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Teste dos Cinco Dígitos - FDT

FUNÇÕES EXECUTIVAS
Processos cognitivos relacionados ao comportamento intencional e de crucial
importância para a nossa adaptação em diferentes contextos do dia a dia.

Elas envolvem uma série de processos que atuam de forma paralela e nos
permitem identificar objetivos, selecionar formas de alcança-los, eleger a melhor
forma e implementá-la.

Capacita-nos a monitorar comportamentos implementados ao longo do tempo,


avaliando sua eficácia, modificando-o ou interrompendo-o no caso de
necessidades de ajuste
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Estas funções nos permitem solucionar problemas levando em consideração as
consequências de curto, médio e longo prazo da solução escolhida

São fundamentais para que tenhamos sucesso na escola, trabalho e em nossas


relações pessoais

Disfunção executiva pode ocorrer em pacientes com Transtorno afetivo bipolar,


esquizofrenia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, demência de
Alzheimer, transtorno obsessivo compulsivo
NEURODESENVOLVIMENTO DAS
FUNÇÕES EXECUTIVAS
Sua maturação finaliza ao final da adolescência pois depende da maturação dos
circuitos fronto-estriatais, os últimos a atingirem a maturidade no ciclo vital

Funções executivas básicas / nucleares Funções executivas complexas

• Desenvolvem-se na infância • Terminam seu desenvolvimento na adolescência


• Memória operacional: capacidade de manter uma • Capacidade de planejar
determinada informação on-line em um repositório • Resolver problemas e
temporário, para que outras funções cognitivas realizem • Raciocinar de forma abstrata
operações mentais
• Controle inibitório: capacidade de inibir respostas,
distratores e comportamentos já iniciados
• Flexibilidade Cognitiva: alternar entre padrões cognitivos
e comportamentais de forma adaptada às demandas do
contexto

MODELO DE MIYAKI (2000) E DE DIAMOND (2013)


O TESTE – ficha técnica
AUTOR Desenvolvido por Manuel Sedó para avaliação das funções
executivas nucleares

USO Usado em diversos países

QUALIDADE Teste rápido e simples


Não envolve motricidade fina

PÚBLICO Pode ser usado em crianças, adultos e idosos


O TESTE - OBJETIVO
Avaliar a velocidade e a eficiência mental dos indivíduos em processos cognitivos automáticos, além de identificar a
diminuição na velocidade e na eficiência em processos cognitivos controlados.

Permite medir, em qualquer idioma, a velocidade e a eficiência mental do indivíduo e identificar imediatamente a
diminuição da velocidade e da eficiência que caracteriza o indivíduo com dificuldades neurológicas

Avaliação das funções executivas nucleares, como controle inibitório e a flexibilidade cognitiva

Permite comparar processos cognitivos controlados e processos cognitivos automáticos

• Processos cognitivos automáticos: mais relacionados à emissão rápida de respostas já bem consolidados como a leitura e a contagem,
representativos de processos atencionais simples
• Processos cognitivos controlados: flexibilidade cognitiva e controle inibitório
O TESTE – permite descrever:

A capacidade de
mobilizar um esforço
A velocidade e a mental adicional quando A fluidez verbal, ou seja, a
A constância da atenção A automatização
eficiência do as séries apresentam facilidade para encontrar
focada progressiva da tarefa
processamento cognitivo dificuldade crescente e as palavras
exigem concentração
muito maior
O TESTE – qual é a atividade a ser
realizada?
Leitura de dígitos de 1 a 5

Contagem de quantidades de 1 a 5

Produzir uma série de 50 palavras formadas pelas quantidades


recorrentes “1”, “2”, “3”, “4” e “5”, recombinadas de maneiras
diferentes
VELOCIDADE DE PROCESSAMENTO
Presença difusa em todo tipo de disfunção cerebral

Ausência de localização específica

Foi estudada primeiramente pelo holandês Donders (século XIX)

Foi articulada por Muriel Lezak (2004)

Em indivíduos de idade avançada: diferença considerável entre a velocidade de processamento que


caracteriza o envelhecimento saudável e a velocidade de processamento que aparece nas demências
VELOCIDADE DE PROCESSAMENTO
PARA ANALISAR A VELOCIDADE DE PROCESSAMENTO:
• Observe o tempo utilizado pelo paciente para executar desenhos livres,
ou testes gráficos, tais como HTP, Figuras complexas de Rey
• Veja se você consegue aplicar muitos ou poucos testes em uma sessão
de 50 minutos
• Analise o Índice de Velocidade de Processamento da WISC e do WAIS
• Analise a velocidade de processamento nos testes BPA, Teste de
Cancelamento de Sinos, D2
• Veja também o tempo de execução no FDT
ACESSO AOS CONCEITOS VERBAIS
Qual a facilidade do indivíduo para encontrar palavras?

• Se o indivíduo precisa nomear uma série de 50 numerais, ele necessita acessar os conceitos verbais

Indivíduos com disfunção neurológica tem lentificação no acesso aos conceitos


verbais

Pode ser avaliada nas Partes 1 e 2

• Na parte 1 a partir de um indício fonológico e quando o indivíduo evoca a “postura bucal” do número
reconhecido
• Na parte 2, não utiliza indícios fonológicos mas explora o espaço semântico inferior
ACESSO AOS CONCEITOS VERBAIS
PARA AVALIAR A FLUÊNCIA VERBAL
• Aplique a técnica FAS
• Veja a facilidade com a qual o indivíduo consegue buscar
palavras, por exemplo, nos testes de Compreensão Verbal do
WISC e do WAIS, tais como Semelhanças, Compreensão,
Vocabulário e Informação
• O indivíduo faz muitas interrupções em seus discurso usando
palavras como: “tipo assim”, “é...”, mostrando que está tentando
buscar a palavra pra explicar melhor sua ideia
PRODUÇÃO SERIAL
Produção rápida e eficiente de uma série de 50 elementos
• Revela a presença da atenção focada
• A capacidade de automatização e aprendizagem
• A resistência do sistema neuronal do indivíduo à fadiga
• A presença de um sistema gerador organizado das sequências

Pontuar no tempo 25 e no tempo 50


• A técnica de pontuação, que deve anotar o tempo após 25 e 50 itens, permite comparar a
velocidade do indivíduo em cada uma das duas metades e observar a presença de uma
aceleração progressiva ou, ao contrário, a presença de demora e sobrecarga progressiva

O paciente mantém seu ritmo de produção? Diminui? Aumenta?


MOBILIZAÇÃO VOLUNTÁRIA DE
RECURSOS ADICIONAIS
A capacidade para realizar tarefas mentais é a primeira que se
perde e a última que se recupera em boa parte dos casos
clínicos
ÁREAS CEREBRAIS ENVOLVIDAS NO FDT
Giro do Cíngulo

Córtex Dorsolateral em ambos


os hemisférios

Sulco pré-central esquerdo,


muito próximo à área de Broca
GIRO DO CÍNGULO
Giro na porção media do cérebro em
ambos os hemisférios

Contorna o corpo caloso

Recebe informações do núcleo anterior do


tálamo e do neocórtex, assim como das
áreas somatossensoriais do córtex
cerebral
GIRO DO CÍNGULO
Liga-se ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do cíngulo

É percorrido por um feixe de fibras, o fascículo do cíngulo

O fascículo do cíngulo responde à percepção do conflito e realoca os


recursos cognitivos necessários para lidar com ele

Faz parte do Córtex límbico, o mais antigo, formado por estruturas


corticais e subcorticais e envolvido na vida instintiva, emotiva, na memória
e na homeostase
Funciona como parte integral do Sistema Límbico, que envolve a formação
e processamento de emoções, memória e aprendizado.

No homem, a estimulação elétrica do giro do cíngulo provoca fenômenos


alucinatórios complexos, mudanças emocionais, movimentos oculares
rápidos e sensação de estar "sonhando"
CÓRTEX DORSOLATERAL

Córtex dorsolateral está em ambos hemisférios

Recebe projeções do lobo parietal

Localiza-se na parte anterior do lobo frontal do cérebro, anteriormente ao


córtex motor primário e ao córtex pré-motor

Controla a inibição e a alternância das respostas, controles realizados nas


seções anteriores e posteriores, relacionadas, respectivamente com os
aspectos mais comportamentais (a inibição) e mais cognitivos das decisões

Relacionada com o planejamento de comportamentos e pensamentos


complexos, expressão da personalidade, tomadas de decisões e modulação
de comportamento social.

A atividade básica dessa região é resultado de pensamentos e ações em


acordo com metas internas
CÓRTEX DORSOLATERAL

Uma lesão do circuito dorsolatera está associado com


disfunção executiva e anormalidades na programação
motora, como pobres habilidades de organização, de
evocação de memória, e de ativação automática

Na Demência Frontotemporal, uma lesão de córtex


dorsolateral está associado com problemas no
planejamento e organização

Os neurônios do cortex dorsolateral tem um papel na


preparação dos movimentos sacádicos oculares
SULCO PRÉ-CENTRAL ESQUERDO

Sulco pré-central divide o


giro pré-central dos giro
frontal superior e médio

É constituído por 2
porções: superior e
inferior
SULCO PRÉ-CENTRAL ESQUERDO

Ativação do sulco pré-


central esquerdo, que é
muito próximo da área
de Broca

É responsável pela
produção das respostas
orais e motoras –
fluência verbal
AS 4 PARTES DO TESTE
LEITURA
CONTAGEM
Processo
simples e ESCOLHA
Processo
automático simples e ALTERNÂNCIA
Processo
Esforço pouco automático complexo
intencional Processo
Esforço pouco Controle mental complexo
É a mais simples intencional ativo Controle mental
ativo
PARTE 1 - LEITURA
Mede os processos simples e automáticos
• As respostas representam ações automáticas e são determinadas pelos estímulos que se apresentam ao indivíduo, e nem a leitura e nem a contagem requisitam
um esforço intencional por parte do indivíduo

50 Itens dentro de pequenos quadros (cinco por linha), que formam uma matriz de dez linhas sucessivas

Meta
• Dizer o número que existe dentro de cada retângulo

Indivíduo precisa apenas RECONHECER e LER os valores


• Por que o paciente foi mal?
• Por dificuldade de processar e reconhecer? OU de ler?
• E por que a dificuldade de processar? Por causa de falta de controle inibitório mediante os estímulos ao redor do estímulo alvo? Ou por falta de fixação ocular?

FLUÊNCIA VERBAL
• Envolve a evocação da “postura bucal” do número reconhecido

APLICADOR
• Cronometrar o tempo utilizado pelo indivíduo e o número de erros cometidos na metade e ao final de cada tarefa, ou seja, depois de 25 e depois de 50 itens
PARTE 1 - LEITURA
NORMAS DE APLICAÇÃO – PARTE 1
TREINAMENTO APLICAÇÃO

• Coloque o folheto de estímulos aberto na primeira folha a • Passe para a segunda folha
frente do indivíduo (o verso está marcado com PARTE 1 – • Diga: “Muito bem, agora comece aqui de cima e responda
TREINAMENTO) o mais depressa possível”
• Diga: “Quero que você leia o número de cada quadro: um, • Inicie o cronômetro
dois...” Espere até que o indivíduo continue. Caso • A cada linha composta de 5 grupos de itens, perpasse a
necessário, você mesmo deve continuar linha correspondente na folha de anotação até a direita
• Certifique-se de que o indivíduo compreendeu bem a para ir comprovando que as respostas dadas pelo
tarefa antes de continuar. indivíduo estejam corretas, fazendo um sinal junto a cada
elemento ou ao quinto item de cada grupo, para não se
perder. Quando o paciente der uma resposta incorreta,
circule ou assinale o item. Se o paciente cometer um erro,
mas corrigi-lo, não conte como um erro.
• Transcorra o tempo até metade da prova, anote o tempo,
continue sem parar o cronômetro e anote o tempo total
utilizado (em segundos) na parte direita da segunda linha.
• Quando o paciente finalizar, pare o cronômetro
PARTE 2 - CONTAGEM
Mede os processos simples e automáticos
• As respostas representam ações automáticas e são determinadas pelos estímulos que se apresentam ao indivíduo, e nem a leitura e
nem a contagem requisitam um esforço intencional por parte do indivíduo
50 Itens dentro de pequenos quadros (cinco por linha), que formam uma matriz de dez linhas sucessivas

Meta
• Dizer quantos asteriscos existem dentro de cada retângulo

Indivíduo precisa RECONHECER o conjunto e CONTAR o número de asteriscos existentes

FLUÊNCIA VERBAL
• Envolve a evocação do número sem nenhum indício fonológico, explorando somente o espaço semântico

APLICADOR
• Cronometrar o tempo utilizado pelo indivíduo e o número de erros cometidos na metade e ao final de cada tarefa, ou seja, depois de 25
e depois de 50 itens
NORMAS DE APLICAÇÃO – PARTE 2
TREINAMENTO APLICAÇÃO

• Coloque o folheto de estímulos aberto na primeira folha a • Passe para a segunda folha
frente do indivíduo (o verso está marcado com PARTE 2 – • Diga: “Muito bem, agora comece aqui de cima e preencha
TREINAMENTO) o mais depressa que puder”
• Diga: “Quero que você conte quantos asteriscos existem • Comece a cronometrar
dentro de cada quadro: um, dois...” Espere até que o • A cada linha composta de 5 grupos de itens, perpasse a
indivíduo continue. Caso necessário, você mesmo deve linha correspondente na folha de anotação até a direita
continuar para ir comprovando que as respostas dadas pelo
• Certifique-se de que o indivíduo compreendeu bem a indivíduo estejam corretas, fazendo um sinal junto a cada
tarefa antes de continuar. elemento ou ao quinto item de cada grupo, para não se
perder. Quando o paciente der uma resposta incorreta,
circule ou assinale o item. Se o paciente cometer um erro,
mas corrigi-lo, não conte como um erro.
• Transcorra o tempo até metade da prova, anote o tempo,
continue sem parar o cronômetro e anote o tempo total
utilizado (em segundos) na parte direita da segunda linha.
• Quando o paciente finalizar, pare o cronômetro
PARTE 3 - ESCOLHA
Medem processos mais complexos que requerem um controle
mental ativo

50 Itens dentro de pequenos quadros (cinco por linha), que


formam uma matriz de dez linhas sucessivas

Meta

• Dizer quantos números existem dentro de cada retângulo


PARTE 3 - ESCOLHA
Indivíduo precisa executar ações controladas e conscientes que o obrigam a mobilizar um nível superior
de recursos mentais

Indivíduo precisa CONTAR os grupos de dígitos de valores conflitantes, o que requer manter a atenção
na contagem apesar da interferência da leitura, e inibir sua tendência involuntária de ler os números

Mobiliza um esforço voluntário que reduz a velocidade das respostas tanto nos indivíduos normais
quanto nos casos clínicos.

APLICADOR

• Cronometrar o tempo utilizado pelo indivíduo e o número de erros cometidos na metade e ao final de cada tarefa, ou seja,
depois de 25 e depois de 50 itens
PARTE 3 - ESCOLHA
NORMAS DE APLICAÇÃO – PARTE 3
TREINAMENTO APLICAÇÃO

• Coloque o folheto de estímulos aberto na primeira folha a • Passe para a segunda folha
frente do indivíduo (o verso está marcado com PARTE 3 – • Diga: “Muito bem, agora comece aqui de cima e preencha
TREINAMENTO) o mais depressa que puder”
• Diga: “Agora quero que você conte quantos números • Comece a cronometrar
existem dentro de cada quadro. Lembre-se que você deve • A cada linha composta de 5 grupos de itens, perpasse a
contar os números em vez de ler: um, dois...” Espere até linha correspondente na folha de anotação até a direita
que o indivíduo continue. Caso necessário, você mesmo para ir comprovando que as respostas dadas pelo
deve continuar indivíduo estejam corretas, fazendo um sinal junto a cada
• Certifique-se de que o indivíduo compreendeu bem a elemento ou ao quinto item de cada grupo, para não se
tarefa antes de continuar. perder. Quando o paciente der uma resposta incorreta,
circule ou assinale o item. Se o paciente cometer um erro,
mas corrigi-lo, não conte como um erro.
• Transcorra o tempo até metade da prova, anote o tempo,
continue sem parar o cronômetro e anote o tempo total
utilizado (em segundos) na parte direita da segunda linha.
• Quando o paciente finalizar, pare o cronômetro
PARTE 4 - ALTERNÂNCIA
Medem processos mais complexos que requerem um controle mental
ativo

50 Itens dentro de pequenos quadros (cinco por linha), que formam


uma matriz de dez linhas sucessivas, dos quais 10 são de bordas grossas

Meta

• Dizer quantos números tem nos retângulos de bordas simples e dizer o número que está
dentro do retângulo de borda grossa
PARTE 3 - ESCOLHA
Indivíduo precisa executar ações controladas e conscientes que o obrigam a mobilizar um nível superior
de recursos mentais

Indivíduo precisa CONTAR os grupos de dígitos de valores conflitantes, o que requer manter a atenção
na contagem apesar da interferência da leitura, e inibir sua tendência involuntária de ler os números

Mobiliza um esforço voluntário que reduz a velocidade das respostas tanto nos indivíduos normais
quanto nos casos clínicos.

APLICADOR

• Cronometrar o tempo utilizado pelo indivíduo e o número de erros cometidos na metade e ao final de cada tarefa, ou seja,
depois de 25 e depois de 50 itens
PARTE 4 - ALTERNÂNCIA
NORMAS DE APLICAÇÃO – PARTE 4
TREINAMENTO APLICAÇÃO

• Coloque o folheto de estímulos aberto na primeira folha a • Passe para a segunda folha
frente do indivíduo (o verso está marcado com PARTE 4 – • Diga: “Muito bem, agora comece aqui de cima e preencha
TREINAMENTO) o mais depressa que puder”
• Diga: “Agora você deve contar os números, como fez • Comece a cronometrar
antes, mas quando chegar no quadro com a borda mais • A cada linha composta de 5 grupos de itens, perpasse a
grossa, você vai ter que mudar a regra e ler o número: um, linha correspondente na folha de anotação até a direita
dois...” Espere até que o indivíduo continue. Caso para ir comprovando que as respostas dadas pelo
necessário, você mesmo deve continuar indivíduo estejam corretas, fazendo um sinal junto a cada
• Certifique-se de que o indivíduo compreendeu bem a elemento ou ao quinto item de cada grupo, para não se
tarefa antes de continuar. perder. Quando o paciente der uma resposta incorreta,
circule ou assinale o item. Se o paciente cometer um erro,
mas corrigi-lo, não conte como um erro.
• Transcorra o tempo até metade da prova, anote o tempo,
continue sem parar o cronômetro e anote o tempo total
utilizado (em segundos) na parte direita da segunda linha.
• Quando o paciente finalizar, pare o cronômetro
NORMAS DE APLICAÇÃO - SETTING
Informar que o teste é
composto de várias partes e Enfatizar que os exercícios
Estimular o paciente para
que algumas parecerão mais devem ser feitos o mais rápido
responder da melhor forma
complicadas que outras, e que possível e procurando não
possível
isto é normal e que acontece cometer erros
com todas as pessoas

O local de aplicação deve ser


tranquilo, silencioso, ventilado O local deve ter uma mesa e
Evitar qualquer interrupção
e dispor de temperatura duas cadeiras confortáveis para
durante a aplicação
adequada para a comodidade o indivíduo e o examinador
do indivíduo
CORREÇÃO E PONTUAÇÃO
Conte os erros cometidos pelo indivíduo em cada uma das partes do teste
1

Anote os tempos em segundos e lembre-se que no resumo de pontuações só se deve anotar os totais
2

Inibição = Escolha – Leitura – É o tempo que o sujeito leva para executar apenas o processo de inibição
Calcule também:
Flexibilidade = Alternância – Leitura – este cálculo indica o tempo que o indivíduo leva para executar o processo de flexibilidade cognitiva

PONTUAÇÃO LEITURA CONTAGEM ESCOLHA ALTERNÂNCIA INIBIÇÃO FLEXIBILIDADE

PD (*) 17 17 24 46 7 29
Erros 0 0 2 7
INTERPRETAÇÃO FDT

Quanto menor a pontuação


Maiores Piores dos indivíduos, melhor o
valores resultados seu resultado no teste
INTERPRETAÇÃO FDT
Escores abaixo do percentil 25
• Indicam dificuldades discretas no funcionamento executivo e na velocidade de
processamento, sem necessariamente possuir significado clínico
Escores abaixo do percentil 5
• São mais indicativos de déficits mais proeminentes, possivelmente de natureza clínica

Por exemplo:
• Caso o paciente possua um percentil 25, isso significa que 75% da população obteve
uma pontuação no teste maior ou igual do que aquele indivíduo, e por complemento,
25% da população possui uma pontuação menor ou igual
ANÁLISE DE ERROS
É raro a pessoa examinada cometer um número significativo de erros

Na maioria dos casos, quase que imediatamente após cometer o erro, o examinando se dá conta e o corrige, e por isso, não se contabiliza estes
erros reconhecidos e corrigidos durante o processo

Quando há erros sem correção em quantidade substanciável, deve-se analisa-los

LEITURA E CONTAGEM: Erros são pouco presentes em adultos, adolescentes, crianças e até mesmo em dependentes químicos

ESCOLHA: número de erros aumenta um pouco

ALTERNÂNCIA: erros aumentam um pouco mais, mas menor incidência em crianças e adolescentes

Casos de AVC o número de erros é maior


Tabela 6.3 – Dados Normativos para
crianças de 6 a 8 anos
Média DP Pc.95 Pc.75 Pc.50 Pc.25 Pc.5
Tempo de Leitura 35,4 9,3 25 29 34 39 48
Tempo de Contagem 51,0 18,7 32 40 48 56 83
Tempo de Escolha 79,4 24,1 41 66 79 94 109
Tempo de Alternância 93,7 26,3 58 75 91 113 133
Tempo de Inibição 44,0 19,5 17 31 43 55 76
Tempo de Flexibilidade 58,3 20,8 26 41 55 75 92
Erros de Leitura 0 0,2 0 0 0 0 0
Erros de Contagem 0,5 1,2 0 0 0 0 4
Erros de Escolha 2,6 2,6 0 0 2 4 9
Erros de Alternância 3,9 4,7 0 1 2 5 10
Tabela 6.4 – Dados Normativos para
crianças de 9 a 10 anos
Média DP Pc.95 Pc.75 Pc.50 Pc.25 Pc.5
Tempo de Leitura 29,4 5,2 22 26 29 32 38
Tempo de Contagem 39,4 7,1 28 34 39 43 52
Tempo de Escolha 65,1 13,5 46 56 63 73 88
Tempo de Alternância 78,5 23,2 54 67 75 87 101
Tempo de Inibição 35,7 11,7 19 28 35 42 57
Tempo de Flexibilidade 49,1 21,8 28 39 46 57 73
Erros de Leitura 0 0,2 0 0 0 0 0
Erros de Contagem 0,4 0,8 0 0 0 0 2
Erros de Escolha 1,9 1,9 0 0 1 3 6
Erros de Alternância 3,1 2,9 0 1 2 4 8
Tabela 6.5 – Dados Normativos para
crianças de 11 a 12 anos
Média DP Pc.95 Pc.75 Pc.50 Pc.25 Pc.5
Tempo de Leitura 29,4 13,5 20 24 27 32 47
Tempo de Contagem 38,2 11,4 25 32 36 44 54
Tempo de Escolha 59,4 28,9 38 48 56 62 93
Tempo de Alternância 68,6 27,5 46 55 66 73 96
Tempo de Inibição 30,0 18,0 12 20 28 35 51
Tempo de Flexibilidade 39,2 17,7 16 30 39 44 68
Erros de Leitura 0,1 0,3 0 0 0 0 1
Erros de Contagem 0,4 1,1 0 0 0 0 3
Erros de Escolha 1,7 2,7 0 0 1 2 10
Erros de Alternância 2,6 3,2 0 0 2 3 10
Tabela 6.6 – Dados Normativos para
adolescentes de 13 a 15 anos
Média DP Pc.95 Pc.75 Pc.50 Pc.25 Pc.5
Tempo de Leitura 23,3 5,2 17 20 23 26 34
Tempo de Contagem 30,0 7,3 21 24 28 35 44
Tempo de Escolha 47,1 11,8 33 40 45 53 68
Tempo de Alternância 56,9 15,2 36 46 53 67 81
Tempo de Inibição 23,8 9,0 8 19 23,5 29 42
Tempo de Flexibilidade 33,6 12,5 14 25 32 43 53
Erros de Leitura 0 0 0 0 0 0 0
Erros de Contagem 0,2 0,5 0 0 0 0 2
Erros de Escolha 1,6 2,4 0 0 1 2 7
Erros de Alternância 1,9 2,1 0 0 1 3 5
Tabela 6.7 – Dados Normativos para
adolescentes de 16 a 18 anos
Média DP Pc.95 Pc.75 Pc.50 Pc.25 Pc.5
Tempo de Leitura 20,4 4,1 16 17 20 23 29
Tempo de Contagem 23,4 3,5 19 21 24 26 30
Tempo de Escolha 34,0 5,0 25 29 33 39 44
Tempo de Alternância 44,8 9,1 34 38 42 51 63
Tempo de Inibição 13,6 4,9 6 10,5 13 16,5 22
Tempo de Flexibilidade 24,4 7,8 16 19 22 27 44
Erros de Leitura 0 0 0 0 0 0 0
Erros de Contagem 0 0,2 0 0 0 0 0
Erros de Escolha 0,6 1,8 0 0 0 0 0
Erros de Alternância 1,5 1,7 0 0 1 2 4
Tabela 6.8 – Dados Normativos para
adolescentes de 19 a 34 anos
Média DP Pc.95 Pc.75 Pc.50 Pc.25 Pc.5
Tempo de Leitura 22,0 5,6 16 19 21 25 31
Tempo de Contagem 24,8 5,2 19 22 24 27 34
Tempo de Escolha 36,9 10,0 27 31 35 40 52
Tempo de Alternância 46,0 13,0 33 38 44 50 64
Tempo de Inibição 14,8 8,3 5 11 14 18 28
Tempo de Flexibilidade 23,9 10,8 10 17 22 29 42
Erros de Leitura 0 0,2 0 0 0 0 0
Erros de Contagem 0,1 0,4 0 0 0 0 1
Erros de Escolha 0,4 0,9 0 0 0 1 2
Erros de Alternância 0,9 1,5 0 0 0 1 3
Tabela 6.9 – Dados Normativos para
adolescentes de 35 a 59 anos
Média DP Pc.95 Pc.75 Pc.50 Pc.25 Pc.5
Tempo de Leitura 23,9 6,5 17 20 23 26 37
Tempo de Contagem 27,1 7,2 19 22 26 30 40
Tempo de Escolha 41,7 14,5 28 32 39 46 65
Tempo de Alternância 53,6 18,4 34 43 48 60 89
Tempo de Inibição 17,8 12,0 5 11 15 21 38
Tempo de Flexibilidade 29,7 15,7 14 20 26 34 55
Erros de Leitura 0 0,2 0 0 0 0 0
Erros de Contagem 0 0,2 0 0 0 0 0
Erros de Escolha 0,7 1,9 0 0 0 1 3
Erros de Alternância 1,5 2,6 0 0 1 2 6
Tabela 6.10 – Dados Normativos para
idosos de 60 a 75 anos
Média DP Pc.95 Pc.75 Pc.50 Pc.25 Pc.5
Tempo de Leitura 26,6 6,2 18 22 25 30 37
Tempo de Contagem 29,7 6,3 21 25 28 33 41
Tempo de Escolha 47,4 11,3 30 39 46 53 68
Tempo de Alternância 65,3 18,0 41 52 62 78 93
Tempo de Inibição 20,8 9,0 9 15 19,5 26 39
Tempo de Flexibilidade 38,7 15,7 18 28 35 49 63
Erros de Leitura 0 0,1 0 0 0 0 0
Erros de Contagem 0,1 0,3 0 0 0 0 1
Erros de Escolha 0,8 1,1 0 0 0 1 3
Erros de Alternância 1,7 2,0 0 0 1 3 6
Tabela 6.11 – Dados Normativos para
idosos de 76 anos
Média DP Pc.95 Pc.75 Pc.50 Pc.25 Pc.5
Tempo de Leitura 29,2 5,4 20 25 29 34 38
Tempo de Contagem 31,9 7,8 21 26 31 36 46
Tempo de Escolha 53,2 15,7 33 44 49 62 96
Tempo de Alternância 75,4 20,3 48 61 74 89 108
Tempo de Inibição 24,0 13,4 7 16 21 29 63
Tempo de Flexibilidade 46,02 17,6 22 35 43 56 71
Erros de Leitura 0,1 0,6 0 0 0 0 0
Erros de Contagem 0 0,3 0 0 0 0 0
Erros de Escolha 1,7 2,4 0 0 1 3 8
Erros de Alternância 3,5 4,3 0 1 2 5 14
Comparação entre idades
LEITURA CONTAGEM ESCOLHA ALTERNÂNCIA INIBIÇÃO FELXIBILIDADE

6 a 8 anos 35,4 51,0 79,4 93,7 44,0 58,3


9 e 10 anos 29,4 39,4 65,1 78,5 35,7 49,1
11 e 12 anos 29,4 38,2 59,4 68,6 30,0 39,2
13 a 15 anos 23,3 30,0 47,1 56,9 23,8 33,6
16 a 18 anos 20,4 23,8 34,0 44,8 13,6 24,4
19 a 34 anos 22,0 24,8 36,9 46,0 14,8 23,9
35 a 59 anos 23,9 27,1 41,7 53,6 17,8 29,7
60 a 75 anos 26,6 29,7 47,4 65,3 20,8 38,7
76 anos 29,2 31,9 53,2 75,4 24,0 46,02
TABELA 4.10 – Desempenho em
ambulatório especializado em BH
CCL DEMÊNCIA (DA) DEMÊNCIA (NÃO TRANSTORNO
DA) PSIQUIÁTRICO
Tempo de Leitura 35 51 60 33
Tempo de Contagem 39 49 55 36
Tempo de Escolha 61 81 87 68
Tempo de Alternância 104 125 136 97
Erros de Leitura 0 0 0 0
Erros de Contagem 0 0 0 0
Erros de Escolha 2 3 8 2
Erros de Alternância 6 13 18 66

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