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We are designed to walk ... That we are taught to walk is impossible. And
pretty much the same is true of language. Nobody is taught language. In fact
you can’t prevent the child from learning it.
A idade crítica
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06/02/2022 10:37 A idade e o aprendizado de línguas
Não há dúvida de que existe uma idade crítica (como propõe Lennenberg), a
partir da qual o aprendizado começa a ficar mais difícil e o teto começa a baixar.
Este período parece situar-se entre os 12 e os 14 anos, podendo entretanto
variar muito conforme a pessoa e, principalmente, conforme as características
do ambiente linguístico em que o aprendizado ocorre. As limitações que
começam a se manifestar a partir da puberdade, como mostra o gráfico ao lado,
são mais evidentes na pronúncia.
fatores biológicos
fatores cognitivos
fatores de ordem afetiva
o ambiente e o input linguístico
Fatores biológicos
Os órgãos diretamente envolvidos na habilidade linguística do ser humano são o
cérebro, o aparelho auditivo e o aparelho articulatório (cordas vocais, cavidades
bucal e nasal, língua, lábios, dentes). Destes, sem dúvida, o cérebro é o mais
importante.
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The £500 Mosquito device has been installed at some 3,500 locations
across the country since it first went on sale in January 2006. It emits an
irritating, high-pitched sound that can only be heard by children and
young people up into their early twenties, forcing them to move on.
Some students are downloading a ring tone off the Internet that is too
high-pitched to be heard by most adults. With it, high schoolers can
receive text message alerts on their cell phones without the teacher
knowing.
Fatores cognitivos
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A hipótese da Harpaz
A hipótese de Harpaz é a mais esclarecedora. A aquisição da fala e a
descoberta do mundo são processos paralelos para a criança. A interação
linguística da qual a criança participa proporciona a maioria dos dados nesse
processo de desenvolvimento cognitivo. Como consequência, as estruturas
neurais no cérebro que correspondem aos conceitos que vão sendo aprendidos
acabam naturalmente e intimamente associadas às estruturas neurais que
correspondem às formas da língua.
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Humans are born with an ability to comprehend and generate all kinds of
phonemes, but during childhood (starting from birth, and maybe before) this
ability is shaped by experience such that only the phonemes of the native
language are easily comprehended and generated. In adults, these abilities
are much less plastic, so adult learners of a new language find it specially
difficult to comprehend and generate the phonemes of the new language that
are not used in their native language.
At the time of learning to speak, the child learns to understand the world, and
linguistic interaction forms most of the data in this learning. As a result, the
learned neural structures that correspond to concepts tend to be associated
with the neural structures that correspond to the words (by Hebbian
mechanisms).
When an older person learns a language, the concepts already have neural
structures, which are quite fixed. The neural structures corresponding to the
words in the new language, which are determined by the perceptual input,
have no relations to the former structures, and hence the association is
relatively difficult to learn.
In learning a new language, the learner is not only required to perform new
sequences of mental and motoric operations, but is also required not to
perform the old ones. The old sequences are very thoroughly learned
through practice, so it is very difficult to avoid performing them. Thus older
second language learners find it very difficult not to slip back into their old
language, both in terms of motoric actions (pronunciation) and mental actions
(syntax structures, phrases etc.). For a young child, this is much less of a
problem, because his/her language performance is much less practiced.
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Cultural transmission
While we may inherit physical features such as brown eyes and dark hair
from our parents, we do not inherit their language. We acquire a language in
a culture with other speakers and not from parental genes. An infant born to
Korean parents in Korea, but adopted and brought up from birth by English
speakers in the United States, will have physical characteristics inherited
from his or her natural parents, but will inevitably speak English (and act like
an American). A kitten, given comparable early experiences, will produce
meow regardless.
Minha interpretação:
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Conclusões
A aquisição da fala e a descoberta do mundo são processos paralelos para
a criança. A língua estrangeira presente na infância e na adolescência,
durante o desenvolvimento cognitivo do indivíduo, tende a ficar enraizada
de forma semelhante à língua materna.
Linguagem é o principal elemento de relacionamento humano. Todos
desenvolvem proficiência em línguas estrangeiras mais através de
acquisition (desenvolvimento de habilidades através de assimilação
natural, intuitiva, inconsciente, em ambientes de interação humana)
do que de learning (estudo formal - memorizar informações e
transformá-las em conhecimento através de esforço intelectual),
especialmente crianças. Portanto, línguas não podem ser ensinadas,
mas serão aprendidas se houver o ambiente apropriado.
Crianças assimilam línguas com mais facilidade, porém têm grande
resistência ao aprendizado formal, artificial e dirigido. As crianças, mais do
que os adultos, precisam e se beneficiam de contato humano para
desenvolver suas habilidades linguísticas. Entretanto, se perceberem que a
pessoa que deles se aproxima fala a língua materna, dificilmente se
submeterão à difícil e frustrante artificialidade de usar outro meio de
comunicação. Elas só procuram assimilar e fazer uso da língua estrangeira
em situações de autêntica necessidade, desenvolvendo sua habilidade e
construindo seu próprio aprendizado a partir de situações reais de
interação em ambiente da língua e da cultura estrangeira. Portanto, a
autenticidade do ambiente, principalmente na pessoa do facilitador, é mais
importante do que o caráter das atividades (lúdicas ou não), e ambos são
mais importantes do que qualquer planificação didática predeterminada.
O ritmo de assimilação das crianças é mais rápido e, o teto, mais alto.
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Existe uma idade crítica (12 a 14 anos), a partir da qual o ser humano
gradativamente perde a capacidade de assimilar línguas ao nível de língua
materna. Essa perda é mais perceptível na pronúncia. Até os 12 ou 14
anos de idade, a criança que tiver contato suficiente com o idioma, o
assimilará de forma tão completa quanto a língua materna. É uma janela
de oportunidade que não pode ser desperdiçada.
Entretanto, no nosso caso (brasileiros que vivem no Brasil), onde
ambientes autênticos de língua e cultura estrangeira são raros,
decisões a respeito do aprendizado de inglês de crianças devem ser
baseadas menos na idade e mais na oportunidade. De nada adiantará
colocar a criança cedo em contato com uma língua estrangeira se o
modelo oferecido for caracterizado por desvios e ausência de valores
culturais – é melhor esperar por uma oportunidade melhor.
É grande a responsabilidade ao se colocar crianças, que ainda não
atingiram a idade crítica, em clubes, cursinhos ou escolinhas que oferecem
inglês. Se os instrutores tiverem uma proficiência limitada, com sotaque e
outros desvios que normalmente caracterizam aquele que não é nativo,
todos os desvios serão transferidos à criança, podendo causar danos
irreversíveis a seu potencial de assimilação. Seria como colocar a gema
bruta nas mãos de um lapidador aprendiz.
Atividades que expõem a criança prematuramente ao sistema
ortográfico do inglês, o qual se caracteriza por extrema irregularidade
e acentuado contraste em relação ao português, são prejudiciais. Veja
Correlação Ortografia x Pronúncia (sk-interfer.html).
Uma vez que o momento ideal de se alcançar proficiência em línguas
estrangeiras é a idade escolar e, sendo bilinguismo uma qualificação
básica do indivíduo na sociedade moderna, compete às escolas de ensino
fundamental e médio proporcionar ambientes autênticos de language
acquisition.
É grande a responsabilidade do poder público em abrir urgentemente
as fronteiras culturais, facilitando a vinda de falantes nativos de
línguas estrangeiras através de um enquadramento legal específico e
burocracia simplificada, bem como incentivando a criação de
organizações voltadas a intercâmbio linguístico e cultural e
promovendo a isenção fiscal das mesmas.
Bibliografia
Bialystok, Ellen. Effects of Bilingualism and Biliteracy on Children's
Emerging Concepts of Print. Developmental Psychology, Vol. 33, No. 3.
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Veja também
Leia aqui uma série de perguntas e respostas sobre aprendizado de
crianças (sk-perguntas-e-respostas-sobre-ensino-e-aprendizado-de-
ingles.html#child)
<https://www.sk.com.br/sk-apre2.html>.
Acessado em (data do acesso).
https://www.sk.com.br/sk-apre2.html 13/14
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