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Grupo 1 - Ebulios
Grupo 1 - Ebulios
1. INTRODUÇÃO
As propriedades de uma solução que dependem da concentração de partículas do soluto e não da
sua natureza recebem o nome de propriedades coligativas. As propriedades coligativas, também
conhecidas como efeitos coligativos, ocorrem quando é possível verificar alterações no comportamento
de um líquido qualquer devido à presença de um soluto adicionado a esta substância.
Segundo Chang (2010) “Propriedades coligativas (ou propriedades coletivas) são aquelas que
dependem apenas do número de partículas do soluto em soluções e não da natureza dessas partículas”,
logo é possível afirmar que a intensidade da ocorrência dessas propriedades varia de acordo com a
quantidade de partículas encontradas na solução, portanto, essas propriedades não são explicadas pela
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natureza da substância, mas sim pela quantidade de suas moléculas, partículas ou átomos.
Dentre as áreas de estudo das propriedades coligativas, temos a ebulioscopia, que de acordo com
Atkins (2003) são características de uma solução que dependem apenas da concentração de partículas
do soluto e não necessariamente da sua natureza, ou seja, esse fenômeno depende apenas da quantidade
de partículas do solvente em solução. A ebulioscopia, também denominada de ebuliometria, é a
propriedade coligativa que estuda a elevação da temperatura de ebulição do solvente em uma solução.
Essa propriedade, como todas as outras propriedades coligativas, não depende da natureza da
substância, ela depende apenas da quantidade de partículas do sistema. Por exemplo, quando analisamos
um líquido em estado puro e uma solução desse mesmo líquido, percebemos mudanças no
comportamento do líquido em razão da presença do soluto, ou seja, houve alterações nas propriedades
coligativas desse líquido.
Logo, é possível afirmar que quanto maior for a quantidade de partículas do soluto não volátil
dissolvidas na solução, maior será a elevação do ponto de ebulição do solvente, independente da
natureza da substância. Por exemplo, se tivermos dois frascos com a mesma quantidade de água e
adicionarmos sal em um e a mesma quantidade de açúcar no outro, o valor do aumento do ponto de
ebulição será igual para os dois, independentemente de ter-se adicionado sal ou açúcar.
Um exemplo da Ebulioscopia no nosso dia a dia é quando estamos preparando o café e colocamos
uma certa quantidade de água para aquecer. Quando essa água atingir a temperatura de 100ºC, ela
entrará em ebulição. Nesse momento, adicionamos o açúcar à água, a água irá parar de ferver
imediatamente. E depois de aquecer por mais alguns instantes, atingindo temperaturas um pouco acima
de 100ºC, a solução de água e açúcar entrará em ebulição novamente.
Cada uma dessas propriedades coligativas depende da diminuição da tendência de escape das
moléculas do solvente pela adição das partículas do soluto. Deste modo, existem quatro propriedades
das soluções que dependem da quantidade de partículas e elas são o abaixamento da pressão de vapor,
o aumento da temperatura de ebulição, o abaixamento da temperatura de solidificação e a tendência de
o solvente atravessar membranas permeáveis (Atkins, 2003). Logo, a Ebulioscopia ou Ebuliometria é a
propriedade coligativa que estuda a elevação da temperatura de ebulição do solvente em uma solução.
O presente artigo descreve o estudo ebulioscópico de diferentes misturas de cloreto de sódio em água.
2. OBJETIVO
Este experimento consiste em observar o aumento do ponto de ebulição de um líquido quando
adicionamos um soluto não volátil a ele. Foi analisado um líquido em estado puro e uma solução desse
mesmo líquido, logo será possível perceber mudanças no comportamento do líquido em razão da
presença do soluto, ou seja, haverá alterações nas propriedades coligativas desse líquido, com a adição
do soluto irá haver um aumento na temperatura de ebulição do líquido estudado. Por fim, o presente
artigo tem como objetivo estudar as diferentes misturas de cloreto de sódio em água, determinar a
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constante ebulioscópico dos sistemas e analisar como a adição de cloreto de sódio influencia no ponto
de ebulição da água.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais e métodos abordados estão de acordo com o procedimento experimental de análise
de elevação do ponto de ebulição (ebulioscopia) descrito no roteiro da disciplina de Termodinâmica
Experimental II do Departamento de Engenharia Química da UFRN que foi realizado no laboratório
dessa disciplina.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na Tabela 1, é possível observar os dados obtidos dos experimentos citados no tópico anterior.
O primeiro experimento foi o de referência e os outros três são a média dos experimentos realizados
em duplicata.
O aumento do soluto não-volátil a uma quantidade fixa de solvente, isto irá provocar uma
alteração na temperatura de ebulição do solvente. Então, quanto maior a quantidade de soluto
adicionado, maior será a temperatura de ebulição do solvente, comparado a esta mesma temperatura
para o caso do solvente puro.
A relação entre a variação do ponto de ebulição e a molalidade do sal no sistema é dada pela
Equação 1,
ΔTe=KeW (1)
i= 1 + α (q- 1) (2)
Com o coeficiente linear obtido dos dados experimentais, conforme Figura 1, foi possível obter
o valor de Ke de 0,9609 Kkg/mol. O valor teórico encontrado, para esse parâmetro na literatura, foi de
0,5014 Kkg/mol. O erro percentual experimental associado foi de cerca de 91,0%.
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5. CONCLUSÃO
Os solutos não-voláteis são utilizados em diversas aplicações no cotidiano e, também, na
indústria, como, por exemplo, o etilenoglicol utilizado nos veículos no sistema de arrefecimento. Esta
aplicação mostra a importância do estudo realizado no presente artigo. O erro percentual encontrado na
determinação da constante ebulioscópica mostrou que é necessário repensar quais foram as fontes de
erros e com isso replicar os experimentos em melhores condições para diminuir o erro experimental.
Alguns fatores que foram discutidos e que estariam associados ao erro percentual experimental são: a
não precisão na determinação da temperatura de ebulição, possíveis impurezas no soluto não-volátil
utilizado no experimento, a medição do sensor de temperatura, calibração dos equipamentos ou possível
mau aferição do analista nas variáveis de interesse. Por fim, uma sugestão como forma de minimizar
estes problemas é a repetição da análise experimental para uma melhor segurança dos valores dos dados
experimentais obtidos.
6. REFERÊNCIAS
ATKINS, P.W. ; JO N ES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
CHANG, Raymond. Química Geral l: conceitos essenciais. 4. ed. Porto Alegre : AMGH, 2010.