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A partir dessa observação foi elaborado um cronograma com atividades para a


intervenção psicopedagógica a ser realizada através de dinâmicas em grupo,
palestras, entrevistas, debates e discussões que pudessem minimizar o impacto
negativo que todas essas mudanças trouxeram para o grupo, além de resgatar os
valores individuais e promover melhor interação entre a equipe.

V- PARECER DIAGNÓSTICO
O grupo apresenta barreiras conflituosas sobre o desempenho de papéis dentro
da escola, percebeu-se que os participantes tendem a direcionar os problemas e
conflitos para a coordenação, isso inclui não só a parte educacional, mas também a
parte operacional da escola, sobrecarregando a coordenação, sendo necessária uma
abordagem que permeie cada função e estabeleça conexões e intersecções entre
elas, isso poderá ser realizado através de dinâmicas em grupo que desenvolvam
habilidades de autoconhecimento, de escuta ativa e de inteligência emocional,
proporcionando benefícios no âmbito profissional e pessoal, construindo uma rede de
valores compartilhada e direcionada com o propósito de manter a integração entre o
grupo e garantir que esse processo possa ser contínuo e estável.

7. Devolutiva à escola e grupo focal:


A devolutiva ocorreu através de uma plataforma de reuniões on-line, onde
foram apresentadas as observações e a proposta de intervenção.
Para Barbosa (2001, p.31) “Falar de aprendizagem no interior da instituição
educacional é falar de um contínuo movimento de interações entre os agentes
educativos, que resulta em trocas, descobertas, construção e reconstrução tanto do
conhecimento quanto das relações e ações”.
Foram apontadas as principais características do grupo observado e como
foram as evoluções e interações no decorrer dos encontros.

8. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

8.1 Caracterização do problema, queixa ou sintoma


O grupo apresentou pouco interesse em participar das dinâmicas, houve
momentos em que demonstraram baixa interação no grupo, principalmente quando
cada um falava sobre o seu papel. Percebeu-se que muitas das responsabilidades da
escola eram direcionadas à coordenação, como se eles não tivessem autonomia para
proceder em alguns casos simples do cotidiano.
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A coordenadora por sua vez, abraçava e arcava com a maioria das demandas
da escola, se sobrecarregando com tarefas que poderia delegar ou direcionar sem se
envolver totalmente.

8.2 Justificativa para a execução do projeto na escola


A demanda de mudanças carece de atenção e ações prioritárias, por isso
verificou-se a necessidade de agir com assertividade através da delegação e
direcionamento de tarefas para que grupo adquira maior autonomia, de forma
organizada, entendendo os seus papéis e as intersecções que existem no espaço
escolar e permitem a conexão entre os profissionais e suas funções.

8.3 OBJETIVOS
8.3.1 Objetivo geral
Organizar os espaços para que as tarefas sejam compreendidas a partir dos
papéis que cada um desempenha na escola, sem sobrecarregar ninguém.

8.3.2 Objetivos específicos


- Criar um ambiente acolhedor e cooperativo;
- Promover o entendimento de autonomia;
- Desenvolver a consciência de responsabilidade e importância de cada função dentro
da escola;
- Superar as dificuldades em delegar e ensinar o ofício.

8.4 Metodologia
Promover palestras, workshops, treinamentos contínuos para intensificação da
parceria adquirida durante os atendimentos, criar um mapa que esclareça os papéis
e funções da escola, com as margens definidas e estruturadas, onde cada um possa
se ver em seu local de trabalho e perceber as intersecções que estabelecem elos
entre as funções.

8.4.1 Elaboração das atividades


I - Dinâmica da gratidão
Conforme descreve Giglio (2017), a gratidão e as emoções positivas são
benéficas ao aprendizado e relacionamento interpessoal:
Algumas áreas da psicologia têm se voltado para a compreensão das
emoções positivas e sua relação com a cognição. Pesquisas têm mostrado
que emoções positivas podem estar relacionadas à ampliação do foco
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atencional e estabelecimento de repertório de solução de problemas. Uma


das emoções que tem chamado atenção nas pesquisas e demonstrado
consequências cognitivas é a gratidão, que pode estar associada ao
estabelecimento de vínculos sociais, aumento do bem-estar e satisfação no
relacionamento.

Explicar o sentido da palavra Gratidão. Em seguida pedir para que os


participantes pensem no maior número de formas possíveis de dizer obrigado a
alguém, depois escrever um bilhete a alguém especial.

II - Ruídos na comunicação
Essa dinâmica visa perceber a importância da escuta ativa, e da comunicação
assertiva, começa-se dizendo uma palavra simples e cada um repete essa palavra,
depois as frases ficam cada vez maiores para eles repetirem, porém quanto maior a
frase, mais diferente vai ficando a repetição. (pode-se usar frases comuns e
corriqueiras do próprio ambiente escolar... é possível também fazer uma espécie de
"telefone sem fio");

III - História sem fim


Dinâmica que aborda a cooperação e a continuidade de uma história começada
por outra pessoa, com toques de bom humor e situações inusitadas, estimula a
atenção, colaboração, criatividade, iniciativa e tomada de decisões rápidas. Iniciar
pedindo para que um participante escolha um número, apresentar na tela algumas
imagens e pedir para que alguém comece a história utilizando a imagem referente ao
número escolhido, exemplo: Era uma vez... Depois pedir para outra pessoa escolher
outro número e apresentar outras imagens, para dar continuidade à história. Podem
ser usadas imagens significativas que remetem ao ambiente escolar ou imagens
aleatórias que façam com que a história fique divertida e colaborativa, contribuindo
para o entrosamento de todos.

IV - Escudo
O objetivo dessa dinâmica é ajudar as pessoas a expor planos, sonhos, jeitos
de ser, deixando-se conhecer melhor pelo grupo, deve-se apresentar na tela o
desenho de um escudo dividido em quatro partes, pedir para que desenhem um
escudo parecido com o apresentado. Falar sobre a riqueza da linguagem dos
símbolos e dos signos na comunicação da experiência humana e pedir para que
procurem coisas importantes da vida que podem ser percebidas através de imagens
e não apenas de coisas faladas, depois cada um vai “falar” de sua vida, através de
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um desenho, dividindo a história quatro etapas: do nascimento aos 6 anos; dos 6 aos
14 anos; o presente; o futuro. Na parte superior do escudo cada um escreve o seu
lema, ou seja, uma frase ou palavra que expressem seu ideal de vida. Depois, em
cada uma das quatro partes do escudo, vai colocar um desenho que expresse uma
vivência importante de cada uma das etapas acima mencionadas. Ao final colocar em
comum as reflexões e os desenhos feitos individualmente. E conversar sobre as
dificuldades encontradas para se comunicarem dessa forma.

V - O espaço escolar
O objetivo é observar o espaço escolar e seu contexto a partir do ponto de vista
de cada um e suas funções. Iniciar pedindo para que todos desenhem o espaço onde
desempenham suas funções dentro da escola e representem através de uma figura
geométrica as pessoas que ocupam o mesmo espaço, dividindo tarefas, ou que
apenas fazem uso do mesmo espaço. Ao final pedir para que cada um comente sobre
o desenho. (Exemplo: qual é a importância de cada função indicada no desenho?
Como o espaço é utilizado por todos? Como funciona a comunicação entre os pares
indicados através das figuras geométricas e como é a interação entre eles?).

VI - Dinâmica da ordem
Por meio desta dinâmica o grupo reflete o porquê cada um reage de uma
maneira diferente diante de uma mesma situação, explicita as diferenças individuais,
promove melhor entendimento do outro e possibilita o desenvolvimento de melhores
habilidades de relacionamento intrapessoal e interpessoal. Desenvolvimento: Pedir
para que cada pessoa desenhe na folha de acordo com as seguintes instruções:
Desenhar um animal que possua: porte elevado, olhos pequenos, rabo comprido,
orelhas salientes, pés enormes e coberto de pelos; depois que todos terminarem de
desenhar, pedir que mostrem na tela para que todos possam ver. Em seguida explicar
ao grupo, através das características dos desenhos, como cada um reage de forma
diferente diante da mesma ordem, pois cada um reage de acordo com suas
experiências, e que cada um vê o mundo de maneira diferente; abrir espaço para o
grupo comentar o que aprendeu com esta dinâmica.

VII - Saber escutar


O objetivo desta dinâmica é praticar a Escuta Ativa. Desenvolvimento: Dividir a
turma de 2 em 2 , um fala para o outro que ficará só ouvindo. Depois troca, quem
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escutou vai falar e quem falou vai escutar. – Não analisar o que foi falado ( o
conteúdo). – O que você sentiu ao ficar calado, só ouvindo? – O que você sentiu ao
ficar só falando?

VIII - Técnica 6.3.5


A Técnica 6.3.5, criada pelo alemão Bernd Rohrbach, tem como objetivo
estimular os participantes a participarem de um grande brainstorming, melhorando a
capacidade de gerar ideias mais criativas e inovadoras. O 6 representa o número de
participantes, o 3 significa quantas ideias cada um deve sugerir e o 5 é o tempo, em
minutos, para cada um escrever a sua ideia. De cinco em cinco minutos, o papel é
passado entre os colaboradores e as ideias podem ser reaproveitadas e trabalhadas
em cima das outras. Assim, além do trabalho em equipe, é possível avaliar a
capacidade de cada colaborador na busca por soluções e planos que alcancem as
regras estipuladas. A dinâmica também mostra como as ideias podem evoluir e se
tornar ainda mais criativas com a colaboração e o engajamento de todos os membros.

IX - Eu sou assim...
Desenvolve a autoconsciência, permite um olhar honesto isento de
julgamentos, permite o autoconhecimento de defeitos e qualidades, desenvolve a
empatia, a autovalorização e a autocrítica compreensiva. Desenvolvimento:
Apresentar na lousa figuras que representam algum tipo de característica e pedir para
que os participantes escolham seis figuras que possam representar suas
características, nomear as figuras em uma folha e justificar o motivo da escolha. Ao
final abrir espaço para que o grupo possa compartilhar essa experiência.

X - Meu lugar favorito


Essa dinâmica promove o resgate de espaços fora do ambiente escolar, onde
também existem regras e espaços delimitados, muitas das regras são criadas pelos
próprios participantes do grupo, o que contribui para um melhor entendimento dos
espaços escolares e o modo como cada espaço funciona. Desenvolvimento: Começar
com a técnica de relaxamento simples e em seguida sugerir uma viagem mental
guiada, onde os participantes poderão imaginar a sua casa detalhadamente; ao
terminar esse passeio imaginativo, os participantes deverão escrever sobre as regras
da casa, listando o que PODE e o que NÃO PODE dentro de suas casas. Depois
colocar uma música calma e pedir para que escrevam sobre um lugar favorito.
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8.4.2 RECURSOS
- Papel sulfite;
- Lápis e borracha;
- Lápis de cor e canetinhas coloridas;

9. CRONOGRAMA
Este projeto poderá ser desenvolvido no período de 01/03/2021 a 03/05/2021,
sendo um encontro por semana, de duração de sessenta minutos, no total de dez
encontros. Fica a critério da escola a escolha pelos dias, respeitando a rotina e o
calendário escolar no referido ano letivo.

10. CONCLUSÃO
O trabalho desenvolvido por meio desse estágio institucional com o grupo de
funcionários e coordenadores pedagógicos da escola, trouxe para mim um olhar
diferenciado sobre o papel do psicopedagogo institucional. Aprendi muito sobre a
organização de uma escola, desde o portão de entrada até a burocracia que envolve
todos os processos para a sua sobrevivência.
Trazer para as sessões temas e dinâmicas que pudessem contornar as queixas
apresentadas e apontar melhorias possíveis e assertivas, não foi tarefa fácil. Houve
muita pesquisa, leitura e interpretação, o que me ajudou a elaborar em conjunto com
a coordenação uma sequência condizente com a realidade do grupo e suas funções.
Dessa forma foi possível observar e absorver a essência dos problemas apresentados
pelas coordenadoras e apresentar possíveis soluções e caminhos para melhorias
efetivas. Foi uma troca de conhecimentos, experiências e aprendizados interessante,
por se tratar de um grupo maduro e pela diversidade de funções e profissões.
Sei que haverá continuidade do trabalho desenvolvido e que esse foi o pontapé
inicial para formações posteriores e abordagens cada vez mais centradas no benefício
de se entregar para todos na escola um ambiente eficiente, colaborativo, cooperativo,
consciente e operando de forma harmoniosa.
O intuito é que esse trabalho reflita no acolhimento de todos na escola de forma
remota ou presencial e que prevaleça a autonomia das relações, a praticidade das
atividades, a construção de elos assertivos e seguros, fortalecendo a internalização
de aprendizados sobre si e sobre o outro, constituindo um grupo com diferentes
pessoas que pensam para um objetivo único que é a educação e as boas práticas em
todos os ambientes da escola.
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Espero que continuem a preservar e cultivar lindas histórias, amizades,


aprendizados, princípios, esperanças, comunhão, perseverança, acolhimento,
engajamento e promissoras reflexões e ações conscientes no mundo.
Termino esse estágio repleta de gratidão pela paciência, pelo cuidado, pelas
instruções, pela oportunidade rara em um momento tão incerto e turbulento como esse
na pandemia. Surge em mim uma fagulha de satisfação que marca o início da
construção de uma profissional que carrega uma bagagem tão séria e especial e que
foi lapidada pela construção e desenvolvimento desse estágio.
Agradeço aos colaboradores, mas em especial a um deles que neste momento
está na presença do Pai. Em memória desse colaborador que contribuiu tanto com as
discussões construtivas e me ensinou muito com sua postura firme, decidida e
racional. Obrigada!

11. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: apresentação
de citações em documentos: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1990.
BARBOSA, L. M. S. A Psicopedagogia no âmbito da instituição escolar. Curitiba:
Expoente, 2000.
COLASANTI, M. Eu sei, mas não devia. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ruN_LR60ZfQ. Acesso em: 03/12/2020.
FERRARI, U. O que é Escuta Ativa? Disponível em:
https://ursulaferraricoach.wordpress.com/2010/08/30/o-que-e-escuta-ativa/. Acesso
em 20/03/2021.
GONZALEZ, M. Mindfulness para pessoas ocupadas demais para meditar. In:
LANGER, E. [et al.]. Coleção Inteligência emocional: Harvard Business Review.
Tradução de Paulo Geiger. Rio de Janeiro: Sextante, 2019. cap. 7
GIGLIO, A. C. A. O efeito da gratidão na reavaliação cognitiva. 2017. 112 f.
Dissertação (Distúrbios do Desenvolvimento) - Universidade Presbiteriana Mackenzie,
São Paulo. Disponível em: http://tede.mackenzie.br/jspui/handle/tede/3167. Acesso
em: 29/07/2020.
MARQUES, E. Mude, mas comece devagar. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=A2hk9jtL7WA. Acesso em: 25/11/2020.
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MATARAZZO TREINAMENTO. Trabalho em Equipe - Procurando Nemo.


Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yEJ5kdqeGPk. Acesso em:
03/12/2020.
OLIVEIRA, M. A. C. Psicopedagogia: a instituição educacional em foco. Curitiba:
Intersaberes, 2014.
______________. Intervenção psicopedagógica na escola. 2ª Ed. Curitiba: IESDE
Brasil, 2009.
______________. Fundamentos da Psicopedagogia. Curitiba: IESDE Brasil, 2017.
RH Portal. Dinâmica da Ordem. Disponível em:
https://www.rhportal.com.br/dinamicas-de-grupo/dinmica-da-ordem/. Acesso em:
02/12/2020.
RH Portal. Dinâmica do Escudo. Disponível em:
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RH Portal. Saber Escutar. Disponível em: https://www.rhportal.com.br/dinamicas-de-
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RockContent. Técnica 6.3.5. Dinâmica de grupo: 10 atividades para fazer com
seus funcionários. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/dinamica-de-
grupo/. Acesso em: 02/12/2020.

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