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Por meio deste Paper abordamos o tema otimismo, a

sua influência em nossas vidas cotidianas e dentro da


psicologia
ANA CLARA MATTANA1
Centro Universitário Uniftec - Unidade de Caxias do Sul

BRUNA VITÓRIA BAZANELLA2


Centro Universitário Uniftec – Unidade de Caxias do Sul

SABRINA REIS FELDMANN3


Centro Universitário Uniftec – Unidade de Caxias do Sul

KETHLEN DA SILVA4
Centro Universitário Uniftec – Unidade de Farroupilha

PROF. Me. CAROLINE DO AMARANTE TOLAZZI5


Centro Universitário Uniftec – Unidade de Caxias do Sul

Resumo: O trabalho a ser apresentado tem por objetivo apresentar um panorama baseado em estudos de
artigos, conteúdos propostos em aula e discussões entre colegas em relação ao otimismo e sua finitude com a
Psicologia Positiva. Aqui será abordado as classificações do otimismo, sua origem na psicologia, a
aplicabilidade na vida cotidiana e sua importância para o bem estar emocional e saúde mental. Como ela
pode trazer diversos benefícios e prevenir até algumas patologias.
Palavras-chave: Otimismo; Psicologia positiva; Patologia; Saúde mental; Bem estar.

1
A nota de rodapé deve seguir com espaçamento simples, fonte tamanho 10 e texto justificado com as
margens. Aqui, o objetivo é falar mais sobre o aluno e seu curso de pós-graduação, conforme o exemplo
abaixo, não ultrapassando três linhas.
2
Pós-graduando do MBA em __________ pelo Centro Universitário Uniftec de Bento Gonçalves/Caxias do
Sul, graduado em __________ pelo Nome da IES.
3
Pós-graduando do MBA em __________ pelo Centro Universitário Uniftec de Bento Gonçalves/Caxias do
Sul, graduado em __________ pelo Nome da IES.
4
Pós-graduando do MBA em __________ pelo Centro Universitário Uniftec de Bento Gonçalves/Caxias do
Sul, graduado em __________ pelo Nome da IES.
5
Mestre em Educação pela Universidade de Caxias do Sul Especialização em Gestão de Pessoas e
Coordenação de Grupos e graduado em Psicologia pela URI – Universidade Regional Integrada do Alto
Uruguai e das Missões. É professora dos cursos de Administração, Gestão e Psicologia do Uniftec de Caxias
do Sul, também docente do Curso de Especialização em Docência e dos MBA’s Desenvolvimento Humano
e Organizacional e Liderança e Coaching do Grupo Uniftec e do Instituto Brasileiro de Gestão de Negócios -
IBGEN
1. INTRODUÇÃO

O conceito de otimismo é sobre levar a vida de uma maneira mais leve e


enfrentar os problemas de forma perseverante. Ser otimista é ter consigo diversas crenças,
que incentivam a esperança e o olhar delicado para as situações, desde as mais simples até
as mais complicadas. O otimista cria muitas expectativas positivas em relação ao futuro, o
que pode causar certa frustração quando as situações não ocorrem da maneira esperada,
para superar as adversidades e frustrações, é necessário sempre ter o pensamento positivo.

Ao contrário do que muitos pensam o Otimista não nega ou foge da realidade, mas ele vai
em busca de outras alternativas ao invés de se conformar ou achar que tudo está perdido.
Otimismo pode também ser definido como uma atribuição, ou seja, a forma como explicamos as
causas dos eventos para nós mesmos

Otimistas, quando confrontados com um desafio,


tendem a agir com confiança e persistência, mesmo que o
progresso seja difícil ou lento (Scheier, Carver, & Bridges,
1994; Scheier & Carver, 1985).

2. OTIMISMO
Não há mais nenhuma dúvida de que o que acontece no cérebro influencia o que
se passa no corpo. Diante um problema de saúde, cultivar ativamente as emoções positivas
pode reforçar o sistema imunológico e combater a depressão.

Os efeitos do otimismo não são explicados apenas pelo fato de otimistas serem
mais felizes do que pessimistas, por exemplo, aos níveis de distress. Sugere-se então que
há outros fatores que justificam tais distinções, como as estratégias de coping e o
significado destas (Carver, & Scheier, 2002).

Novas pesquisas estão mostrando que as pessoas podem aprender habilidades


para ajudá-las a vivenciar emoções mais positivas quando enfrentam o alto nível de
estresse de uma doença grave.
Judith T. Moskowitz, professora de Ciências Sociais Médicas da Faculdade de
Medicina Feinberg da Universidade Northwestern, em Chicago, desenvolveu uma série de
oito passos para ajudar a desenvolver o positivismo. Os oito passos são:

– Reconhecer um evento positivo todo dia.

– Vivenciá-lo e registrá-lo por escrito ou contar para alguém.

– Começar um diário de gratidão.

– Identificar uma qualidade pessoal e perceber como faz uso dela.

– Estabelecer um objetivo alcançável e observar seu progresso.

– Registrar um estresse relativamente pequeno e listar várias formas de reavaliá-


lo de forma positiva.

– Reconhecer e praticar pequenos atos de gentileza diariamente.

– Praticar a atenção plena (mindfulness), concentrando-se no aqui e agora em vez


do passado ou presente.

2.1 Há algumas classificações para o otimismo:

2.1.1 OTIMISMO DISPOSICIONAL:

Segundo Scheier e Carver (1992), além do otimismo ajudar as pessoas a se


sentirem melhores, contribui para novas ações diante das adversidades. O otimismo
disposicional trata das expectativas em relação ao futuro e implica a disjunção de dois
comportamentos: a luta para alcançar uma meta ou a desistência de valorização e
expectativas negativas associadas. Exemplo: Há dois funcionários de uma empresa e
ambos têm um projeto para entregar, que pode fazê-los crescer profissionalmente. O
sujeito positivo visualiza sua carreira dentro da empresa e enxerga esse desafio como uma
oportunidade de se esforçar ainda mais para garantir a almejada promoção. O sujeito
negativo, acredita que corre o risco de ser demitido e entrega o projeto para garantir sua
continuidade na empresa. O instrumento mais utilizado para aferir o otimismo
disposicional é o LOT-R (Life Orientation Test Revised).
2.1.2 OTIMISMO IRREALISTA:

Para Avvenuti et al. (2016), o otimismo irrealista possui crenças inadequadas em


relação ao futuro, trata-se das pessoas que acreditam que o seu futuro será melhor do que
realmente pode ser. Divide-se em dois tipos:

Absoluto: corresponde a crenças equivocadas referente a resultados negativos


pessoais e tem duas facetas, individual e grupal. Ambos acreditam que não correm riscos.

Comparativo: Tanto em nível individual ou grupal, ocorre uma comparação


errônea quanto aos seus riscos comparados aos de outras pessoas.

O otimismo irrealista é entendido como excesso de confiança e leva as pessoas a


acreditarem que possuem vantagens em relação as outras. Quando as expectativas são
frustradas, essas pessoas tendem a não aceitar.

E deve ficar claro que ele não é lugar para opiniões, observações subjetivas do
autor e nem para desdobramentos explicativos. No entanto, já pode conter referências de
autores, desde que tenham sido utilizadas, indica Severino (2003).

2.1.3 Otimismo explicativo ou atribucional

O estilo explicativo se refere a como o sujeito lida com eventos e com experiencias
passadas habituais, sendo assim, de forma clara, essa teoria visa em influencia de como a
pessoa responderia a esse processo.

Os estilos explicativos ou atribucionais são fundamentados em três aspectos: estabilidade,


globalidade e internalidade das causas passadas.
Se a causa de eventos negativos (aversivos) for vista como estável, os sintomas
depressivos tendem a ser mais duradouros. Todavia quando a causa outorgada ao evento
negativo é instável, o desamparo é passageiro. E se a causa gerada a vários aspectos for
global, há hipóteses de que os sintomas depressivos podem estar mais presentes no
indivíduo de forma globalizada. Contudo, quando a causa desses eventos aversivos são
específicos, o desamparo se evidencia nas situações especificas relacionadas a esse evento
aversivo. Enfim, quando a causa desses eventos é de forma interna (culpa do sujeito),
ocorre a diminuição de sua autoestima, já em casos externos (não depende do sujeito), a
autoestima permanece incólume.
Vamos a alguns exemplos como o estilo atributivo negativo, Mary se sente culpada de
seus próprios erros e tragédias e isso sempre irá ocorrer com ela, é uma forma de explicar
que o estilo atributivo negativo e quando há pessimismo em tudo que ocorre de negativo
no indivíduo, ele se sente incompetente por nada ser como ele gostaria que fosse, ou
porque deu tudo errado. Mary assume para si tudo aquilo que lhe ocorre de errado, ela
mesmo se põe isso, e normalmente ocorre em ambientes externos. Pessoas cujo estilo
atributivo é negativo excessivamente tendem a ter pensamentos catastróficos,
generalizados e personalizados sem evidências. Já quando esse pessimismo é mais
moderado, os pensamentos costumam ser negativos sem evidências, porém são
influenciados por experiências negativas anteriores e pelas observações negativas de
outras pessoas.
Já no estilo atributivo positivo, Jane atribui a si mesma uma grande conquista, porém
diminui em seu pensamento que o ambiente externo também pode ter lhe favorecido essas
conquistas, e é por isso que se for atribuído a si mesma de forma excessiva, a frustração
será ainda maior e sem muitas evidências.
Estilo atributivo realista é considerado o de todos já citados como o mais “saudável”
como no caso de Jane que poderia atribuir não só a si mesmo as suas grandes conquistas,
mas aos amigos também, e no caso de Mary ela poderia rever sim seus próprios conceitos,
mas sem exigir muito mais de si mesma por tudo de negativo que lhe ocorre.
De forma geral, esses atributivos tem uma grande relação com a saúde mental de um ser
vivo, como se uma pessoa tem o estilo atributivo negativo ela possa obter depressão, sua
autoestima é uma catástrofe e nada lhe rende mais, pois para ela os infortúnios da vida são
grandes demais e ela é muito incapaz de acreditar que possa realizar melhor. Já pessoas
com os aspectos atributivos positivos tendem a não ter depressão, e nem autoestima baixa,
o fator desse risco é bem menor.
Baseado na teria do Otimismo Explicativo pessoas que imputam eventos aversivos
passados como estáveis (pouco passíveis de alteração), globais (associados a vários
contextos), e internos (culpa do sujeito), esperam mais falhas ao futuro, pois para elas
essas causas se manterão. Partindo da explicação atribucional, de eventos aversivos,
pessimistas e otimistas apartam-se quanto as atribuições causais ligadas a ele, se
reportando a sua estabilidade, globalidade e internabilidade, influenciando o
desenvolvimento de patologias, exemplo de uma delas, a depressão.
Pessoas pessimistas com eventos causais globais, estáveis e internas, estão mais favoráveis
a experiencias negativas quanto ao futuro e maior vulnerabilidade a doença. Já os
otimistas, atribuem aos eventos negativos, relacionadas a aspectos específicos, instáveis
(pode haver variação), e externas (sujeito sem culpa desses eventos ocorrerem), estão mais
propensos a ter expectativas mais positivas para o seu futuro.
“Em relação às origens do estilo explicativo, Schulman, Keith e Seligman (1993)
observaram que, entre os gêmeos monozigóticos, havia maior correlação com o estilo
explicativo do que entre os dizigóticos. Contudo tais resultados não asseguraram a
existência de um gene específico, mas foi possível pressupor a existência de uma
associação indireta ao passo que se analisa a relação entre genes responsáveis, por
exemplo, pela inteligência, que podem ou não favorecer a obtenção de resultados
positivos, influenciando um estilo mais otimista ou pessimista.” E tudo isso pode estar
relacionado a criação dos pais e ao ambiente onde a pessoa está inserida. Professores
também podem atribuir a influencia sobre os estilos explicativos atribucionais, como
comentários e elogios as crianças e seus desempenhos, assim como as falhas, afetando-os
de forma positiva ou negativa, trazendo assim, ou o pessimismo ou o otimismo a elas.
O principal instrumento usado é o Attributional Style Questionnaire, (ASQ). O ASQ é um
questionário de autorrelato, com seis itens referentes a eventos positivos e seis a eventos
negativos, que permite avaliar o estilo explicativo das pessoas por meio das explicações
dadas aos eventos hipotéticos elencados. Sanjuán, Magallares, González e Pérez-García
avaliam as propriedades psicométricas do ASQ em uma amostra de 815 pessoas, idades
entre 17 a 63 anos, revelando a analise fatorial em três aspectos (estabilidade,
impetrabilidade e globalidade). Essas propriedades do ASQ foram testadas em
adolescentes que chamou atenção no sexo feminino com o maior fator de globalidade. A
compacidade interna dos fatores (estabilidade, globalidade e impetrabilidade) foi de,
respectivamente, 0,87, 0,80 e 0,68.
Weber, Prado, Brandenburg e Viezzer adaptaram ao ASQ para as crianças brasileiras e
uma amostra de 410 crianças, nas idades de 9 a 12 anos, mostraram que não há coerência
quanto as hipóteses teóricas propostas inicialmente. Analisou uma baixa consistência
interna.

2.2 Relação do otimismo com a autoestima e a autoeficácia:

O otimismo se relaciona com outras variáveis psicológicas, principalmente as


positivas. A autoestima se relaciona com o otimismo, por corresponder a avaliação que o
sujeito faz de si, seja negativa ou positiva. A autoeficácia é a crença na capacidade de
realização de tarefas e metas, se associa positivamente nas expectativas futuras.

Observa-se que o otimismo é uma variável que apresenta efeitos positivos na


adaptação de pessoas diante as adversidades, implicando também no bem-estar subjetivo,
qualidade de vida, saúde física e mental.

Embora esse tema ainda não seja muito aprofundado no Brasil, o otimismo é um
dos construtos importantes da Psicologia Positiva, que é voltada nos aspectos bons do ser
humano e em suas potencialidades, não focando apenas no problema.
Os otimistas são mais confiantes e acreditam que tudo vai dar certo, as crenças
positivas prevalecem. Os pessimistas desenvolvem mais facilmente diversos problemas de
saúde, mentais e físicos, pois não estão dispostos a enxergar o lado bom das situações, o
que causa muito estresse e ansiedade, pois pensam o tempo todo em problemas.

Quando ocorre uma situação indesejada, podemos pensar e agir de diversas


formas. Há as pessoas que ficam furiosas com a situação e outras pensam que é um
livramento, que “não era para ser”.

Ser otimista é uma questão de paciência e esforço, primeiro mudando o modo de


pensar e ver, começando pelas coisas simples e pequenas em cada momento do dia.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É importante registrar que este documento não teve a pretensão de explicar,
mostrar ou exemplificar todas as situações que podem ocorrer durante o desenvolvimento
de um paper, no entanto, aponta as principais.

Neste tópico, o autor faz um fechamento das principais ideias apresentadas no


documento, relacionando-as com o objetivo da pesquisa e com as reflexões que a pesquisa
despertou no autor.

Deve ser bem elaborado, apontando possibilidades de pesquisas futuras a partir


do estudo prévio do tema, assim como o reconhecimento da necessidade de
aprofundamento do estudo. Em trabalhos acadêmicos, não se utiliza o termo “Conclusão”,
pois, cientificamente, não é possível dizer que em uma pesquisa há uma conclusão, e sim,
um encaminhamento para o tema estudado.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.scielo.br/j/pusf/a/4YRNL8QppVYMsvV5LTLdSdQ/?lang=pt
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-093X2020000200009

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-093X2020000200009

BRUDER‐MATTSON, S. F. & HOVANITZ, C. A. (1990). Coping and attributional


styles as predictors of depression. Journal of Clinical Psychology, 46(5): 557-565.

http://institutodepsiquiatriapr.com.br/estilo-atributivo-ou-atribucional-o-que-e-positivo-
negativo/

https://innovapsy.webnode.com/news/qual-seu-estilo-atributivo-2/

https://www.scielo.br/j/pusf/a/sCcvSbydHKtSPkv8HkgFf5F/?lang=pt

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