Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Centro de Tecnologia - CTEC

Curso de Engenharia Química

MÁGDA CORREIA DOS SANTOS

EXTRAÇÃO DE DNA

DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA II

PROFESSORA: ANA KARLA DE SOUZA ABUD

MACEIÓ / 2011

0
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL
CENTRO DE TECNOLOGIA - CTEC

MÁGDA CORREIA DOS SANTOS

Extração de DNA

Relatório descritivo sobre o experimento:

Extração de DNA, apresentado à disciplina Laboratório de
Engenharia Química II.

Orientadora: Ana Karla de Souza Abud

Maceió, 15 de Março de 2011

1
 RESUMO

O presente relatório descreve o experimento de extração de material genético (DNA) da

ameixa. O DNA (ácido desoxirribonucléico) é uma molécula orgânica que contêm a
“informação” que instrui o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos.
Existem inúmeras técnicas de extração de DNA e a escolha dessa técnica depende da fonte,
quantidade, e idade da amostra. A extração do material genético possui inúmeras aplicações
em áreas como medicina, agricultura, criminalística, entre outras. Na prática realizada com o
objetivo de extrair o DNA da ameixa, foi realizada uma extração com objetos e reagentes de
uso cotidiano e que podem ser encontrados em qualquer cozinha, e os resultados foram
satisfatórios para o objetivo proposto pelo experimento, sendo observado a formação de um
emaranhado branco de filamentos de DNA da ameixa.

2
 SUMÁRIO

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................4
OBJETIVOS..............................................................................................................................7
MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................................8
RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................................9
CONCLUSÃO.........................................................................................................................10
BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................11

3
 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O DNA é o responsável pelo armazenamento e transmissão da informação genética

que é expressa pela produção das variadas proteínas que compõem um ser vivo. Esta
informação é copiada ou transcrita nas moléculas de RNA, cujas seqüências contêm o código
para a ordenação específica de aminoácidos de uma cadeia polipeptídica que formarão as
proteínas.
Uma molécula de DNA é constituída por duas cadeias que se organizam em uma
estrutura de dupla-hélice, sendo que cada cadeia simples de DNA é formada por uma
molécula do açúcar desoxirribose, uma base que pode ser adenina, guanina, citosina ou timina
e um grupo fosfato. Existem apenas esses quatro tipos de bases no DNA: adenina e guanina
pertencem ao grupo das purinas, enquanto que timina e citosina são do grupo das pirimidinas.
As moléculas de DNA são encontradas dentro das células de todos os seres vivos,
incluindo plantas, fungos e bactérias. Com exceção das bactérias, nas quais o DNA fica solto
dentro da célula, em muitos outros seres vivos ele fica acomodado dentro de um
compartimento existente, denominado núcleo. No caso de organismos eucariotos (aqueles que
possuem núcleo individualizado por ser envolto por uma membrana, como, por exemplo,
seres humanos, outros animais e vegetais), grande parte do DNA está justamente dentro do
núcleo das células.
Para comprovar que realmente existe DNA em todas as células vias, temos que tentar
retirá-lo e visualizá-lo. Protocolos similares são usados nas extrações de DNA de várias
fontes, como amostras de sangue, tecidos, frutas, saliva, etc., e consistem de:

Ruptura (física e química) das membranas celulares para liberação do material
genético;

Desmembramento dos cromossomos em seus componentes básicos: DNA e proteínas;

Separação do DNA dos demais componentes celulares.

Para que haja a ruptura da parede celular, expondo o material genético das células,
realiza-se o corte ou esmagamento do material. Para o desmembramento, as moléculas de
detergente desestruturam as moléculas de lipídios presentes nas membranas celulares e o
aquecimento favorece a reação, desnaturando as moléculas de DNA. A adição de sal ajuda a
manter as proteínas dissolvidas no líquido extraído, impedindo que elas precipitem com o
DNA. Finalmente, para conseguir isolá-lo dos demais componentes, utiliza-se o álcool, pois o

4
DNA é insolúvel nele e tem menor densidade que os outros constituintes celulares. Quanto
mais gelado estiver o álcool, menos solúvel o DNA vai estar. Por isso é tão importante que o
etanol seja mantido no freezer ou em um banho de gelo até o momento do experimento.
A estrutura de dupla-hélice só pode ser enxergada de modo indireto e com o auxílio de
aparelhos sofisticados. Milhares de fitas emaranhadas de DNA podem ser observadas em um
experimento de extração de material genético de plantas ou frutas.

5
 OBJETIVOS

Verificar como acontece a extração do DNA da ameixa e identificar a função de cada

um dos reagentes utilizados no procedimento de extração.

6
 MATERIAIS E MÉTODOS

a) MATERIAIS:

 2 Copos;
 2 Tubos de ensaio;
 1 Colher;
 Estante para tubos de ensaio;
 Pipetador;
 Pipetas de 3mL;
 Sal;
 Detergente;
 Água filtrada;
 Álcool gelado e Álcool a temperatura ambiente;
 Bastão de vidro;
 Saco plástico do tipo ziploc;
 Fruta (Ameixa).

b) MÉTODOS:

Para a extração de DNA da ameixa:

1. Colocou-se cerca de 5 mL de água em um copo. Adicionou-se 1/2 colher (chá)
de sal e 1/2 colher (chá) de detergente neutro. Misturou-se bem com uma
colher até dissolver completamente.
2. Adicionou-se ameixa picada em pedaços bem pequenos à solução anterior.
3. Transferiu-se a amostra para um saco do tipo ziploc e amassou-se a amostra,
durante 5 minutos.
4. Filtrou-se a solução obtida em outro copo, utilizando funil e gaze.

7
5. Colocou-se 3 mL da solução obtida em cada um dos 2 tubos de ensaio,
adicionando-se 5 mL de álcool gelado em tubo de ensaio e álcool a
temperatura ambiente no outro tubo de ensaio.

8
 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O DNA da ameixa foi extraído e pôde ser visualizado conforme as figuras 1 e 2.

Figura 1 - Tubo contendo DNA extraído com álcool gelado.

Figura 2 - Tubo contendo DNA extraído com álcool à temperatura ambiente.

Cumpriram-se as três etapas do método para extração de DNA de células de ameixa e

o resultado obtido foi à formação de um emaranhado branco de filamentos que, no caso do
isolamento com álcool gelado, ficou mais próximo à superfície do tubo de ensaio, e, no caso
do isolamento com álcool à temperatura ambiente, ficou mais próximo ao fundo do tubo de
ensaio. Isto evidencia que o DNA é, de fato, menos solúvel no álcool gelado, pois a formação
do emaranhado mais próximo à superfície do tubo de ensaio indica que o DNA está mais

9
separado dos demais componentes celulares, os quais são mais densos e carregam o DNA
para o fundo quando associados a ele.
A utilidade prática de cada um dos reagentes utilizados no experimento foi
identificada. O detergente é aplicado com a finalidade de desconstruir as moléculas de
lipídeos que constituem as membranas celulares e, desta forma, o conteúdo das células de
ameixa, incluindo as proteínas e o DNA, é liberado. Em outras palavras, os lipídeos formam
complexos com o detergente e precipitam. O sal ajuda a manter as proteínas dissolvidas no
líquido extraído, evitando que as mesmas precipitem junto com o DNA. As moléculas de
DNA possuem carga negativa devido à presença do grupo fosfato; logo, as moléculas
individuais de DNA tendem a se repelir. O sal também atua fornecendo íons de carga positiva
que neutralizam a carga negativa das moléculas de DNA, permitindo que estas se condensem
quando em contato com uma solução alcoólica. O álcool, por sua vez, atua na separação do
DNA, que é menos denso, dos demais componentes celulares, pois o DNA é praticamente
insolúvel no álcool.
O procedimento experimental seguido é relativamente simples e permite a
visualização clara do emaranhado de filamentos de DNA que se forma. Entretanto, a estrutura
de dupla-hélice só pode ser visualizada de modo indireto e através de aparelhos sofisticados.
O que se observou a olho nu foram milhares de fitas de DNA juntas.

10
 CONCLUSÃO

O resultado obtido evidenciou que o DNA das células de ameixa é menos solúvel no
álcool gelado do que no álcool à temperatura ambiente. O emaranhado branco de filamento de
DNA que se forma fica mais próximo à superfície do tubo de ensaio no caso da extração com
álcool gelado. O álcool à temperatura ambiente não separa o DNA dos outros componentes
celulares mais densos tão eficientemente quanto o álcool gelado.
Existem diversos métodos de extração de DNA e pudemos realizar um desses métodos
de forma simples e satisfatória com materiais que podem ser encontrados em qualquer
cozinha.

11
 BIBLIOGRAFIA

[1] EDUCAR. Extração do DNA da cebola. Disponível em:

<http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/siteprojeto/2003/2_extracao_DNA_cebola_com_pl
ano.pdf>. Acesso em 03 de Março de 2011 às 21h.

[2] CIENCIAMAO. Extração do DNA do morango. Disponível em:

<http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003/siteprojeto/2003/2_extracao_DNA_cebola_com_pl
ano.pdf>. Acesso em 03 de Março de 2011 às 21h15min.

[3] BIOINFO. Extração de DNA de Morangos. Disponível em:

<http://www.bioinfo.ufpb.br/difusao/pdf/extracaodednademorango.pdf>. Acesso em: 03 de
Março de 2010 às 21h30min.

[4] ABUD, A. K. S. Notas de Aula de Laboratório de Engenharia Química II. Universidade

Federal de Alagoas. Maceió-AL, 2011.

12