariko).
Agente especial da Agência de Policia Nacional. O
que mais lhe dá prazer é matar pessoas, ver sangue, e só # Título Original Tradução
cumpre as missões de assassinato. Muito individualista, 01 Begegnung Encontro Inesperado
odeia ter que trabalhar com parceiros. O que mais quer
02 Vernichtung Eliminação
é matar Lucy.
03 Im Innersten Dentro do Coração
Mariko 04 Aufeinandertreffen Colisão
Ela possui mais que o dobro de vestores (tipo de 05 Empfang Recepção
braços invisíveis) de Lucy, com alcance de 11metros. 06 Herzenswaerme Sentimentos
Tem 5 anos de idade e viveu sempre confinada desde 07 Zufaellige Begegnung Confronto
que nasceu, desejando conhecer seus pais (o que
08 Beginn Início
acontece no episódio 13). Como é a Diclonius Supremo,
09 Schoeneerinnerung Boas Memórias
foram implantados explosivos dentro de seu corpo, caso
desobedeça às ordens. 10 Saeugling Infância
11 Vermischung Complicações
A História 12 Taumeln Confusão
13 Erleuchtung Sem regresso
Começa com Lucy fugindo do centro de pesquisas,
numa ilha. Escapa, matando todos em seu caminho,
usando os vestores. Um franco atirador tenta matá-la,
mas acerta um capacete que ela usa, derrubando-a no
mar.
Kouta chega numa praia com Yuka. O objetivo dele
é estudar na universidade, tomando conta de uma antiga
pensão, já fechada. Na praia, encontram uma garota nua
e desacordada, que só fala nyuu. Ela é Lucy, que perdeu
a memória. A apelidam de Nyuu e a levam pra morar
na casa de Kouta.
Os cientistas do Laboratório enviam
assassinos atrás de Lucy, e outras Diclonius.
Influências
Diclonius
O sol estava relativamente alto quando Zókia e Thandariel tomam a rua. Pessoas de todos os gostos caminhavam pela
extensa avenida central que estava completamente tomada por barracas, tendas e pequenas vendas vindas de toda parte para
venderem seus produtos e especiarias no Reino da Fênix por um bom preço.
- Nossa! Nunca vi tanta gente junta assim! – exclamou Thandariel.
- Relaxe elfo, no campo de batalha há tanta gente que você até parece uma formiga. – diz Zókia abrindo um largo sorriso.
- Ao menos prefiro me sentir uma formiga aqui, quando estes não querem minha cabeça! – responde ironicamente
Thandariel.
- Não sei que emoção vocês vêem em cidades como essa, só vim parar aqui porque sem a ajuda deste reino aqueles nortistas
porcos iriam nos trucidar, e eu não gosto de perder. – diz Zókia.
- Já que você acha tão chata a rua podíamos entrar naquela taverna, parece ser divertido. –sugere Thandariel apontando para
uma construção rústica com dois andares e logo acima de sua porta entreaberta uma placa grande de madeira com os dizeres
“Taverna da Fênix”.
- Até que enfim uma idéia decente, elfo! Vamos ver quanto vinho você agüenta meu amigo! – desafia Zókia enquanto tromba
com os pedestres próximos para chegar com mais agilidade a porta da estalagem, logo a sua retaguarda Thandariel se
aproveitava do espaço que o grande bárbaro abria apesar de ficar escutando os reclames dos que eram empurrados por Zókia.
Metros dali, finalmente alcançam a porta da almejada estalagem. Assim que adentram são recebidos por um golpe de fumaça
muito cheirosa, salientando assim o apetite de nossos heróis.
- Nossa, que cheiro bom! Isso me parece porco assado! – diz empolgado Thandariel.
- Nem que seja fígado de troll, eu vou comer isso, me lembrei que tenho fome. – responde Zókia enquanto caminha
espevitado ao encalço de tal iguaria.
Nesse momento o afobamento do jovem bárbaro o faz se chocar contra uma garçonete que derruba uma caneca cheia de
cerveja em cima de um homem.
A taverna consideravelmente cheia para essa hora da manhã se silencia ao tempo que simultaneamente o negro de dois
metros de altura com músculos bem definidos se levantava com cara de poucos amigos.
Em meio a confusão, Zókia chega até o balcão tendo a sua frente um cozinheiro com expressão assustada.
- Zókia, eu acho que temos problemas... – avisa Thandariel se aproximando de costas para o balcão.
-O que foi? Será que não posso nem comer em paz?! – responde Zókia se virando para o poderoso homem.
Este se aproxima trajando uma camisa bem apertada que lhe marcava o físico e com calça de pano um tanto suja.Olhando
para a camisa molhada ele se aproxima lentamente dizendo:
- Só porque tem um machado nas costas acha que pode sair arrumando confusão por aí, bárbaro?
- Ele não o fez por querer senhor, me desculpe a precipitação de meu amigo. – tenta contornar Thandariel.
-Melhor sair da minha frente magrelo, melhor não se envolver nisso, eu saí das masmorras da torre ontem, venho aqui
comemorar minha liberdade e sou recebido assim? Estranhos, vocês me fizeram sentir saudade da cela. Homens peguem-nos!
– grita o poderoso negro.
Logo após a ordem, os quatro homens que estavam sentados junto com o recém liberto meliante saltam das mesas e correm
em direção aos dois desafortunados e esfomeados visitantes.
Thandariel coloca as duas mãos em sua bainha com a intenção de puxar sua bastarda, mas em um feliz pensamento rápido
acaba concluindo que não seria de bom grado pedir ajuda a um reino e no outro dia fazer jorrar sangue na taverna, decide se
valer de sua rapidez.
Ao lado do meio-elfo Zókia continua calmamente sentado em um dos bancos no balcão desta vez surpreendentemente se
virando para o cozinheiro. Este que já corria para a cozinha ouve em suas costas a voz do bárbaro.
- Prepare meu porco assado enquanto eu resolvo esse probleminha aqui. – pegando logo em seguida com incrível rapidez a
cadeira onde estava sentado e a arremessando em direção aos oponentes.
O público que ali estava assistindo aquela confusão se mantinha em distância segura, porém ainda curiosos com o resultado
do impasse.
A cadeira atinge um dos salteadores enquanto os outros três e o grande negro se aproximavam perigosamente dos dois
desafiantes. Dois deles foram em direção ao meio-elfo e outros dois - incluindo o líder do bando - corriam ao encalço de
Zókia.
Um dos capangas tenta atingir Thandariel com um soco, mas este se esquiva com extrema facilidade, o outro se aproveita do
jogo de corpo do companheiro e tenta uma rasteira no rápido inimigo que novamente se desvencilha saltando pra cima do
balcão.
Se aproveitando de sua posição, Thandariel chuta com força o rosto de um dos dois algozes, o derrubando inconsciente no
chão, logo após ele salta com maestria dando uma cambalhota por cima do oponente e caindo logo às suas costas, o acertando
com um novo chute que o joga em direção ao balcão, onde bate com a barriga.
José Renato N. Lima
CAPÍTULO III
PONDO AS LIÇÕES EM PRÁTICA
Correndo o máximo que suas pernas e seus pés agüentavam, pois já estava exausto por ter treinado a tarde toda, Yv
seguiu em direção a ponte. Dentro das muralhas estava Amenot, trajando sua bela e imponente armadura de bronze com o
brasão da cavalaria de Éria estampado no peito. Aldor, com sua túnica vermelha de bordas douradas, confeccionada
especialmente para as festividades e também alguns dos soldados, vigias das muralhas e milhares de pessoas que
permaneciam no pátio central. Repentinamente todos se assustaram ao verem uma imensa esfera em chamas atravessando o
céu negro, iluminando todo o local e indo para o sul da cidade.
– O que foi aquilo? - Indagou Amenot arregalando os olhos enquanto a bola de fogo triscava uma das quatro torres que
ficavam à frente-esquerda do castelo.
Quando finalmente Yv alcançou a ponte de pedra suspensa sobre as águas turvas do Grande Lago, onde alguns
cidadãos caminhavam tranqüilamente, de imediato ele parou ao perceber um brilho forte e avermelhado que vinha dos céus.
Olhando para o alto, Yv então enxergou a esfera incandescente e sem pensar duas vezes correu até a lateral da ponte e
subindo no beiral de tijolos, saltou nas águas geladas do lago, que dançavam ao vento. A pedra envolta por peles de animais
amarradas com cordas e em chamas, atingiu a ponte sul em cheio, fazendo um estrondo retumbante e desabando-a no lago.
Outras pedras flamejantes foram atiradas pelos ogros que utilizavam catapultas. Elas que não haviam sido roubadas da
caravana da Crácia, mas sim, pegas das antigas ruínas das cidades de Lix e Lizar, na Morgóvia. Estas que estiveram
abandonadas durante mais de vinte anos no lado leste dos Bosques do Nevoeiro, e que tinham sido consertadas para aquela
ocasião.
As esferas que cortavam o céu daquela noite fresca, atingiram três das sete torres que existiam no alto do castelo. Duas
delas que ficavam do lado direito caíram sobre as casas construídas ao redor e ao fundo dele, destruindo-as e deixando as
moradias mais próximas incendiadas. A outra torre derrubada, que ficava à frente-esquerda, foi atingida quando outra esfera,
passando por cima da torre que existia atrás dela acertou-a em cheio. Do topo do castelo a torre desabou caindo sobre o pátio
central, onde a multidão de pessoas se dissolvia, ainda uns para cá e outros para lá, e assim esmagou o belo chafariz. A bola
de fogo que havia atingindo a torre acabou por espirrar para a esquerda e bateu em uma outra torre menor e quadrada, que
existia no alto da muralha. Esta, mais frágil, também veio por desabar caindo no leste do Grande Lago e arrancando uma boa
porção da lateral da ponte que se localizava daquele lado, mas que por sorte, não chegou a derrubá-la.
Enquanto isso, Yv, que havia nadado até a margem sul do lago, saiu da água todo encharcado e com a roupa gelada
grudando em seu corpo.
– Odeio quando isso acontece! – resmungou ele chacoalhando as mangas da camisa, estando de costas para as muralhas
reais.
De repente, Yv se lembrou de algo e apavorado levou a mão até o bolso da camisa.
– Ufa! Que sorte! Você ainda está aí! – disse ele aliviado, quando percebera que seu dente ainda estava no bolso.
Eis que Yv, sentindo um bafo quente em seu pescoço virou-se rapidamente, dando de cara com uma outra esfera de
fogo que vinha exatamente em sua reta. O jovem conseguiu dar apenas três longos passos, até que tropeçando em um tijolo
que havia sido lançado da ponte quando ela fora destruída, acabou por cair no chão e sair rolando pela grama fina às margens
do lago. Sensacional! A esfera passou bem ao lado dele e cravou brutalmente no chão, fazendo um “Boom!” estrondoso e por
muito pouco não o esmagou. Yv sentado no chão e com as palmas das mãos na grama, chegou a sentir quando a rocha envolta
pelas chamas chocou-se contra o solo, fazendo com que tudo próximo dali vibrar-se, levantando terra e uma nuvem de
fumaça.
– Vou sair daqui antes que eu seja esmagado por outra destas bolas de fogo... – dizia ele quando novamente teve de sair
correndo e passar por baixo de outra esfera incandescente, a qual certamente teria rachado ele ao meio.
Na seqüência, Yv seguiu rumo à ponte do lado leste, já que a ponte sul havia desabado por inteira no Grande Lago.
Nas propriedades do castelo, Amenot e seu irmão subiram às pressas por uma escadaria suspensa sobre as casas que
ficavam ao fundo dele e que levava até a muralha do lado norte. Ao chegarem lá, eles olharam para fora dos limites da
muralha e avistaram uma imensa multidão de diabretes. Pequenos demônios de pele acinzentada, orelhas pontudas, olhos
amarelados, brilhantes e grandes. Possuíam braços longos e pernas curtas, pés com unhas compridas e focinhos achatados,
trajavam trapos velhos e imundos. Alguns deles seguravam pequenos arcos com aljavas nas costas e outros, espadas curtas e
escudos redondos feitos de madeira. Os mais antigos diziam que eles eram a classe inferior dos demônios, os mais
insignificantes, que sozinhos não traziam perigo algum, mas que em bando podiam causar grandes estragos. Ao fundo deles
vinha uma verdadeira manada de ogros. Eles não eram nem homens e nem gigantes. Contudo, eram feios e cruéis, de cabeça
pequena e quase sem pescoço, seus narizes eram grandes e tortos, barbas falhadas, braços, mãos e pés enormes. Mediam mais
que um homem e meio de altura e vestiam roupas rasgadas e encardidas. Alguns deles estavam segurando machados e
maças, certamente roubadas da caravana dos cratos pelos diabretes, enquanto muitos outros vinham mais atrás, empurrando
as catapultas. Estas que possuíam rodas de madeira em suas bases. E também rolando pedras ou segurando tochas para
poderem incendiá-las. Todos estavam na mais completa desordem, dando a entender que não tinham ninguém no comando e
nem muito menos uma estratégia de batalha.
– NÃO PODE SER. OGROS E DIABRETES UNIDOS. ISSO É IMPOSSÍVEL – bradou Aldor levando as mãos à cabeça.
– Não me lembro dos patrulheiros terem mencionado sobre catapultas – comentava o rei, quando os diabretes atiraram
uma saraivada de flechas e uma delas passou entre seu rosto e o nariz de seu irmão. Imediatamente Aldor levou um susto e
deu um pulo para trás.
– E realmente elas não foram roubadas. Foram consertadas – respondeu Amenot se abaixando de outra flecha que
passou por cima dele e caiu lá embaixo, em meio às casas em chamas ao fundo do castelo.
– Como assim? Não estou entendendo o que você está querendo me dizer. – questionou o rei intrigado, abaixado atrás
do beiral da muralha.
– Essas catapultas estavam abandonadas no leste dos bosques desde a guerra onde participamos para ajudar o príncipe
Willian a defender os castelos da Morgóvia dos ogros. Parece que elas foram consertadas – explicou Amenot também se
abaixando e sentando ao lado de seu irmão.
– Mas Amenot, tanto você quanto eu sabem que os ogros não possuem inteligência suficiente para consertá-las. E não
creio que os diabretes tenham feito isso – observou o rei, enquanto dezenas e mais dezenas de flechas lançadas pelos
diabretes, zuniam por cima deles e atingiam os guardas, que despencavam do alto da muralha caindo sobre o telhado das
casas e também nas águas do Grande Lago.
– Eu sei disso. Agora corra para o castelo meu irmão, e não saia de lá até eu ir te buscar – disse Amenot, puxando Aldor
pelo braço e se levantando às pressas, logo em seguida, descendo até a metade da escadaria por onde haviam subido e depois
voltando para a muralha, onde seguindo para direita, começou a descer por uma outra escadaria que levava até o portão e a
ponte do lado norte.
– Aonde devem estar aqueles dois garotos? – se perguntava o general eriniano, enquanto descia rapidamente os
degraus e pedia para os guardas subirem com arcos e flechas para defenderem as muralhas.
Ao mesmo tempo em que a cidade real de Éria era atacada, Ângelus chegara à casa de Liene, que ficava do lado direito
da estrada, de onde as luzes das casas do vilarejo eram mais visíveis, pois estavam em um lugar um pouco mais alto. Ele
estava tenso, pois decidira que havia chegado à hora de se declarar para a camponesa. Porém, quando se preparava para dizer
o que sentia pela moça, os dois ouviram a voz irritante da mãe de Liene e também algumas outras senhoras, que a
acompanhavam vindo pela estrada.
– Meu SENHOR... Não, justo agora – pensou ele, logo tendo que se despedir da jovem e ir embora o mais rápido que
conseguia para não ser visto pela fera. Perdão... Pela fera não, pela mãe de Liene.
Enfim, depois de algum tempo caminhado pelo restante da estrada e passando por uma pequena inclinação, alguma
coisa o fez parar e olhar para trás. Foi então que Ângelus viu um clarão muito forte que brilhava no horizonte negro a
noroeste de onde estava e que parecia vir da direção do castelo.
– Que luz estranha é aquela? Parece que tem fumaça também? – questionou-se ele percebendo que aquelas luzes não
eram nada comuns e que algo de muito sinistro devia estar ocorrendo na cidade real.
O jovem seguiu para sua casa que já estava bem próxima dali e pegando sua espada ao lado da cabeceira da cama,
voltou correndo para a cidade. A priori, Ângelus trombou com as pernas nas cadeiras e na mesa, as quais se encontravam ao
centro do cômodo e rolando pelo chão deixou sua arma cair.
– Onde você está? Vamos... Onde você está? – resmungava ele andando de quatro e tateando o chão da casa em meio ao
breu; até que colocando a mão sobre o cabo da espada e levantando-se rapidamente, passou esbarrando pela soleira da porta e
em disparada correu rumo ao castelo, enquanto as luzes continuavam a iluminar os céus em meio à escuridão.
Na cidade real estava Yv, que atravessou a ponte do lado leste correndo e saltando os tijolos e pedregulhos que jaziam
sobre ela, onde uma boa parte de sua borda direita fora arrancada quando a pequena torre que existia no alto da muralha,
caiu sobre o lago e a atingiu de raspão. Ligeiro, Yv dirigiu-se para o pátio real, o qual estava complemente destruído e com
suas bandeirolas e casas em chamas.
– Onde será que meu pai deve estar? – perguntou-se ele olhando para ambos os lados e depois seguindo por um dos
becos que ficavam do lado esquerdo do castelo e que levava para as muralhas ao fundo, próximas ao norte do lago; ao mesmo
tempo em que centenas de pessoas vinham em sentido contrário, trombando nele e fugindo das flechas que caíam dos céus,
atingindo as paredes do castelo, os telhados das casas, o chão do beco e infelizmente algumas pessoas inocentes.
Ao chegar à escadaria por onde seu pai havia descido há alguns minutos atrás, Yv subiu até o topo da muralha, onde ao
passar pelo último degrau daquela escada de pedra, deu de cara com um gancho de tamanho pequeno, lançado por um dos
ogros que estava do lado de fora da cidade, para que os diabretes pudessem escalar as muralhas sem precisar atravessar a
nado o lago ou passar pela ponte. O gancho veio em um vôo rasante na direção de Yv e se não fosse ele ter saltado e se
agarrado à lateral da outra escadaria que levava para o castelo e que ficava bem ali, ao lado daquela escada por onde ele havia
acabado subir; certamente o objeto de ferro teria se enganchado em sua barriga.
Suspenso com as pernas balançando no ar, Yv olhou para baixo e viu muitas pessoas correndo, estas que pareciam
pequenos pontos escuros lá embaixo, pois aquela escada ficava na altura do quinto andar do castelo. Do alto ele também viu
as casas pegando fogo e como não queria virar churrasquinho, fez um tremendo esforço para subir pela lateral da escada de
pedra, depois seguindo para a muralha e as catapultas armadas em seu topo, que iam disparando pedras enormes e
esmagando os inimigos que se encontravam às margens do Grande Lago.
Lá ele percebeu que havia vários ganchos de ferro presos e alguns guardas, que tentavam desenganchá-los da borda da
muralha batendo com marretas ou cortando as cordas amarradas nos ganchos com suas espadas. Olhando para as margens ao
norte do lago, Yv viu um verdadeiro formigueiro de diabretes e ogros. Eram milhares deles que se aglomeravam e outros
milhares que saíam do limiar dos bosques do nevoeiro entre as árvores e desciam pelos barrancos, atravessando o riacho
próximo à casa do velho Herman. Os ogros vinham logo atrás empurrando as catapultas, rolando pedras e carregando tochas
acesas. Além deles também havia diabretes que iam subindo pelas cordas na tentativa de escalarem os muros e invadirem as
ruas que faziam fundo com castelo.
– Se pelos menos eu estivesse com minha espada – dizia Yv em pensamentos, quando um dos soldados derrubado por
um diabrete que conseguiu alcançar o topo da muralha e o feriu com um golpe de espada curta, caiu ao seu lado, deixando
sua arma, uma espada longa, escapar de suas mãos e deslizar no chão, indo parar aos pés do jovem.
– Obrigado! – agradeceu ele pegando a arma e indo até o diabrete que havia ferido o soldado, logo depois acertando um
chute no peito do diabrete e o derrubando lá do alto.
Logo em seguida, fazendo da mesma maneira que os outros soldados faziam, Yv foi até os ganchos e começou a cortar
as cordas, assim derrubando os diabretes, que iam caindo nas águas turvas do lago.
Amenot, que estava no subterrâneo do castelo, ordenou para que os guardas erinianos soltassem os imensos crocodilos
trazidos dos pântanos e charcos da antiga Belgar. Estes que eles criavam justamente para que em ocasiões como aquela,
pudessem defender as águas do lago de invasores que ousassem nadar por elas. Com isso, os répteis enormes mergulharam
nas águas nebulosas e frias, e em questão de instantes começaram a abocanhar os diabretes e ogros que tentavam atravessá-lo
a nado, para depois escalarem os paredões da muralha ou os flancos para alcançarem os portões do lado norte e leste.
No alto da muralha, Yv comemorava ao ver os diabretes sendo esmagados pelas pedras lançadas pelas catapultas e
atacados pelos crocodilos, que eram tão grandes e gordos como um búfalo nórdico, e possuíam caudas longas e grossas, além
é claro, de bocas enormes com dentes serrilhados. Eis então que um outro gancho arremessado com uma força incrível e que
era quase do tamanho de um porco, passou por sobre a cabeça de Yv, que se assustando, derrubou sua espada longa,
perdendo-a quando ela caiu do alto da muralha. O gancho se enroscou em uma das janelas do sexto andar do castelo, onde
Aldor e os nobres do reino corriam por um dos corredores próximo dali, fazendo um enorme estampido e assustando a todos,
os quais já estavam bastante amedrontados.
O sobrinho do rei, acompanhando a corda tesa com os olhos, correu até a borda da muralha onde olhando para baixo,
viu quando um enorme ogro com o cabo de sua maça estrela preso à boca, escalava o paredão segurando-se naquela corda.
Sem a espada para romper a corda, o jovem desesperadamente começou chutar e a puxar com as mãos, tentando balançá-la.
No entanto foi inútil. Ao mesmo tempo em que ele pelejava no alto da muralha, o ogro continuava escalando o paredão.
Alguns diabretes então pularam para dentro das muralhas e foram até Yv. Vendo os inimigos se aproximando, o jovem
pegou uma pedra no chão e esquivando-se da primeira criatura, que tentou perfurá-lo com sua espada curta, espatifou o
pedregulho na testa de um outro diabrete, que zonzo deixou sua arma cair e despencou do alto da muralha caindo no chão
duro do beco. Yv rapidamente esticou o braço e empunhou a espada curta que a outra criatura havia derrubado.
– UGH! SAI BICHO FEIO – bradava ele lutando contra outros dois diabretes ao mesmo tempo.
Yv se esquivou de um dos pequenos demônios e cravando a espada na barriga do outro, o derrotou. Quando o último
dos diabinhos cinzentos, que havia passado reto virou-se para ele, viu Yv correndo em sua direção. O sobrinho do rei então
saltou com os dois pés no ar e atingiu o diabrete no peito, fazendo com que ele também tombasse lá do alto, caindo em cima
do outro diabrete que já estava lá embaixo, estirado na rua.
Deitado no chão, Yv todo sorridente disse: – Essa eu queria que o Ângelus estivesse aqui para ver!
Todavia, quando ele se levantou e colocou a mão no bolso, logo percebeu que havia deixado o seu dente cair.
– ESSA NÃO! MEU DENTE! E AGORA?! E AGORA?! – questionou-se ele apavorado, olhando para baixo, procurando
pelo dente em meio aos tijolos e a sujeira que cobria o chão.
– Aqui está você! – disse Yv mais aliviado ao achar o dente, sem perceber que um ogro surgira atrás dele.
Eis que no exato momento em que o jovem agachou para pegar o seu precioso dente, o ogro saltou sobre ele e passando
reto, trombou em dois outros diabretes que estavam próximos, ambos caindo sobre as casas em chamas. A única coisa que Yv
fez, foi sentir o vento passando por cima de sua cabeça e balançando seus cabelos. Ele se levantou e foi andando de fasto, se
aproximando da borda da muralha, quando de repente foi pego por um outro ogro que estava logo atrás dele, ainda
pendurado na corda, e que esticando o braço e segurando a camisa do jovem, o jogou para o alto.
Gritando Yv foi subindo e rodopiando no ar, de onde era possível ver toda a parte norte da ilha, as casas incendiadas e
o telhado do castelo, donde saía uma nuvem de fumaça. Esta que ele passou dentre ela e inalando a fumaça começou a tossir.
De modo repentino, ele parou de subir e começou a descer velozmente aos berros. Yv passou há poucos palmos de distância
da lateral dos paredões da muralha, enquanto via os crocodilos, que faziam imenso alvoroço nas águas do lago ficando cada
vez mais perto.
Por sorte, em um lampejo, Yv segurou-se em uma corda que estava pendurada a muralha no exato momento em que se
aproximava da água. Um dos crocodilos que se encontrava a alguns pés abaixo dele deu um salto tentando mordê-lo, mas Yv
começou a subir rapidamente pela corda, até que parou ao bater em um grande pé. Ele era feio, gorduroso e fedorento. Com
unhas compridas, o qual pertencia a um diabrete que estava há alguns palmos acima dele, também pendurado naquela
mesma corda. A princípio Yv levou um susto, que acabou passando quando o diabinho impertinente e malvado, dando
gargalhadas medonhas, começou a pisotear sua cabeça forçando-o para baixo, ao mesmo tempo em que o jovem resmungava:
– Pare de me chutar criatura asquerosa!
Ao olhar para a sua esquerda, Yv viu um ogro que estava pendurado em uma outra corda bem ali, há poucos metros do
seu lado, enquanto sua corda balançava. O ogro vendo o jovem próximo dele, então deu um sorriso cínico e fazendo uma cara
maliciosa começou a bater com seu enorme porrete de madeira com pregos tortos na ponta, tentando acertá-lo.
Por duas ou três vezes o porrete passou muito perto de Yv e acabou por atingir a parede da muralha em ambas às
vezes. Logo em seguida, sem querer o ogro errou e acertou o diabrete que estava acima de Yv, que esmagado com a pancada,
caiu morto e afundou nas águas agitadas do lago. Vendo que a corda onde Yv estava parou de balançar, o ogro então
começou a se mexer para lá e para cá, assim se aproximando cada vez mais do pobre rapaz, que não podia fazer nada além de
tentar subir por sua corda o mais rápido que conseguia. Corda esta que havia ficado toda engordurada e escorregadia, devido
às mãos suadas e nojentas do diabrete.
Yv foi subindo, subindo e quando olhou para o lado, viu o ogro vindo em sua direção com o porrete erguido acima da
cabeça. No entanto, antes de conseguir esmagar o jovem indefeso, a corda do ogro arrebentou e o monstrengo passando bem
próximo dele, caiu no lago.
– Ufa... Essa foi por pouco – suspirava Yv aliviado, quando sentiu que sua corda estava sendo puxada.
Ao olhar para cima ele viu seu pai e seu amigo Ângelus puxando a corda. Eles, que haviam ouvido os berros
desesperados do jovem, enquanto o ogro balançava na tentativa de pegá-lo.
– ESTÁ BOM AÍ EMBAIXO? – perguntou Amenot sorrindo enquanto fazia força para trazê-lo para o alto da muralha.
– NÃO. EU PREFERIA ESTAR AÍ COM VOCÊS – respondeu Yv ao mesmo instante em que era puxado paredão acima
e a batalha dos ogros e diabretes, contra os crocodilos; fervia nas águas e nas margens do Grande Lago.
Neste exato momento surgiu um diabrete vindo pelas costas de Amenot e Ângelus, que largando a corda,
desembainhou sua espada que jazia pendurada em sua cintura e pegando um pequeno escudo no chão, foi para cima do
diabinho cinzento. A corda deu um tranco, pois ficara mais pesada para Amenot quando Ângelus a soltou, assustando Yv que
se segurou firme para não cair. Todavia, Amenot conseguindo segurar a corda com firmeza ao apoiar um de seus pés no
beiral da muralha e envergando o corpo para trás, controlou a situação. Após derrotar o pequeno demônio, Ângelus voltou
até Amenot e o ajudou a terminar de puxar Yv, que chegando ao topo da muralha comentou: – Eu pensei que nunca mais
fosse sair daquele lugar. Não quero escalar nada por um bom tempo.
– Nem uma árvore? – indagou Ângelus sorrindo.
– Não, nem mesmo uma escada de três degraus... – ia dizendo Yv, quando um ogro surgira ao lado de Ângelus, que
ainda segurava o escudo e o atingindo com violência com seu tacape, lançando-o contra uma das catapultas e vários soldados,
que saíram rolando pelo chão e caindo no lago. O ogro mais uma vez foi cima de Ângelus e novamente o arremessou. Por
sorte, o jovem caiu sobre um dos telhados que não estavam em chamas e ao ver uma mulher e uma criança fugindo de um
diabrete que as perseguiam pelo beco, pulou sobre a criatura cravando sua espada nas costas do inimigo.
No alto da muralha, o ogro correu todo desengonçado até Yv e seu pai, com o tacape erguido acima da cabeça. Mas,
acabou tropeçando em um soldado que jazia morto pelo caminho e saiu cambaleando. Amenot, que estava ao lado de Yv, o
empurrou e assim, o ogro trançando as pernas bateu contra uma das catapultas espedaçando-a e a derrubando. O imenso
pedregulho caiu raspando no paredão e logo, esmagou vários diabretes, ogros e crocodilos que se encontravam no lago.
– Obrigado, pai. – disse Yv, enquanto o general o ajudava a levantar.
– Deixe para me agradecer depois que tudo isso acabar meu filho – respondeu Amenot, seguindo rumo a uma outra
catapulta, onde dois ogros tentavam a derrubar.
Corajosamente o general eriniano se aproximou de um deles e o atingiu com uma espadada nas costas. Quando o outro
monstrengo viu aquilo, logo partiu ao ataque, mas o destemido Amenot esquivou-se e cravou sua arma no peito do ogro,
assim o derrotando.
– Um dia eu serei igual o meu pai – murmurou Yv, impressionado com a habilidade e a valentia dele.
Na seqüência, sucedeu que Amenot seguiu pela escadaria que levava até o beco, onde Ângelus, com a espada que havia
ganhado do próprio general, duelava e esquivava de um outro ogro, que tinha conseguido adentrar na cidade.
Descendo os degraus, Yv pegou um grande machado no chão da escadaria e perguntou: – Pai, onde está o tio Aldor? E
a cavalaria real?
– Seu tio está no castelo, e eu pedi para George ir chamar a cavalaria. Agora pare de me fazer perguntas, Yv. Essa não é
uma hora muito apropriada para ficarmos papeando – respondeu Amenot saltando nas costas do ogro que lutava contra
Ângelus, antes mesmo de terminar de descer a escada.
Yv, que vinha logo atrás, acertou a panturrilha daquele monstro repugnante com uma machadada, fazendo-o cair de
joelhos ao chão. Depois foi a vez de Ângelus, que o atingiu com uma espadada no peito, assim tombando aquele grandalhão.
– Você está bem? – perguntou Amenot colocando a mão no ombro de Ângelus, que estava ofegante depois do duelo.
– Sim – respondeu ele, segundos depois, ouvindo os gritos de Yv, que havia largado o machado pesado e abaixando-se
para pegar uma espada longa, acabou por encostar as mangas de sua camisa que já havia secado no fogo, que queimava uma
carroça destruída ao seu lado. As chamas saltaram sobre as mangas da camisa de Yv e ela então incendiou.
– AI! AI! AJUDEM AQUI. APAGA! APAGA! – gritava ele balançando os braços e batendo com a palma da mão na
roupa, tentando apagar o fogo.
Amenot e Ângelus correram até ele e rapidamente rasgaram as mangas da camisa de Yv com apenas um puxão.
– Obrigado! – agradecia Yv mais uma vez quando viram um bando de diabretes e ogros, os quais passando aos
trambolhões pelo portão norte, vinham na direção deles.
– Não se deixem amedrontar e nem temam seus inimigos garotos. Pois os anjos do Grande SENHOR estão conosco –
disse Amenot segurando sua espada com firmeza.
Alguns passos atrás de Amenot estavam os dois jovens, que olharam um para o outro e sinalizaram positivamente com
a cabeça.
– Está na hora de praticar – comentou Ângelus.
– Correto – concordou Yv.
Logo os dois saíram correndo furiosamente aos gritos indo ao ataque e deixando Amenot para trás. Vorazmente eles
entraram em meio aos diabretes e começaram a atacá-los com os golpes que Amenot havia os ensinado e ordenado que
praticassem naquela tarde, assim abatendo rapidamente vários adversários com apenas um golpe certeiro. Ao ver aquilo
Amenot correu para ajudá-los e entrando no combate, também derrubou muitos inimigos, pois era muito hábil na arte de
manusear espadas.
– CUIDADO COM O OGRO, YV – alertou seu pai, ao ver que um deles se aproximava pelas costas de seu filho.
– ONDE? – perguntou o rapaz, olhando para os dois lados e não enxergando o ogro.
– ATRÁS DE VOCÊ – disse o general.
Porém, antes mesmo que Yv conseguisse virar, Ângelus chegou pulando no pescoço do ogro e cravando sua espada no
grandalhão, o derrubou. Yv ao virar-se viu o vulto de Ângelus atrás dele e se assustou. Pof! Atingiu o amigo com um soco
certeiro na boca, fazendo com que ele caísse sentado no chão.
– VOCÊ ENLOUQUECEU?! – esbravejou Ângelus levando a mão na boca, sentindo como se ela estivesse inchada.
– Desculpe-me, foi reflexo. Pelo menos agora estamos quites do soco que você me deu e que arrancou meu dente –
respondeu Yv sorrindo e puxando Ângelus pela mão, que logo em seguida, teve que se esquivar do ataque de um outro ogro
que surgira diante deles dando uma machadada.
A arma do ogro cravou no chão e os dois jovens que haviam ido um para cada lado, voltaram até o inimigo e o
derrubaram, ferroando o monstro ao enfiarem suas espadas na barriga dele.
– Vejo que vocês praticaram de verdade desta vez – comentou Amenot, andando de fasto e se aproximando dos rapazes
quando percebeu que estavam em desvantagens contra os inimigos.
– Mas isso não é tudo – avisou Ângelus.
– É verdade. Reservamos uma surpresa – emendou Yv sorrindo para Amenot. – Pronto Ângelus? – questionou ele
olhando para o amigo, que então lhe respondeu: – Sim.
Novamente os dois foram para cima dos adversários e parando, encostaram um nas costas do outro, começando a girar.
Enquanto um atacava, o outro defendia, confundindo os diabretes e também alguns dos ogros que se encontravam por ali,
assim vencendo muitos deles com facilidade.
– Essa eu não conhecia – murmurou consigo mesmo o general de Éria, impressionado e mais uma vez entrando no
combate.
CAPÍTULO V
OLHO POR OLHO, BOCA SEM DENTE
Por todo reino a confusão continuava. Diabretes invadiam as casas, penduravam-se nos arcos espalhados pelas ruas,
saltavam sobre os moradores inocentes quando eles passavam correndo despercebidos e quebravam os vidros das janelas. Já
outros deles, subiram as escadarias do castelo, derrubando e destruindo tudo que encontravam pelo caminho. Alguns deles
juntamente com os ogros começaram a farejar por todos os lados à procura do rei, que com seus conselheiros e nobres, que ao
todo eram cerca de quinze homens, estavam escondidos em uma sala no décimo andar do castelo.
Logo que encontraram a sala, os diabretes começaram empurrar a porta fazendo um tremendo barulho, que de início
assustou tanto Aldor quanto os seus conselheiros, que a todo custo tentavam barrá-la colocando cadeiras e outros objetos
pesados. Brutalmente dois ogros enormes a derrubaram e também boa parte da parede envolta. Com isso, eles invadiram a
sala e os nobres, que não sabiam lutar, ficaram amedrontados. Aldor, que havia sido um valente guerreiro em sua juventude e
participado de grandes batalhas no norte, furiosamente pegou uma cadeira que se encontrava ao redor de uma mesa no
centro da sala e a partiu ao meio, quando atingiu a cabeça de um dos diabretes, que caiu desmaiado no chão.
– Não tenham medo destes diabinhos insignificantes – pronunciou o rei pegando outra cadeira e lançando-a contra um
dos ogros, que com apenas um soco a fez em pedaços.
– VAMOS HOMENS! NÃO FIQUEM PARADOS. DEFENDAM-SE – bradou Aldor, muito bravo com os nobres.
– Não desanimem, pois os anjos do Grande SENHOR estão conosco! – disse ele, igualmente ao que Amenot havia dito
para Yv e Ângelus; e que seu velho pai, o rei Amenon, sempre dizia para ele e seus irmãos Aldrin e Amenot, quando estavam
em apuros.
Encorajados com as palavras do rei, seus conselheiros pegaram objetos que estavam na sala, como outras cadeiras,
vasos e até mesmo os quadros que se encontravam pendurados nas paredes, indo para cima dos diabretes e dos ogros
fedorentos e repugnantes, que permaneciam rosnando à porta.
No entanto, quando se aproximaram dos grandalhões, não tiveram à mínima chance. Um dos ogros arremessou um dos
nobres contra uma parede à esquerda da sala com uma porretada. Vendo aquilo, os demais homens pararam imediatamente e
deram meia-volta, enquanto os ogros vieram bufando e pisoteando os diabretes. Um deles esmagou a mesa que estava ao
centro do cômodo com um golpe só. Vários nobres caíram no chão para desviar das lascas de madeira que espirraram no
momento do impacto. Um dos conselheiros reais desesperado correu até a janela e sem pensar duas vezes, saltou do alto do
castelo, se esquecendo que o lago não ficava tão próximo assim daquela janela, com isso, caindo sobre o telhado de uma das
casas. Mas garanto que se o lago estivesse realmente próximo, os crocodilos o teriam pegado.
Um outro nobre não tendo para onde fugir, também optou por pular pela janela, todavia, quando ele se preparava para
saltar, um dos ogros o pegou pela camisa e o puxou com força. Pobre homem. Passou voando sobre os diabretes que se
amontoavam ao centro da sala cercando os demais, e após passar pelo buraco da porta, que havia sido completamente
arrancada outrora, parou apenas quando se chocou com as costas na parede do corredor. Um dos conselheiros também foi
atingido pelo porrete de um dos ogros e lançado para o canto direito da sala, batendo contra uma imensa estante cheia de
livros que se encontrava por lá. A estante tombou caindo sobre o homem, vários diabretes e até um dos ogros, que ficou com a
cabeça e metade do seu corpo embaixo do móvel pesado.
Enquanto o outro ogro ia até seu companheiro, que estava apenas com as pernas para fora da estante para ajudá-lo,
Aldor, esperto como uma raposa aproveitou-se disso para fugir, abrindo caminho entre os diabretes ao empurrar uma outra
estante menor, próxima a ele e depois pisoteando a cabeça dos diabinhos cinzentos que caíram juntamente com aquele móvel.
O rei então saiu em disparada pelo corredor do décimo andar do castelo aos gritos e pedindo por ajuda, em busca de um local
seguro para se esconder. Ao verem aquilo, alguns dos diabretes se levantaram e de imediato começaram a correr atrás de
Aldor, derrubando todos os guardas que entravam no caminho. Ao olhar para trás, o rei viu quando um dos ogros arrebentou
o restante da parede da sala onde eles estavam. Logo depois vindo atrás dele, como se fosse um búfalo furioso, atropelando
todos os que se encontravam no corredor, inclusive diabretes.
– SOCORRO! SOCORRO! POR FAVOR! ALGUÉM ME AJUDE! – clamava Aldor ao mesmo instante em que descia
pelas escadas do castelo, passando de um andar para o outro e sempre com o ogro em sua cola, acertando a todos com seu
enorme porrete.
Finalmente saindo do castelo o rei chegou ao pátio real, onde uma batalha fervorosa entre soldados e diabretes
acontecia em meio às pedras que haviam sido lançadas pelas catapultas; que ainda estavam em chamas no local e sobre as
casas destruídas. Aldor olhou para o oeste do castelo para ver se enxergava seu irmão em algum lugar, mas as únicas coisas
que viu foi o grande mercado da cidade com um grande buraco no lado direito de seu imenso telhado e em seguida os dois
ogros, que haviam se juntado e surgiram atrás dele, esbravejando e espumando pela boca. Aterrorizado, Aldor virou-se para
sua esquerda e começou a correr rumo à ponte do lado leste, ainda sendo perseguido pelos ogros.
Passando ligeiro em meio às pessoas que fugiam dos pequenos demônios e dos soldados que contra eles lutavam,
Amenot viu Aldor de relance e os ogros também. Imediatamente ele seguiu atrás deles com o intuito de socorrer seu irmão.
Ao alcançar o início da ponte, Amenot pulou nas costas do ogro que estava por último e enfiando a lâmina de sua espada no
ombro do monstro, “Splash!” Ambos acabaram por cair nas águas do lago, que estavam infestadas por crocodilos. Quando o
rei chegou ao final da ponte e pisou na grama às margens do Grande Lago, resolveu dar uma espiada e ao olhar para trás
acabou por dar de cara com o ogro, que estava com seu porrete e seus dois braços erguidos, apto para acertá-lo.
– CUIDADO MAJESTADE – alertou Ângelus entrando no caminho.
O jovem lançou-se sobre o rei empurrando-o e assim, caindo na grama ambos desviaram do ataque do ogro, que chegou
a arrancar pedaços de terra do chão. Logo em seguida surgiu Yv, zombando do monstrengo ao apontar com o dedo para seu
próprio traseiro e dizer: – Vamos seu feioso. Acerte-me aqui.
Bufando o ogro foi para cima de Yv, que mesmo com sua espada em mãos ficou tão apavorado com o tamanho do
inimigo que saiu correndo e aos berros começou a pedir por socorro.
– USE SUA ESPADA YV – gritou Ângelus ao lado do rei, ainda estando sentados na grama, enquanto seu amigo
esquivava das porretadas do ogro.
De repente, o jovem trapalhão embaralhou as pernas e saiu rolando pela grama. Num ato de desespero ele fechou os
olhos e virou-se erguendo a lâmina de sua espada. A arma acabou por cravar no peito do ogro, que vinha tão rápido que não
teve como parar e que tombando para o lado, morreu.
Neste momento, Amenot, às margens do lago e todo encharcado, saiu às pressas da água, depois de ter vencido o outro
ogro. Ele vinha tropeçando em seus próprios passos e fugindo de um dos enormes crocodilos, que tentava abocanhá-lo. Ao
ver aquilo, Ângelus pegou sua espada e gritou: – SEGURE GENERAL.
Depois a lançando e fazendo com que a arma caísse de ponta na grama, próxima a Amenot, que passando em disparada
a pegou. Empunhando a espada o intrépido Amenot abruptamente parou, chegando até mesmo a deslizar e virou-se, indo de
encontro com a fera.
– SENHOR, ajude-me. Não me deixe sozinho neste momento – pensava ele, quando o crocodilo atacou um ogro que
estava duelando contra um soldado bem ao seu lado; puxando-o com sua imensa boca para dentro do lago e assim
mergulhando com sua presa.
– Obrigado – suspirou Amenot distraído e olhando para o céu nebuloso daquela noite, quando um pedregulho
arremessado por uma das catapultas que estava ao norte do castelo, a algumas jardas depois do riacho, veio pingando na
grama. Antes mesmo que Yv pudesse alertar seu pai do perigo, o general de Éria acabou sendo atingido em cheio pela pedra,
a qual o lançou para longe.
– PAAAAAAAI – esgoelou Yv entrando em desespero ao ver Amenot estirado no chão. Este que por sua vez, havia
quebrado muitos ossos e não conseguia se mover.
O pobre garoto correu até o general, mas em meio ao caminho foi barrado por alguns diabretes. Sem compaixão, Yv
começou a golpear aqueles pequenos demônios com sua espada e abrindo espaço, foi se aproximando de seu amado pai, que
continuava imóvel na grama, apenas respirando com dificuldade. Ângelus e Aldor, ambos pegando uma espada no chão,
correram para ajudá-lo; porém, infelizmente ao olharem à diante, viram quando um grupo de cinco ogros parou ao redor de
Amenot. Céus! Foi uma cena horrenda! Eles começaram a espancar o general, que indefeso nada pôde fazer.
– NÃOOOOOO – esbravejou Yv, que ainda sim conseguiu chegar bem próximo do seu pai.
Contudo, um dos ogros o acertando com seu porrete, arremessou o jovem para o lado. Caído na grama e
completamente zonzo, Yv apenas conseguiu olhar para Amenot, no mesmo instante em que ele era cruelmente espancado
pelos grandalhões; que riam o tempo inteiro, enquanto a visão do rapaz embaçava com lágrimas de tristeza.
Neste momento, surgiu o soldado George e com ele, a cavalaria real, ambos vindos do oeste, onde se situavam os
estábulos reais de Éria. Eles que eram do tamanho de uma pequena cidade, com centenas e mais centenas de casas e estábulos,
que ficava há apenas alguns minutos à cavalo do castelo. Eles passaram pelo sul do Grande Lago e acabaram por encontrar os
ogros espancando Amenot. Os ogros começaram a fugir logo quando viram a imensa frota com mais de cinqüenta mil
cavaleiros trajando armaduras prateadas, que brilhavam ao refletir as chamas que ainda queimavam as casas e o telhado do
castelo. Os cinco monstrengos que haviam sovado Amenot correram para o norte, juntamente com os poucos ogros e
diabretes que tinham sobrevivido aos crocodilos, e que passavam pelas pontes do norte e do leste, atravessando o riacho,
subindo pelo Morro do Corvo e se embrenhando no bosque. Os cavaleiros que traziam pequenas bandeiras do reino
arremessaram suas lanças e ainda sim conseguiram abater vários deles, que entravam aos trambolhões esbarrando nas
árvores de tronco fino.
– Por que você demorou tanto? – perguntou Ângelus ao soldado George, quando este se aproximou com seu cavalo,
enquanto Yv permanecia deitado no chão, ainda muito tonto.
– Fui derrubado do meu cavalo quando estava indo avisar a cavalaria e tive que fugir a pé de um bando daqueles
pequenos diabinhos que vieram atrás de mim. Quando cheguei aos estábulos, os cavaleiros já estavam duelando contra
milhares de ogros e diabretes. Eles pegaram à cavaleira real de surpresa e foi muito trabalhoso detê-los. Só agora conseguimos
vir para cá – esclarecia George, ao mesmo tempo em que seu cavalo branco, inquieto, mexia-se constantemente.
Yv então se levantou cambaleando e indo até o corpo de seu pai, que estava morto e estirado na grama, ajoelhou-se e o
pegou nos braços.
– NÃOOOOOO. NÃO PODE SER... – bradou ele olhando para as nuvens espessas que cobriam os céus naquela noite.
O rei, comovido com o sofrimento de seu sobrinho e também com uma profunda dor no coração, visto que este era o
segundo irmão que ele perdera, foi até Yv e o abraçou.
A noite estava nebulosa e os cavaleiros e soldados do reino ainda lutaram durante boa parte da madrugada,
perseguindo os ogros e os diabretes que escaparam entre a neblina, indo para o leste rochoso, ao fundo dos bosques e
próximo o grande abismo.
CAPÍTULO VI
MEU NOME É MATILDA
Logo, o dia chegou e com ele o sol, iluminando a base das nuvens acinzentadas no oriente. Só então todos perceberam o
verdadeiro estrago que a batalha da noite anterior havia causado ao reino, o qual estava completamente destruído. A fumaça
ainda se levantava por entre os escombros. Havia alguns focos de incêndio espalhados pela grande cidade real e corpos
boiando nas águas do Grande Lago, ao mesmo tempo em que os soldados pelejavam para colocar mordaças nos crocodilos e
levá-los para o cativeiro no subterrâneo do castelo.
Yv, calado, caminhava por entre os tijolos e corpos, espalhados por toda parte; enquanto seu tio Aldor e alguns
soldados carregaram o corpo de seu amado pai para o castelo. Ângelus, que andava ao lado de Yv em silêncio, olhou para a
margem do lago e viu a espada de Amenot, cuja lâmina refletia a claridade daquela manhã. Indo até ela, pegou-a e depois
entregou ao amigo, que lhe agradeceu apenas com um sorriso. No entanto, ao olhar para ao sudeste das terras de Éria,
Ângelus viu algumas pequenas colunas de fumaça erguendo-se no horizonte. Saindo correndo sem falar nada, ele seguiu
rumo ao vilarejo onde morava e que era donde nascia a fumaça. Yv chegou até mesmo a se assustar quando ouviu o barulho
de Ângelus, que foi pisando torto e direito nos tijolos e pedras pelo caminho. Todavia, o sobrinho do rei, arrasado com a
perda do pai, preferiu ficar em silêncio e não perguntar onde seu amigo estava indo.
Mesmo estando muito cansado, Ângelus correu sem parar, enquanto sua espada presa à cintura balançava de um lado
para o outro. Ele passou por dentre o capim alto e saiu na estrada ao sul da cidade real, que levava até o vilarejo. Subiu e
desceu a pequena colina onde costumavam treinar, cruzou a ponte e o moinho, assim finalmente chegando à casa de Liene, a
qual estava completamente destruída.
– NÃO. Não pode ser... – lamentou-se Ângelus ajoelhando e sentindo uma profunda tristeza que latejava no peito. – Se
pelo menos eu tivesse dito o que eu sentia por ela ontem – murmurava ele tristonho e achando que havia perdido Liene,
quando então ouviu um ruído e levantando os olhos, viu uma mão toda suja entre os destroços do telhado da casa. Mão esta
que movimentava os dedos.
– Graças ao Grande SENHOR – disse ele mudando o semblante e indo até a mão, que era delicada como a de uma
mulher.
Ângelus foi logo levantando uma ripa de madeira onde havia palha amarrada, achando que fosse sua amada.
– Liene! Liene! Que bom que você... – preparava-se ele para dizer, quando ouviu a voz irritante da mãe da moça, que
resmungava: – Ai, ai, ai... Que dor de cabeça.
A mulher se levantou com a roupa imunda e o rosto todo sujo, e olhou para ver quem havia a ajudado, na intenção de
lhe agradecer. Ângelus de início se espantou ao ver que não era Liene. Contudo, quando ela percebeu que era Ângelus,
mudou a feição e olhando com cara feia para ele, indagou: – Você?!
– Onde está Liene? – perguntou ele olhando para ambos os lados e procurando com os olhos pela jovem, tentando
ignorar a bruxa. Desculpe-me... A mãe de Liene.
– O que você quer com Lie... Liene! Liene! Minha filha! Ai meu SENHOR... Onde essa menina está? – clamou a mulher
começando a choramingar, esquecendo até mesmo de Ângelus e andando sobre o telhado derrubado à procura de sua filha.
De repente eles ouviram um gemido que fez: – AAAIIIII!
Era a pobre Liene, que estava embaixo do que sobrou do telhado e com sua mãe em cima.
– LIENE! LIENE! – gritou Ângelus correndo até o lugar onde a mãe dela estava e todo empolgado por ter encontrado a
jovem viva, empurrou a mulher dizendo: – Saia daí!
– Mas isso é um abuso. Onde já se viu uma coisa destas?! Insensível. Estúpido – começou a chiar a mulher, dando
bofetões nas costas de Ângelus, que se defendendo com um dos ombros, ergueu a palha e alguns pedaços de madeira.
Por fim, ele viu Liene, que tossia tapando a boca, enquanto ainda permanecia deitada e toda suja. Antes mesmo que
Liene conseguisse sair debaixo dos escombros, sua mãe parou de bater em Ângelus e correu até ela a abraçando. Depois
tateando o rosto e os braços da moça para verificar se não lhe faltava nada.
– Minha filha. Como eu fiquei preocupada com você. Ai minha filha... – falava a mulher toda melosa quando Ângelus
tentou perguntar: – Você está bem Lie...?
– Não me interrompa enquanto converso com minha filha. Seu mal-educado – reagiu a mulher virando-se e voltando a
bater em Ângelus, o qual se defendia colocando os braços na frente.
– Pare com isso, mamãe. Isso não é maneira de tratar quem acabou de nos ajudar. Ele só está sendo gentil – disse Liene
entrando em meio aos bofetões que sua mãe dava em Ângelus e tentando defender o jovem com palavras.
– Ajudar Liene? Ele só está querendo se aproveitar de você minha filha. Sai já de perto deste traste – ordenou a mulher
puxando a moça.
– Mamãe. Ele não está querendo se aproveitar de mim – retrucou Liene ficando muito brava.
– Isso mesmo minha senhora. Eu só... – ia explicando Ângelus de maneira gentil quando a mulher ranzinza o cortou
esgoelando: – NÃO INTERROMPA MINHA FILHA ENQUANTO ELA FALA. E NÃO ME CHAME DE SENHORA. EU
TENHO NOME, E É MATILDA. MATILDA. ESTÁ ME OUVINDO? VOCÊ ESTÁ ACHANDO O QUÊ?! QUE EU SOU UMA
VELHA COROCA E RESMUNGONA?
Ao ouvirem aquilo, Ângelus e Liene se seguraram para não rirem de Matilda, mas mesmo assim ela percebeu o leve
sorriso que o rapaz deixou escapulir quando segurou o riso. Eis então que fitando os olhos de Ângelus e apontando com o
dedo na cara dele com uma das mãos na cintura, ela disse: – Olha aqui seu debochado. Eu só não lhe encho de bolachas
porque... Porque... – falava Matilda quando Liene mais uma vez atravessou a conversa.
– MAMÃE. Deixe o pobre Ângelus em paz – Disse ela. – Ângelus. Perdoe minha mãe. Ela só está um pouco nervosa e
assustada. Muito obrigada por ter-nos ajudado. Estamos muito gratas. Não é mesmo mamãe?
Entretanto a mulher cruzando os braços, fazendo um enorme bico e virando o rosto não disse uma só palavra para
agradecer Ângelus, que um pouco sem jeito e com medo de abrir a boca para falar, disse gaguejando: – Está-tá tudo bem. Eu
vo-vou ver como... Como está minha casa e... – dizia ele quando Matilda enfezada gritou: – E O QUÊ? E O QUÊ?
DESEMBUCHA LOGO TRASTE. Além de um ser pobretão, essa “coisa” ainda é gaga.
– E depois eu passo aqui para levar vocês duas para o castelo. Pois não podem ficar aqui nesta situação, sem terem onde
morar. Vou pedir para o rei deixá-las ficar no castelo até que sua casa seja reconstruída – disse ele de uma só vez e sem
engasgar.
Matilda então ergueu uma das sobrancelhas olhando diretamente para Ângelus, que amedrontado, logo em seguida
acrescentou: – É claro. Se as senhoritas aceitarem.
– Sim. É claro que aceitamos sua ajuda, Ângelus. Afinal, estamos precisando. Não é mesmo mamãe? – tornou Liene a
perguntar para Matilda, que mais uma vez, para o desapontamento de sua filha, não pronunciou uma palavra se quer em
agradecimento.
– Vou pedir para o rei... Vou pedir para o rei... – debochou Matilda entortando o nariz. – Como se esse traste tivesse
alguma influência sobre o rei – resmungou ela, ao mesmo tempo em que Ângelus seguia correndo pela estrada, logo depois
chegando ao pequeno vilarejo, que estava arrasado.
Alguns dos moradores carregavam os entulhos e tentavam arrumar a bagunça causada pelos diabretes que também
haviam atacado o lugar. Chegando ao portão de sua casa, que estava totalmente em ruínas e com fumaça saindo da palha do
telhado, ele ouviu quando seu vizinho, o velho Colins, ajudado por sua filha Marta. A Martinha, que era apaixonada por Yv.
O velhaco que varria a sujeira então resmungou: – Esses diabretes malditos. Há décadas eu não via tantos destes pestinhas
por aqui.
– A última vez foi antes de você nascer, Ângelus – comentou o velho escorado ao muro que separava a casa dele e a do
jovem. – Eles haviam ateado fogo em toda a plantação de trigo do velho Rubens. Arruaceiros. Impertinentes – continuou o
homem a chiar, enquanto sua filha varria a sujeira e Ângelus permanecia parado, apenas observando o que havia restado de
sua casa.
Contudo, ele não ficou muito tempo por ali, logo voltou pela estrada para se reencontrar com Liene e sua mãe. Esta que
particularmente, se ele pudesse escolher, não levaria para o castelo.
– Onde está aquele traste? – resmungava Matilda a sua filha, enquanto esperava pela volta de Ângelus para levá-las à
cidade.
– O que deu na senhora, mamãe? Está querendo ver o Ângelus? – perguntou Liene espantada ao ouvir sua mãe pela
primeira vez perguntando pelo rapaz.
– Mas é claro que não! Se fosse por mim eu nunca mais veria aquele... Aquele... Ralé. Só quero ver se ele é pontual –
consertou ela, quando Ângelus surgiu no horizonte da estrada de chão batido.
– Lá está ele! – exclamou Liene feliz por ver seu pretendente, que mal se aproximara das duas e logo foi ouvindo a voz
ardida de Matilda que dizia: – Que demora hein rapaz. Pensei que você não fosse vir. Ande logo, porque já estou cansada de
esperar. Onde está a carruagem?
– Carruagem? – indagou Ângelus sem entender.
– Sim. A carruagem. Você não está pensando que “eu”. Matilda. Irei a pé até o castelo? – disse a mulher, enquanto
Ângelus e Liene ficaram parados e olhando um para o outro.
– Ora! Mas é um inútil mesmo – chiou Matilda. – Vamos Liene – disse ela puxando a jovem pela mão e resmungando
enquanto seguia pela estrada. – Quando eu falo que este incompetente não presta para ser seu marido, você ainda acha ruim.
Onde já se viu uma coisa destas? Não ter uma mísera carruagem para nos levar até a cidade. Isso é um absurdo. E depois
ainda vem dizer que é amigo do rei.
E assim eles partiram rumo à cidade. Ângelus e Liene por precaução preferiram não abrir a boca, para evitar que
Matilda reclamasse de mais alguma coisa. No entanto, uma vez ou outra se olhavam, ao mesmo tempo em que a mãe de Liene
caminhava entre os dois, evitando que eles chegassem perto um do outro. A única coisa que Liene ousou perguntar foi: – Será
que não seremos um incômodo para o rei?
– Não se... Se preocupe – disse Ângelus começando a gaguejar.
– Pare de gaguejar rapaz – reclamou Matilda dando lhe um bofetão no braço.
– Eu darei um jeito nisso. Podem ficar tranqüilas – respondeu ele olhando para Liene e depois ouvindo Matilda entre
eles dizendo: – Isso eu espero.
Chegando ao castelo, Ângelus foi até Yv e perguntou se Liene e sua mãe poderiam ficar em algum quarto até que a casa
delas fosse reconstruída. Yv disse que iria falar com seu tio, mas que provavelmente não haveria nenhum problema. O difícil
seria encontrar um quarto que não estivesse destruído.
Enquanto conversam sobre os degraus da escadaria de entrada do castelo, Matilda, ao lado de sua filha, que observa o
pátio real todo em ruínas, sussurrou: – Veja Liene. Tenho certeza que o jovem sobrinho do rei seria um ótimo pretendente
para você. Ele é tão bonito. Tão simpático.
– Mamãe. Você nem o conhece – interrompeu Liene achando um absurdo às palavras de sua mãe.
– Minha filha. Jovens importantes como este; não são como o pobretão do... Do...
– Ângelus – disse Liene.
– Sim. Essa coisa mesmo... Mas como eu ia dizendo. Um jovem como este, não é preciso nem conhecê-lo para ver que é
gentil, nobre e... Desdentado... – emendou Matilda toda sem graça ao ver a imensa falha entre meio os dentes de Yv, logo
quando ele conversando com Ângelus, abriu um sorriso.
– E você? Está melhor? – perguntou Ângelus preocupado com seu amigo.
– Estou sim – respondeu Yv, voltando a ficar murcho e desanimado, olhando para os degraus da escadaria.
– Isso vai passar Yv. Eu sei muito bem como é isso – disse Ângelus tentando consolá-lo, pois também já havia perdido
não apenas o pai, mas também a mãe já há um bom tempo.
– Sim. Eu sei que deve ser difícil. Mas o pior é que eu não perdi apenas meu pai.
– Como assim? Aconteceu algo com a Majestade? – indagou Ângelus muitíssimo preocupado.
– Não, não. Tio Aldor está bem. Eu perdi outra coisa – disse Yv, a princípio falando sério e com um olhar triste.
– Ora bolas! Então me diga o que foi – pediu Ângelus, não percebendo que Yv estava se segurando para não rir.
– Eu perdi meu dente que estava no bolso de minha camisa – disse ele sorrindo e caindo em gargalhadas junto com
Ângelus, que não conseguiu se segurar. – Isso mesmo. Pode rir engraçadinho. Agora vou ficar banguela para o resto de minha
vida – continuou Yv soltando outra gargalhada e dizendo que ia falar com seu o tio, sobre Liene e sua mãe ficarem no castelo.
Depois disso, Ângelus teve uma conversa breve com Liene e Matilda. Aliás, bem breve. Ele disse apenas: – Fiquem a
vontade. Eu tenho que ir.
Para seu espanto e o de Liene, que também não esperava por aquilo, os dois ouviram quando Matilda disse: – Muito
obrigada, Ângelus.
Perplexos eles ficaram, parados e olhando um para o outro como de costume, até que Matilda perguntou para Liene: –
O que foi? Por que você está me olhando com essa cara minha filha? Sou uma mulher educada e digna de morar em um
castelo.
– Agora vamos – terminou ela puxando Liene e subindo a escadaria.
Ângelus então voltou ao vilarejo, onde passou o restante da tarde e também quase a noite toda ajudando os moradores
a reerguerem suas casas. Quando terminou de consertar a casa do velho Colins, foi convidado para passar a noite na casa do
homem, que era muito generoso. E como não tinha onde dormir, ele aceitou. O único problema, diga-se de passagem, foi que
Marta não tirava os olhos de Ângelus e isso o deixou um pouco constrangido.
No castelo, Liene e sua mãe jantaram com o rei e também com seu sobrinho. Durante todo o jantar, Matilda ficou
jogando indiretas ao rapaz sobre a sua filha, que era solteira e que muitos jovens estavam interessados nela, visto que Liene
era uma boa pessoa, além de muito bonita e simpática.
Entretanto, todos se assustaram quando Yv respondeu rudemente que não estava interessado nela, se era aquilo que
Matilda estava querendo saber. Mas em seguida ele olhou para Liene, que de imediato percebeu que ele respondera daquela
forma por causa de Ângelus e assim ficou mais aliviada. Confesso a você que o clima ficou um pouco carregado depois disso
e Yv pedindo licença, se retirou da mesa, deixando o rei sozinho com Matilda e Liene.
– Perdoem meu sobrinho. Ele não é desse jeito. Yv está desanimado e também um pouco irritado, pois acabara de
perder o pai – esclareceu o rei constrangido, e não entendendo a atitude do jovem.
– Não tem problema algum, Vossa Majestade. Os jovens nesta idade são assim mesmo – respondeu Matilda de maneira
simpática, tentando não demonstrar que por dentro, havia ficado furiosa com Yv.
– Principezinho arrogante e esnobe. Quem ele pensa que é para desfazer de minha Liene na frente do rei? – se remoia
ela em seus pensamentos.
Após o jantar, Aldor foi até Yv perguntar por que ele agira daquela forma a mesa, mas o rapaz sorrindo, logo explicou
sobre Ângelus e Liene. O rei ficou aliviado e até riu quando ouviu Yv dizer que Matilda era resmungona e interesseira, mas
que apesar dela ser daquele jeito, Liene era uma boa moça. Matilda e sua filha então foram levadas pelos copeiros do castelo
para um dos quartos que não havia sido destruído pelos invasores. O cômodo era imenso, com quadros de antigos reis e
vasos com flores espalhados por todos os cantos, além de uma grande e confortável cama. Yv e seu tio também foram para
seus respectivos aposentos.
[ Essa é parte da preview de um livro, você pode encontrar a preview completa no link abaixo ]
[ http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=27163470 ]
Herick Benatto
Grupo NeoDaemon:
O homem se levantou e vestiu lentamente a pele que cobriu todo seu corpo. Virou seu rosto em direção
da mulher que dormia. Em sua mente imagens do que viria ser o fruto daquela união, a seu ver, levada
somente pela paixão entre os dois.
Então olhou para as estrelas que iluminavam aquela noite sem luar. Em seu íntimo desejava que aquele
ente, que em breve nasceria, lutaria mais do que qualquer outro e seria mais poderoso que qualquer outro...
Era esse seu propósito maior.
Começou a caminhar para fora daquela casa em que passara a noite e retornaria ao seu lar, Aasgard.
Seus passos foram então detidos pelo chamado daquela mulher, que ele mesmo havia escolhido, entre
tantas mortais. Lendo seus pensamentos então ele respondeu:
- Não se preocupe com o destino dele ou com o seu. Eu a protegerei e quanto a ele... Meu sangue
cuidará dele. Ele possuirá o mais glorioso destino entre os homens desta Terra, assim como os irmãos dele.
O homem então retornou para próximo da mulher que o olhava um pouco confusa e admirada e
envolveu sua mão sobre o ventre da mulher.
- Tu, serás um herói. Este é o meu desígnio para ti.
O jovem se tornaria mais um Einhjeir, filho do Grande Deus Odin com uma mortal e escolhido para
integrar sua defesa.
Grandes poderes... intento no período de vinte anos em que percorreu a
– Com doze anos ele tinha a força de dez homens! Terra, terminando em 1987.
Por ter a descendência divina estes heróis Tais mulheres sempre tinham somente um filho,
possuem traços que os diferem dos mortais comuns. e mesmo que este viesse a ter descendente (algo difícil
Para começar são belos, sua beleza costuma devido à dura vida que levam) o mesmo não herdaria os
impressionar a todos por onde passam e possuem o poderes de seu avô.
corpo físico altamente desenvolvido, assim como seu
raciocínio. A chegada dos gigantes em nosso mundo ainda
não foi descoberta pela população geral, e os einhjeir
Suas capacidades de combate são elevadas como ainda lutam também para manter isso como está. Caso a
um todo, devido principalmente, ao fato de saber qual situação saia de controle poderia haver o pânico geral.
sua missão. Isto ocorre por serem visitados em sonhos
ou (muito raramente) por entidades de Aasgard, entre Combatem gigantes, trolls e elfos, que parecem
elas até mesmo seu pai. sentir algum prazer em dominar e torturar humanos.
Desde 87, seus inimigos ampliaram muito sua área de
Após estas revelações que acabam por fazê-lo atuação, agindo agora também em outros locais frios
entender qual seu propósito no mundo, em geral algo (como Canadá e restante da Europa). Por isso grandes
desperta em seu íntimo que o leva a ter o desejo íntimo partes dos einhjeir mais novos, passaram a nascer nestes
de mostrar sua superioridade aos outros, devido à locais.
própria índole de seu genitor, Odin, que gosta e protege
os humanos, são levados a lutar para proteger aqueles A guerra contra os gigantes tem ficado cada vez
não podem fazer isto por si mesmos. Grande parte das mais cruel, com mais mortes de humanos comuns.
vezes, não entendem o que fazem como heroísmo, Graças a um novo aliado os gigantes conseguiram
fazem o que foram criados para fazer, em resumo fechar de vez os portais existentes em Bifrost (a ponte
cumprem seu destino. que liga Asgard à Terra), impedindo com isso os
auxílios que vez por outra Odin enviava a seus
Possuem grandes capacidades físicas muito além combatentes.
de humanos comuns, assim como quase imunidade ao
frio, podem ainda gerar relâmpagos de suas mãos assim Os einhjeir suspeitam ainda que o objetivo dos
como seu pai. Seu próprio corpo é praticamente gigantes seja de libertar seu deus aprisionado Surt, que
invulnerável a diversos ferimentos e doenças. estaria algum lugar da Terra e instalar seu reino aqui
longe da influência dos Aesir.
Poderes possíveis: Aumento de atributos Fr e
Con (Np, atributo), resistência ao frio* (Np, Ip e raio), Relações
Geração de eletricidade (Np, dano, alcance e raio),
resistência a doenças (Np, raio), regeneração (Np e pvs),
Invulnerabilidade (Np e ip). Os einhjeir por mais que tentem nunca poderão
*nota: iniciam com Ip 5 neste poder ter uma vida normal. Pelos inimigos que os perseguirão
até que eliminem o último dos descendentes de Odin
Uma de suas maiores capacidades é de invocar ou mesmo pelo intenso desejo de proteger o que
parte de seu poder divino neste mundo, possuindo carregam consigo.
pontos de fé. Assim sempre que seguem os desígnios
de seu pai e cumprem sua vontade, podem contar com Podem tentar viver, contudo, uma vida normal
seu auxílio. Podem possuir no máximo três pontos de em todos os aspectos (estudar, trabalhar, namorar...).
aprimoramento e começam com um ponto neste
aprimoramento gratuitamente. Já a relação entre os seus, outros guerreiros
einhjeir, é a de fraternidade. Ajuda-se sempre que
A missão possível. Os mais velhos, que possuem 39 à 40 anos,
costumam ser ouvidos pelos mais novos como
verdadeiros mestres. Alguns destes foram inclusive
- Eu vi com meus próprios olhos quando o
levados a Aasgard, onde receberam treinamentos
garoto derrubou o gigante de fogo com um raio!
especiais com o próprio deus-guerreiro Thor.
Aasgard nunca foi o Paraíso gelado e estático que
Costumam tratar sua família mundana como a
aparenta. Guerras entre os deuses Aesir e os Gigantes
todas as outras pessoas do mundo, pois em geral
Jotuns sempre foram travadas, e desta vez o campo de
entendem que seu verdadeiro lar é Aasgard.
batalha é o nosso mundo.
Pet Bhazalith
Colaboração: Gabriel
Como o nome já diz, é SUPER! Sim, para quem está Nova Classe:
meio perdido ainda, SUPERS é um termo usado para
“heróis” que possuem habilidades sobre-humanas. Uma
aventura de D&D não é considerada SUPERS, mesmo com
magias e outros apetrechos, D&D é fantasia e não SUPERS.
O Super-Herói!!!
SUPERS seriam aventuras em que os jogadores possuem O Herói. O Vilão. O Salvador. A Morte. O Vigilante.
habilidades extraordinárias, como: voar, super força, O Assassino. A Esperança. O Desespero. Todos os Super
disparos de energia; tudo isso sem uma explicação muito heróis são incomuns, nenhum deles possui uma história
satisfatória. Grandes exemplos de SUPERS famosos seriam simples, alguns tiveram seus pais mortos, outros vieram
Batman, Homem Aranha, Hulk, Super Homem e outros do de outro planeta, alguns são a evolução, outros
gênero. foram mudados geneticamente, enfim nenhum
Super-Herói é igual ao outro. Todos
Ultimamente com a evolução gigantesca
possuem uma História repleta de
dos efeitos especiais dos filmes
reviravoltas. O Super-Herói
americanos (e mundiais), diversos
está acima dos padrões
filmes épicos estão sendo produzidos,
humanos, ele sempre busca
entre eles diversos filmes de Super-
se aproveitar disso, usando
Heróis. Uns dos quais mais chamaram a
seus poderes para o bem,
atenção foram os três filmes do
mas às vezes não é bem
aracnídeo mais popular das HQ, o
assim, alguns usam de seus
Homem Aranha. Mesmo utilizando
poderes para trazer o caos, a
imagens desse filme aqui na matéria, os
destruição e a desordem
super poderes não serão focalizados
para o mundo. E são nessas
naqueles presentes nos filmes, por que o
horas que entram os Super-
objetivo aqui não é copiar heróis do
Heróis que praticam o Bem.
cinema, e sim criar o seu próprio herói.
Pulso de energia
Pré-requisitos: super-rajada.
Benefício: o personagem pode fazer uma explosão
em volta de si mesmo atingindo todos a 15 metros de si
próprio, porem só se rola metade dos dados de dano. Esse
poder pode ser comprado diversas vezes aumentando em
+15m a área da explosão, o uso do pulso de energia é
opcional.
Pré-cognição
Benefício: Você pode ver rapidamente o futuro,
como se você estivesse presente em um futuro evento em
particular. As visões que você recebe não são muito
seguras: o futuro sempre pode ser mudado por ações no
presente. Você pode usar este poder de duas maneiras.
Primeiro você pode tentar voluntariamente ver o futuro de
uma pessoa em particular, local, ou objeto que você esteja
em contato (incluindo você mesmo). Você deve ser hábil
em tocar o alvo do seu poder. Isso exige uma ação de
rodada completa em um round e um teste de Pré-
Cognição. Segundo, seu poder é espontaneamente ativado
de acordo com a decisão do Mestre, quando ele considerar
cada nível em Forma Astral. Enquanto estiver em sua Benefício: o personagem sempre que faz uma ação
forma astral, você pode ficar visível no momento que de corrida se deslocará na corrida com + nível vezes a
quiser e conversar telepaticamente com outras pessoas. mais.
Poderes que afetem a mente ou alma funcionam
normalmente quando você está em sua Forma Astral e Proteção invisível
você pode usar poderes que afetem a mente das pessoas Pré-requisitos: aura.
quando estiver na sua Forma Astral. Personagens que Benefício: seu campo de força é invisível ao olho nu.
possuam o talento Consciência Psíquica (veja mais
detalhes em talentos) podem ver sua forma astral, até Proteção sensorial
mesmo quando você está invisível. Você pode deixar o seu Benefício: Seus sentidos são protegidos contra
corpo pelo tempo que desejar (mas lembre-se que seu estimulação externa que possa sobrecarregá-los. Você
corpo físico pode ficar desidratado ou faminto se você ficar adiciona o seu nível aos testes de resistência para resistir
fora dele por muito tempo). Você está desatento com o que ou recuperar-se de ataques de Deslumbrar.
acontece ao seu corpo físico enquanto estiver em sua forma
astral, embora você esteja atento a qualquer dano que sua Radar
forma física sofra. Se o seu corpo físico for morto enquanto Pré-requisitos: superaudição aprimorada
você estiver na sua forma astral, você deve fazer Benefício: o personagem pode sentir como um radar
imediatamente um teste de Projeção Astral (CD 30) ou a movimentação de qualquer ser a 30m dele. Radar pode
você morrerá na hora. Se você sobreviver, você ficará preso ser comprado diversas vezes adicionando mais 30m de
permanentemente no plano astral, como um tipo de astral. área de radar.
Diversas possibilidades
existem para criar seu universo de
heróis, basta você escolher uma, ou
inventar uma, e iniciar sua campanha.
Fabiano NZ
Colaboração: Renan Sparrow
Adaptação Daemon: Shannon Lorde T-rex
Equipe RPG MAGAZINE
Resgatando Valores:
Apresentado no livro Ação!!!, os “pontos de ação!!!” são realmente uma incrivel idéia (não muito original, apenas
boa). Mas ela podia atingir uma qualidade ainda maior, mas pela a vontade dos autores ela não foi alcançada. Aqui é
apresentado uma habilidade muito similar aos pontos de ação, vamos chama-lá de “energia”.
Energia
Energia são simplesmentes pontos que o personagem recebe gratuitamente cada vez que avança de nível (veja a
tabela), o personagem pode aumentar ou diminuir esse quantidade de pontos caso adquira ou não “Focos” ou
“Problemas”. Quando um personagem adquire um Foco sua Energia diminui num valor igual ao do Foco. No caso dos
Problemas é simplesmente ao contrário, ele adquire Energia. Um personagem pode adquirir num total de de até 7 (sete)
pontos de Problemas e o personagem pode adquirir até 10 (Dez) pontos de Foco, Essa regra é para que não haja
personagem com TODAS os Problemas e Focos. A energia pode ser gasta para realizar feitos extraordinários: aumentar
a força, acerto, dano, nível de conjurador e etc...
Gastar Energia não consome nenhum tipo de personagem recupe a Energia, ele ainda deve esperar o
ação, o jogador deve sempre dizer antes de qualquer tempo necessário (se houver).
rolagem que quer gastar Energia para o efeito. Para cada
efeito deve se gastar um quantidade maior ou menor de Valor Atual Efeito
Energia, um personagem pode gastar quantos pontos 0 e -1 3D6 Rodadas inconsiêntes
quiser naquela rolagem (veja a seguir). Um personagem -2 e -3 3D6 Minutos inconsiêntes
recupera 1 ponto de energia a cada 8 horas não importa -4 e -5 3D6 Horas inconsiêntes
se descansar ou não. Considere todos os bonus como -5 e -6 3D6 Dias inconsiêntes
“bonus de Sorte”, em qualquer rolagem eles são -7 3D6 Semanas inconsiêntes
consumidos independente ou não de um sucesso. -8 3D6 Meses inconsiêntes
-9 3D6 anos inconsiêntes
Aumentar: Bonus Quantidade -10 O personagem morre...
Acerto +1 1
Dano +1 1 Um personagem nessas condições podemos dizer
Pericia +2 1 que ele está em “coma”, ele simplismente se encontra
N. de Conj. +1 2 desacordado. Um personagem nesse estado precisa de
T. Res. +1 1 alguem para ajuda-lo a fazer suas necessidades, alguem
Habilidade +1 2 para lava-lo, limpalo e alimentálo. Ele se alimentará caso
Magia Extra +1 1 + Nível da Magia (Somente para esteja tudo pastoso e devidamente colocado em sua
Bardos, Clérigos, Feiticeiros, boca.
Paladinos e Rangers)
A seguir a lista de Focos e Problemas:
Um jogador pode gastar quantos pontos quiser
em qualquer rolagem, mas ele pode sofrer (dependendo
da quantidade) alguns efeitos como cansaço e outros. Focos
São as caracteristicas que aperfençoam o
Quant. Efeito personagem e que ao mesmo tempo diminui sua
1-3 Nenhum efeito Energia.
4-9 Recebe um ponto de dano para cada ponto
gasto (Contussão) Afinidade Celestial (Foco 1 Pt)
10 ou + O personagem fica exausto e recebe 3 pontos Você possui uma conexão inata com a passagem
de dano por ponto (contussão) do tempo e o movimento dos corpos celestes. Você
pode estimar o tempo, e pode acompanhar as fases da
O personagem pode gastar mais Energia do que lua de cabeça. As pessoas com algum treinamento em
tem, ele pode chegar a um valor negativo de Energia! Astrologia e esta Qualidade podem até mesmo prever
Mas isso pode trazer graves problemas ao personagem, certas conjunções astrológicas sem o acesso a tabelas.
talvez até perder o personagem, mesmo que um
Você pode realizar qualquer uma dessas façanhas
apenas com um pouco de concentração. Aparência Inofensiva (Foco 1 Pt)
Você não aparenta ser perigoso. Na verdade, os
Alma Gêmea (Foco 3 Pts) oponentes menosprezam sua presença, ninguém
O personagem possui uma ligação de outra acredita que você seja capaz de realizar algum grande
encarnação com outra pessoa desse mundo, só que não feito e dificilmente o tomarão como uma ameaça (a não
sabe. Quando estiverem próximos algo vai acontecer ser aqueles que já conhecem o Personagem há tempo
para que eles se encontrem. Sempre que o personagem suficiente para saber se isso é verdade ou não). O
precisar de ajuda em algo (sem que ele saiba que precisa personagem recebe um bônus de +2 a Iniciativa quando
de ajuda) o Mestre pode decidir se a sua Alma gêmea um combate começar. Porém, depois de enfrentar um
aparece e, por algum pretexto qualquer, a pessoa lhe adversário uma vez, ele poderá já estar ciente do seu
auxilia em alguma tarefa que o seu personagem não potencial e não lhe permitirá nenhuma vantagem. Essa
sabe por onde começar ou nem tomou conhecimento é uma habilidade extraordinária.
do problema. O personagem não sabe que a pessoa tem
esse tipo de ligação com ele. Aprendiz Rápido (Foco 5 Pts)
Você consegue aprender com muita repidez,
Alma Pura (Foco 2 Pts) entendo as coisas mais velozmente que a maioria das
Nenhum demônio é capaz de chegar perto de seu pessoas. Em termos de jogo, seu personagem gasta
Personagem, muito menos tocá-lo ou atacá-lo enquanto menos pontos de pericias quando aquire algum pericia
o Personagem mantiver sua alma limpa (sem nenhum que não seja sua. Ele considera todas as pericias como
pecado). O demônio pode permanecer na mesma sala se fosse da sua classe. Mas ainda a pericias que necessita
que o Personagem ou dialogar com ele; porém, será de que tenha al menos uma graduação.
incapaz de atacá-lo fisicamente. O personagem para
manter essa habilidade ela deve permanecer com a Arma ou Amuleto Mágico (Foco 1-3 Pts)
tendência Leal e Boa, caso ele mude de tendência ele O personagem possui uma arma ou objeto
perderá essa habilidade – e os demônios saberão disso. mágico. Pode ser uma arma +1 (1 ponto), ou até
Caso o personagem ataque o Demônio à proteção será possuir uma arma +3 que possa destruir os mortos-
quebrada por uma hora. Essa é uma habilidade vivos com mais facilidade (3 pontos).
extraordinária.
Escola de Monstros
Escrevendo o roteiro
Essa é uma história baseada em contos de drama e aventuras de supers heróis, mas que com alguma criatividade
pode ser adaptada para quaisquer sistemas e cenários (?). Bem, essa história se encaixa perfeitamente em cenários de
supers heróis, no final há uma explicação mais detalhada dos personagens apresentados nessa aventura. O jogo deve se
passar nos dias de hoje, numa cidade não muito grande e também não muito pequena. Não faz diferença à cidade ser
ou não próxima ao mar, a desertos; ser fria ou quente, tropical ou não. Bem para adicionar os jogadores a essa história,
seria bom se os jogadores já começarem a ficar sabendo que algumas crianças (entre 12 e 15 anos) estão desaparecidas,
uma das crianças poderia (deve!) ser parente (filha/irmã) ou uma queridinha dos jogadores para adicionar um clima
de vingança e desespero ao jogo. Bem, após os jogadores estarem informados sobre esses desaparecimentos, aparecerá
na televisão uma notícia informando que a polícia abandonou o caso, afirmando ser apenas uma brincadeira de mal
gosto de algumas pessoas da cidade. Mas, os jogadores ficarão sabendo também que algumas pessoas da cidade ainda
procuram as crianças desaparecidas, afirmando que não é apenas uma brincadeira. Depois dessas informações, os
jogadores terão algumas opções óbvias: Procurar a família de algumas das crianças ou procurar na polícia, caso eles
tenha outra idéia o mestre deverá usar um pouco mais de criatividade.
Iniciando as filmagens jogadores procurem nas salas de aulas, eles não
encontraram nada além de objetos pessoais perdidos
Caso os jogadores forem verificar na polícia, (pistas falsas?), no primeiro andar, não encontrarão
TODOS os policiais irão afirmar que é uma nada, caso procurem cuidadosamente na sala da
brincadeira de mau gosto, e que as pessoas que ainda diretoria, encontrarão uma passagem secreta que
afirmam, pertencem a uma gangue local, e querem leva ao subterrâneo do colégio. Terão de descer uma
que a fama da polícia entre em desgraça. Se os escada até chegarem a um túnel não muito
jogadores optarem por procurar a família de alguma trabalhado que estará parecendo um pouco com um
das crianças, as mães e os pais (ou os responsáveis) esgoto, eles seguirão uns 50m de túnel (a largura é o
irão até derramar lágrimas. Eles amostrarão fotos suficiente para que um carro pequeno passe). No
das crianças brincando, com eles próprios, além de final do túnel há um salão (está mais para uma
também mostrarem fotos deles na escola. Os pais caverna) com cerca de 20m de comprimento e 10m
irão falar que as crianças estudam em um colégio de largura e quase uns 9m de altura; a sala está
chamado: São Bernardes e que algumas (não todas!) totalmente irregular (o que pode dificultar o
crianças sumiram quando voltavam da escola. Caso movimento dos personagens), nela há algumas
você tenha colocado um dos jogadores para ter mesas com objetos para cirurgias, desde as mais
algum parente seqüestrado, avise a ele que esse complexas até as mais simples. Também no salão
parente dele estuda nesse colégio. serão percebidas algumas gaiolas, umas cinco, numa
delas a uma menina dormindo (cerca de 10 anos);
Cena 1 – A criatura nesta sala haverá três das criaturas deformadas que
atacarão os personagens (se um dos jogadores
Após receberem as últimas informações, os enfrentou uma das criaturas, ela estará nessa sala e
jogadores poderão optar por investigar na escola ou estará ainda ferida). As criaturas irão partir para
não, ou irem procurar pela a tal gangue que os cima dos jogadores, as criaturas lutarão até não
policiais informarem. Caso eles não optem por poderem mais. Com a derrota das criaturas os
investigar na escola, o jogador que teve um parente personagens deverão ir soltar a garotinha (caso
seqüestrado será atacado quando estiver sozinho, sejam realmente heróis), eles irão reparar que ela
por uma criatura que lembra um humano (cerca de estará dormindo (personagens que forem do ramo
dois metros), só que com dois braços direito e um de saúde vão reparar que ela estará dopada). Com
esquerdo, a criatura aparenta ter um nível de massa uma busca cuidadosa sobre o local irão achar fotos
muscular elevadíssima, que desfigura seu corpo, o das crianças e fichas técnicas, todas possuem o
rosto está deformado e veste apenas uma bermuda mesmo tipo sangüíneo (AB) e quase a mesma idade,
um pouco rasgada e o seu corpo mostra várias também encontrarão a chave de um quarto de hotel
cicatrizes. Os jogadores que forem médicos (ou do (na chave está escrito o nome do apartamento e um
ramo de saúde) repararão que as cicatrizes são chaveiro com o número do quarto, mas isso é
marcas de cirurgias. A criatura tentará surpreender normal nos hotéis). Essas são as únicas coisas
o personagem, ela não lutará para matar o importantes encontradas, caso tentem ler a mente
personagem, mas sim para deixá-lo inconsciente. das criaturas irão reparar que a inteligência das
Caso a criatura esteja perdendo para o personagem, criaturas é um pouco maior que a de um cão.
ela irá fugir (ela possui uma velocidade um pouco
Cena 3 – A Busca
acima da humana). Caso o jogador corra atrás da
criatura, ela irá arremessar e derrubar coisas para
Quando a menina acordar, irá perguntar quem
poder impedir o personagem de prosseguir. A
são os personagens e ficará desesperada, caso os
criatura estará se dirigindo para a escola, continua
jogadores não forem convincentes. Ela irá explicar
na Cena 2 – A Escola.
Escola Para os jogadores que forem
que foi o professor de biologia do 3° ano que a levou
procurar no colégio, prossiga para a Cena 2 – A
para aquele lugar, ela não sabe o nome. Ela também
Escola.
Escola Para os jogadores que forem procurar pela a
não sabe chegar à sua casa, então os jogadores
tal “gangue”, eles ficarão sabendo que ela nunca
deverão conseguir um jeito de deixar a criança em
existiu e na volta o jogador que teve o parente
casa. Se os jogadores procurarem na escola
envolvido no caso poderá ser atacado pela a criatura
novamente, encontrarão dois professores de
também.
biologia: um deles, um senhor de aparentemente 70
Cena 2 – A Escola anos Russel, e um novo professor de 30 anos Alenver.
Eles não encontrarão a residência do novo professor,
Aparentemente uma escola normal, mas bem apenas a de Russel. A casa do professor é em um
grande. Possui três andares: no primeiro fica a local pobre da cidade, ao chegar lá verão que a casa é
diretoria, o refeitório, o pátio, duas quadras e duas velha e meio destruída, caso perguntem aos
piscinas; no segundo, ficam as turmas do jardim até vizinhos eles irão informar que o senhor que
o final do ensino fundamental, e no terceiro as morava aí morreu faz 10 anos. Caso os jogadores
turmas do ensino médio. Nos andares que possuem vasculhem a casa, verão que os vizinhos estavam
turmas há cerca de 20 salas. A escola possui um certos. A casa estará abandonada e habitada apenas
sistema de segurança razoável, tem até alguns vigias pelos os insetos, ratos e baratas. Se os jogadores
no interior e no exterior da escola. Caso os procurarem pelo o hotel, irão encontrá-lo com
facilidade, já que ele é um dos mais famosos da mais com os corpos abertos e decepados, o que
cidade. Os jogadores terão algumas possibilidades poderá encher de ódio o coração e a mente dos
de entrar no hotel, pela invasão ou por tentarem personagens. Em um local mais iluminado, estará
enrolar o atendente (Os jogadores estão com a chave Russel, na frente de uma das macas, onde estará uma
do quarto, ora!). Quando os jogadores entrarem no das crianças (pode ser o parente do personagem,
quarto, irão se deparar com o novo professor de para ter um pouco mais de drama e cautela). Ele
biologia, Alenver, sentado, observando alguns observará os personagens e começará a rir, enquanto
papéis. Quando ele vê os jogadores imediatamente segura uma seringa vazia, na qual ele acabou de
pergunta quem são eles, e tentará chamar a injetar na criança. Após isso ele começará a dizer
segurança caso os jogadores partirem para a agressão que a experiência está quase completa e que só falta
ou tentarem alguma gracinha. Se os jogadores uma mente sã para poder completar e depois disso
utilizarem os seus super-poderes contra o professor, ele aponta para si mesmo. Caso os jogadores iniciem
ele irá demonstrar os seus também, que é a uma conversa ofensiva contra Russel, ele falará que
habilidade de absorver, controlar e disparar o que ele está fazendo é para o bem da humanidade
eletricidade que são de níveis um pouco elevados e para a evolução humana. Se os jogadores partirem
(exceto a habilidade de controlar). Os jogadores para a agressão, ele ordenará que as criaturas
deverão lembrar que estão em um local onde há ataquem os personagens. Com o início da luta as
dezenas de inocentes; uma batalha poderia destruir crianças começarão a gritar desesperadamente
todo o local e matar diversas pessoas. Caso uma pedindo socorro. Russel começará a matar algumas
batalha se inicie, Alenver utilizará todas as forças das crianças para que elas comecem a se desesperar.
para derrotar os jogadores, ele é um pouco insano Se algum dos jogadores for impedir Russel, ele
destruindo boa parte do local com seus ataques. tentará pará-lo com seus poderes mentais (Russel
Caso esteja perdendo ele irá se jogar pela a janela possui poderes mentais, capazes de imobilizar,
(considere que os jogadores estão no oitavo andar), controlar e também possui certa invulnerabilidade).
ele irá cair sobre os fios de alta tensão, no qual irá se Após alguns turnos de luta, e antes que a luta acabe,
segurar e absorver a energia e disparar contra os o parente do personagem se libertará da maca e
jogadores. Caso os jogadores matem Alenver, muita começará a voar, no mesmo turno ele matará uma
coisa estará perdida, seria bom lembrar isso aos das crianças que estava gritando desesperadamente
jogadores. Caso os jogadores derrotem Alenver, ele ao seu lado, apenas com o olhar. Russel após essa
irá dizer tudo o que sabe e pedirá para que eles não o cena começará a rir e falará que está tudo indo como
matem, caso os jogadores dêem mole, ele irá o planejado e que agora só falta a mente.
aproveitar da situação para atacar novamente os
jogadores, nesse caso não há motivos para não matá- Cena 5 – Sentimentos
Sentimentos
lo.
Com o final da última cena, as criaturas
Cena 4 – Sala dos Horrores correrão para fora do galpão. Quando Russel acabar
de tagarelar, ele usará seus poderes mentais para
As informações que Alenver revelará serão: tentar controlar a criança (que no caso é o parente
Que o outro professor de Biologia, Russel, está por do personagem). Os jogadores poderão reparar que
traz de tudo; Que ele está agora em um galpão, perto ele se esforçará ao máximo, e depois será
da estação de metrô, realizando experiências com as arremessado para traz (terá bastante sangue saindo
crianças. Caso perguntem sobre os papéis que estava de suas narinas). A criança irá olhar para Russel, e
lendo, ele falará que são as novidades sobre a disparará contra ele uma rajada de energia, o que irá
pesquisa. Alenver, não terá mais nenhuma lhe causar um grande ferimento, depois de dispará-
explicação para dar aos jogadores, seria bom se o lo a criança começará a berrar o que causará dano a
mestre dificultasse isso, fazendo com que os todos os personagens, ela fará com que o galpão
jogadores tivessem que torturar ou usarem outras desabe sobre os personagens. Quando os jogadores
formas para receber essas informações. Se os se livrarem dos escombros, já haverá passado um
jogadores se dirigirem até o galpão, chegarão até um tempo, irão ver fumaça vindo da estação do metrô,
antigo quarteirão com oito galpões, que ao se logo perceberão que a criança esta lá. Com um
aproximarem serão atacados por duas daquelas pouco mais de observação repararão que as criaturas
criaturas que atacaram anteriormente os e as outras crianças estarão mortas (caso ainda não
personagens. Após a batalha eles chegarão ao estivessem livres). Como a estação de metrô está há
Galpão certo, quando entrarem, mesmo com a algumas ruas dali, os personagens chegarão ali em
iluminação precária (e a falta!), verão algumas alguns minutos. Ao chegar encontrarão parte do
dessas criaturas espalhadas (umas seis), pelo galpão. local destruído, e o metrô em chamas com pessoas
Haverá também diversos equipamentos cirúrgicos, pedindo por socorro. Lá também irão ver que Russel
muito mais evoluídos do que aqueles que haviam no estará lá pedindo para que a criança ceda a ele a sua
salão subterrâneo. Nessa sala há diversas macas, mente, para que ele possa usar a mente a favor da
onde estarão todas as crianças, inclusive o parente humanidade, e não contra. Após essas palavras ele
do personagem. Há cerca de 20 crianças pelo o tentará novamente controlar a criança, que
galpão, todas presas nas macas, por amarras, pelo começará a gritar novamente, destruindo ainda mais
menos umas sete estarão mortas, não só mortas o local. Russel novamente não conseguirá controlar a
mente da mesma, com isso ela disparará novamente possibilitou controlar toda a polícia e a fazer desistir
uma rajada de energia contra Russel, que dessa vez o do caso das crianças, que estava começando a
levará a morte. Nesse momento os jogadores atrapalhá-lo. Seus poderes mentais são capazes de
deverão estar sem ao menos saber o que fazer, já que imobilizar, controlar e de possuir um poder de
nenhum deles teria a coragem de matar uma criança invulnerabilidade.
que está insana e com super poderes. Caso algum
dos jogadores tente matar a criança, o mestre deverá A Criança
falar que é apenas uma criança e que o jogador que é
parente dela não deixaria que isso acontecesse. Só Sendo o inimigo final da aventura, a aparência
há uma opção clara para poder impedir que a criança depende muito de como é o parente do personagem.
cause mais destruição: matá-la. O personagem que é Em base os poderes da criança seria uma habilidade
parente deve impedir que isso aconteça, tentando de vôo, não muito rápido, mas o suficiente para que
falar que se fosse pra alguém o fazê-lo devia ser ele, não precise andar, a criança manterá esse poder
ou algo assim. Ainda há a opção de tentar fazer com sempre ativado. Além disso, ela possui a capacidade
que a criança tente relembrar de suas memórias. de disparar raios (seja pela a mão, pelo os olhos ou
Seria legal se o jogador (parente da criança) tentasse por outros meios), o dano da rajada é bem alto, mas
se aproximar da criança mesmo recebendo os seu alcance não é muito longo. A criança possui
disparos de energia e chamando-a pelo nome ou algo uma espécie de grito supersônico, esse golpe sim
assim, para poder fazê-la recuperar a memória por possui um alcance incrivelmente longo, mas seu
algum tempo. Mestre você tem a total liberdade dano é quase a metade do dano de seu raio. Além
para fazer o final do jeito que bem entender. desses poderes, a criança possui habilidades de
defesa mental, em outras palavras ela possui
Fim das filmagens habilidades para não ser controlada, há uma chance
do individuo que a tente controlar, ter seu poder
Essa história pode ter diversas conclusões, caso voltado contra si mesmo, sendo até mesmo
os jogadores tiverem deixado Alenver vivo, ele controlado pela a criança.
poderá tentar em algum futuro atacar os
personagens. Com a destruição do metrô, diversas
pessoas morreram entre outras coisas, a polícia
poderia chegar lá e encontrar os jogadores e culpá-
los por tudo. A conclusão da aventura depende
bastante do final e dos acontecimentos da aventura,
já que esse texto mostra apenas uma proposta de
aventura, e não uma aventura completa com fichas e
outras coisas. Um mestre iniciante poderia não se
interessar muito sobre esse texto, mas já um mestre
veterano poderia não só desenvolver melhor essa
aventura, como também criar alguma aventura
com base nesse texto.
Os Personagens
Alenver
Acabou de se formar e se
envolveu com as pesquisas do
professor Russel e começou a
ajudá-lo. Com seus poderes
envolvidos com a
eletricidade (Controle,
Disparo e absorção). É um
adversário grandioso contra os
aventureiros desprevenidos.
Russel
Necromante
Genuíno
Dado de Vida: d6
Pré-requisitos
Para se tornar um
Necromante Genuíno, um
personagem deve
preencher todos os
seguintes critérios.
benefício
Tendência:
que um
Qualquer uma não boa.
personagem daquela classe
Perícias: Conhecimento (arcano) 8
ganharia (talentos metamágicos ou
graduações, Conhecimento (religião) 8 graduações
de criação de itens e assim por diante; mas veja Maestria
Talento: Foco em Magia (necromancia)
Necromântica e Fascinar Mortos-Vivos aprimorado,
Magias: Habilidade de lançar invocar mortos-vivos II
abaixo). Se ele tinha mais que uma classe capaz de
como uma magia divina e comandar mortos-vivos como
conjurar magias arcanas ou divinas antes de se tornar
uma magia arcana.
um Necromante Genuíno, ele deverá decidir em qual
Especial: Habilidade de fascinar mortos-vivos
classe ele vai adicionar seus novos níveis para
Especial: Acesso ao domínio da Morte
propósitos de determinar magias por dia e magias
conhecidas.
Perícias de Classe Fascinar Mortos-Vivos (Sob): Os níveis de
As perícias de classe do Necromante Genuíno (e a classe de necromante genuíno se acumulam com os
habilidade chave da cada perícia) são: Concentração níveis de todas as outras classes que garantem a
(Con), Ofícios (Int), Cura (Sab), Conhecimento habilidade de fascinar mortos-vivos para propósitos de
(arcano), Conhecimento (religião), Profissão (Sab), determinar o nível efetivo de clérigo do personagem
Procurar (Int) e Identificar Magia (Int). para fascinar. Por exemplo, um clérigo de 5º nível /
Pontos de perícia a cada nível: 2+modificador de feiticeiro 4 / necromante genuíno 2 fascina mortos-
Int vivos como um clérigo de nível 7. Os bônus dele da
habilidade de maestria necromântica, uma vez ganhos,
Habilidades de Classe:
também se aplicam.
Todas as seguintes características a seguir
Criar Mortos-vivos (SM): Quando chega no 2º
pertencem à classe de prestígio necromante genuíno.
nível, um necromante genuíno pode lançar criar mortos-
Usar armas e armaduras: necromantes genuínos
vivos uma vez por dia, como a magia de mesmo nome.
não sabem usar nenhuma arma, armadura ou escudos
Ele pode usar essa habilidade uma vez adicional por dia
adicionais.
no 5º nível e maior. Ele deve ainda fornecer os
Magias por dia / Magias conhecidas: Um
componentes materiais. O nível de conjurador do
necromante genuíno ganha novas magias por dia (e
necromante genuíno é igual ao seu nível de personagem
magias conhecidas, se aplicável) como se ele tivesse
Nível Bônus Base Resistências
de classe de Ataque Fort Refl Vont Especial Magias Por Dia
--------- --- -------------- ---- ---- ----- ------------ ---------------------
1 +0 +0 +0 +2 Fascinar Mortos-Vivos. +1 Nível Arcano
2 +1 +0 +0 +3 Criar Mortos-Vivos 1/Dia. +1 Nível Divino
3 +1 +1 +1 +3 Maestria Necromântica (+1). +1 Nível Arcano & Divino
4 +2 +1 +1 +4 Zona de Profanação. +1 Nível Arcano & Divino
5 +2 +1 +1 +4 Criar Mortos-Vivos 2/Dia +1 Nível Arcano & Divino
6 +3 +2 +2 +5 Maestria Necromântica (+2) +1 Nível Arcano
7 +3 +2 +2 +5 Maior Profanação +1 Nível Divino
8 +4 +2 +2 +6 Criar Mortos-Vivos Aprimorado 1/Dia. +1 Nível Arcano & Divino
9 +4 +3 +3 +6 Maestria Necromântica (+3). +1 Nível Arcano & Divino
10 +5 +3 +3 +7 Evaporação. +1 Nível Arcano & Divino
11 +5 +3 +3 +7 Criar Mortos-Vivos Aprimorado 1/Dia. +1 Nível Arcano & Divino
12 +6 +4 +4 +8 Maestria Necromântica (+4) +1 Nível Arcano & Divino
13 +6 +4 +4 +8 Drenar Energia. +1 Nível Arcano & Divino
14 +7 +4 +4 +9 Grito de Banshee +1 Nível Arcano & Divino
mais o bônus da habilidade proficiência necromântica, Invocar Mortos-Vivos I
uma vez que a tenha ganhado.
Maestria Necromântica (Ex): No 3º nível, um Conjuração (Invocação) [Mal]
necromante genuíno ganha um poder maior sobre a Nível: Fet/Mag 1 , Clérigo 1, Algoz 1
morte. Quando ele fascina mortos-vivos, lança uma Componentes: V, S, F/FD
magia de necromancia, ou usa uma hábil idade similar à Tempo de Execução: 1 rodada
magia que simule uma magia necromântica, seu nível de Alcance: Curto (7,5m + 1,5m/2 níveis).
conjurador efetivo aumenta. O bônus é +1 no 3º nível, Efeito: Uma criatura Invocada
+2 no 6º nível, +3 no 9º nível, e +4 no 12º nível e Duração: 1 rodada/nível
maior. Teste de Resistência: Nenhum
Zona de Profanação (Sob): No 4º nível, um Resistência à Magia: Não
necromante genuíno começa a exercer sua autoridade A magia funciona como Invocar Criaturas I (LJ
sobre os mortos-vivos. Essa aura é idêntica aos efeitos p.249, exceto que você invoca uma criatura morta-viva).
da magia profanar (veja o Livro do Jogador pág. 276.), Invocar Mortos-Vivos I invoca uma das criaturas da
exceto que isso afeta somente aliados mortos-vivos. lista de 1º nível da tabela de acompanhamento. È
Maior Profanação (Sob): No 7º nível, um possível escolher o morto-vivo invocado e alterar a sua
necromante genuíno estende sua autoridade sobre os escolha sempre que a magia for utilizada. As criaturas
mortos-vivos. A aura de energia negativa sobrenatural invocadas não são consideradas no limite de DV de
que envolve ele (veja Zona de Profanação, acima) agora mortos-vivos controlados pelo personagem com
se estende para um raio de 3 metros por nível de classe animated dead ou outras habilidades de comandar
de Necromante Genuíno. mortos-vivos. Nenhum morto-vivo que você invocar
Criar Mortos-Vivos Aprimorado (SM): Quando pode ter mais DV seu nível de conjurador +1.
alcançar o 8º nível um necromante genuíno pode lançar Foco: Uma bolsa minúscula, uma vela pequena
criar mortos-vivos maior (veja o Livro do Jogador, pág.224 ) (apagada) e um osso entalhado de algum humanóide.
uma vez por dia, igual a magia. Ele pode usar essa
habilidade uma vez adicional por dia no 11º nível e Invocar Mortos-Vivos II
maior. Ele ainda deve fornecer o componente material
requisitado. O nível de conjurador do necromante Conjuração (Invocação) [Mal]
genuíno é igual ao seu nível de personagem mais o Nível: Fet/Mag 2 , Clérigo 2, Algoz 2
bônus da habilidade Maestria Necromântica, uma vez Componentes: V, S, F/FD
que a tenha ganhado. Tempo de Execução: 1 rodada
Evaporação (SM): No 10º nível e maior, um Alcance: Curto (7,5m + 1,5m/2 níveis).
necromante genuíno pode usar evaporação uma vez por Efeito: Uma ou mais criaturas invocadas, todas a
dia, com nível de conjurador igual ao seu nível de menos de 9m entre si.
personagem mais o bônus da habilidade Maestria Duração: 1 rodada/nível
Necromântica. Teste de Resistência: Nenhum
Drenar Energia (SM): No 13º e maior, um Resistência à Magia: Não
necromante genuíno pode usar drenar energia uma vez
por dia, com um nível de conjurador igual ao seu nível Como Invocar Mortos-Vivos I, exceto que é
de personagem mais o bônus da habilidade Maestria possível invocar um morto-vivo da lista de 2º nível ou
Necromântica. dois da lista de 1º nível do mesmo tipo.
Grito da Banshee (SM): No 14º, um Lista de Invocar Mortos-Vivos.
necromante genuíno pode usar grito da banshee uma vez 1º Nível: Esqueleto de combatente humano (LM
por dia, com um nível de conjurador igual ao seu nível p.117), Kobold Zumbi (LM p.267).
de personagem mais o bônus da habilidade Maestria 2º Nível: Esqueleto de Urso-coruja (LM p.117),
Necromântica. Bugbear Zumbi (LM p.267).
Ele me dará
todos os
ratos que
eu puder
caçar.
Talvez o
mestre até nos
dê o dom.
Lá está
ele.
Ele era
forte, mas
nós o
pegamos. Foi um bom
adversário...
Mas não o
bastante
Levantem
ele.
Mestre não nos
castigue. Não
cometeremos
mais erros.
Seus idiotas...
ele não tem a marca!!!
Enquanto eu perco o
meu tempo aqui, ele já
deve estar longe.
Então
você é
inútil para
mim.
Você não
me dirá
nada não
é mesmo?
Seus destinos
serão piores do
que o dele caso
ocorram mais
erros.
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