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Índice
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Características/comportamentos:
A sua linguagem é sobretudo mimica e em alguns casos emitam mesmo os animais com
que viveram sendo a sua linguagem verbal quase sempre nula ou muito reduzida.
Quando resgatados a sua capacidade de aprender uma língua é muito variada umas
nunca aprendem a falar, outras aprendem algumas palavras e outras ainda aprendem a
Os padrões de cultura
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A cultura
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A socialização
Os padrões culturais:
Por outro lado, devemos notar que os padrões culturais estão em constante
mudança devido ao contacto com outras culturas, à criação de novos conceitos, às
descobertas do homem e à evolução de pensamento dos cidadãos.
Amala e Kamala
Amala e Kamala, também conhecidas como as meninas lobo, foram duas
crianças selvagens encontradas na Índia no ano de 1920. A primeira delas tinha um ano
e meio e faleceu um ano mais tarde. Kamala, no entanto, já tinha oito anos de idade, e
viveu até 1929.
Victor de Aveyron
Victor de Aveyron foi uma criança selvagem que foi encontrado em França, em
1798, tendo sido adotado então pelo educador francês Jean-Marc-Gaspard Itard. O
cineasta francês François Truffaut realizou o filme "L'Enfant Sauvage", baseando-se nos
relatos de Jean Marc Gaspard Itard.
Em setembro de 1799, um menino com cerca de 12 anos foi encontrado perto da
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floresta de Aveyron, sul da França. Estava sozinho, sem roupa, deslocava-se utilizando
quatro apoios e não falava uma palavra. Aparentemente, fora abandonado pelos pais e
cresceu sozinho na floresta. O menino, a quem lhe deram o nome de Victor, foi levado
para Paris, onde ficou aos cuidados do médico Jean-Marc-Gaspar Itard. Durante cinco
anos o Dr. Itard dedicou-se a ensinar Victor a falar, a ler e a comportar-se como um ser
humano, mas os seus esforços foram em vão. Pouco progresso foi conseguido durante
esse tempo. Victor nunca falou e apenas aprendeu a ler somente uma palavra (leite).
Podemos então concluir que as crianças selvagens são crianças que cresceram
com contacto humano mínimo, ou mesmo nenhum. Podem ter sido criadas por animais
(frequentemente lobos) ou, de alguma maneira, terem sobrevivido sozinhas.
Normalmente, são perdidas, roubadas ou abandonadas na infância e, depois, anos mais
tarde, descobertas, capturadas e recolhidas entre os humanos.
Elas constituem uma espécie de grau zero do desenvolvimento humano,
ensinam-nos o que seríamos sem os outros, mostram de forma abrupta a fragilidade da
nossa animalidade, revelam a raiz precária da nossa vida humana.
Estas evidenciam características semelhantes entre si: Em termos de linguagem,
as crianças selvagens só conhecem a mímica e os sons animais, especialmente os das
suas famílias de acolhimento. A sua capacidade para aprender uma língua no seu
regresso à sociedade humana é muito variada. Algumas nunca aprendem a falar, outras
aprendem algumas palavras, outras ainda aprenderam a falar correctamente o que
provavelmente indicia que tinham aprendido a falar antes do isolamento; Em termos de
comportamento, as crianças selvagens exibem o comportamento social das suas famílias
adoptivas (cães, lobos, etc.).Não gostam em geral de usar roupa e alimentam-se, bebem
e comem tal como um animal o faria. A maioria das crianças selvagens não gostam da
companhia humana e percorrem longas distâncias para a evitar. Algumas crianças
selvagens não mostram interesse algum noutras crianças da sua idade nem nos jogos
que estas jogam. Na medida em que não gostam da companhia humana, procuram a
companhia dos animais, particularmente dos animais semelhantes à espécie dos seus
pais adoptivos. Ao mesmo tempo, também os animais reconhecem estas crianças,
aproximando-se delas como não o fariam em relação a outros humanos.
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Monteiro, M., Ferreira, P. (2006), Ser Humano, Maia, Porto Editora, 1º Edição pg.17-
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