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Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância

Curso de Licenciatura em Administração Pública

Trabalho de Ciência Política

Tema: Doutrinas Políticas da Era Moderna

Tima Armando Mugiala

Pemba, 30 de Agosto de 2021


Índice
1. Introdução...............................................................................................................3

1.1. Objectivos do Trabalho.......................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral...............................................................................................4

Objectivos Específicos...................................................................................................4

1.2. Metodologias......................................................................................................4

2. Revisão da Literatura..............................................................................................5

2.1. Fazendo a Comparação do Liberalismo; Fascismo e Socialismo.......................5

2.1.1. Conceitos do Fascismo....................................................................................5

2.1.2. Fascismo e Cultura..........................................................................................5

2.1.3. Conceitos do Liberalismo...............................................................................6

2.2. O Socialismo.......................................................................................................7

2.2.1. A Fundação do Socialismo..............................................................................8

3. Considerações Finais............................................................................................10

4. Referências Bibliográficas....................................................................................11

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1. INTRODUÇÃO

O pensamento das doutrinas politicas da era moderna, como todas as


formulações ideológicas, não se desenvolveram abstractamente em um vazio histórico.
Assim como o marxismo, o keynesianismo, o fascismo, entre outras doutrinas, são
historicamente datados. Apesar de o termo “doutrinas da era moderna” ser utilizado
desde o século XIV, os primórdios do liberalismo enquanto corrente de pensamento
estruturada advêm das revoluções inglesas do século XVII, tendo se expandido pelo
continente europeu principalmente a partir da revolução francesa no final do século
XVIII, (LIMA; WIHBY; FAVARO, 2008).

Tais doutrinas obtiveram grande relevância no que diz respeito à luta contra o
absolutismo monárquico e também no pensamento iluminista. Um dos maiores
expoentes do pensamento das doutrinas, sem dúvidas, foi o inglês John Locke, que
desenvolveu suas ideias na passagem do século XVII para o XVIII. Segundo
MARCELO LIRA SILVA, Locke contribuiu para a formação de uma concepção de
Estado que rompia com os paradigmas absolutistas e que influenciou posteriormente,
outros pensadores ligados as doutrinas, sobretudo Charles-Louis de Secondat, também
conhecido como Montesquieu, (SILVA, 2011). Entretanto, segundo ANDREW
HEYWOOD, esta ideologia só se consolidou como uma doutrina política propriamente
dita no século XIX, (HEYWOOD, 2010).

Assim como qualquer tipo de pensamento político, económico, ou social, as


doutrinas não podem serem encarados, de forma alguma, como se fosse uma corrente de
pensamento homogénea. Somente a título de exemplo, MARCELO LIRA SILVA
aponta para diferentes teorias do Estado, cujos expoentes principais seriam John Locke
(teoria do contratualismo), Montesquieu (teoria da divisão de poderes) e Jean Jacques
Rousseau (teoria da soberania popular), (SILVA, 2011).

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1.1. OBJECTIVOS DO TRABALHO
1.1.1. OBJECTIVO GERAL
 Analisar e realizar uma pesquisa acerca das doutrinas politicas da era moderna.
1.1.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
 Abordar acerca do liberalismo;
 Decifrar acerca do fascismo; e,
 Abordar todos os aspectos do socialismo.
1.2. METODOLOGIAS

A metodologia de pesquisa, segundo BARRETO & HONORATO (1998), deve


ser entendida como o conjunto detalhado e sequencial de método e técnicas científicas a
serem executados ao longo da pesquisa, de modo a possibilitar atingir os objectivos
inicialmente propostos e, ao mesmo tempo, atender aos critérios de menor custo, maior
rapidez, maior eficácia e mais confiabilidade de informação.

Segundo LAKATOS & MARCONI (1991, p.83), a metodologia “é o conjunto


da actividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite
alcançar o objectivo traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as
decisões do cientista.” Contribui para a solução do problema de maneira racional.

A escolha acertada de uma metodologia permite orientar o estudo e dar ao


trabalho um sentido significativo e prático, explorando de forma clara todos os enfoques
da temática abordada.

O presente estudo tem como proposta metodológica uma revisão da literatura.


Trata-se, portanto, de uma pesquisa exploratória de carácter descritivo. Acredita-se que
esta abordagem vai de encontro dos objectivos e necessidades do estudo proposto.

A pesquisa bibliográfica busca na literatura existente, subsídios capazes de


atribuir ao tema o entendimento para formação de uma opinião.

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2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. FAZENDO A COMPARAÇÃO DO LIBERALISMO; FASCISMO E
SOCIALISMO
2.1.1. CONCEITOS DO FASCISMO

A palavra fascismo tem origem na expressão italiana fascio littorio que por sua
vez vem do latim fasces lictoriae (feixe de lictor), um símbolo de origem etrusca e
usado durante o Império Romano. Fasces significa feixe. Constitui-se, portanto, de um
feixe de varas de bétula branca, simbolizando o poder de punir, amarradas por correias
vermelhas, símbolo da soberania e da união. Muitas vezes o feixe é ligado a um
machado que simboliza o poder de vida e morte, (LIMA; WIHBY; FAVARO, 2008).
Diante disto:

 Sistema político nacionalista antidemocrático liderado por Benito Mussolini


(1883-1945), que esteve no poder na Itália entre os anos de 1922 a 1945. O
emblema do Partido Nacional Fascista italiano estampa em seu logótipo um
feixe de lictor.
 Política - Regime político de extrema-direita, totalitário, nacionalista adoptado
por Alemanha e Itália nas décadas de 1920, 1930 e 1940.
2.1.2. FASCISMO E CULTURA

“Quando ouço a palavra cultura... destravo minha Browning!” Essa frase ficou
popularmente conhecida em versões mais simplificadas “Quando ouço falar em cultura,
pego logo a minha pistola”. E sua autoria é em geral erroneamente atribuída a nomes de
oficiais nazistas, tais como Heinrich Himmler, Joseph Goebbels ou Hermann Göring.
No entanto, trata-se de um trecho de uma fala da peça de teatro nazista “Schlageter” de
Hanns Johst. Geralmente é citada como exemplo da aversão dos Nazi-fascismo ao
conceito de cultura, (SILVA, 2011, p. 122).

Em Novembro de 2020, o deputado Eduardo Bolsonaro de certa forma


ressignificou a frase de Johst ao dizer que “tiro também é cultura”, comentário
relacionado a uma aula que fez no BOPE (PMDF), acompanhado pelo secretário
especial de Cultura, Mario Frias e pelo secretário nacional de Incentivo e Fomento à
Cultura, André Porciúncula. No vídeo publicado, Bolsonaro e os representantes da
cultura do governo bolsonarista posam em diversos momentos empunhando suas
potentes armas de fogo, (HEYWOOD, 2010).
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Autores como TRAVERSO & RENTON (apud MELO, 2020, p. 16), por
exemplo, preferem expressões como pós-fascismo ou “novos autoritários” por
considerarem o termo fascismo muito específico. “Tomando todos os cuidados contra o
uso inconsistente do termo fascismo para o entendimento da emergência de novos
fenômenos da extrema direita, e propondo noções como pós-fascismo ou novos
autoritários, Traverso e Renton não descartam a possibilidade de ressurgimento de algo
que possa ser referido como fascismo a partir da evolução da crise”, (MELO, 2020, p.
17). Para MELO (2020, p. 17):

“O bolsonarismo representa a tendência ao fascismo e com a ocupação do governo


federal e as explícitas manobras e mobilizações realizadas nesse um ano e meio de
governo Bolsonaro, suas pretensões de implantação de uma ditadura de características
fascistas são mais que evidentes”.

2.1.3. CONCEITOS DO LIBERALISMO

Primeiramente, um dos conceitos-chave para se compreender o liberalismo é o


de indivíduo. Segundo Andrew Heywood (HEYWOOD, 2010), os liberais defendem a
primazia do indivíduo. Tal defesa não foi formada a partir de uma mera abstracção, mas
sim desenvolvida a partir de um contexto histórico bastante específico. Tratava-se da
formação da sociedade industrial capitalista, resultante do crescimento económico e
político da burguesia europeia.

Diferentemente do modo de produção que havia precedido a industrialização e o


capitalismo (o feudalismo), com o advento da revolução industrial na segunda metade
do século XVIII e a crescente urbanização da sociedade europeia nos séculos que a
seguiram, a individualidade do ser humano, segundo este autor, adquiriu um valor que
muitas vezes é negligenciado pelos estudiosos do assunto. No período feudal, por
exemplo, o indivíduo não era visto como a célula mais importante de uma sociedade,
mas sim as famílias, os povoados, as comunidades locais e os estamentos.

Isso significa dizer que as relações sociais, alianças políticas e até as alianças
matrimoniais aconteciam em decorrência dos interesses familiares, colectivos ou
estamentais e não em função das motivações individuais dos seres humanos. Esta
mudança político-cultural não ocorreu por acaso, mas sim devido a um processo de
elevação da burguesia enquanto classe dominante.

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Processo este que não ocorreu naturalmente, tampouco, sem conflitos. Na
passagem do Antigo Regime para a ascensão político-económica da burguesia, portanto:

“Os pressupostos filosóficos do jusnaturalismo, ao servirem de base tanto para


a Declaração dos Direitos proclamados nos Estados Unidos da América em
1776 quanto para a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão da
França revolucionária em 1789, tornaram-se os fundamentos filosóficos do
Estado Contemporâneo. Isso implica dizer que o Estado Contemporâneo se
ergue a partir dos princípios liberais, sendo por natureza Estado liberal-
burguês”, (SILVA, 2011, p. 124).

Para NORBERTO BOBBIO, o liberalismo tem a potencialidade de se aproximar


às ideias democráticas, uma vez que tanto o pensamento liberal quanto a democracia
parte do mesmo ‘ponto de partida’: o indivíduo. Isso se torna possível já que o
liberalismo considera o Estado como um conjunto de indivíduos que actuam
politicamente e que constroem o mundo a partir das relações estabelecidas uns com os
outros, (BOBBIO, 2000). Tal perspectiva não é encontrada no trabalho de Marcelo Lira
Silva, (SILVA, 2011). Segundo este autor, existe uma contradição intrínseca entre
liberalismo e democracia, sendo o primeiro, sempre limitador do segundo, e vice-versa.
Nas palavras do próprio LIRA SILVA:

“Antípodas por natureza, liberalismo e democracia só podem conviver em um mesmo


tipo de Estado através da sobreposição de um fenómeno a outro. Quando o liberalismo
entra em crise na Grande Depressão de 1929, ele não deixa de existir, mas é sobreposto
por um regime de ampliação do processo de democratização, através do qual a
democracia deixa de ser uma mera forma de governo para se tornar uma cultura política
de fato, que penetra e se expande na e pela quotidianidade dos cidadãos.
Diferentemente, quando o regime democrático entra em crise em 1973, o liberalismo se
torna hegemónico e se sobrepõe à cultura democrática, limitando-a a um mero
procedimento técnico racional-legal, através do qual é garantido ao cidadão o direito
periódico de alternância dos governos”, (SILVA, 2011, p. 122).

LIMA, WIHBY e FAVARO, ao evocar BOBBIO, atentam para o fato de que,


para os pensadores liberais, o Estado existe para assegurar a liberdade do indivíduo,
(LIMA; WIHBY; FAVARO, 2008).

2.2. O SOCIALISMO

Segundo ANDREW HEYWOOD, As várias correntes socialistas representam,


no seu conjunto, uma reacção anti-individualista. Surgem críticas à livre-concorrência, à
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não intervenção do Estado na vida económica, ao salarial e à propriedade privada. Esta
corrente doutrinária propõe-se estabelecer uma fundamentação doutrinal da intervenção
do Estado na vida económica e uma estrutura igualitária de produção e repartição.
Combatem também a propriedade privada ou pretendem restringi-la, (HEYWOOD,
2010).

Trata-se de uma corrente muito antiga, que se pode filiar na República, de


Platão, e que foi tendo diversos representantes: Thomas Morus (1478-1535), autor de
“Utopia”; Gabriel de Mably (1709-1785), que denuncia os defeitos da propriedade e
tenta demonstrar a existência de estados comunitários; William Godwin (1756-1836),
que, em “Caleb Williams” e “Inquérito sobre a justiça humana”, defende a ideia de que
a necessidade deve ser o único critério da repartição; BABEUF (1764-1797), afirma que
“essa igualdade transcrita na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” não é
suficiente e preconiza uma igualdade real. Todos representam uma atitude de protesto
contra o regime de propriedade e a situação das classes inferiores.

2.2.1. A FUNDAÇÃO DO SOCIALISMO

O fundador do socialismo científico nasceu em Trier, na Renânia, em 1818. O


revolucionário Karl Marx (1818-1883) pertencia a uma família burguesa de origem
judaica.

Formado em Direito, conclui que necessita de um sistema filosófico e interessa-


se por Hegel. Sob a influência de Gans, professor de Direito Penal na Faculdade de
Direito de Berlim, que Marx frequentava, começam a surgir, entre os jovens hegelianos,
tendências esquerdistas. A renovação do hegelianismo iniciara-se, em 1835, com a
publicação da “Vida de Jesus”, de David Strauss – grande sucesso entre a juventude
alemã. Marx tinha 19 anos quando assimilou a filosofia de Hegel e estabeleceu relações
com a esquerda hegeliana.

No ano de 1841, a publicação de “A Essência do Cristianismo”, de Feuerbach,


marca uma nova fase na evolução intelectual de Karl Marx. Ao conhecimento da
filosofia materialista junta-se a actividade jornalística na Gazeta Renana. Em 1843 a
Gazeta Renana é proibida, Marx casa-se, e parte para Paris. Em Paris relaciona-se, entre
outros, com Proudhon e Engels. Friedrich Engels era hegeliano de esquerda e socialista,
tendo uma preparação teórica muito diferente da de Marx – estudara economia política,

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conhecia a doutrina socialista de Owen e possuía já uma visão esquemática da
interpretação materialista da história. O marxismo é, efectivamente, obra comum de
Marx e Engels.

Em 1843, no seu livro “Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel”,


Marx confronta Feuerbach com Hegel e sublinha a contradição inerente ao Estado
hegeliano e os nexos entre o idealismo de Hegel e as suas opiniões reaccionárias. Em
1846 inicia uma crítica ao trabalho de Proudhon “Filosofia da Miséria”, e rompe
relações com o socialismo francês.

Marx e Engels prosseguem, simultaneamente com a actividade teórica, uma


intensa actividade política. Expõem, em 1848, a sua doutrina no “Manifesto
Comunista”. Este torna-se famoso e Marx é expulso da Bélgica, refugiando-se em Paris.
Segue com Engels para a Alemanha, para participar nos acontecimentos revolucionários
de 1848. Em 1849 vê-se outra vez no exílio, passando a viver em França e na Inglaterra,
onde funda a Associação Internacional dos Trabalhadores.

É em Inglaterra que se lança no estudo da economia política. As doutrinas da


Escola clássica, o desenvolvimento industrial do país e as crises cíclicas, proporcionam
a Marx um vasto campo de estudo. Em 1859 publica a “Crítica da Economia
Política”, que é uma profunda introdução a “O Capital”, a sua obra decisiva, cujo
volume I aparece em 1867. A fusão do movimento operário alemão dá-lhe uma
oportunidade para criticar vigorosamente o socialismo reformista.

Os restantes volumes de “O Capital” só foram publicados após a morte de


Marx, em 1883. Foi Engels quem os publicou, em 1885 e 1889. Em 1904, Kautsky
publicou “Teorias da Mais-Valia” a partir das notas de Marx para o volume IV de “O
Capital”.

“As minhas investigações conduziram à conclusão de que as relações jurídicas


assim como as formas de Estado – não podiam ser compreendidas nem em si, nem pela
chamada evolução geral do espírito humano, mas que, inversamente, tinham as suas
raízes nas condições materiais da existência”.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com este trabalho buscou-se aqui analisar as relações entre alguns conceitos das
doutrinas politicas da era moderna e a relação que este possui com as demais diversos
assuntos. Primeiramente, defendeu-se a ideia de que um conceito-chave desta ideologia
é o de doutrinas politicas da era moderna, o qual estão intimamente ligado ao conceito
de propriedade. A defesa da das doutrinas ao longo da história.

Por fim, portanto, a partir das leituras e discussões aqui problematizadas,


conclui-se que desde que as doutrinas politicas da era moderna se instituíram como
ideologia de fracções de classe dominante na sociedade, não houve, por parte dos
doutrinadores, um compromisso com o desenvolvimento pública enquanto potencial
geradora de inclusão social e auxiliadora na supressão de desigualdades historicamente
construídas desde, e que foram reforçadas tanto no período imperial, quanto nas
diferentes fases da república.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, A. V. P; HONORATO, C. de F. Manual de sobrevivência na selva


académica: Rio de Janeiro: Objecto Directo, 1998.

BOBBIO, Norberto. Liberalismo e democracia. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.


Disponível em: <https://mpassosbr.files.wordpress.com/2013/03/bobbio-norberto-
liberalismo-e-democracia.pdf>. Acesso em: 21 de nov. de 2015 às 21:49.

HEYWOOD, Andrew. Ideologias políticas: Do liberalismo ao fascismo. São Paulo:


Ática, 2010.

LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed.


São Paulo: Atlas, 1991. 270 p

LIMA, Michele Fernandes; WIHBY, Alessandra; FAVARO, Neide de Almeida Lança


Galvão. Liberalismo Clássico: Origens históricas e fundamentos básicos. São Carlos:
VIII Jornada do Histedbr, 2008.

MELO, Demian. O Bolsonarismo como fascismo do século XXI. In: (Neo)fascismos e


educação: reflexões críticas sobre o avanço conservador no Brasil. Rio de Janeiro:
Morula, 2020.

SILVA, Marcelo Lira. Os fundamentos do liberalismo clássico: A relação entre estado,


direito e democracia. Aurora, Marília, n. 9, p.121-147, dez. 2011. Disponível em:
<http://www2.marilia.unesp.br/revistas/índex.php/aurora/>. Acesso em: 21 nov. 2015 às
19:04.

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