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Carta sobre a construção da minha identidade

docente.

De: Ana Patrícia de Sousa Roque


Para: Tatiana Santos da Paz

Para começar, irei falar um pouco acerca das


minhas vivências mais marcantes com a docência:
sempre gostei bastante de estudar, então minhas
experiências mais marcantes com a docência se
dão por conta dos bons professores (bons em sua
maioria), que tive contato ao longo da minha
caminhada estudantil os quais me proporcionaram
esse gosto pelo mundo acadêmico. Desde então,
percebi nutrir um amor pelas disciplinas de
linguagem e comunicação, porém, até o
momento, ainda não tinha consciência da minha
paixão pelo mundo das Letras. Para não me
estender tanto, posso dizer que sempre fui uma
boa aluna , com boa desenvoltura nos trabalhos
em grupo e que aproveitei o quanto pude meus
primeiros anos na escola.
Como já disse anteriormente, demorou um pouco
para que eu tivesse plena consciência que meu
caminho é o ensino, trabalhar com muito amor
educando pessoas, pois tive muitas dúvidas
durante minha vida acadêmica, passei por
diversos cursos (téc. em segurança do trabalho,
serviço social, téc. em meio ambiente e por último
Tecnologia em Saneamento Ambiental) mas sentia
diariamente aquela sensação de que algo estava
faltando, eu não estava feliz enquanto estudante
de nenhum desse cursos já mencionados. Essa
insatisfação por sua vez me deixou um pouco
perdida, sem perspectiva de futuro, me sentia sem
rumo, sem propósito e me perguntava: o que
estou fazendo aqui nessa terra? Vou trabalhar
com o quê?
Foi durante a apresentação de seminários que
comecei a perceber o meu amor pela
comunicação, pelo ensino, pois me sentia bem
fazendo isso, me comunicando com as pessoas
de um modo fácil para que estas pudessem
entender. Foi então que nesse último Sisu, decidi
pelo curso de Letras, fiquei bastante surpresa com
minha própria escolha, pois pensava que não
aguentaria a carga imensa de leitura que
demanda o curso. Pois bem, passei no Sisu, estou
terminando o primeiro semestre do curso de
Letras e posso dizer que hoje estou feliz,
apaixonada pelo que estudo , posso dizer que aos
28 anos me encontrei como profissional nesse
mundo. As dúvidas ficaram para trás.
E, por último, com base nas temáticas discutidas
em sala de aula , minhas projeções para o
exercício do trabalho docente são bastante
otimistas, pois tenho como referência a filosofia
educacional de Paulo Freire a qual objetiva formar
sujeitos pensantes e críticos acerca da realidade.
Que meus alunos possam transformar o mundo
através da educação, que todos tenham a chance
de participar das aulas, das leituras, que todos
tenham o direito e a oportunidade de expor sua
bagagem de mundo para assim compartilhar com
os outros e expandir para que juntos possamos
produzir conhecimento.

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