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PROTOCOLO

Organização Social Mantida com Recursos Públicos

AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PARA DISFAGIA


Provenientes de Seus Impostos e Contribuições Sociais

| ELABORAÇÃO |

Adriana de Oliveira Sousa - Gerente de Terapias Integradas - DITEC | ISGH


Adriana Itala Almeida de Arruda Ribeiro - Coordenadora do Serviço de Fonoaudiologia | HGWA
Amanda Maria de Souza Tavares - Fonoaudióloga da Unidade de Cuidados Especiais | HGWA
Andrezza Camila Cacau Uchôa - Fonoaudióloga da Unidade de AVC | HGWA
Caroline Sampaio Sousa Fonoaudióloga da Unidade de Neonatologia | HGWA
Emanuelle Silva Pereira Ferreira Fonoaudióloga da Unidade de AVC | HGWA
Francisco Julimar Correia de Menezes - Coordenador do Centro de Estudos | HGWA
Juliana Vieira Rocha - Enfermeira da Educação Permanente | HGWA
Lourdes Andréa The de Holanda - Fonoaudióloga da Unidade Pediátrica | HGWA
Luciana Fiori Palhano Melo Fonoaudióloga da Unidade de AVC | HGWA
Maria Cláudia Mendes Caminha Muniz - Fonoaudióloga da Unidade de
NeonatologiaHGWA Fonoaudióloga do Teste da Orelhinha | HGWA
Maria Inês Costa - Fonoaudióloga das Clínicas Médicas III e IV | HGWA
Patrícia Arruda Lacerda Esteche - Fonoaudióloga da Unidade de Terapia Intensiva Adulto e
Pediátrica e do Ambulatório | HGWA
Samylla Maria de Oliveira Araújo - Fonoaudióloga das Clínicas Médicas I e II | HGWA

| VA L I D A Ç Ã O |

Késsy Vasconcelos de Aquino - Diretora Técnica | ISGH

| F O R M ATA Ç Ã O |

Conteúdo | ISGH

| D ATA S |

Versão 00: Março de 2017

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| INSTITUTO DE SAÚDE E GESTÃO HOSPITALAR | RUA SOCORRO GOMES, 190 – BAIRRO: GUAJERU | FORTALEZA/CE | CEP: 60.843 – 070 | CNPJ: 05.268.526.0001 – 70 |
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AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PARA DISFAGIA
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Provenientes de Seus Impostos e Contribuições Sociais

| SUMÁRIO |

1. INTRODUÇÃO PÁG. 4
2. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS PÁG. 4
3. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PÁG. 5
4. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO PÁG. 5
5. INDICADORES PÁG. 5
5.1 PERCENTUAL DE DESMAME DE SONDA PÁG. 5
5.2 ÍNDICE DE PACIENTES DENTRO DA META DE 7 DIAS PARA RETIRADA DE SNE/SNG PÁG. 6
5.3 ÍNDICE DE RISCO PARA DISFAGIA DOS PACIENTES DA UNIDADE PÁG. 6
6. DESENVOLVIMENTO DO PROTOCOLO PÁG. 6
6.1. AVALIAÇÃO INICIAL DO PACIENTE PÁG. 6
6.2. AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS FONOARTICULATÓRIOS PÁG. 7
6.3. AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA DEGLUTIÇÃO PÁG. 8
6.4. AVALIAÇÃO DO PACIENTE TRAQUEOSTOMIZADO PÁG. 9
6.5-RESULTADOS DA AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PÁG. 9
7. CONDUTAS PÁG. 10
8. TIPOS DE GERENCIAMENTO DE CONDUTA PÁG. 10
9. INTERCORRÊNCIAS PÁG. 11
9.1 INSTABILIDADE CLÍNICA E HEMODINÂMICA PÁG. 11
9.2 RESÍDUO GÁSTRICO PÁG. 11
9.3 PENETRAÇÃO E/OU ASPIRAÇÃO PÁG. 12
9.4 BRONCOASPIRAÇÃO PÁG. 12
10. PLANO DE CUIDADO MULTIPROFISSIONAL PARA DESMAME DA SONDA PÁG. 12
10.1) PLANO DE CUIDADO PARA EQUIPE MÉDICA PÁG. 12
10.2) PLANO DE CUIDADO PARA EQUIPE ENFERMAGEM PÁG. 13
10.3) PLANO DE CUIDADO PARA EQUIPE FISIOTERAPIA PÁG. 13
10.4) PLANO DE CUIDADO PARA EQUIPE NUTRIÇÃO PÁG. 13
11. REFERÊNCIAS PÁG. 14
12 APÊNDICES PÁG. 15

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| 1. INTRODUÇÃO |

A disfagia é um distúrbio da deglutição decorrente de causas neurológicas e/ou estruturais. Pode ser
decorrente de traumas de cabeça e pescoço, de acidente vascular encefálico, de doenças neuromusculares
degenerativas, de câncer de cabeça e pescoço, de demências e encefalopatias.

A disfagia mais frequentemente reflete problemas envolvendo a cavidade oral, faringe, esôfago ou transição
esofagogástrica. A disfagia ou dificuldade na deglutição pode resultar na entrada de alimento na via
aérea, resultando em tosse, sufocação/asfixia, problemas pulmonares e aspiração. Também, gera déficits
nutricionais, desidratação com resultado em perda de peso, pneumonia e morte.

Dentro desse contexto, é observada a necessidade de avaliações fonoaudiológicas proativas, planejadas e


controladas, estabelecendo-se métodos objetivos, princípios de avaliação consensuais e de aplicação por
profissionais com expertise na área.

A contribuição da Fonoaudiologia busca ampliar as perspectivas prognósticas, com a redução do tempo de


internação e a redução na taxa de reinternações por pneumonia aspirativa, contribuindo significativamente
para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

| 2. PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS |

• Equipe Multiprofissional

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| 3. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO |

• Nível de consciência com Glasgow >10;


• Diminuição da secreção das vias aéreas em pacientes traqueostomizados e/ou com suporte de ventilação
mecânica.

| 4. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO |

-Pacientes com CA de cabeça e pescoço em estágio avançado;

-Lesões de esôfago em estágio avançado;

-Doenças demenciais e/ou degenerativas em estágios avançados;

-Lesões em sistemas digestivos;

-Alterações psiquiátricas que interfiram na aceitação da dieta (ex: disfagias psicogênicas);

-Intervenção Nutricional (necessidade de manter-se em dieta mista por aporte calórico insuficiente).

| 5. INDICADORES |

| 5.1 PERCENTUAL DE DESMAME DE SONDA |

Nº de Protocolos de desmame de SNE concluídos com sucesso no mês vigente


x 100
Nº de protocolos de desmame de SNE elegíveis (falha+sucesso+transição)

Fórmula: PC (PROTOCOLOS CONCLUÍDOS); PE(PROTOCOLOS ELEGÍVEIS)


PCsne X 100/PE sne

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| 5.2 ÍNDICE DE PACIENTES DENTRO DA META DE 7 DIAS PARA RETIRADA DE SNE/SNG |

Nº de pacientes que retiraram a SNE/SNG em até 7 dias


Nº total de pacientes que retiraram a SNE/SNG

Fórmula: PCsne(7d)
x 100
PCsne(total)

| 5.3 ÍNDICE DE RISCO PARA DISFAGIA DOS PACIENTES DA UNIDADE |

Nº de pacientes com risco de disfagia


Nº total de pacientes avaliados

| 6. DESENVOLVIMENTO DO PROTOCOLO |

| 6.1 AVALIAÇÃO INICIAL DO PACIENTE |

Anamnese do paciente (nível de consciência, linguagem , compreensão, quadro respiratório, secreção de vias
aéreas).

IDENTIFICAÇÃO: Informações pessoais do usuário como nome, idade, prontuário, gênero F ou M, unidade
em que está internado, enfermaria, leito, hipótese diagnóstica e data de admissão.

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: Consciência do usuário no momento da avaliação.


Alerta: capaz de responder aos estímulos sem demora.
Sonolento: demora para reagir aos estímulos apresentados.

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COOPERAÇÃO: Como está o paciente no momento da avaliação - Cooperativo ou Não cooperativo.

LINGUAGEM: Verbal, não-verbal, alteração na fala.

COMPREENSÃO: Preservada, comprometida.

QUADRO RESPIRATÓRIO: Identificar os aspectos relacionados à respiração durante a avaliação e marcar com
um “X” a situação respiratória do usuário no momento da avaliação: Ar ambiente Suporte O2, máscara de
venturi, HOOD (infantil) Ventilação Mecânica, Traqueostomia: qual o tipo da TQT (Metálica ou Polietileno),
se possui ou não o cuff, caso este esteja presente verificar se o mesmo está insuflado ou desinsuflado.

SECREÇÃO: Hipossecretivo, hipersecretivo, não secretivo.

SIALORREIA: presente, ausente.

ALIMENTAÇÃO ATUAL: Via oral plena, sem restrições de consistência, via oral plena com restrição de
consistências, via alternativa de alimentação SNE (sonda nasoenteral), SOG (sonda orogástrica), SNG (sonda
nasogástrica), GTT (gastrostomia), PARENTERAL E MISTA (via oral e outra via alternativa), dieta zero.

| 6.2 AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS FONOARTICULATÓRIOS |

- SENSIBILIDADE INTRA E EXTRA-ORAL:


Adequada: quando não são observadas alterações.
Aumentada: quando observa-se uma hipersensibilidade.
Diminuída: quando observa-se uma hipossensibilidade, ou seja, pouca ou nenhuma resposta frente a um
determinado estímulo.

- LÁBIOS:
A postura deve ser analisada com o usuário em posição de relaxamento. Verificar também se estão ocluídos,
entreabertos ou abertos e se existe alteração anatômica. Além disso, não pode haver contração muscular
exagerada por parte do músculo mentual ou da musculatura perioral durante o repouso e deglutição. Quanto
à mobilidade, solicitar ao usuário realizar movimentos de bico/sorriso, lateralidade direita e esquerda. Para
avaliar o tônus, solicitar a contração do músculo orbicular dos lábios com contrarresistência dos dedos
enluvados ou espátula.

- LÍNGUA:
O repouso da língua deve ser verificado com a mandíbula em posição de repouso. Verificar se está normal,

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alargada ou se existe alteração anatômica. Quanto à mobilidade, solicitar ao usuário realizar movimentos de
protrusão, retração, lateral direita, lateral esquerda, elevar e abaixar. E para avaliar o tônus, solicitar ao usuário
para protruir a língua, afilando-a e mantendo a contração, ou por meio do movimento de contrarresistência
do dedo do avaliador na língua (se esta estiver com tônus rebaixado, ela tende a inferiorizar), ou ainda,
solicitar ao usuário realizar a sucção de palato.

- PARALISIA/PARESIA E ASSIMETRIA FACIAL:


Será avaliado sensibilidade e mobilidade da face a fim de concluir a presença ou ausência destes.

AVALIAR:
SENSIBILIDADE:
Facial: tocar de leve o rosto do paciente (testa, bochechas e mandíbula), a fim de verificar a integridade do
nervo Trigêmeo (V par).
Intra-Oral: Tocar região de palato, língua e vestíbulo suavemente.

MOBILIDADE:
Testa: elevação e contração.
Lábios: protrusão, retração e resistência. .

| 6.3 AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA DEGLUTIÇÃO |

1. Captação do bolo: inabilidade de capturar o alimento de um copo ou colher


2. Vedamento Labial: habilidade de manter o alimento na cavidade oral sem que escorra pelas comissuras
labiais.
3. Escape Oral do Alimento: ausência e/ou vedamento labial impreciso, sem força.
4. Alteração no Preparo do Bolo: dificuldade em formar um bolo alimentar coeso, em iniciar o movimento de
propulsão do bolo.
5. Propulsão do Bolo: observar a força para propulcionar o bolo alimentar para a faringe.
6. Resíduos em Cavidade Oral: redução da sensibilidade intra-oral, podendo haver acúmulo de alimento em
vestíbulo anterior, lateral, assoalho bucal e/ou superfície da língua após a deglutição.
7. Trânsito Oral Aumentado: geralmente associa-se a fase preparatória-oral inadequada e atraso no disparo
do reflexo de deglutição. Líquidos > 4 segundos e outras consistências > 20 segundos.
8. Regurgitação Nasal: escape de alimento pelas narinas durante ou após a oferta.
9. Odinofagia: presença de dor durante a deglutição, seja em cavidade oral, faringe, laringe ou esôfago.
10. Alteração do Reflexo de Deglutição: quando o paciente demora para ejetar o bolo alimentar para a faringe,
chamado também de atraso no disparo do reflexo de deglutição.
11. Alteração em Mobilidade Laríngea: dificuldade indica um aumento do risco de aspiração. Pode ser
monitorada com o posicionamento dos dedos indicador e médio sobre o hióide e cartilagem tireóide.
12. Deglutições Múltiplas: presença de mais de uma deglutição para o mesmo bolo.
13. Tosse: Resposta reflexa do tronco cerebral que protege a via aérea contra a entrada de corpos estranhos,

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podendo também ser produzida voluntariamente.


14. Pigarro: percebido um aham, antes, durante ou após a deglutição.
15. Engasgo: Obstrução do fluxo aéreo, parcial ou completo, decorrente da entrada de um corpo estranho
nas vias aéreas inferiores, podendo levar à cianose e asfixia.
16. Tosse Fraca e/ou Ineficaz: ineficiência em expelir materiais da via aérea.
17. Alteração Vocal após Deglutição: O objetivo é identificar a presença de voz molhada após oferta de
alimento ou líquido, por meio da comparação pré e pós-deglutição. Estas características estão freqüentemente
associadas ao aumento do risco de aspiração.
18. Alteração Respiratória: observar se durante ou após a oferta de alimento o paciente apresenta aumento
ou redução significativa da frequência respiratória basal, se há presença de sinais de desconforto respiratório
(dispnéia, batimento da asa do nariz, uso da musculatura acessória) e/ou presença de roncos ou sibilos na
ausculta brônquica (incluindo broncoespasmos).
19. Alteração da Ausculta Cervical: Se estiver alterada antes e após a deglutição: presença de ruídos na
respiração antes da deglutição e manutenção destes ruídos de mesma freqüência após a deglutição. Se
estiver alterada após a deglutição: presença de ruídos, não observados anteriormente, após a ausculta do
clunck de deglutição.
20. Sinais de Instabilidade Clínica: observar se há modificações de quaisquer sinais relacionados ao estado
clínico, durante e após oferta de alimento como: sudorese, alteração da coloração facial, alteração da
frequência cardíaca e/ou queda de saturação (redução maior que 4% da linha de base após a oferta).

| 6.4 AVALIAÇÃO DO PACIENTE TRAQUEOSTOMIZADO |

6.4.1 Teste do Corante Azul (TCA e TCAM)

Análise da deglutição de saliva e/ou de alimentos corados com azul em usuários traqueostomizados, onde
será monitorado a saída de azul pelo fisoterapeuta que realiza a apiração das vias aereas. Corante azul a ser
utilizado: anilina alimentícia.

| 6.5 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA |

DEGLUTIÇÃO NORMAL OU FUNCIONAL:


Deglutição normal ou alterada, mas não resulta em aspiração ou redução da eficiência da deglutição.
Mantém via oral sem prejuízos nutricionais.
DISFAGIA:
- LEVE: Leves alterações orais com e/ou sem restrição de consistência, podendo ocorrer intervenções

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terapêuticas, como, manobras, modificação de utensílios, controle da quantidade, etc.


- MODERADA:
Risco significativo de aspiração. Alimentação via oral e suplementada por via alternativa. Aumento do
tempo de alimentação; sinais de aspiração; alteração ou não dos sinais vitais; tosse reflexa fraca ou ausente.
Restrição de duas consistências.
- MODERADA À GRAVE:
Sinais de aspiração com necessidade de solicitação múltiplas de clareamento. Ausência de tosse reflexa e
tosse voluntária fraca ineficaz.
- GRAVE:
Impossibilidade de via oral. Sinais de aspiração; alteração dos sinais vitais; tosse reflexa ausente; tosse
voluntária ausente ou ineficaz.

| 7. CONDUTAS |

• Via Oral Plena (volume total): consistência - líquida, líquida espessada (alimento homogêneo - sem
pedaços), pastosa (alimento heterogêneo - com pedaços e semi-sólido) ou sólida (quaisquer tipo de
alimento);
• Via Oral + via alternativa de alimentação: Iniciar via oral _____ml. Sugestão de consistência: líquida,
líquido espessada, pastosa ou sólida;
• Dieta Oral apenas ofertada pelo Fonoaudiólogo;
• Fonoterapia;
• Via Oral Suspensa: sugestão de via alternativa de alimentação;
• Outras: descrever outras condutas como, utilização de manobras, modificação de utensílios, orientações,
etc.

| 8. TIPOS DE GERENCIAMENTO DE CONDUTA |

Alimentação assistida pelo fonoaudiólogo: oferta de alimentos é realizada apenas pelo fonoaudiólogo. Há
necessidade de orientação e técnicas frequentes.
Alimentação assistida pelo acompanhante ou equipe de enfermagem: a oferta do alimento é realizada

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pelo acompanhante ou técnico de enfermagem, devido a alguma incapacidade do paciente de administrar o


alimento sozinho.
Alimentação supervisionada: o paciente administra a própria refeição, mas com gerenciamento do
fonoaudiólogo associado a manobras terapêutica ou não.
Alimentação Independente: o paciente controla a administração da refeição sem necessidade de
gerenciamento.

| 9. INTERCORRÊNCIAS |

CONDUTA: SUSPENSÃO DIETA VIA ORAL

| 9.1 INSTABILIDADE CLÍNICA E HEMODINÂMICA |

Desconforto respiratório (uso da musculatura acessória, tiragem,broncoespasmos) , alteração da frequência


cardíaca e respiratória; queda de saturação, hipotensão (PAM < 65 mmHg), IOT.

| 9.2 RESÍDUO GÁSTRICO |

É o excesso de dieta ou secreção que permanece no estômago após a alimentação (em duas ou mais ofertas).
O volume e o aspecto (fecal ou entérico) do resíduo gástrico determinam se há ou não tolerância aos alimentos
e a capacidade de digeri-los.

Se resíduo gástrico > 200 mL, suspender o horário da dieta e manter a sonda fechada; Se resíduo < 200 mL,
administrar a dieta conforme rotina do serviço (checar velocidade de infusão e osmolaridade da dieta); se >
500 mL, manter sonda aberta em gravidade.
No paciente em dieta oral e recebendo dieta com cabeceira elevada a 90°, observar: ocorrência de vômitos
e/ou regurgitação e/ou broncoaspiração. Associar procinéticos e reavaliação clínica.

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| 9.3 PENETRAÇÃO E/OU ASPIRAÇÃO |

Penetração é quando o alimento atinge o vestíbulo laríngeo, mas não ultrapassa as pregas vocais.
Aspiração é a presença de alimento sobre ou abaixo do nível das pregas vocais e pode ocorrer antes, durante
ou após a deglutição.
Neste conceito, é importante avaliar a repercussão do evento:
- O evento repetiu?
- Alterou parâmetros clínicos no paciente? (respiratório e/ou hemodinâmico)?
- Alterou parâmetros laboratoriais e/ou radiológicos?

Se a resposta for positiva em quaisquer das perguntas, solicitar reavaliação fonoaudiológica.

| 9.4 BRONCOASPIRAÇÃO |

É aspiração de conteúdo gástrico ou corpo estranho na árvore traqueobrônquica, podendo causar


traqueobronquite, pneumonia, infecções pulmonares e obstrução das vias aéreas por aspiração de material
sólido.

Aspiração maciça de alimento (> 10% do volume ofertado).

REBAIXAMENTO DO SENSÓRIO: rebaixamento do nível de consciência (Glasgow < 12).

INTERVENÇÃO NUTRICIONAL: dieta mista devido quadro de desnutrição do paciente.

| 10. PLANO DE CUIDADO MULTIPROFISSIONAL PARA DESMAME DA SONDA |

| 10.1 PLANO DE CUIDADO PARA EQUIPE MÉDICA |

• Solicitar na prescrição a avaliação fonoaudiológica. Após a realização da avaliação, progredir na prescrição


a dieta de acordo com a orientação da(o) fonoaudióloga(o).

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| 10.2 PLANO DE CUIDADO PARA ENFERMAGEM ( Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem) |

• Alertar o serviço quanto aos pacientes que ainda não foram avaliados pela fonoaudiologia.
• Manter paciente com cabeceira elevada (30° a 45°). Durante a alimentação via oral, manter decúbito de
90°.
• Observar e anotar aceitação da dieta oferecida.
• Comunicar à equipe intercorrências no período, tais como: tosse, engasgos, vômito, aspiração,
broncoaspiração, recusa da dieta, instabilidade clínica.
• Alimentar o paciente quando da ausência de acompanhante.
• Repassar a sonda quando exteriorizada, caso o paciente esteja com dieta mista e volume reduzido (100
a 150 mL).

| 10.3 PLANO DE CUIDADO PARA FISIOTERAPEUTA |

• Comunicar ao fonoaudiólogo se o paciente está em condições de realizar avaliação da deglutição


informando sua avaliação sobre o quantitativo de secreção das vias aéreas e o padrão respiratório.
• Comunicar à equipe intercorrências no período, tais como: tosse, aspiração, broncoaspiração, engasgos,
instabilidade clínica, vômito.

| 10.4 PLANO DE CUIDADO PARA NUTRIÇÃO |

• Realizar o cálculo das necessidades nutricionais dos pacientes, garantindo a nutrição adequada e o conforto
do paciente.
• Promover segurança e reduzir eventos adversos durante o processo, como perda de peso.
• Adequar a consistência de acordo com a orientação da fonoaudióloga e aceitação.

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| 11. REFERÊNCIAS |

1. PEREIRA, C.I. Broncoaspiração, aspiração de corpo estranho ou conteúdo gástrico. MEDiFOCO. 2013.

Disponível em: <http://medifoco.com.br/broncoaspiracao-aspiracao-de-corpo-estranho-ou-conteudo-

-gastrico/>. Acesso em: 02 mar. 2017.

2. ANDRADE, C.R.F. et al. Protocolo de avaliação Fonoaudiológica de risco para disfagia (PARD). In ______

(Org.). Disfagia - prática baseada em evidência. São Paulo: Editora Sarvier, 2012. p. - 62 - 73

3. PADOVANI, A.R., MEDEIROS, G.C., ANDRADE, C.R.F. Protocolo fonoaudiológico de introdução e transição

de alimentação por via oral (PITA). In ______ (Org.). Disfagia - prática baseada em evidência. São Paulo:

Editora Sarvier, 2012. p. -74 - 85.

4. IRMANDADE DO SENHOR JESUS DOS PASSOS E HOSPITAL DE CARIDADE. Manual de terapia de nutrição

parenteral e enteral. Florianópolis: 2001. 27 p.

5. EBSERH HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS. Procedimento Operacional Padrão POP/Unidade de Re-

abilitação/1 Avaliação da disfagia em clientes adultos e idosos Procedimento Operacional Padrão POP/

Unidade de Reabilitação/12/2015 Avaliação da disfagia em clientes adultos e idosos. Versão 1.0. Ubera-

ba: Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação, 2015. 29 p.

6. PREFEITURA DE BELO HORIZONTE. Manual de aplicação do protocolo de disfagia em adultos. Belo Hori-

zonte: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, 2011. 21 p.

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| 12. APÊNDICES |

| 12.1 FORMULÁRIO DO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PARA DISFAGIA PÁG.01/02 |

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| 12.2 FORMULÁRIO DO PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PARA DISFAGIA PÁG.02/02 |

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PROTOCOLO
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PARA DISFAGIA
Organização Social Mantida com Recursos Públicos
Provenientes de Seus Impostos e Contribuições Sociais

| 12.3 INDICADOR PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PARA DISFAGIA |

| INSTITUTO DE SAÚDE E GESTÃO HOSPITALAR | RUA SOCORRO GOMES, 190 – BAIRRO: GUAJERU | FORTALEZA/CE | CEP: 60.843 – 070 | CNPJ: 05.268.526.0001 – 70 |
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