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ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES TABAGISTAS

Nos Estados Unidos, cirurgiões estão deixando de operar pacientes que fumam mais de um maço por dia
E num mundo voltado para a beleza como o nosso, a primeira vítima do tabagismo é a aparência do
fumante. A grande vilã da história é a nicotina - um líquido tóxico existente nas folhas do tabaco e que já era
utilizado em 1690, na França, como inseticida.
Além de causar a dependência, a substância tem efeito vasoconstritor na microcirculação sanguínea. Ou
seja, reduz o diâmetro dos pequenos vasos, dificultando o aporte de oxigênio e de nutrientes que as células
recebem por meio do sangue. Como consequência, a pele perde o viço e começa a envelhecer precocemente.
A vasoconstrição causada pela nicotina compromete o processo de cicatrização após as cirurgias.
Durante uma cirurgia que envolve o descolamento do tecido cutâneo, há uma natural diminuição da
vascularização. Ou seja, a associação desses dois fatores: cigarro + cirurgia potencializa os efeitos negativos
sobre a pele. Por essa razão, cirurgiões plásticos americanos estão deixando de operar pacientes que fumem
mais de um maço de cigarros por dia.
Além do risco de necrose e gangrena, há possibilidade de abertura da sutura e de a pele voltar a enrugar
em razão da menor sustentação dos tecidos. Devido ao seu efeito vasoconstritor, o cigarro reduz a
oxigenação do fluxo sanguíneo e retarda o processo de recuperação no pós-operatório. Além disto,
compromete o sistema respiratório, deixando o paciente mais suscetível a infecções, problemas de
cicatrização, necrose e intercorrências referentes à anestesia, trombose e embolias.
Sem dúvida, ninguém desconhece a influência do fumo no câncer de pulmão, em outros tipos de câncer
e nas enfermidades cardíacas. Entretanto, a maioria das pessoas não sabe que existe uma relação causal entre
o tabagismo e as complicações pós-cirúrgicas. Há, de fato, a necessidade de muita educação e divulgação
para que as pessoas realmente sejam melhor informadas sobre este fator de risco, que é modificável, por isso
mesmo é tão importante
A inalação da fumaça do cigarro também prejudica as células formadoras de colágeno - os fibroblastos
- fundamentais para a cicatrização.
Além de inibir a formação dos fibroblastos, o cigarro aumenta as chances de uma cicatriz hipertrófica e
até queloideana. O quelóide é uma espécie de tumor de cicatriz, ocorre quando há excesso da produção de
fibras colágenas, o que dá aquele aspecto volumoso e endurecido, muitas vezes doloroso

TRATAMENTO

Procurar um ambulatório de Tabagismo ( Grupo de Apoio)


Apoio durante a Fase de Abstinência
Mudar comportamentos : Fumar com bebidas, café ( substituir por água gelada)
Ter sempre algo a mão ( caneta) para substituir o cigarro
Adotar práticas físicas saudáveis
Uso da goma de mascar de nicotina ou do adesivo
Uso de bupropiona via oral

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