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V. 3, n.

1 - Fevereiro de 2016

O CONFLITO NA REPÚBLICA
CENTRO AFRICANA
Ligia Maria Caldeira Leite de Campos
Jéssica Tauane dos Santos
Nathália Gasparini Andrade Vieira
Yasmin Virgínia Rustichelli da Silva1

RESUMO HISTÓRICO Estado foi criado. O Presidente se por eleições fraudulentas, corrup-
autonomeou vitalício e Impera- ção, despotismo e por não deixar
A República Centro Africana dor da África Central, recebendo o país estável.6
(RCA) foi uma colônia de pouca apoio internacional, pois servia
importância para a França, com como forte aliado para os países Durante o seu governo a insegu-
reflexos negativos para sua es- ocidentais no período da Guerra rança aumentou. Os Zaraguinas
truturação como Estado sobera- Fria. Além disso, políticos fran- (assaltantes de estrada), respon-
no.2 Desde sua independência em ceses e funcionários públicos de sabilizados por vários problemas
1960, a RCA passou por inúme- alto nível recebiam recompensas no país, formaram o grupo que
ros regimes autocráticos e trocas advindas dos recursos naturais do ajudou Bozizé a tomar o poder
de poder de maneira violenta. A país. Bokassa manteve-se no po- (chamado de “libertadores”), sen-
França manteve sua influência der até 1979, quando os abusos do a maioria advinda do Chade,
sobre o país por meio de ajuda, praticados pelo seu governo ge- e se tornaram uma nova fonte de
mas também se envolvendo poli- raram diversos protestos, sendo instabilidade. Em 2004, confli-
ticamente, uma vez que nenhum substituído por David Dacko após tos entre antigos “libertadores” e
governo assumiu sem a aprovação uma intervenção francesa. Os militares das Forças Armadas co-
ou a interferência francesa.3 problemas no país se mantiveram meçaram a ocorrer e negociações
e o cargo de Presidente foi sendo foram feitas com a ajuda do embai-
O primeiro Presidente da Repú- trocado, principalmente por meio xador do Chade. Em 2005, houve
blica Centro Africana foi David de golpes.4 o aumento das rebeliões ao norte,
Dacko, deposto por Jean Bédel principalmente nas áreas rurais, e
-Bokassa em 1966. Foi durante o Em 2003, um novo golpe instalou as forças de segurança da RCA fo-
período em que Bokassa esteve o governo de Bozizé, que possuía ram acusadas de várias violações
no governo que o pouco de in- o apoio dos países vizinhos e da de direitos humanos. Em 2006,
fraestrutura e das instituições do França.5 Bozizé ficou conhecido inúmeros ataques realizados pe-

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Série Conflitos Internacionais

sível conspiração que levaria a


Brice Blondel/HDPTCAR

um golpe de Estado.9

Nesse mesmo ano nasceu a coali-


zão rebelde Séléka, composta por
muçulmanos do nordeste do país,
tendo como líder Michel Djoto-
dia. O seu surgimento tem relação
com questões étnicas, regionais,
frustrações com o governo de Bo-
zizé, devido à corrupção e sua in-
capacidade de desenvolver o país
além da capital Bangui. Ademais,
os comerciantes de diamantes
também não estavam satisfeitos
com a situação que se apresen-
tava, o que pode ter colaborado
para que financiassem os Séléka.10
A deposição do Presidente era um
dos objetivos do grupo, ainda que
não demonstrasse saber o que se-
ria feito caso tivesse sucesso.11 O
número de membros foi crescen-
do devido a busca por lucros ou
acesso a terras férteis. Nas áreas
de atuação o grupo passou a con-
trolar alfândegas e concessões de
exploração de recursos naturais
como diamantes, madeira e cam-
pos de petróleo.12

No início de janeiro de 2013, de-


pois de três dias de negociações,
o governo da RCA assinou um
acordo de paz com os rebeldes.13
Soldados da República Centro Africana Contudo, a coalizão liderada pelo
grupo Séléka conseguiu depor o
presidente François Bozizé na-
los rebeldes geraram reações das de paz” e o “diálogo político inclu- quele mesmo ano, assumindo seu
forças do governo. Cidades foram sivo” com os movimentos rebeldes líder Michel Djotodia. Entretan-
tomadas pelos insurgentes e re- mais ativos.7 Alguns militantes fo- to, o país estava numa situação
conquistadas pelas Forças Arma- ram admitidos no governo, dimi- econômica difícil e o Djotodia
das com a ajuda da França. Em nuindo o conflito, mas os grupos não tinha recursos para manter
2007, novos ataques foram se- continuaram a atuar no território a aliança que acabou se dissol-
guidos de enorme repressão por centroafricano.8 vendo. Como consequência, a
parte do governo, gerando seve- maioria dos membros da aliança,
ras críticas, inclusive de ONGs CONFLITO ATUAL muitos deles estrangeiros, não
como a Human Rights Watch e a teve outra opção senão permane-
Anistia Internacional. Em 2008, Em 2012, Bozizé realizou prisões cer na RCA. Como conservaram
foram celebrados o “acordo global arbitrárias em razão de uma pos- suas armas, passaram a saquear a

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população local. As comunida- mamente pressionado interna- Assim, em 10 de abril de 2014,


des de maioria cristã formaram cionalmente para renunciar ao foi autorizado o estabelecimento
então milícias, chamadas de An- seu mandato, que terminaria em de uma operação de paz multidi-
ti-Balaka, para enfrentar o grupo 2016.19 Em 10 de janeiro de 2014, mensional, a Multidimensional
rebelde de maioria muçulmana.14 Michel Djotodia e o Primeiro-Mi- Integrated Stabilization Mission
Nesse quadro, civis também aca- nistro Nicolas Tiangaye anuncia- in the Central African Republic
baram se envolvendo no conflito. ram suas renúncias durante uma (MINUSCA), para proteger civis,
cúpula de dois dias da Comuni- conduzir o processo de transição,
O país mergulhou no caos em dade Econômica dos Estados da facilitar a assistência humanitá-
meio a ataques das milícias cristãs África Central (CEEAC), ocorrida ria, proteger e promover os direi-
contra o grupo rebelde. Comuni- no Chade. tos humanos, apoiar a justiça e o
20

dades muçulmanas e cristãs, que Estado de direito, e realizar o pro-


anteriormente conviviam pacifi- Com isso, iniciou-se um processo cesso de desarmamento, desmo-
camente, começaram a lutar en- de identificação de líderes que pu- bilização, reintegração e repatria-
tre si e dezenas de milhares de dessem restaurar a ordem depois ção de ex-combatentes na RCA.23
pessoas se refugiaram em igrejas e de meses de violência inter-reli-
mesquitas temendo ataques.15 As giosa. Catherine Samba-Panza foi Durante os meses seguintes, em-
áreas mais atingidas foram o no- eleita Presidente interina da Re- bora a presença das tropas france-
roeste e a capital Bangui, regiões pública Centro-Africana por um sas e africanas tenha conseguido
com maior diversidade étnica e Conselho Nacional de transição, diminuir a violência, os confron-
onde se encontra o poder do país. comprometendo-se a trazer paz tos entre os grupos Anti-Balaka e
Assassinatos, tortura e destruição e unidade ao país. Poucos dias Séléka continuaram acontecendo,
21

de casas e locais de cultos passa- após sua posse, o CSNU autorizou bem como a violência contra as
ram a ser relatados.16 o envio de uma força da União populações civis, tanto muçulma-
Europeia à RCA para reforçar as nas quanto cristãs. Com o confli-
A situação no país fez com que o tropas francesas e africanas que to, a população muçulmana dimi-
Conselho de Segurança da ONU estavam tentando conter a vio- nuiu drasticamente, pois grande
(CSNU) por meio da Resolução lência sectária, entendendo que parte fugiu para o Chade, Ca-
2127, de 5 de dezembro de 2013, o conflito poderia se transformar marões ou para a República De-
aprovasse por unanimidade a em genocídio. mocrática do Congo. O governo
22

criação da missão de paz da União


Africana, batizada de Mission In-
ternationale de Soutien à la Cen-

Solidarités & hdptcar.net/CC


trafrique sous Conduite Africaine
(MISCA). A França, então, ini-
ciou a Operação Sangaris, envian-
do 1.600 militares para atuarem
junto com a MISCA. A Resolução
estabeleceu um mandato de 12
meses e autorizou o uso de “to-
das as medidas necessárias” para
reestabelecer a ordem.17 As tropas
francesas e africanas lutaram lado
a lado para cessar os confrontos
entre os grupos, mas a violência
continuou e no início de janeiro
de 2014 já se havia contabilizado
cerca de mil mortos.18

O Presidente passou a ser extre-


Campo de Desalojados de Kabo

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Série Conflitos Internacionais

de Samba-Panza não conseguiu

US Army Africa/CC
avançar muito e pouco progresso
ocorreu na desmobilização e rea-
bilitação dos combatentes, assim
como nas tentativas de mediação
entre as comunidades.24

SITUAÇÃO ATUAL

No início de 2015, milhares de


pessoas encontravam-se deslo-
cadas internamente devido aos
combates em oito áreas do país,
sendo que a maioria delas se abri-
gou nas florestas. Dois milhões e
setecentas mil pessoas permane-
ciam em situação de emergência.25
O CSNU condenou o retorno da
Soldados do Burundi se deslocando para a República Centro Africana
violência no país e atentou para a
necessidade urgente de responsa-
bilizar os autores de atos violentos.
Também demonstrou a preocupa-
ção com as violações aos direitos ciedade civil, grupos religiosos e previa-se que as eleições32seriam
humanos durante o conflito.26 comunitários e dos grupos arma- realizadas ainda em 2015.
dos.30 Foi estabelecido um Pacto
As eleições foram marcadas para
O Alto Comissariado das Nações Republicano para Paz, Reconci-
18 de outubro e seriam organiza-
Unidas para Refugiados (ACNUR) liação Nacional e Reconstrução,
das pela autoridade de transição
estimava que o total de refugiados o qual recebeu aprovação e elo-
chegava a 451 mil e os deslocados gios do Secretário-Geral da ONU, que estava no poder. Também
para aquele mesmo mês estava
internos a 442 mil, o que para Ban Ki-moon. O acordo envol-
31

previsto um referendo sobre a


uma população de cerca de 4,5 veu dez grupos armados rivais e
nova Constituição.33
milhões de habitantes, represen- o Ministério da Defesa na RCA,
tava um número expressivo.27 visando tanto o desarmamento
das milícias quanto processos aos No entanto, colaborando para a
complexidade da RCA, a MINUS-
A partir de março de 2015, a mis- envolvidos em crimes de guerra
CA passou a sofrer alegações e
são de paz começou a focar nas cometidos durante os dois anos
denúncias de casos de estupro por
eleições e na segurança durante de conflito. Ficou decidido que os
parte de seus membros. Os escân-
o processo.28 O CSNU autorizou acusados de genocídio, crimes de
dalos resultaram na demissão de
o envio de mais 750 militares e guerra e crimes contra a humani-
Babacar Gaye, chefe da Missão.34
280 policiais ao país, pois a con- dade não teriam anistia. O Pacto
juntura continuava sendo consi- abarcou também a libertação de
derada uma ameaça à segurança crianças utilizadas pelos grupos Apesar de certa expectativa sobre
internacional.29 como escravas sexuais e trabalha- a paz no país, em 20 de agosto, vá-
doras braçais. Iniciou-se o proces- rias pessoas morreram e ficaram
Desde maio, a situação foi to- so de Desarmamento, Desmobili- feridas em confrontos inter-reli-
mando novos rumos. Ocorreu zação, Reinserção e Repatriação giosos, após um jovem muçulma-
o Fórum de Bangui, um evento (DDRR) que incluía a absorção de no ser morto por milicianos Anti
que procurou reestabelecer a paz parte dos membros dos grupos no -Balaka, o que gerou reações dos
e contou com a participação de exército do país. Com isso, as for- ex-rebeldes Séléka e de jovens
representantes do governo, par- ças militares da França e da União muçulmanos.35 Dentre os vários
lamento, partidos políticos, so- Europeia iniciavam sua retirada e casos de violência relatados po-

4
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do investidores para a exploração


Evan Centanni

de ouro, diamantes e urânio.42

Finalmente, em 14 de fevereiro,
foram realizadas as eleições le-
gislativas em seu primeiro turno
e as presidenciais em seu segundo
sem qualquer problema com a se-
gurança prestada pela MINUSCA,
soldados da força francesa Sanga-
ris e equipes de segurança local.43

O resultado da primeira fase das


legislativas foi anunciado, sendo
21 candidatos eleitos por maioria
absoluta, incluindo três mulheres.
Rebelião Séleka em Março de 2013 A MINUSCA continua sua ação
para a segurança, incluindo a reti-
rada de barricadas ilegais de ex-Sé-
lékas e a captura de armas. Muitos
dem ser destacados: ataque a um nutenção da paz.38 Nesse mesmo ex-combatentes entregaram seus
comboio do Programa Mundial mês, o Papa realizou uma visita uniformes e armas. A prevenção
de Alimentos; ataques com gra- no país, o que exigiu a ida de 300 e conscientização sobre assédio e
nadas e tiros contra a MINUSCA, capacetes azuis da missão da ONU abuso sexual se mantêm.44
além de tentativa de queimar seus na Costa do Marfim para auxiliar
veículos; e uma ação que feriu um a MINUSCA.39 CONSIDERAÇÕES FINAIS
trabalhador da Cruz Vermelha e
matou e feriu outros civis.36 No dia 30 de dezembro de 2015 se Os governos na RCA foram todos
iniciaram as eleições e o referen- compostos por cristãos desde a in-
A violência manteve-se constante do para a nova Constituição com dependência do país. O líder Sé-
especialmente na capital Bangui. a segurança garantida pelos mili- léka Djotodia foi o primeiro mu-
A nova onda de violência iniciada tares das Nações Unidas.40 çulmano no controle do Estado.
em setembro já havia causado a Ou seja, historicamente não hou-
morte de pelo menos 40 pessoas, Em janeiro de 2016, quando já ve participação dos muçulmanos,
fazendo com que 40.000 pessoas eram esperados os resultados das resultando num sentimento de
fugissem e que casas, lojas e escri- votações, o Tribunal Constitucio- negligência, discriminação e au-
tórios humanitários fossem des- nal da RCA anunciou que o pri- sência de exercício de cidadania.
truídos, o que levou ao adiamen- meiro turno das legislativas havia Por estarem ao norte, próximos
to das eleições parlamentares e sido anulado devido a várias ir- ao Chade e ao Sudão (de onde
presidencial para 13 de dezembro regularidades. Entretanto, para a muitos eram originários), são
daquele ano. 37 Presidência a eleição foi mantida chamados de estrangeiros pela
e confirmou-se que os candidatos maioria não-muçulmana. Por
Com o aumento da insegurança, que iriam competir no segundo outro lado, a localização das co-
em novembro Samba-Panza acu- turno seriam os ex-primeiros mi- munidades muçulmanas próxi-
sou as forças de paz da ONU de nistros Anicet Georges Dologuélé mas às fronteiras e o contato com
não conseguirem encerrar a vio- e Faustin Archange Touadéra.41 estrangeiros permitiram que
lência e pediu para que a Missão Em seus discursos, Touadéra pro- controlassem parte do comércio
devolvesse as armas que haviam meteu lutar contra a corrupção, em muitas áreas, gerando preo-
sido confiscadas do Exército, para enquanto Dologuélé focou no de- cupações dos não-muçulmanos
que ele pudesse ajudar na ma- senvolvimento econômico, atrain- em relação aos preços.45

5
Série Conflitos Internacionais

vantada sobre o atual quadro da


P.A.S HOPFAN NGO/CC

RCA é se a paz está realmente


próxima.

As eleições estão sendo concluí-


das, o plebiscito da nova Consti-
tuição foi realizado e está próxi-
mo do fim o período de transição.
Entretanto, considerando as anu-
lações e adiamentos constantes
das eleições, ataques recentes
envolvendo vítimas, o constante
auxílio de forças externas para a
manutenção da paz, os relatórios
apresentando abusos contra os di-
reitos humanos, a divisão religio-
sa e a necessidade de um abran-
gente processo de desarmamento
Prédio saqueado e queimado na capital Bangui após a cidade ter sido tomada pelos rebeldes Séleka
e desmilitarização da população, a
paz estável e duradoura parece es-
tar ainda distante. Segundo Boas,
é fundamental que se estabeleça
Percebe-se então que as questões Desta forma, não se pode consi- um equilíbrio e a lei e a ordem
religiosas não foram a origem da derar o conflito como algo resul- sejam restabelecidas para todos e
hostilidade. O conflito teve rela- tante de questões puramente re- não para um grupo específico.47
ção com a luta por poder, acesso ligiosas, mas também econômicas
a recursos, identidade nacional e e políticas. A religião é um fator A religião não deve ser tomada
controle do comércio, mas aca- que influenciou no conflito origi- como base para a reestruturação
bou sendo expresso na religião e nariamente político, fazendo com da RCA, mas sim todos devem
nas diferenças étnicas. Exemplo que este tomasse novos rumos e ser tratados de mesma maneira,
disso é que os líderes religiosos acabasse por envolver civis. Logo, ter os mesmos direitos e partici-
do país foram os que buscaram as as rivalidades já existentes entre parem da mesma forma da políti-
negociações e os acordos de paz. muçulmanos e cristãos foram po- ca, para assim se tentar criar uma
Outras causas podem ser destaca- tencializadas ao serem relaciona- unidade no país. Dessa forma, as
das como a busca pela proteção da das às questões políticas. eleições e a constituição de um
comunidade, ambições políticas e novo governo é apenas o início
intenções criminosas.46 Por fim, uma questão a ser le- de um longo processo.

1
Ligia Maria Caldeira Leite de Campos, Jéssica Tauane dos Santos,
8
ALT, Pedro Felipe da Silva. Séléka, Anti-Balaka e a intervenção francesa: o que significam
os eventos dos últimos meses na República Centro-Africana? Conjuntura Africana, Porto
Nathália Gasparini Andrade Vieira e Yasmin Virgínia Rustichelli da
Alegre, v. 1, n. 1, p.1-5, 10 jun. 2014.
Silva Discentes do Curso de Relações Internacionais e membros do
Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Conflitos Internacionais (GEPCI) e 9
Idem.
do Observatório de Conflitos Internacionais (OCI).
10
ARIEFF, Alexis. Crisis in the Central African Republic. Washington: Congressional
2
BOAS, Morten. The Central African Republic – a history of a collapse foretold? Policy Brief, Research Service, 2014.
v. 1, n. 1. Oslo: Norwegian Peacebuilding Resource Centre, Jan. 2014, p.1-3.
11
BOAS, op. cit.
3
BERG, Patrick. A Crisis-Complex, Not Complex Crises: Conflict Dynamics in the Sudan,
Chad, and Central African Republic Tri-Border Area. IPG, v. 4, n. 4, Berlim: Internationale 12
ARIEFF, op. cit.
Politik und Gesellschaft, , Jan. 2008, p.72-86.
13
DABANY, Jean Rovys. Central African Republic signs peace deal with rebels.
4
BOAS, op. cit. Reuters, 11 Jan. 2013. Disponível em: <reuters.com/article/2013/01/11/us-car-rebels-
idUSBRE90A0NR20130111>. Acesso em: 25 jul. 2015.
5
BERG, op. cit.
14
BOAS, op. cit.
6
BOAS, op. cit.
15
CENTRAL African Republic: Operation Sangaris. Africa Research Bulletin: National
7
MEHLER, Andreas. The Production of Insecurity by African Security Forces: Insights from Security. United Kingdom, Dec. 2013, p. 19957-19959.
Liberia and the Central African Republic, Giga Research Programme: Violence and Security,
v. 114, n. 114, Hamburgo: German Institute of Global And Area Studies, Nov. 2009, p.1-29. 16
ARIEFF, op. cit.

6
V. 3, n. 1 - Fevereiro de 2016
17
NAKO, Madjiasra; IRISH, John. Central African leader faces pressure to quit at Thursday 34
REPÚBLICA Centroafricana: novo chefe da Minusca. 2015. Disponível em: <portugues.
summit. Reuters, 09 Jan. 2014. Disponível em: <reuters.com/article/2014/01/09/us- rfi.fr/africa/20150819-republica-cenroafricana-novo-chefe-da-minusca>. Acesso em:
centralafrican-idUSBREA0719S20140109>. Acesso em: 20 jul. 2015. 25 ago. 2015. UN. SECRETARY-GENERAL Appoints Parfait Onanga-Anyanga of Gabon
Acting Special Representative in Central African Republic. 2015. Disponível em: <un.org/
18
NAKO, Madjiasra; NGOUPANA, Paul-marin. Celebrations in Central African Republic press/en/2015/sga1587.doc.htm>. Acesso em: 20 ago. 2015. ONU revela novas alegações
as leader resigns. Reuters, 10 Jan. 2014. Disponível em: <reuters.com/article/2014/01/10/us- de abuso sexual por capacetes-azuis na República Centro-Africana. 2015. Disponível em:
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republica-centro-africana/>. Acesso em: 26 ago. 2015.
19
Idem.
35
DEZ morrem em confrontos na República Centro-Africana. O Globo, 2015. Disponível
20
SMITH, David. Central African Republic’s ‘Mother Courage’ fights to bring peace where the em: <g1.globo.com/mundo/noticia/2015/08/dez-morrem-em-confrontos-na-republica-
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36
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21
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23
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27
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em: 26 jul. 2015. 01 dez. 2015.

28
LETRA, Leda. Segundo relatora, grupos armados continuam a aterrorizar centro-africanos. 40
DEMBASSA-KETTE, Crispin. Central African Republic votes, aiming to end
2015. Disponível em: <unmultimedia.org/radio/portuguese/2015/03/segundo-relatora- violence. Reuters, 2016 Disponível em: <reuters.com/article/us-centralafrica-election-
grupos-armados-continuam-a-aterrorizar-centro-africanos/#.VfdM4vlVikp>. Acesso em: idUSKBN0UD1AK20151230>. Acesso em: 05 jan. 2016.
29 jul. 2015.
41
BARBOSA, Rodrigo. Legislativas anuladas na República Centro-Africana. Euronews,
29
LETRA, Leda. Autorizado o aumento do contingente militar e policial da Minusca. 2015. 25 Jan. 2016. Disponível em: <pt.euronews.com/2016/01/25/legislativas-anuladas-na-
Disponível em: <unmultimedia.org/radio/portuguese/2015/03/autorizado-o-aumento-do- republica-centro-africana/>. Acesso em: 04 fev. 2016.
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42
CENTRO-AFRICANOS votam pela paz e pelo fim do conflito religioso. UOL, 14 fev. 2016.
30
GUEVANE, Eleutério. Grupos armados concordam em libertar crianças centro-africanas. Disponível em: <noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2016/02/14/centro-africanos-
2015. Disponível em: <unmultimedia.org/radio/portuguese/2015/05/grupos-armados- votam-pela-paz-e-pelo-fim-do-conflito-religioso.htm>. Acesso em: 16 fev. 2016.
concordam-em-libertar-criancas-centro-africanas/#.Vdy9o_ZViko>. Acesso em: 26 jul.
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em: <nacoesunidas.org/onu-mulheres-se-sobressaem-em-eleicoes-na-republica-centro-
31
LETRA, Leda. Ban saúda adoção de tratado de paz na República Centro-Africana. 2015. africana/>. Acesso em: 16 fev. 2016.
Disponível em: <unmultimedia.org/radio/portuguese/2015/05/ban-sauda-adocao-de-
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Idem.

32
LAMBA, Sebastien. Central African Republic militias agree to disarmament deal. 2015. 45
ARIEFF, op. cit.
Disponível em: <af.reuters.com/article/topNews/idAFKBN0NW0O420150511?sp=true>.
Acesso em: 15 jul. 2015. 46
Idem.

33
DEMBASSA-KETTE, Crispin. República Centro-Africana anuncia eleições para 18 de 47
BOAS, op. cit.
outubro. Reuters, 2015. Disponível em: <br.reuters.com/article/worldNews/idBRKBN0OY
31K20150618>. Acesso em: 17 jul. 2015.

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Observatório de Conflitos Internacionais da Rússia e Política de Influência V. 1, n. 1
Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC) da Congo - A atual dinâmica do conflito e a rendição do M23 V. 1, n. 2
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As invasões russas na Geórgia (2008)
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Disponível em: www.marilia.unesp.br/#oci Libia: 4 años después de la intervención humanitaria y el R2P V. 2, n. 5
Mali: conflito complexo e multifacetado V. 2, n. 6

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