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3 Planejamento de cardápios
Docente:
Maria Lúcia Lima Nogueira
Diálogo Aberto
Júlia é estudante do 7º semestre do curso de Nutrição e tem se saído muito bem, entregando
todas as solicitações à nutricionista Maria Clara, da empresa “Sabor e Apetite”. A Metalúrgica
XP recebeu nesta semana a visita de fiscais do Ministério do Trabalho que, entre outras
solicitações, pediram para avaliar o cardápio oferecido pela “Sabor e Apetite” aos funcionários,
pois deveria estar adequado às regras estabelecidas pelo Programa de Alimentação do
Trabalhador (PAT), mas infelizmente o cardápio apresentado por Maria Clara aos fiscais,
embora com todos os cálculos nutricionais realizados, não se apresentava adequado às
normas do PAT. Assim, foi solicitado pelos fiscais que, no prazo de 20 dias, o cardápio fosse
adequado aos padrões. Júlia havia estudado tal legislação na disciplina de Planejamento de
UAN, por isso conhecia bem as normas do PAT. Desta forma, Maria Clara pediu para Júlia
fazer uma análise dos erros que que levaram o cardápio à reprovação e indicar o melhor
caminho a ser seguido. Maria Clara também comentou que os funcionários da Metalúrgica XP
não executam trabalhos exaustivos. O cardápio do almoço apresentado por Maria Clara
mostrava as seguintes características:
Além disso, como sobremesa eram servidos doces e frutas, em dias intercalados. Vamos mais
uma vez ajudar Júlia??
Não pode faltar!
O que precisamos para Planejar
Cardápios?
Hábitos alimentares
Condições sócio/econômicas e culturais
Necessidades nutricionais da coletividade
Público-alvo
Modelo de gestão
Variedade das preparações(Livros, receituários, lista de
preparações)
Quantidade de clientes
Lista de equipamentos
Percapita dos alimentos/preparações
N/ de dias???
Quais são as refeições ofertadas para a coletividade?
Regras para elaboração de cardápios
A composição do Saladas
cardápio para
restaurantes
institucionais é a
seguinte (ABREU et
al., 2013): saladas,
também conhecidas
Prato base
como entradas, prato
base, prato principal,
guarnições,
complementos,
sobremesas e bebidas.
Prato principal
Composição do Cardápio -
Almoço
OPÇÃO 1 E 2
GUARNIÇÃO
COMPLEMENTOS
SOBREMESA
SUCOS
OLIVEIRA, 2018
2
I
N
T
E
3. Superior
R
M
1.Básico
E
D
I
Á
R
I
O
Programa de Alimentação ao
Trabalhador - PAT
Parâmetros nutricionais do
Programa de Alimentação do
Trabalhador
Definição de refeições
VET com base em 2000KCal/dia
Refeição
Refeição
principal
menor
Assimile: NDPCal
O inciso 10, do art. 2º da Portaria nº 193, determina que os cardápios
devem oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de
legumes ou verduras nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e
pelo menos uma porção de frutas nas refeições menores (desjejum e
lanche) (BRASIL, 2006).
Fatores para
cálculo de
proteína líquida
Uma das melhores e mais fáceis Elaborand
maneira de organizar um cardápio é o
utilizar o planejamento horizontal Cardápio
em folhas grandes, pois facilita a
visualização ampla e minimiza a
repetição de pratos.
Cardápio Horizontal
Cíclico
Semanal/qui Evita-se Clareza
nzenal/mens monotonia e Melhor
al Ordem de
repetições visualização seleção da
Evita-se de da composição
consultar preparações, distribuição do cardápio
mais de uma podendo ter das
página vários ciclos. preparações
Distribuir os tipos de carnes pelos dias do mês;
Elaboração
Programar as opções com tipos de carnes diferentes;
Determinar as guarnições;
Deixar a descrição das saladas, sobremesas e bebidas por último,
para que as cores possam ser variadas.
Iniciar a elaboração de um
cardápio pelo prato principal
possibilita determinar os
outros itens da refeição com
maior facilidade
(TEICHMANN, 2000).
Uma dica importante é evitar introduzir É importante ser cuidadoso ao estabelecer dias
preparações difíceis às segundas-feiras, específicos para os pratos, por exemplo, de
pois pode não haver tempo hábil para os
segunda-feira: picadinho, quinta-feira: massa
pré-preparos, além disso, escolha
verduras folhosas mais resistentes, pois etc., isso pode gerar monotonia. Além disso, ao
correm o risco de deteriorarem e causar elaborar os cardápios, devem ser considerados
desperdício, caso fiquem muito tempo a quantidade e os tipos de equipamentos e se
aguardando o uso são suficientes, se a mão de obra existente tem
(SILVA; MARTINEZ, 2008). capacidade de execução e se a disponibilidade
financeira é suficiente
(SILVA; MARTINEZ, 2008)
Quais as ferramentas que necessito
para Elaborar Cardápio para
Coletividade Sadia?
https://www.cfn.org.br/wp-
content/uploads/2017/03/taco_4_edicao_ampliad
a_e_revisada.pdf
EXERCITANDO
Vamos imaginar que, em uma UAN,
o VET do cardápio do almoço foi de
610 Kcal e a quantidade de
gorduras foi de 22 g. Esse cardápio
está adequado quanto ao valor
calórico e de gordura total?
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/pub
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco
es/alimentos_regionais_brasileiros_2ed.p
df
PHILLIPI - 2008
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2
008.pdf
Sexo e
Padronização
saúde do Hábitos
das receitas
comensal
Atividade
do
Fatores que influenciam no
Condições de individuo
Clima
armazenamento ou
consumo per capita
coletivid
ade
Pré- Mão
preparo de
obra
Utensíli Porciona
os mento
Qualidade
e Frequên
Qualidade da
apresenta cia dos
matéria prima
ção das pratos
VAZ -2003
refeições
ARAUJO 1992,
O
SELEÇÃO PRÉ-PREPARO
PESO BRUTO - PB
PESO DE COMPRA - Pc
PESO INICIAL - Pi
FATOR DE
CORREÇÃO FC
CASCAS
COROA PB / PL
2kg/1,3kg =
1,53
PL =
1,3kg
PRÓPRI
PESO LÍQUIDO - PL
O DO
PESO LIMPO AUTOR
PB =2 kg
Encontre os valores dos indicadores referente
aos vegetais de um fornecedor:
Exercitand
VEGETAL PESO BRUTO PESO LIQUIDO FATOR DE o
(kg) (kg) CORREÇÃO
ABÓBORA 2,2 1,9
JAPONESA
ABOBRINHA 0,8 ANIMAL
0,7
ALHO 1,1 0.95
ALFACE 1,3 1,15
AGRIÃO 1,5 1,4
ACELGA 2,4 1,25
BATATA 3,3 1,2
INGLESA
BATATA DOCE 4,5 1,3
BERINJELA 2,5 1,35
COUVE FLOR 3,5 2,2
c/folha
CENOURA 2,7 2,5
CHUCHU 1,8 1,3
AIPIM 5,0 2,3
QUIABO 2,8 1,25
L
PB ou PCompra = PL x FC x n° de
comensais
PL =
PF = 0,6 kg
1,3kg
FATOR DE COCÇÃO
PESO LÍQUIDO - PL
PESO LIMPO = PESO FINAL = PF
PF / PL = 0,6
kg/1,3kg
= 0,41
Fonte PRÓPRIO DO AUTOR
ARAUJO -2007
Preparação: Feijão preto
cozido – FASES DA
TÉCNICA DIETÉTICA
2 HORAS / 4 vezes volume de água APÓS 2 HORAS
PESO FEIJÃO COZIDO SEM CALDO = INDICE DE ABSORÇÃO(IA) PESO FEIJÃO COZIDO COM O CALDO = FATOR DE
COCÇÃO(FCy
218,42g 250,5g
IA = P FEIJÃO S CALDO/ PL FCy = PESO C CALDO / PL
IA = 218,42g / 87,37g = 2,5 FCy = 250,5g / 87,37g =
2,86
O Indicador de Reidratação (IR) é geralmente, utilizado para cereais,
leguminosas e alimentos de remolho (imersos em água). Quanto maior
o tempo de reidratação, menor o tempo de cocção. O alimento que fica
de remolho, ganha peso devido à hidratação.
DOMENE - 2011
PB
IA E FCy FOR MAIOR QUE 1
ALIMENTO AUMENTA SEU
VOLUME
REFERÊNCIAS
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