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ÍNDICE:

O que é glicemia? ..................................................................................................4

Como monitorar os níveis de glicose e insulina no sangue?.....................6

Diabetes: um assassino silencioso...................................................................8

Complicações do diabetes................................................................................ 12

Os supernutrientes que nocauteiam a glicose alta.................................. 14

Chás que derrubam a glicemia ....................................................................... 19


O que é glicemia?

Toda vez que seu médico bate na tecla “glicemia”, é para se referir à quantidade
de glicose (açúcar) presente no seu sangue, simples assim. Para chegar até a
sua corrente sanguínea, existe um caminho “oficial”, que envolve a ingestão de
alimentos ricos em carboidratos, como pão, bolos, bolachas e massas, além
daquela cerveja gelada e, claro, dos doces.

Quando está dentro do organismo, a glicose, de fato, assume a função de ser


a principal fonte de energia do corpo humano, que ajuda nosso maquinário a
funcionar a todo o vapor. Mas nem tudo é festa, é claro: esse nível de açúcar,
obviamente, precisa ser controlado após a alimentação para que não ocorra
uma sobrecarga.

É aí que entra a insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas cuja função é


ser o “fiscal” que regula esses índices e transporta a glicose do sangue para
dentro das células, onde é convertida em energia.

Toda vez que tiver dúvidas sobre esse mecanismo, tente pensar na insulina
como uma chave que abre as fechaduras das células do corpo e permite a
entrada da glicose.

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Isso vai te ajudar a entender, inclusive, o motivo desse hormônio ser tão
importante e as implicações que o seu mau funcionamento pode acarretar
para a saúde. Não se preocupe, falaremos mais sobre isso adiante.

Mas o que você precisa saber, por ora, é que quando os níveis de insulina estão
inadequados, a glicose fica sem essa “carona” para viajar até o interior das
células e, nessa eterna espera, ela acaba se acumulando no sangue repetidas
vezes.

A partir daí, suspeito que você já conheça a história e as consequências que o


excesso de açúcar traz para o corpo. A glicemia, quando está descontrolada,
não só pode levar ao diabetes como também está intimamente ligada ao
ganho de peso.

Lembra daquela velha história de que o consumo não pode ser maior que o
gasto de energia diária? Pois bem. Além disso, o excesso de açúcar no sangue
é convertido em acúmulo de gordura corporal.

Tudo isso abre alas para outras doenças crônicas sérias, como problemas
cardiovasculares, hipertensão e diversos tipos de câncer.

Mas é claro que não vou me resumir a essas informações: meu objetivo, neste
material, é te ajudar a vencer qualquer barreira que atrapalhe a sua linha de
chegada para uma vida com menos açúcar e mais saúde. E para isso quero
trazer muitas informações valiosas para pavimentar esse caminho.

Te convido, então, a avançar pro próximo capítulo para entender a importância


de manter a glicemia num patamar saudável e checar quais são os principais
exames que ajudam a mensurar o que está acontecendo no seu corpo.

Você sabia?
Não é preciso consumir tantos carboidratos para ter energia como te contaram.
Isso porque nosso organismo também produz glicose naturalmente para nos
manter ativos, sem precisar necessariamente ingerir alimentos.

Existe um mecanismo, inclusive, em que a glicose é sintetizada pelo fígado a partir


de substâncias que não são carboidratos, como aminoácidos, glicerol e lactato.
Esse processo é chamado de gliconeogênese.
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Como monitorar os níveis de glicose e
insulina no sangue?

Vamos combinar que, sem esse acompanhamento, simplesmente não há


como saber a quantas andam as taxas de açúcar no seu sangue e a produção
do hormônio que as controla...

É como se a sua saúde ficasse sob panos escuros, sem receber notícias do
seu estado: é grave? Está tudo sob controle? Preciso fazer algo?

Para um diagnóstico certeiro, que consiga detectar as possíveis alterações que


denunciam (ou monitoram constantemente) o diabetes, é importante que você
peça a um especialista a prescrição de exames que medem principalmente
os seguintes parâmetros:

• Glicemia de jejum (nível ideal: entre 65 e 85 mg/dL);

• Insulina de jejum (nível ideal: abaixo de 3u/L);

• Hemoglobina glicada (nível ideal: entre 3,5 e 5,0%).

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Outros exames importantíssimos para flagrar níveis inadequados de glicemia
e insulina são:

Curva glicêmica (teste de tolerância à glicose para analisar a concentração de


glicose no sangue em jejum e após a ingestão de açúcar);

Glicemia pós-prandial (ideal para avaliar os níveis de glicose no sangue após


a ingestão de carboidratos);

Dosagem de insulina (para medir os níveis do hormônio e identificar resistência


à insulina, insulina elevada etc.);

Curva insulinêmica (checagem dos níveis de insulina durante jejum, uma e


duas horas após sobrecarga de glicose);

Índice HOMA (para avaliar a resistência à insulina e atividade do pâncreas);

Dosagem do peptídeo C para diabéticos (monitoramento da produção de


insulina).

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Diabetes: um assassino silencioso

Vou começar dizendo que nem tudo se resume aos tipos 1 e 2 de diabetes
— até porque também existe uma terceira variação, não tão mencionada nos
consultórios nem nas conversas de portão.

Mas antes de chegar nessa parte, precisamos falar sobre o meio termo entre
saudável e diabético: o pré-diabetes, conhecido como o estágio inicial da doença.

Pré-diabetes
A condição é um grande aviso de que o paciente tem potencial para desenvolver
diabetes tipo 2. Nesse quadro, já é possível observar alterações na glicemia
e resistência à insulina no organismo do paciente, mas ainda não em níveis
tão altos a ponto de caracterizar a doença propriamente dita.

Valores entre 100 e 125 mg/dL de glicemia já denunciam o pré-diabetes e,


acima disso, o próprio diabetes.

Esse momento “nem lá, nem cá” pode durar anos e representa alto risco
quando os devidos cuidados não são tomados para barrar a chegada da
“Bete” no baile. Ao mesmo tempo, é uma janela de oportunidade que mostra,
ao horizonte, que ainda dá tempo de reverter esses danos com mudanças
efetivas nos hábitos de vida.

Mas não se esqueça: o pré-diabetes é um inimigo oculto. A maioria das pessoas


sequer apresenta sintomas durante essa fase. Quando o famoso check-up
é negligenciado, elas ficam chocadas ao abrir o envelope dos exames e se
deparar com a glicemia lá nas alturas e a produção de insulina já bastante
prejudicada.

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Tempos depois, aparecem os sinais que acusam o verdadeiro e perigoso
diabetes tipo 2...

• Sede excessiva;
• Cansaço;
• Fome;
• Vontade frequente de urinar;
• Visão embaçada;
• Aumento do apetite...

E aí a preocupação aumenta ainda mais.

Mas vamos com calma, porque quero te explicar as engrenagens por trás
de cada tipo de diabetes. É importante que você conheça suas principais
características para que, se for o caso, parta para um tratamento certeiro e
eficiente.

Diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 costuma aparecer logo na infância ou adolescência e é
considerado uma doença autoimune, em que o organismo, equivocadamente,
começa a atacar as células do pâncreas que produzem a insulina.

Com a destruição delas, há pouca ou nenhuma presença desse hormônio para


controlar a glicose — o que favorece seu acúmulo no sangue e traz os males
do diabetes. Mas tem controle e tratamento, ainda bem.

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Diabetes tipo 2
Esse é o tipo mais comum. Lá atrás, era padrão afirmar que essa doença
atingia, majoritariamente, pessoas com mais de 40 anos que estão acima do
peso, são sedentárias e/ou têm predisposição genética para o diabetes tipo 2.

No entanto, esse cenário vem mudando e adolescentes e adultos jovens estão


cada vez mais na mira do diabetes tipo 2, segundo uma revisão de estudos
publicada pelo The Lancet Diabetes & Endocrinology. Há evidências, inclusive,
de que a enfermidade de início jovem tem um perfil mais agressivo, levando
ao desenvolvimento prematuro de complicações.

A grande questão por trás do diabetes tipo 2 é a produção insuficiente de


insulina ou, ainda, a incapacidade do organismo de utilizar a insulina produzida
de forma eficiente.

Isso pode acontecer principalmente pelo excesso de refeições recheadas


de carboidratos e açúcares, que sobrecarrega o pâncreas — o produtor da
insulina, responsável por processar e regular a glicose — e o deixa exausto,
fazendo com que comece a falhar.

Em indivíduos já com excesso de peso, há ainda a dificuldade da insulina “viajar”


com a glicose para dentro das células, por conta dos marcadores inflamatórios
que ficam em alta nesses organismos. Com isso, o açúcar vira gordura branca
e é estocado no corpo, aumentando a inflamação.

Diabetes tipo 3
O que diabetes tem a ver com Alzheimer? Segundo médicos mais atualizados,
tudo. Pesquisas recentes já mostraram que o açúcar no sangue, quando mal
controlado, pode, sim, elevar o risco de desenvolver a doença neurodegenerativa.

Isso porque os altos índices de glicose aumentam rapidamente os níveis de

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beta-amiloide, uma proteína presente em maiores concentrações no cérebro
dos portadores de Alzheimer que rouba a memória e as funções cognitivas
ao longo do tempo.

O diabetes tipo 3 também é muito citado como uma “resistência insulínica


cerebral” (diferentemente do tipo 2, em que esse fenômeno acontece no corpo
todo), abrindo precedentes para a degeneração dos neurônios.

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Complicações do diabetes

Doenças cardiovasculares
A International Diabetes Federation é enfática: mais de 80% das mortes por
diabetes estão relacionadas a problemas cardíacos. O diabetes, quando está
fora de controle, potencializa os processos inflamatórios do organismo e
aumenta exponencialmente os riscos de infarto, AVC e endurecimento das
artérias.

Problemas na visão
A retinopatia diabética é mais um dos intrusos que vêm dentro da mala do
diabetes. Essa é uma complicação que danifica os vasos sanguíneos dentro
da retina dos olhos, deixando a vista embaçada, com borrões e dificuldade
em diferenciar cores. Em estágios mais avançados, pode ocorrer cegueira.
Catarata e glaucoma também podem vir acompanhados.

Impotência sexual
Essa informação pode chocar, mas você
não deve ficar sem saber: a prevalência de
disfunção erétil chega a atrapalhar a vida de
52,5% dos homens com diabetes. Essa é a
conclusão de um estudo publicado no jornal
científico Diabetic Medicine.

A explicação por trás dessa má notícia


resume-se ao fato de que o acúmulo de açúcar
no sangue causa lesões em nervos e vasos
importantes para que a ereção completa
aconteça.

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Quando eles estão fora de campo, fica complicado para o estímulo chegar
ao pênis e os vasos dilatarem para aumentar o volume do órgão masculino.

Lesões nos rins


Os rins são dois órgãos que funcionam como um filtro para o sangue, limpando
seus resíduos — lembra da aula de ciências na escola? O problema é que o
diabetes dificulta esse processo, pois altera seus vasos sanguíneos e leva à
perda da proteína por meio da urina. Em meio a todo esse caos, os riscos de
desenvolver insuficiência renal são altos.

Infecções
A hiperglicemia atrapalha os glóbulos brancos na hora de fazer seu trabalho
de combate à infecções. E é por esse motivo que toda vez que elas surgem
em pessoas diabéticas, tendem a ser mais complicadas de serem curadas. A
cicatrização de feridas, muitas vezes, acontece a passos de formiga ou sequer
chega a ser completa.

Pé diabético
Peito do pé inchado, calos, feridas, dedos avermelhados, perda de sensibilidade…
Todos esses sintomas fazem parte dessa condição muito comum entre os
portadores de diabetes. Em casos muito graves, quando as lesões não recebem
os devidos cuidados, pode ser necessária até mesmo a amputação do membro.

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Os supernutrientes que nocauteiam a
glicose alta

Para te mostrar que nem só com remédios dá para reverter o quadro de


glicemia nas alturas e suas consequências, escolhi alguns nutrientes que a
ciência já mostrou serem eficazes para estabilizar seus marcadores saudáveis.

Picolinato de cromo
Essa junção do ácido picolínico e do mineral cromo não veio para brincadeira:
além de desempenhar um importante papel no metabolismo de carboidratos,
lipídios e gorduras, potencializando a ação da insulina e evitando picos de
açúcar no sangue, o picolinato de cromo também pode ser aproveitado para
aumentar a saciedade e cessar aquela vontade de atacar a geladeira.

Um estudo apresentado no Simpósio Internacional sobre os Efeitos do Cromo


Dietético na Saúde, nos Estados Unidos, avaliou o efeito da suplementação
de picolinato de cromo na sensibilidade à insulina e composição corporal
em indivíduos com alto risco de diabetes tipo 2 devido à histórico familiar e
obesidade.

Para esse experimento, que durou oito meses, os pesquisadores dividiram


29 pessoas (entre homens e mulheres) em dois grupos. Enquanto metade
foi convidada a suplementar 1000μg de picolinato de cromo por dia, a outra
recebeu placebo.

Após esse período, foi constatado que aqueles que usaram o suplemento de
picolinato de cromo apresentaram aumento significativo na sensibilidade à
insulina sem mudanças na distribuição da gordura corporal, em comparação com

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os indivíduos que tomaram o placebo, que não tiveram alterações importantes.

Surpreendentemente, a substância diminuiu cerca de 33% da resistência à


insulina e em 23% a insulina em jejum.

Biotina
Pesquisadores de Bangkok, na Tailândia, investigaram efeitos de diversos
nutracêuticos — entre eles, a biotina. Suas conclusões foram animadoras: a
vitamina está envolvida no metabolismo celular da glicose e pode estimular
a liberação de insulina no pâncreas.

Junte a biotina com o carinha ali de cima — o cromo — e o efeito é melhor ainda:
essa dupla de sucesso é boa para melhorar o controle glicêmico, diminuindo
os níveis de glicemia e hemoglobina glicada em pessoas com sobrepeso e
obesos com diabetes tipo 2.

Magnésio

Entre tantos motivos pelos quais você deveria consumir mais magnésio,
um deles é para evitar seu déficit no organismo que está relacionado ao
desenvolvimento de diabetes tipo 2 e síndrome metabólica (cujo denominador

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comum é a resistência à insulina, que aumenta as chances de desenvolver
doenças cardíacas, diabetes e AVC).

Isso porque seus baixos níveis podem levar à alteração na função do pâncreas,
o que, automaticamente, compromete a produção de insulina. Quando ela falha,
a glicose não consegue entrar nas células para se transformar em energia e,
com isso, ocorre o aumento da glicemia no sangue.

Zinco
Da mesma forma que o magnésio, muitos estudos já forneceram evidências
de que o baixo nível de zinco está associado à diminuição da sensibilidade
e secreção prejudicada da insulina, além do aumento de biomarcadores
inflamatórios.

A dica, então, é caprichar na alimentação e suplementação com zinco para


evitar desarranjos no metabolismo e até mesmo o estresse oxidativo e a
redução da massa corporal magra.

Vitamina B2
A riboflavina, como também é chamada a B2, faz toda a diferença para auxiliar
no metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras, convertendo-as em
energia para as atividades do dia a dia sem deixá-las passeando “sem rumo”
pelo organismo. Com toda essa otimização, é possível afirmar que a vitamina
B2 favorece o emagrecimento.

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Selênio
Um recente estudo italiano investigou o efeito da suplementação de selênio
em um grupo de indivíduos com sobrepeso e obesidade com idade entre 18
e 65 anos, que adotaram uma dieta de baixa caloria por três meses.

Enquanto uma parte suplementou 240 µG/dia de L-selenometionina (selênio)


por três meses, a outra recebeu um placebo.

Mais tarde, os dois grupos foram comparados e aqueles que tomaram selênio
apresentaram uma mudança significativa na composição corporal, envolvendo
diminuição da massa gorda e dos níveis de leptina (hormônio que regula o
apetite).

Além disso, ressalto que o selênio também tem um importante papel


antioxidante para eliminar os radicais livres que aumentam a inflamação do
corpo.

Cobre
“Quanto mais cobre existe [no organismo], mais a gordura é decomposta”, é
o que declara um cientista da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
Ele desvendou, junto à sua equipe, a importância desse mineral para quebrar
as células de gordura para que possam ser usadas como energia. A descoberta
foi publicada na revista científica Nature Chemical Biology.

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Café verde

O extrato de grão de café verde é do tipo mil e uma utilidades: ajuda a reduzir
a pressão arterial sistólica (aquele maior valor verificado durante a medição,
sabe?), a glicose no sangue e a resistência à insulina. Tudo isso foi comprovado
em uma análise feita pela Universidade Shahid Beheshti de Ciências Médicas,
no Irã.

Para melhorar, os estudiosos também observaram uma redução na


circunferência da cintura e no apetite dos participantes suplementados com
esse supernutriente.

Vale lembrar também que o café verde pode atuar como um potente termogênico,
que ajuda a acelerar o metabolismo e facilitar a queima de gordura localizada.

Pimenta
Já ouviu falar que comer pimenta emagrece? Ok, nada é capaz de fazer milagre
sozinho, mas a verdade é que essa iguaria pode, sim, ajudar nesse processo.
É que a capsaicina e a piperina, duas substâncias encontradas na pimenta,
possuem ação termogênica e fazem com que o metabolismo trabalhe de
forma acelerada para gastar mais energia e, assim, ajudar a eliminar quilos
que podem incomodar.

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Chás que derrubam a glicemia

Além de ser especialista em suplementos alimentares, também sou expert


em plantas medicinais. Antes de seguirmos, quero recomendar que conheça
o programa da minha colega Dra. Lara Gabriela Cerqueira, nutricionista
especializada em fitoterapia e parceira da Jolivi, onde conduz as edições do
Plantas & Bem Estar.

Foi de lá que extraí as duas receitas abaixo.

Ambas são muito úteis para controlar a glicemia e cuidar do diabetes tipo 2
de forma natural. Essas duas plantas que vou te apresentar são, inclusive,
reconhecidas pela OMS para o tratamento da doença e podem ser prescritas
no SUS. Tome nota:

Chá de Melão-de-são-caetano (Momordica charantia)


Benefícios:

Também conhecido como melão amargo, o melão-de-são-caetano já foi


testado em forma de suco e diminuiu a glicose de 73% dos diabéticos da
terceira idade que participaram de um estudo conduzido pela Universidade
de Colombo, no Sri Lanka.

E o interessante dessa história é que essa erva é versátil e também pode


ser consumida em forma de chá, com direito a todos seus benefícios para a
glicemia.

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Modo de preparo:

Utilize 2 gramas do fruto seco para cada 150 ml e faça uma infusão por 10
minutos. O ideal é consumir uma xícara (150 ml) de duas a três vezes ao dia
e, de acordo com a Dra. Lara, fazer um rodízio a cada 16 semanas, trocando
por outro chá.

Contraindicações:

Gestantes, lactantes e pessoas com hipoglicemia não devem consumir


essa bebida. Quem fizer uso de hipoglicemiante deve ter o aval e fazer o
monitoramento com um médico de confiança.

Chá de pata-de-vaca (Bauhinia fortificata)


Benefícios:

Suas propriedades medicinais para fazer a glicemia despencar e deixar o


pâncreas tomar um fôlego são reconhecidas pela ciência e não deixam dúvidas
de que essa é uma ótima opção para diabéticos.

Experts da Universidade de Concepción, no Chile, descobriram que beber


duas xícaras de chá de 200 ml de pata-de-vaca é capaz de reduzir os níveis
de inflamação nos pacientes, inclusive os marcadores de triglicérides.

Modo de preparo:

Use 2 gramas das folhas (1 colher de sopa) em 240 ml de água. Prepare


uma infusão por 8 minutos e pronto! Beba uma xícara (240 ml) três vezes
ao dia, sendo uma tomada em jejum, e as outras duas após as principais
refeições. Troque por outro chá a cada 15 dias ou mensalmente para os efeitos
terapêuticos não serem perdidos.

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Contraindicações:

Gestantes e lactantes devem evitar, pois as raízes da pata-de-vaca podem


ser tóxicas. Pessoas que usem hipoglicemiante devem conversar com um
especialista antes de tomar esse chá.

Também deixo aqui outras sugestões de chás poderosos para você experimentar
em casa e ter uma ajuda natural para combater o diabetes:
• Chá de graviola;
• Chá de carqueja;
• Chá de goiaba.

Vou aproveitar essa deixa para deixar um ponto muito claro: apesar de parecer
algo muito convidativo, o açúcar não precisa ser a principal fonte de energia
do seu corpo.

No Protocolo Contra o Diabetes, programa do Dr. Naif Thadeu, outro grande colega
e parceiro da Jolivi, você encontra um guia completo com todas as mudanças
de hábitos necessárias para reduzir a glicose e a insulina descompassadas
com alimentação cetogênica, suplementação e outros meios.

Hoje fico por aqui, na torcida para que tenha te ajudado a enxergar sua saúde
de uma outra perspectiva e a equilibrar seu índice glicêmico.

Um abraço,

Fernando Scremin.

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