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O artigo acima quer dizer que: causar significa dar origem ou produzir, com a
conduta de propagar, isto é, espalhar ou disseminar. A epidemia significa uma
doença que acomete várias pessoas. O crime se desenvolve em dois momentos: a
ação de propagar os germes patogênicos e o resultado epidemia. Assim, para a
consumação, torna-se necessário um número razoável de casos sucessivos da
enfermidade; se medidas sanitárias forem prontamente tomadas, cortando o
contágio com eficiência, cuida-se de mera tentativa.
O caput do artigo quer dizer que: Infringir quer dizer violar; determinação do poder
público é a ordem dos órgãos com autoridade para realizar as finalidades do Estado;
impedir significa obstruir. Introdução e propagação de doença contagiosa significa
que a determinação do poder público deve voltar-se à introdução (ingresso ou
entrada) ou à propagação (proliferação) de doença contagiosa.
O parágrafo único diz que pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário
da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou
enfermeiro.
Deixar de denunciar significa não dizer ou negar conhecimento sobre alguma coisa.
No caso desse tipo penal, deve ser autoridade apta a cuidar da saúde pública.
Doença de notificação compulsória é a enfermidade cuja ciência, pelo poder público,
é obrigatória. Ou seja, comete este crime o médico que não comunica ao Estado
sobre doença infectocontagiosa.
Comete este crime o agente que envenenar (misturar ou intoxicar) água potável
(água boa para beber) lançando alguma substância na água para torna-la imprópria
para consumo, com o objetivo de gerar um risco não tolerado a terceiros, ou seja,
com a intenção em ver a água ou substância envenenada distribuída (espalhada ou
entregue a várias pessoas).
Parágrafo primeiro: permite a modalidade culposa.
Este artigo tipifica a conduta do agente que corrompe (estraga ou altera para pior),
adultera (deforma), falsifica (reproduz), altera (transforma ou modifica), substância
ou produto alimentício (matéria destinada a nutrir o organismo) destinado a
consumo, ou seja, com a finalidade de que seja utilizada e ingerida por uma
indeterminada quantidade de pessoas, tornando-o nocivo, ou seja, tornando
prejudicial à saúde, ou reduzindo seu valor nutritivo. Neste caso, aplica-se esse
crime ao agente que age com dolo ou culpa.
Vai cometer este crime o agente que inculcar (apontar, citar, gravar ou imprimir), em
invólucro, que é tudo aquilo que serve para encerrar ou conter alguma coisa, ou
recipiente (objeto destinado a encerrar em si substâncias líquidas ou sólidas, como
frascos ou sacos plásticos) de produtos alimentícios, terapêuticos ou medicinais, ou
seja, que são as substâncias destinadas a nutrir ou sustentar o organismo
(alimentícias), a aliviar ou curar doenças (terapêuticos) ou a combater males e
enfermidades (medicinais), a existência de substância que na realidade nela não
existe ou burlar seu conteúdo e ou quantidade, com a finalidade de gerar um risco a
terceiros.
PRODUTO OU SUBSTÂNCIA NAS CONDIÇÕES DOS DOIS ARTIGOS
ANTERIORES:
Artigo 276 - Vender, expor à venda, ter em depósito para vender ou, de
qualquer forma, entregar a consumo produto nas condições dos artigos 274 e
275.
Vender (alienar por certo preço); expor à venda (colocar à vista com o fim de alienar
a certo preço); ter em depósito (manter algo guardado); ceder (colocar algo à
disposição de alguém). Trata-se de tipo misto alternativo, ou seja, a prática de uma
ou mais condutas implica a realização de um só delito, desde que no mesma
situação fática. O objeto é substância destinada à falsificação de produtos
alimentícios, terapêuticos ou medicinais, ou seja, os mesmo produtos descritos nos
artigos anteriormente citados aqui. A substância deve ser especificamente voltada à
falsificação.