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1.3. Metodologia.....................................................................................................................4
2. REVISÃO DE LITERATURA.........................................................................................5
2.2. ORGANIZAÇÃO............................................................................................................8
3. Considerações Finais.........................................................................................................15
4. Bibliografia........................................................................................................................16
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1. Introdução
1.1. Contextualização
A busca de auxílio de outro profissional competente sempre existiu na atividade humana,
seja em aspectos pessoais, seja em aspectos econômico-políticos. Para se ter uma noção
de quão antigo é este ofício, pode-se pensar, por exemplo, nos reis, imperadores ou
chefes militares do período Grego, do período Romano ou da Idade Média, que se valiam
de “conselheiros” para auxiliar na tomada de decisões sobre os rumos do governo e das
batalhas. Nos tempos atuais, esta função ganhou algumas características próprias e
passou ser denominada consultoria.
Os modelos de intervenção podem variar. Schein (2008) oferece três principais modelos
de consultoria que se diferenciam de acordo com as formas de auxílio aplicadas:
especialista; médico-paciente; e por processo. Enquanto os dois primeiros se focam no
conteúdo dos problemas organizacionais, o último centra-se em como os problemas
organizacionais são resolvidos (Sun, 20--).
A consultoria organizacional é definida por Junqueira (1999) como uma "atividade que
visa à investigação, identificação, estudo e solução de problemas gerais ou parciais,
atinentes à estrutura, ao funcionamento e à administração de empresas e entidades
privadas ou estatais" (p.128).
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1.2. Objetivos da Pesquisa
1.3. Metodologia
Para aprofundar o conhecimento sobre o modelo de consultoria empresarial adotado, a
pesquisa assumiu um caráter qualitativo-exploratório. Conforme Hair et. al. (2007), os
“dados qualitativos representam descrições de coisas sem a atribuição direta de números.
Em vez de coletar informações com a atribuição de números, os dados são coletados por
meio de registro de palavras e, às vezes, de imagens” (p.100).
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2. REVISÃO DE LITERATURA
Paula & Wood Jr. (2008), por sua vez, indicam que provavelmente já seja possível
identificar como elemento central de uma quarta geração a “gestão do conhecimento” e,
novamente, a “estratégia”, ainda que observem a necessidade de pesquisas aprofundadas
para caracterizá-la de modo adequado.
Dentre os consultores do início do século XX, Camback (1998) ressalta que se incluem
indivíduos como Frederick Taylor, Henry Gantt, Arthur D. Little e Harrington Emerson,
todos eles ainda hoje famosos pelas contribuições que trouxeram para a ciência da
administração. Esses pioneiros focavam-se principalmente na eficiência operacional,
como por exemplo, a teoria dos “tempos e movimentos” de Taylor.
Como bem apontam Sonaglio, Santos & Marion Filho (2008, p. 125): a visão das
organizações, como organismos vivos, ultrapassa e expande a visão mecanicista, cuja
preocupação era dicotomizada entre objetivos, estruturas e eficiência que agora se tornam
parte do problema maior de sobrevivência junto a outras preocupações biológicas. A
teoria organizacional fez uma incursão na Biologia e partiu da ideia de que os
funcionários são pessoas com necessidades complexas, que podem ser satisfeitas, se
forem conduzidas a uma vida plena e saudável, com consequente melhora de
desempenho na organização onde trabalham.
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de auxiliar os executivos e profissionais da referida empresa na tomada de decisões, não
tendo, entretanto, o controle direto da situação” (p. 4).
Para Kubr (1996), a “consultoria tem que agregar valor para a organização do cliente e esse
valor tem que ser uma contribuição tangível e mensurável para o alcance dos principais
propósitos do cliente”. Este escopo maior é sustentado por outros q ua tr o propós itos ,
qu ai s s e j a m : a) resolver problemas de g es tã o e n e g ó c i o s ; b) identificar e
aproveitar novas oportunidades; c) promover o aprendizado; d) implantar mudanças (o
consultor é um agente de mudanças). (p.10)
Três habilidades são apontadas por Peter Block (2001) como indispensáveis para um bom
trabalho:
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b) habilidades interpessoais: capacidade de manter um relacionamento, de
consultoria passa por cinco fases: entrada e contato; coleta de dados e diagnóstico;
ou término.
Quintella (1994) & Kubr (1996) afirmam que a razão de ser da consultoria é a mudança,
que pode ser de estrutura, de atividades, de tecnologia, de fatores humanos, de imagem
etc. Todas essas mudanças, por sua vez, dependem da mudança que ocorre nas pessoas,
seja na relação que mantêm com a realidade, seja pela relação que desenvolvem com os
outros. Justamente por este fator, é importante considerar conhecimentos de Psicologia
Organizacional e estrutura da personalidade por parte do consultor. Falhar na proposta de
mudança, afirma Quintella, é perder a chance de promover a “cura” de uma empresa
“enferma” e perder também uma oportunidade de negócios.
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solução pessoal, política, econômica. Deve ter a capacidade de estabelecer a Meneghetti,2001
análise da proporção entre empresário-empresa-contexto. ; 2003
Atividade que visa à investigação, identificação, estudo e solução de
problemas gerais ou parciais, atinentes à estrutura, ao funcionamento e à Junqueira, 1999
administração de empresas e entidades privadas ou estatais
Processo para auxiliar as empresas a resolverem problemas que as impedem Pereira, 1999
de atingir seus objetivos
Um dos meios que os empresários podem utilizar para obter a melhoria dos
processos, a diminuição dos custos e as alternativas de otimização dos Lins, 1999
recursos materiais e humanos
2.2. ORGANIZAÇÃO
Na concepção de Etzioni (1976), a sociedade moderna é uma “sociedade de organizações”,
em função de que as pessoas nascem em organizações, são educadas por estas, e muitas
dessas passam a vida a trabalhar para organizações. O autor destaca organizações como
unidades sociais ou grupamentos humanos deliberadamente construídos e reconstituídos para
buscar objetivos específicos. As organizações possuem características, como divisão de
trabalho, poder e responsabilidade de comunicação deliberadamente planejada para
intensificar a realização de objetivos específicos. Caracterizam-se também pela presença de
um ou mais centros de poder que controlam os esforços combinados da organização e os
dirigem para seus objetivos. Esses centros avaliam constantemente o desempenho da
organização e remodelam sua estrutura a fim de melhorar o desempenho organizacional.
Outra característica é a substituição de pessoal, ou seja, aquelas que não satisfazem às
necessidades da organização podem ser substituídas ou designadas para outras tarefas.
Para Etzioni (1976) afirma que organização é uma associação presente em toda a Terra. Nela
se nasce, se vive e se morre. Se alguém não veio ao mundo em uma delas, (como por
exemplo, a organização denominada de maternidade), vai estudar em uma organização (numa
escola, por exemplo) para, depois, já adulto, trabalhar em fábricas ou escritórios, comprar em
lojas e supermercados, frequentar clubes e igrejas, assistir a espetáculos em teatros, comer em
restaurantes e, por fim, ser enterrado em cemitério público ou particular.
De acordo com Perrow (1981) destaca que as organizações são criadas para realizar ações
englobadas e cujo trabalho visa diretamente algum fim. Deve-se examinar este fim ou
objetivo, se quisermos analisar o comportamento da organização. Quando se tem em mente o
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comportamento de grupos, ou de indivíduos, que atuam dentro da organização, não é
necessário voltar-se para os objetivos desta. Presume-se que o aumento da produtividade, a
elevação do moral e a redução dos atritos sejam objetivos legítimos, dando-se, portanto,
atenção a tudo aquilo que promova esses fins. Mas, estas se referem às organizações formais
mais do que aos processos de grupo. Faz-se necessária a delimitação dos objetivos da
organização como um todo, ou de parte importante dos mesmos.
Na visão de Peter Block (2010) esclarece que na primeira fase se investiga a natureza do
problema, avalia-se se o consultor é a pessoa certa para trabalhar com o assunto, definem-se
expectativas do cliente e, então, celebra-se o contrato. Na “coleta de dados e diagnóstico” o
autor afirma que os consultores p r e c i s a m propor os próprios pontos de vista sobre o
problema e devem auxiliar o cliente a fazer o mesmo. É nesse momento que o consultor irá
determinar quem será envolvido na definição do problema, que métodos utilizará, que tipos
de dados devem ser consultados e quanto tempo irá durar a consultoria. Na etapa sucessiva,
“feedback e decisão de agir”, são relatados o quanto coletado e analisado. A análise pode ou
não envolver a participação do cliente. Block observa que ao fazer alguma devolução, sempre
haverá resistência aos dados, especialmente quando eles dizem respeito a assuntos
importantes, e o consultor deve saber lidar com ela. Na quarta fase, a de “engajamento e
implantação”, coloca-se em prática o planeamento feito no passo anterior. A implantação
pode ser responsabilidade do cliente ou pode envolver a participação do consultor,
especialmente se há esforços mais amplos para a mudança. O autor destaca que em alguns
projetos a implantação inicia com um evento educacional. A quinta e última fase é a de
“extensão, reciclagem ou término”.
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problemas de diferentes naturezas e aumentar a efetividade pessoal, grupal ou
organizacional” (Mancia, 1997, p.45).
Tais modelos podem ser compreendidos como diferentes modos de atuar e são definidos
pelo papel que os consultores podem assumir quando estão atuando ou pela perspectiva
de análise adotada por parte do profissional que está prestando o serviço. aponta que o
principal motivo para distinguir claramente os modelos é que “o ajudante precisa escolher
de um momento para outro que papel exercer ou qual modelo de ajuda usar” (Schein,
2008, p. 26).
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cliente e consultando. O consultando é a pessoa que receberá diretamente a ajuda de um
consultor, enquanto que o cliente se refere ao sistema (pessoa, grupo ou organização) que
receberá diretamente o trabalho do consultando.
6. Modelo behaviorista - Russell (1978), um dos principais estudiosos e práticos do modelo
de consultoria bahaviorista, também sugere, a exemplo de Caplan, uma relação baseada
em Consultor- Consultando-Cliente. Proveniente da Teoria Behaviorista e das práticas de
consultoria, a atuação inicial deste modelo centrava-se nas áreas da medicina, psicologia,
educação e serviços comunitários, migrando posteriormente para a área organizacional. O
consultor que utiliza este modelo de consultoria é um profissional que teve que passar por
uma formação para ser capaz de reconhecer essa informação e, portanto, vale-se de um
instrumento de análise complementar aos demais dados fenoménicos (dados econômicos,
políticos, de gestão de pessoas etc.).
7. Líder - A figura do líder ganha bastante importância neste estudo. O Dicionário Houaiss
da Língua Portuguesa (2007) define líder como o “indivíduo que tem autoridade para
comandar ou coordenar outros; pessoa cujas ações e palavras exercem influência sobre o
pensamento e comportamento de outras”. Sua a etimologia é atribuída ao século XV, à
palavra inglesa leader, ‘algo ou alguém que guia, conduz’.
Schein (2008) faz notar que consultores, gestores e toda outra pessoa que desejar zelar pelas
relações de ajuda precisam compreender as dinâmicas invisíveis que se criam no processo de
comunicação, decorrentes de pressupostos culturais tácitos bem como de filtros pessoais.
Dessa forma, o profissional poderá desenvolver processos de comunicação que potencializam
a aprendizagem.
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problemas, como, por exemplo, corrigir uma situação deteriorada, no campo da inovação, ou
seja, melhorar uma situação existente ou, ainda, com vistas à criação de uma nova situação
(Kubr, 1986).
Block (2001) corrobora essa ideia ao afirmar que a imprensa de negócios tem escrito sobre o
custo e o valor questionável de muitos grandes para efetivar os esforços de propostas de
consultorias e sobre a inabilidade de consultores de viver de acordo com seus próprios
conselhos. Para o autor, mesmo havendo um enorme crescimento do setor, há deterioração na
relação de confiança entre as organizações e as consultorias.
Wood (1995) destaca, de forma geral, que esse processo responde à necessidade ou ao desejo
da organização de implementar mudanças estratégicas e planejadas, já que organizações de
todos os tipos têm se deparado com cenários substancialmente modificados,
significativamente mais dinâmicos que os anteriores, e buscando firmemente adaptar-se a
eles.
Para Taylor (1912, apud Matteson; Ivancevich, 1977) afirma que administração científica não
é um aparelho de eficiência; não é um sistema para qualquer coisa, nem um grupo de
aparelhos de eficiência; não é um novo sistema de bônus; não é um sistema de premiação e
não é ficar observando o empregado exercer sua tarefa na organização; não é tempo de
estudo. Não que estas características não sejam importantes para uma empresa ou
organização, são fundamentais para o sucesso de gestão, mas são atividades de auxílio.
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renovação, mais do que a simples mudança organizacional, deve ser um processo permanente
da organização” (Gonçalves, 1991).
Para Mancia (1997, p. 16) acrescenta que a consultoria surge como “uma alternativa viável
para o desenvolvimento organizacional”, tendo como objetivo “responder de maneira ágil e
inteligente às necessidades organizacionais”. As vantagens da consultoria estão relacionadas
aos seus benefícios para as organizações e os profissionais.
Na visão dos autores Kenton, Moody & Taylor (2003) destacam que, com a consultoria, a
organização tem a chance de maximizar o conhecimento e as competências existentes no
sistema, alcançando melhores resultados. Consultores internos ampliam o seu
desenvolvimento profissional.
Para Kelley (1979) enumera quatro razões pelas quais as empresas deveriam adotar o modelo
de consultoria:
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global da organização, além de oportunidades de lidar com situações de resolução de
problemas, o que funciona como uma preparação para posições de alta gerência. Sobre
esse aspecto, Mancia (2004) destaca que a atividade de consultoria contribui para a
ampliação e o redimensionamento das competências do profissional, em razão dos
novos conhecimentos, habilidades e atitudes exigidas.
Como afirma Vallemont (1996, p. 11), “a modernização do Estado passa tanto – ou mais –
pelos homens quanto pelas estruturas e a valorização dos recursos humanos é o ponto de
passagem obrigatório de toda modernização”. O autor defende que as dimensões relacionadas
ao desenvolvimento dos recursos humanos sejam apropriadas por todos os níveis da
hierarquia.
Para os Huffington & Brunning (1994) lembram que o fato de o setor público estar passando
por profundas mudanças (tanto na sua estrutura como no seu modelo de gestão), afetando os
métodos, instrumentos e processos tradicionais, assim como as relações de poder, não só faz
desse setor um ambiente rico (e desafiador) para a atividade de consultoria, como também
torna o conhecimento local (interno) altamente valorizado, favorecendo o desenvolvimento do
modelo de consultoria.
Moore (1988, p. 45) infere que “a consultoria proporciona um laboratório novo, e talvez
seguro, onde (o consultor interno pode) experimentar”. Contribui também para que os
servidores envolvidos nessa atividade tenham uma compreensão maior de como funcionam as
agências de governo e de que, apesar de negócios diferentes, os princípios que orientam os
projetos, a resolução dos problemas e as mudanças são comuns entre si. Os benefícios
relatados são: o desenvolvimento de uma rede de aprendizagem, onde os consultores internos
trocavam não apenas experiências, mas também compartilhavam teorias, literatura e técnicas
mais recentes; e a utilização dos recursos existentes e da expertise dos seus próprios
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servidores, fazendo que os problemas fossem resolvidos a um baixo custo, o que não
aconteceria se fosse contratada uma consultoria externa (Moore, 1988).
3. Considerações Finais
Há no Estado um quadro de servidores com formação, maturidade, experiência, conhecimento
da área pública e interesse no seu desenvolvimento e na melhoria do serviço público que não
se pode ignorar e do qual não se deve prescindir, considerando as dificuldades enfrentadas
pelos governos, de forma geral, na gestão da máquina pública e na elaboração, condução e
execução de políticas públicas.
O estímulo ao uso do modelo de consultoria no setor público pode contribuir não só para a
formação de profissionais altamente qualificados, que conhecem as especificidades e
vivenciam a realidade da administração pública, mas também para que os próprios servidores
tenham condições de estudar e compreender melhor os seus problemas, chegando a soluções
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mais adequadas a esse setor. O governo contará ainda com um grupo que terá uma visão
sistêmica do Estado e competências ampliadas, apto a ocupar cargos gerenciais e a coordenar
a elaboração, implementação e acompanhamento de políticas públicas, condições
fundamentais para uma gestão pública mais eficiente, eficaz e efetiva.
4. Bibliografia
Alencar, E. S. (1996). A gerência da criatividade: abrindo janelas para a criatividade
pessoal dentro das organizações. São Paulo: Makron Books.
Biswas, S., & Twitchell, D. (2002). Management Consulting: a complete guide to the
industry. 2.ed. New York: John Wiley& Sons, Inc.
Block, P. (2001). Consultoria: o desafio da liberdade. Um guia para colocar em prática todo
seu conhecimento. São Paulo: Pearson Edication do Brasil.
Carvalho, F. d., Araújo, S. S., & Rezende, A. A. (2008). Distanciamento entre consultorias e
empresas: uma análise à luz da abordagem empreendedora . Convibra: Congresso
Virtual Brasileiro de Administração.
Greiner, L. E., & Metzger, R. O. (1983). Consulting to management: insights to bulding and
managing a successful practice. Englewood Cliffs: Prentice-Hall.
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