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PSICOPATOLOGIA
Reforma Psiquiátrica
Olinda
2022
PÂMELA KAROLINE OLIVEIRA - 24009340
CINTIA SILVERIO DE OLIVEIRA - 24009024
MARIA EDUARDA FIDELIS - 24009251
MARYANE CARDOSO DE LIMA -24009272
RAYANNE MARIA NUNES DE SANTANA - 24009326
JOSEFA VITÓRIA RAYANNY DA SILVA FLORENCIO - 01357797
Trabalho apresentado
Ao curso de Psicologia
Como requisito para obtenção
De nota.
Olinda
2022
INTRODUÇÃO
“O Trocadilo fez de uma tal forma que quanto menos a pessoa têm, mais eles
menospreza, mais jogam fora”.
O que seria o “Trocadilo”? Seria a sociedade, que discrimina, segrega e exclui,
não só os loucos, mas também as pessoas que vivem em camadas mais baixas da
sociedade?
Ao nos debruçarmos sob a história de Estamira identificamos diversos pontos que
influenciaram para o estado de anormalidade ao qual se encontra no momento da
gravação do documentário. No decorrer do documentário sabemos que a mãe de
Estamira também sofria de transtornos mentais, que foi internada (muito
provavelmente em um hospital psiquiátrico) e verbaliza que a mãe dela era
igualzinha a ela, pelo fato de também ouvir vozes, porém tinha uma diferença que
ela não se deixava influenciar pelas vozes e por ela ter em partes ciência de sua
condição, ao contrário de sua mãe, ela também tinha uma família dentro do padrão
de normalidade, porém após traições de seus ex-maridos, em especial o italiano a
quem declara amor, porém o coloca como “sujo que nem um porco” começa a ter
episódios de alucinações ligados a situações emocionais afetivas, que
gradativamente vão se tornando mais agudas. Em sua vivência marcada por
traumas e aversões talvez ligadas a tais acontecimentos, em um dado momento sua
filha conta que ela sofreu dois estupros, de forma que antes ainda mantinha sua
lucidez e sua fé mesmo diante das situações nada fáceis, em um deles seu algoz ao
ouvir seu pedido de socorro a Deus, rechaçam e menosprezam sua fé e afirma “que
deus o quê? Esquece deus”, após este fato ao ouvir falar de um deus de amor e de
justiça demonstra grande revolta e raiva. Tendo alucinações e delírios mais intensos
e nítidos à família passando a ter grande aversão a qualquer fator religioso.
Em uma das cenas Estamira conversa ao telefone, quebrado, em outra língua ao
que parece desconhecida, durante a “conversa” demonstra uma certa agressividade,
com elevação do tom de voz e expressões faciais de raiva e descontentamento, logo
em seguida ao fim do “diálogo” demonstra uma certa calma que segue de um leve
sorriso.
CONCLUSÃO
Ser Estamira foi a saída encontrada por ela para continuar sem o deus no qual
confiava, sem o marido ao qual amava e a partir daí ser suficiente para ela e para
outros que dependiam dela. Podemos destacar que Estamira ou esta mira, da qual
segundo ela todos dependem, deseja ser o deus que a abandonou, ela ainda
menciona “eu sou ruim, mas perversa não”, ruim ao ponto de não desistir, mas não
perversa ao ponto de abandonar alguém, pois tudo depende dela.
“Ninguém pode viver sem mim, sinto orgulho e tristeza por isso”.
“Eu sou Estamira e está acabado”.