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CAVA LC AN TI, La na de So uza.

A Ge ograf ia e a re ali da de es colar co nte mpo râ ne


a:
Avan ços , ca min hos , alte rna tivas . A na is do I se miná r io na c io na l:C urr íc ulo e m
mo vime nto. Be lo Hor izo nte ; 2010.

Rese nha po r : Ma r ia Ca mila Ves te mbe r g


Acadê mica do c ur so de Geo gra fia - L ic e nc ia t ura.
UN ICEN T RO - Univers idade Es tad ua l do C e ntro O este.

A autora inic ia o ar t igo co m inda gações q ue o pro fesso r aprese nta d iar ia me nte
no â mb ito de se u cot id ia no, co mo for ma de repe nsa r a ma ne ira de e ns ino tra
ze ndo os
a lunos para o a mb ie nte e sco lar co m intere sse pe la s aulas a sere m aprese ntadas,
se ndo
fe rra me nta de aport e do profe ssor de Geo gra fia t ra zer ass untos de níve l globa l e
loca l
para fato s cotid ia nos vive nc iados pe lo s própr ios a lunos.
N o enta nto de sper tar um intere sse ma ior par a que a s a ulas se tor ne m p rod ut
ivas
e me nos co nve nc io na is não é um desa fio t ão s imp le s, te ndo e m vista a s d ific
uldades q ue
os pro fesso res e nco ntra m e m se u loca l de traba lho, fa ze ndo as s im co m q ue
métodos
conve nc io na is de e ns ino co nt inue m se ndo adotados.
Muitas ve ze s o pro fesso r espera e nco ntrar de ntro da sa la de a ula a lunos
mo t ivado s, se m q ue e ste te nha q ue inter vir par a q ue o fato aco nteça, q ue o
inte resse
ocorra á fato s co mp le ta me nte e xter nos ao a mb ie nte es co lar, de ve s e te r c
lare za de q ue
para co nq uis tar o tão desejado int eress e do a luno por a ss im d ize r, o pro fes sor
de ve
quebr ar os p arad igmas for ma is e ntre este e o ed uca ndo, a re lação e ntre ed
ucador e
educa ndo e xige muito ma is q ue a separaç ão de papé is, um d ia lo go, re laçõe s
abertas e
ne goc iadas ta mbé m são fund a me nt a is.
A rec la mação de muitos pro fes sores de Geo gra fia se vo lta par a o desintere sse
dos aluno s e m re lação aos te mas aprese ntados pe la ma tér ia, no e nt a nto se a disc
ip lina
engloba os ma is d iversos as s untos r e lac io nados ao ho me m e ao espaço o nde vive,
podendo ter ab ra ngê nc ia loca l o u globa l o pro fe ssor de ve se q ues t io na r o por q
ue do
des inte resse.
Lo go após as pá ginas inic ia is a a utora fa z uma inda ga ção sobre q ua l te m s ido o
pape l q ue a G eo gra fia e do pro fesso r de geo gra fia de ntro do no vo ce ná r io
globa li zado
da at ua lidade, o pro fis s io na l de Geo gra fia te m co ns e guido co m ê xito repa ssar
infor mações des ta no va co nte mpora ne idade apre se ntada no sé c ulo X XI, se guido
de um
H is tór ico das Geo gra fia s Bra s ile ir as esco lar e acadê micas, a se guir é d isc ut ido a
lgumas
or ie nta ções para o e ns ino da Geo gra fia.
O conce ito de Lugar tão ut il izado e m Geo gr a fia de ve abra nge r ta nto o loc a l
co mo o G loba l para q ue o a luno possa te r uma visão a mp la da rea lidade e o
pape l do
ind ivid uo de ntro de ste co nce ito.
A aborda ge m mult iesca lar de ve aprese ntar a inte r- re lação e ntre o loca l e o
glob a l, o glob a l co mo um s iste ma co mp le xo de re lações se ndo re lac io nado co m
cada
lugar ind ivid ua lme nt e, e que esta re lação e ntre loca l e globa l q ue for ma m as
mult iesca lar idades
O professo r de ve captar a rea lidade do a luno para a for mação de co nce itos
espac ia is e geo grá ficos, a fo r mação deste s co nce itos no e ns ino s ur ge m e m 1980
re lac io na ndo a Geo gra fia co mo um modo de pe nsar, indo muito a lé m de so me
nte
conce itos teór icos, at ua ndo d iret a me nte na for ma ção do c id adão. C o loca ndo ass
im a
Geo gra fia co mo mode ladora do modo q ue o s uj e ito e nxer ga o mundo.
Poré m muitos pro fessore s ao se depare m co m ta is conc e ito s no s livros d idát icos,
os
descre ve m co mo pe sados, não co mo co nce itos a ser e m mo ldados na e xper iê nc ia d
iár ia e
nas vive nc ias de cada ind ivíd uo.
A lingua ge m ca rto gr á fic a t e m s ido bast a nte d isc ut ido nos últ imos te mpos
por
diversos a utore s, de finindo co mo se ndo a Geo gra fia re spo nsá ve l por ess a a lfabet
ização.
A hab ilidade de rep rese ntação de mundos vis íve is, obje t ivos e s ubj et ivo s, q ue
não se lim ita ao mapea me nto e à loca liza ção obj etiva e fixa do s obje tos. Des taca
m- se,
nes se se nt ido, os mapas me nta is, co mo constr uçõ es s imbó licas, imersas e m a mb
ie ntes
soc ia is, espac ia is e his tór ico s q ue re fere nc ia m e laboraçõ es s ingul are s. Os mapas me
nt a is
ou d ese nhos são ma is “livre s ”: se m preo c upação co m a cor respo ndê nc ia ob jet iva co
mo
que é rep rese ntado, não obedece m a re gras ca rto grá ficas, e mbo ra possa m ser ut il
izados
para dese nvo lvê- la s.
N o processo de a lfabet ização c arto grá fica, a ca rto gra fia ap arece não ape nas
co mo téc nica o u tóp ico de co nte údo, mas co mo lingua ge m, co m cód igos, s ímbo
los e
s ignos. Ess a lingua ge m prec isa ser ap re nd ida pe lo a luno pa ra q ue e le possa se
inser ir no
processo de co municação represe ntado pe la ca rto gr a fia ( uma c iê nc ia da tr a ns
missão
grá fica da infor mação espa c ia l) e de se nvo lve r as hab il idades funda me nta is de le
itor de
mapas e de map eador da rea lidade. A ind ic ação é inic iar - se ( pr ime iros a nos ) co
m as
noções car to grá ficas de á rea, po nto e linha, es ca la e propo rção, le ge nda, visão ver
t ica l e
oblíq ua, ima ge m b id ime ns io na l e tr id ime ns io na l. Ess as no ções de ve m fa zer
part e do
conte údo esco lar, de modo inte grado a o utros co nte údos d as c iê nc ias soc ia is, da
mate mát ica e das c iê nc ia s. O s dese nhos e os pr ime iros “ma pas ” co nstr uídos
pode m ser
ass im pa rte do p rocesso de co nstr uç ão das noções esp ac ia is e ta mbé m infor
mação
ima gé t ica dos loca is, a par t ir da q ua l s e pode m co ns tr uir co nhec ime ntos s igni fica t
ivos .
A rep rese ntação c arto grá fica de ve ser obje to de apro ximação c o m a rea lidade
não uma verd ade abso luta, a ss im co mo todos o s co nce itos Geo gr á fico s se ndo do
Me io
Fís ico o u huma no da Ge o gra fia.

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