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Daniel Teodósio Pires

Felizarda Pateguane

Santos Victorino Marronta

Análise e Árvore das Causas dos Acidentes

Qualidade de Vida no Trabalho

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos, IIIᵒ Ano, Pós-laboral

3ᵒ Grupo

ISTTC
Campus de Nacala
Maio de 2022
Daniel Teodósio Pires

Felizarda Pateguane

Santos Victorino Marronta

Análise e Árvore das Causas dos Acidentes

Qualidade de Vida no Trabalho

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos, IIIᵒ Ano, Pós-laboral

3ᵒ Grupo

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Legislação de Higiene e Segurança no
Trabalho, do Curso de Licenciatura em
Gestão de Recursos Humanos, IIIo ano, Pós-
laboral.
Orientado pelo Docente:
Dr. Muzé Selemane Muzé

ISTTC
Campus de Nacala
Maio de 2022
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
1.2. Segurança no Trabalho .................................................................................................... 5
1.3. Acidente do Trabalho ...................................................................................................... 6
2. Causas e Classificação dos Acidentes de Trabalho ......................................................... 7
2.1. Modalidades ou Tipos de acidentes ............................................................................. 7
2.2. Causas de Acidentes .................................................................................................... 8
3. Método Árvore De Causas - ADC ................................................................................... 9
3.1. Consequências dos acidentes de trabalho .................................................................. 10
4. Qualidade De Vida No Trabalho ................................................................................... 11
4.1. Distinguindo os conceitos de saúde, qualidade de vida e bem-estar ......................... 12
4.1.1. Saúde ...................................................................................................................... 12
4.1.2. Qualidade de vida ................................................................................................... 12
4.1.3. Bem-Estar ............................................................................................................... 12
5. Conclusão ...................................................................................................................... 14
6. Referências Bibliográficas ............................................................................................. 15
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1. Introdução
Segundo Chiavenato (2008, p.348) destaca que a qualidade de vida implica em “criar, manter e
melhorar o ambiente de trabalho, seja em suas condições físicas (higiene e segurança), seja em
suas condições psicológicas e sociais”.

A missão da higiene e segurança do trabalho: é a protecção e preservação dos recursos humanos,


garantindo-lhes condições ambientais e pessoais para a execução de suas actividades, Júnior
(2012 p.31).

A segurança do trabalho deve ser uma preocupação de todas as pessoas na empresa. A rigor,
ela é uma responsabilidade de linha, isto é, uma competência de cada chefia (Júnior, 2012).

Qualidade de Vida no Trabalho tem sido uma preocupação do homem desde o início de sua
existência. Com outros títulos, em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer
satisfação e bem-estar ao trabalhador na execução de sua tarefa (Rodrigues, 2001, p.76).

O presente trabalho tem como objectivo analisar “a árvore de causas de acidentes e a Qualidade
de vida no trabalho”, especificamente, os conceitos, a classificação, a demonstração da arvore
de causas dos acidentes, bem como as etapas que nela ocorrem e a distinção entre saúde,
Qualidade de vida no trabalho e bem-estar.

A metodologia do trabalho é bibliográfica que consistiu na leitura de várias obras citadas nas
referências bibliográficas e a legislação moçambicana.

Estrutura do trabalho:

1. Introdução;
2. Desenvolvimento;
3. Conclusão e,
4. Referências bibliográficas.
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1.2. Segurança no Trabalho


Como assume Chiavenato (2010, p. 476) citado por Maemura e Sala (2015, p. 154) “a segurança
no trabalho está relacionada com a prevenção de acidentes e com a administração de riscos
ocupacionais. Sua finalidade é no sentido de antecipar-se para que os riscos de acidentes sejam
minimizados”.

Para Júnior, (2012 p.34) a Segurança do Trabalho (S.T.) é o conjunto de actividades


relacionadas com a prevenção de acidentes e com a eliminação de condições inseguras de
trabalho. A finalidade da S. T. é prevenir acidentes de trabalho e criar condições seguras de
trabalho.

Para alcançar estes dois objectivos, o autor menciona que a Segurança do trabalho desenvolve
as seguintes actividades:

 Monitoração de todas as atividades da empresa, para mapear onde estão as condições


inseguras de trabalho e eliminá-las, neutralizá-las ou reduzi-las.
 Estabelecer normas de segurança, para todas as atividades da empresa que envolvam
algum risco de acidente ou alguma condição insegura, a fim de garantir que as pessoas
que nela trabalham se exponham ao mínimo à possibilidade de algum acidente pessoal.
São regras de trabalho sobre como usar ferramentas e utensílios, como manusear certos
produtos tóxicos ou cortantes, como carregar pesos, como transportar volumes etc.
 Conscientizar e convencer os funcionários a aprender e respeitar as normas de
segurança, executando suas tarefas sem risco de acidentes. Trata-se de treinar, de
explicar, de conscientizar e de convencer as pessoas sobre como trabalhar com acidente
zero, isto é, sem ocorrência de acidentes.

Araújo e Garcia (2009, p. 197) citados por Maemura e Sala (2015, p. 271) relatam que a
segurança no trabalho se preocupa em garantir que os colaboradores trabalhem em um ambiente
sem riscos à sua saúde, que, existem três principais condições para a segurança do trabalho:

Identificação das principais causas: trata da atenção às ocorrências de acidentes de trabalho.

Correção e manutenção das estruturas físicas: após a identificação das ocorrências, trata da
correção das causas destas ocorrências e providenciar a manutenção das estruturas necessárias.

Prevenção, redução e eliminação de acidentes: trata da criação de comissões e órgãos internos


que visem a promoção da segurança no ambiente de trabalho como a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes (CIPA).
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1.3. Acidente do Trabalho


Para Domingos (2007) “É acidente de trabalho aquele que se verifique no local e no tempo de
trabalho e produza directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença
de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte.”

De acordo Zocchio (2001), Acidente do trabalho é todo aquele que ocorre pelo exercício do
trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional doença que
cause a morte, perda ou redução permanente ou temporária de condições para o trabalho.

Segundo Vieira (1992), São considerados acidentes do trabalho, os acidentes ocorridos durante
o horário de trabalho e no local de trabalho, em consequência de agressão física, ato de
sabotagem, brincadeiras, conflitos, ato de imprudência, negligência ou imperícia, desabamento,
inundação e incêndio.

De acordo com o artigo 9 do decreto nº 62/2013, de 4 de Dezembro:

1. Acidente de trabalho é o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo do trabalho,


desde que produza, directa ou indirectamente, no trabalhador por conta de outrem lesão
corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na
capacidade de trabalho ou de ganho.

Considera-se ainda acidente de trabalho o que ocorra:

a) Na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio de transporte fornecido


pelo empregador ou quando o acidente seja consequência de particular perigo do
percurso normal ou de outras circunstâncias que tenham agravado o risco do mesmo
percurso;
b) Antes ou depois da prestação do trabalho, desde que directamente relacionado com a
preparação ou termo dessa prestação;
c) Por ocasião da prestação do trabalho fora do local e tempo do trabalho normal, se
verificar enquanto o trabalhador executa ordens ou realiza serviços sob direcção e
autoridade do empregador;
d) Na execução de serviços, ainda que não profissionais, fora do local e tempo de trabalho,
prestados espontaneamente pelo trabalhador ao empregador de que possa resultar
proveito económico para este e,
e) No local onde ao trabalhador deve ser prestado qualquer forma de assistência ou
tratamento por virtude de anterior acidente e enquanto aí permanecer para esses fins.
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2. Causas e Classificação dos Acidentes de Trabalho


Classificação de acidentes

Chiavenato (2008, p. 355) e Araujo e Garcia (2009, p. 215) citados por Maemura e Sala (2015,
p. 273-274), apresentam a classificação de acidentes:

 Acidente sem afastamento, após o acidente o colaborador continua trabalhando


normalmente. Deve constar, porém, dos registos organizacionais e deve originar acções
imediatas de controle e extinção da condição ou acção que originou o acidente e,
 Acidente com afastamento, é o acidente que origina a necessidade de afastamento para
recuperação do colaborador.

Sem afastamento

Acidente do Total
Trabalho
Morte

Total
Com afastamento
Permanente
Parcial

Incapacidade
Total

Temporária
Parcial

Figura 1 – Classificação dos acidentes do trabalho quanto ao afastamento (Bensoussan, 1988)

2.1. Modalidades ou Tipos de acidentes


Segundo os autores, existem diferentes modalidades de acidentes com afastamento, expostas:

 Incapacidade Temporária: a pessoa acidentada perde temporariamente sua capacidade


física ou mental e precisa de um período de afastamento determinado pela Previdência
Social.
 Incapacidade permanente parcial: o acidentado perde um de seus membros (ou parte
deles) ou parte da visão, ou a perda da audição. Também é considerada incapacidade
permanente parcial qualquer lesão orgânica, funcional ou psíquica que resulte na
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redução de três quartos da capacidade de trabalho. A gravidade desta incapacidade é


avaliada pelo Médico do trabalho.
 Incapacidade total permanente: trata da perda total e permanente da capacidade de
trabalho. É motivada pela perda da visão de ambos os olhos (ou perda total de um olho
e perda da visão de mais da metade do outro); perda anatômica ou impotência de um
membro essencial (mão, pé); perda da visão de um olho simultânea à perda anatômica
ou impotência funcional de um membro essencial (mão e pé); perda da audição de
ambos os ouvidos ou redução de mais da metade de sua função.
 Falecimento do acidentado.

Também é considerada incapacidade permanente parcial qualquer lesão orgânica, funcional ou


psíquica que resulte na redução de três quartos da capacidade de trabalho. A gravidade desta
incapacidade é avaliada pelo Médico do trabalho.

2.2. Causas de Acidentes


Para Zocchio, (2001), São várias as causas dos acidentes, sejam do trabalho, do trajecto, ou por
doenças profissionais.

Essas causas são basicamente separadas em dois grupos a saber:

 Acto inseguro: é o que depende do ser humano, que, de maneira consciente ou não,
provoca dano ao trabalhador, aos companheiros e às máquinas e equipamentos.
Exemplos: improvisações, agir sem permissão, não usar Equipamento de Protecção
Individual (EPI), etc.
 Condições inseguras: são as condições que, presentes no ambiente de trabalho,
comprometem a integridade física e/ou a saúde do trabalhador, bem como a segurança
das instalações e dos equipamentos. Exemplos: falta de protecção em máquinas, defeitos
em máquinas e edificações, instalações eléctricas, falta de espaço, agentes nocivos
presentes no ambiente de trabalho, etc.

De acordo com a American Standards Association ([s.d] apud Chiavenato, 2000, p.442), as
causas mais comuns de acidentes de trabalho são:

 O agente: objecto ou substância (a máquina ou o local que poderiam ser protegidos)


diretamente relacionados com a lesão (prensa, mesa, martelo, serrote, etc.);
 A parte do agente: associada com a lesão como o volante da prensa, roda da
empilhadeira etc.;
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 A condição insegura: que por não ter sido protegida contribui para a existência de um
acidente (piso, instalações eléctricas, motores, iluminação inadequada, etc.);
 O tipo de acidente: contacto entre o agente do acidente e a vítima;
 O acto inseguro: quando um procedimento é violado, deixar de usar o EPI, conversar e
dirigir ao mesmo tempo, fumar em locais proibidos, etc.;
 O factor pessoal de insegurança: característica, deficiência ou alteração mental,
psíquica ou física acidental ou permanente que propicia o acto inseguro (visão
defeituosa, ignorância com relação a regras e normas de segurança).

3. Método Árvore De Causas - ADC


Segundo Almeida e Binder, (1996); Binder, (1997); Almir, (2007), citados por Quaresma
(2012), demonstram o método de Árvore De Causas (ADC), que é composto de quatro etapas,
a saber:

 Etapa 1: Recolha e organização de dados. A recolha de informações deve ser realizada


no local do acidente, por profissional conhecedor da maneira habitual de realizar a
atividade e adequadamente formado na aplicação do método ADC, colocando as
seguintes questões ao acidentado, colegas de trabalho e supervisores: QUEM, ONDE,
QUANDO, COMO, e PORQUÊ; de modo a obter todas as informações possíveis sobre
a ocorrência. Deve-se igualmente, elaborar esquemas e tirar de fotos, de modo a
reconstituir, o mais fielmente possível, como o acidente ocorreu. Na organização das
informações, deve-se considerar os factos que constam da descrição do acidente que são
habituais ou se trata de uma variação, segundo o elemento da actividade: indivíduo (I),
tarefa (T), material (M) ou meio de trabalho (MT).
 Etapa 2: Construção da ADC, seguida de sua leitura e interpretação. Nesta etapa,
configura-se o esquema completo, com desencadeamento lógico e cronológico dos fatos
registados na etapa anterior; sendo essencial responder às seguintes questões: O que foi
necessário acontecer para produzir este fato? Qual o antecedente lógico que implicou
este fato? Este antecedente é necessário à produção deste fato? É este fato suficiente
para explicar as lesões sofridas, ou houve necessidade da presença de algum outro fato?
As respostas a estas questões desencadeiam as seguintes relações de fatos: (i) relação de
encadeamento: quando o acontecimento (Y), decorre de apenas um só antecedente (X)
e não se produziria se o antecedente (X) não tivesse ocorrido previamente; (ii) relação
de disjunção: quando diversos acontecimentos (Y), que não têm relação entre si,
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decorrem de um só antecedente (X), e (iii) relação de conjunção: quando um


acontecimento (Y) decorre de vários antecedentes (X), independentes entre si.

Depois de construída a ADC é necessário o seu estudo e interpretação, assim como, verificar a
sua relação lógica, devendo realizar-se um novo processo interrogativo: se o acontecimento (Y),
não tivesse acontecido, teria ocorrido o antecedente (X)? Para que tivesse ocorrido o
acontecimento (Y), foi necessário o antecedente (X) e apenas o antecedente (X)? - Objetivando
rigor na identificação das causas que estiveram na origem do acidente de trabalho.

Etapa 3: identificação de medidas preventivas, e

 Etapa 4: seleção de medidas preventivas a adoptar, e acompanhamento de sua


implementação e resultado, constituem a finalidade da aplicação das duas primeiras
etapas. São as medidas de prevenção identificadas, selecionadas e, especialmente as
implementadas, que evitarão a repetição do mesmo tipo de acidente, ou de outros
semelhantes, ou ainda, de acidentes cuja origem possa estar implicada com factores
identificados na análise.

Assim, para desenhar a ADC da anomalia em análise, segundo Oliveira (2010) citado por
Quaresma (2012), demonstra que é necessário primeiro, determinar as causas e o seu nível de
significância, sendo que, nos níveis inferiores, mais próximos do acontecimento, predominam
as causas materiais (deficiência do equipamento, falha das barreiras de proteção, libertação
inesperada e incontrolada de energia, …) e os actos inseguros (negligência, distração, excesso
de confiança, inadequação à tarefa, …); sendo; geralmente, a conjugação destes dois tipos de
causas, a origem de uma ocorrência danosa.

Segundo o mesmo autor (Oliveira, 2010), nos níveis superiores sucedem outros tipos de causas,
como por exemplo: as causas organizacionais, psicossociais, de saúde, familiares, económicas,
entre outras.

3.1. Consequências dos acidentes de trabalho


Segundo Ayres, (2001), são como consequência de acidentes de trabalho:

Para o indivíduo: lesão, incapacidade, afastamento do trabalho, diminuição do salário,


dificuldades no sustento da família e até morte.

Para a empresa: tempo perdido pelo trabalhador durante e após o acidente, interrupção na
produção, diminuição da produção pelo impacto emocional, danos às máquinas, materiais ou
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equipamentos, despesas com primeiros socorros, despesas com treinamento para substitutos,
atraso na produção e aumento de preço no produto final.

Para o Estado: acúmulo de encargos assumidos pela Previdência Social, aumento dos preços
prejudicando o consumidor e a economia e aumento de impostos e taxas de seguro.

Para que acidentes de trabalho não aconteçam, Araujo e Garcia (2009) destacam que a
conscientização dos gestores e demais funcionários da empresa, para que a mobilização da
empresa como um todo em termos da adequação de seus procedimentos e correção de falhas
seja prontamente atendida e desenvolvida junto a todos.

4. Qualidade De Vida No Trabalho


Segundo Chiavenato (1999, p.391), a qualidade de vida no trabalho, “representa em que graus
os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através do seu
trabalho na organização”.

O mesmo autor enfatiza que os factores envolvidos na qualidade de vida no trabalho são:

 A satisfação com o trabalho executado;


 As possibilidades de futuro na organização;
 O reconhecimento pelos resultados alcançados;
 O salário percebido; os benefícios auferidos;
 O relacionamento humano dentro do grupo e da organização;
 O ambiente psicológico e físico no trabalho;
 A liberdade de expressão;
 Responsabilidade de decidir; e
 As possibilidades de participar.

De acordo com Limongi-França (2003 p.156):

“Qualidade de vida no trabalho é uma compreensão abrangente e


comprometida das condições de vida do trabalho, que inclui aspectos de
bem-estar, garantia da saúde e segurança física, mental e social e capacitação
para realizar tarefas com segurança e bom uso da energia pessoal”.
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4.1. Distinguindo os conceitos de saúde, qualidade de vida e bem-estar


Será que é possível distinguir os conceitos de bem-estar, saúde e qualidade de vida? Embora
sejam conceitos bastante próximos, é possível avaliá-los de forma comparativa e identificar
que, em linhas gerais, a definição de qualidade de vida engloba a concepção de saúde, que, por

sua vez, possui o bem-estar como aspecto central. Em termos práticos, vale também frisar que
a satisfação com a vida costuma ser um indicador de avaliação desses três conceitos.

4.1.1. Saúde
Em 1948, a Organização Mundial de Saúde (OMS) citada por Carneiro (2018), redefiniu a
concepção de saúde, conceituando-a como um estado de completo bem-estar físico, mental e
social, e não somente como ausência de enfermidades.

Tal definição abriu campo para que a saúde fosse percebida de forma menos reducionista,
elucidando seus aspectos positivos.

4.1.2. Qualidade de vida


Qualidade de vida é a “percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, dentro do contexto
dos sistemas de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos,
expectativas, padrões e preocupações” Whoqol Group, (1994, p. 28), citado por Carneiro (2018)
sendo essa percepção influenciada por sua saúde física e psicológica, por seu nível de
independência, pelas relações sociais estabelecidas, pelas crenças pessoais e, ainda, pelas
características salientes do respectivo meio (cultural, social) em que a avaliação subjetiva da
qualidade de vida se dá.

4.1.3. Bem-Estar
Segundo Carneiro, (2018):

“Inicialmente, o termo bem-estar foi cunhado pela economia e seu


significado remetia a questões materiais, sendo avaliado a partir do
rendimento que o indivíduo tinha e que lhe permitia adquirir bens e serviços
para o seu bem-estar. Entretanto, as transformações sócio-históricas,
especialmente marcadas pela denominada “Segunda Revolução da Saúde”
na década de 70, despertaram a atenção para aspectos que influenciam o
bem-estar do indivíduo, mas que estão para além dos recursos materiais.
Assim, o bem-estar é entendido hoje a partir de uma perspectiva subjetiva,
que considera a prevalência de estados afetivos positivos sobre os negativos,
e também a partir de uma perspectiva psicológica, que compreende o bem-
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estar como resultante de experiências de realização pessoal e de


possibilidade de desenvolvimento e expressão dos potenciais individuais.
(Carneiro e Fernandes, 2015)”.
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5. Conclusão
Pos a conclusão do trabalho, o grupo percebeu que a segurança de trabalho procura minimizar
os acidentes de trabalho, isto é, os acidentes que ocorrem no trabalho ou no trajecto do
funcionário para o trabalho. E que o acidente de trabalho provoca danos ao património da
empresa, quando inutiliza ou prejudica máquinas, equipamentos, instalações, produtos,
matérias-primas, entre outros e, também provoca danos às pessoas, quando produz lesão
corporal, doença, perda parcial ou total da capacidade para o trabalho (que pode ser provisória
ou permanente), ou ainda pode levar à morte.

Do ponto de vista de gestão de pessoas, a saúde e segurança dos colaboradores são principais
pontos na preservação de uma força de trabalho adequada. Razão esta, que é considerado
acidente de trabalho aquele que ocorre no local e no tempo de trabalho e produza directa ou
indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na
capacidade de trabalho ou de ganho ou, em casos mais graves, a morte.

Considera-se local de trabalho todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou deva dirigir-se
em virtude do seu trabalho e em que esteja directa ou indirectamente, sujeito ao controlo do
empregador. Já por tempo de trabalho entende-se, além do período normal de laboração, o que
preceder o seu início, em actos de preparação ou com ele relacionados, e o que se lhe seguir,
em actos também com ele relacionados, e ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho.

A palavra acidente significa algo imprevisto e inesperado, mas perfeitamente evitável na


maioria dos casos.
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6. Referências Bibliográficas
Ayres, D. O. Manual de Prevenção de Acidente do Trabalho. São Paulo: Editora Atlas, 2001

Chiavenato, I. Recursos Humanos: o capital humano das organozações, 8ᵃ edição. São Paulo:
Atlas, 2008

Domingos, M. A. (2007) Algumas Questões Relacionadas com o Conceito de Acidente de


Trabalho.

Júnior, J. A. R. L. (2012). Manual de Administração de Recursos Humanos: Visão sistemática


em Gestão de Pessoas. 5ª edição.

Maemura, M. M. e SALA, O. M. (2015). Gestão Integrada de RH, 1ᵃ Edição, Rio de Janeiro:


SESES,

Vieira, J. L. (1992). Segurança e Medicina do Trabalho. São Paulo: Editora Edipro,

Zocchio, A. (2001). Segurança e Saúde no Trabalho. São Paulo: LTR Editora,

Rodrigues, M. V.C. (1994). Qualidade de vida no trabalho: evolução e análise no nível


gerencial. Petrópolis, RJ: Vozes.

Bensoussan, E. et al. (1988) Saúde ocupacional. Rio de Janeiro: Cultura Médica.

Chiavenato, I. (1999). Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações.
21ª Reimpressão Rio de Janeiro: Editora Campus.

Limongi-F., A. C. (2003). Qualidade de vida no trabalho – QVT: conceitos e práticas nas


empresas da sociedade pós-industrial. São Paulo. Atlas.

Oliveira, C. G. (2010). Proposta de uma Metodologia Integrada de Avaliação de Riscos


Profissionais. Tese de Doutoramento, Universidad de León, Espanha.

Quaresma, S. C. M. (2012). Contributo do Método Árvore De Causas no Estudo dos Acidentes


de Trabalho para a Segurança no Trabalho em Altura com recurso às Técnicas de Acesso e
Posicionamento por Cordas, Instituto Politécnico De Lisboa. Lisboa. Disponível em
https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/2653/1/ trabalho.pdf acesso no dia 14 de Maio de
2022.
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Legislação

MOÇAMBIQUE. Decreto nº 62/2013 de 4 de Dezembro: Regulamento que Estabelece o


Regime Jurídico de Acidentes de Trabalho e Doenças profissionais.

MOÇAMBIQUE. Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto: Lei do Trabalho.

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