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GESTÃO DA
QUALIDADE
GESTÃO DA QUALIDADE
Pará de Minas
2019
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Presidente da FIEMG
Flávio Roscoe Nogueira
Elaboração
Renan Zopelaro da Silveira
Unidade Operacional
SENAI – Centro de Formação Profissional Dr. Celso
Charuri - Pará de Minas - Minas Gerais
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SUMÁRIO
1. FUNDAMENTOS DA QUALIDADE ................................................................................... 5
2.1. BRAINSTORMING.........................................................................................................17
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3.4.1. Procedimentos Operacionais Padrão ......................................................................... 43
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CAPITULO 1
FUNDAMENTOS DA QUALIDADE
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Qualidade e gestão são termos que conhecemos muito bem. Para começar, pensemos
em qualidade. Se alguém lhe perguntar se a comida de um restaurante tem qualidade, você
saberá muito bem o que isso quer dizer, não é? Todos nós falamos de qualidade todo dia.
Seja quando reclamamos dos serviços de transporte em nossa cidade, seja quando nos
queixamos da demora no atendimento do banco: estamos sempre conversando sobre a
qualidade do que está ao nosso redor.
A ideia de gestão também não deve soar como novidade para você. No final do mês,
muita gente fica sem dinheiro, sem um tostão no bolso. Às vezes, isso acontece porque a
pessoa não sabe como fazer a gestão de seu dinheiro: gasta demais com a compra de itens
desnecessários e, no fim, acaba endividada. Mas o que exatamente significa gestão? Bem,
podemos chamar de gestão a maneira como escolhemos planejar e organizar nossas
atividades.
E o que acontece quando juntamos gestão com qualidade? Ou seja: o que quer dizer
gestão da qualidade? Como o próprio nome indica, gestão da qualidade tem a ver com as
escolhas que as empresas fazem para cuidar da qualidade de seus produtos e serviços.
Atualmente, a maioria das organizações fala em gestão da qualidade; porém, é um engano
pensar que foi sempre assim. Há algumas décadas, antes da Internet e da globalização,
esse tipo de gestão era um bicho de sete cabeças para muitas empresas, principalmente
aqui no Brasil.
Aliás, nessa época, as empresas brasileiras nem tinham por que se preocupar em
melhorar a qualidade dos produtos e serviços: como a concorrência ainda era pequena, era
mais cômodo para a empresa deixar tudo como estava. Vejamos o caso da telefonia. Hoje
em dia, se a concessionária “pisa na bola”, você simplesmente cancela o contrato e procura
outra empresa, certo? Pois então. Cerca de trinta anos atrás, você não teria alternativa. Se
seu telefone fixo não funcionasse, você não tinha para onde correr – era sentar e chorar.
Na indústria automobilística, as coisas não eram muito diferentes. Até a década de 1980,
no Brasil, tínhamos apenas carros das montadoras Volkswagen, Fiat, Ford e GM, as únicas
com fábricas em nosso país. Foi nos anos 1990 que a situação começou a mudar. De
repente, o Brasil passou a autorizar a importação de mercadorias do mundo todo. Ou seja,
abrimos as portas do mercado brasileiro para produtos e serviços estrangeiros. Você acha
que as empresas brasileiras gostaram dessa ideia? É claro que não. Afinal, do dia para a
noite elas tiveram que enfrentar uma concorrência muito maior que a de costume. E os
consumidores brasileiros? Esses, sim, aprovaram o aumento das importações!
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1.1. DEFINIÇÕES DA QUALIDADE
Já dissemos que a palavra qualidade faz parte do dia a dia de todo mundo. Ao
comprarmos uma roupa, por exemplo, conferimos se o tecido é mesmo firme, se suportará
uso e lavagens sem deformar, nem perder a cor, se tem bom acabamento etc. Ao
comprarmos um eletrodoméstico, queremos saber se ele tem qualidade, ou seja, se é
prático e fácil de usar, se é durável, se gasta pouca energia, se é seguro, e assim por
diante. Quando vamos ao cinema, esperamos que o filme seja de qualidade, quer dizer, que
a fotografia seja bonita, a trilha sonora emocionante, os atores convincentes, a história
interessante, e por aí vai. Todos nós sabemos o que é qualidade e a associamos àquilo que
é bom.
Qualidade tem se tornado uma palavra-chave nos dias atuais e faz parte dos objetivos
das empresas, de políticas nacionais, discursos, publicidade, contratos, slogans, manuais do
usuário, etc. Vários estudiosos têm apresentado definições para a palavra Qualidade, cada
um buscando identificá-la no seu ramo de atuação. Algumas das principais conceituações
são:
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Rápida percepção e satisfação das necessidades
KAORU ISHIKAWA do mercado, adequação ao uso dos produtos e
1915 - 1989 homogeneidade dos resultados do processo
(baixa variabilidade).
No contexto mais amplo, Qualidade é qualquer
coisa que pode ser melhorada. Quando se fala
MASAAKI IMAI em Qualidade, tende-se a pensar primeiro em
1930 termos da Qualidade do produto.
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SERVIÇO: Provedor de
DIMENSÃO PRODUTO: Celular Internet
Desempenho Alcance Velocidade
Características Secundárias
Registra foto, internet... Antivírus
Durabilidade Tempo de vida (com reparos) Tempo no ar
Conformidade Acabamentos
Ausência de falhas na pintura
Dados conforme anunciado
Confiabilidade Tempo médio entre falhas Fluxo de mensagens
Assistência Técnica Disponibilidade de peças de 0800 (24 h)
reposição
Estética Layout da página do provedor
Design e cor
Qualidade Percebida Ranking em revistas Recomendações de amigos
Tempo em operação
especializadas
Resposta Cortesia do vendedor Cortesia do atendente
Tabela 1: Analise das dimensões da qualidade em um determinado produto ou serviços
Depois dessas duas novidades, a indústria nunca mais foi à mesma. Em primeiro lugar, as
fábricas tornaram-se capazes de produzir uma quantidade muito maior de produtos. Ora,
com mais produtos à disposição, as pessoas também passaram a consumir muito mais do
que antes. No passado, as necessidades da sociedade estimulavam a produção das
fábricas. Ou seja, as fábricas produziam os itens de que as pessoas precisavam para viver.
Hoje, acontece o contrário: a produção passou a estimular o consumo.
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A indústria automobilística desempenhou um papel fundamental na formação de uma
cultura da qualidade na indústria brasileira, cultura que foi absorvida, sobretudo, pelas
principais indústrias de bens de consumo duráveis. Quando foram construídas as duas
primeiras refinarias de petróleo no Brasil, os projetos e todos os equipamentos foram
importados dos Estados Unidos e França. Importado da França, um tubo de aço-carbono foi
identificado erradamente, como se fosse de aço-liga – material bem mais resistente à
corrosão em altas temperaturas. Esse tubo foi utilizado em uma tubulação que operava com
petróleo a alta temperatura. O erro de identificação causou um grave incêndio, com vítimas
fatais, apenas seis meses após a entrada em operação de uma das primeiras refinarias de
petróleo do Brasil. Uma varredura completa de todas as tubulações da unidade operacional
constatou que apenas aquele trecho de tubo que causou o acidente estava fora da
especificação. A partir desse episódio, iniciou-se na indústria de petróleo um forte
movimento de controle da qualidade conhecido na época como Inspeção de Equipamentos
– visando garantir a segurança pessoal e operacional.
“Produtividade não é trabalhar mais. Trabalhar mais não significa trabalhar melhor.
Produtividade Significa fazer as mesmas coisas em menor tempo, com menor custo e maior
qualidade”.
A primeira vista, pode parecer maluquice querer, ao mesmo tempo, reduzir custos,
aumentar a produtividade e, ainda por cima, satisfazer o cliente. Porém, é exatamente isso
que a gestão da qualidade propõe – fazer melhor, com menos custo, e entregar ao cliente
produtos que atendam ou até superem suas expectativas. Você acha que é impossível? Não
se preocupe: ao longo desta apostila, vamos ver que qualquer organização pode colocar
isso em prática. Para começar, a gestão da empresa deve atender três exigências
principais.
A primeira exigência é um compromisso com a ética. Mas o que uma empresa
precisa fazer para honrar esse compromisso? O ponto de partida é respeitar princípios
morais, como honestidade, integridade e bondade. Por exemplo, quando uma indústria polui
o meio ambiente, não garante a segurança dos operários ou deixa de cumprir o combinado
com um fornecedor, ela está dando as costas para a ética. Essa preocupação com
princípios não vale apenas para os chefes, mas para todos os funcionários – todos mesmo,
desde o operário do chão de fábrica até o dono da empresa. Os valores éticos devem guiar
o comportamento de todos.
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A segunda exigência da gestão da qualidade é não gerar custos, mas reduzi‑los.
Ora, mas como é que se cortam despesas sem abrir mão da qualidade? Não é preciso fazer
mágica: basta tomar algumas medidas importantes. São elas:
1ª Evitar desperdícios de materiais e mão de obra - quando a empresa se torna eficiente,
ela aprende a produzir mais com menos trabalho e menos materiais.
2ª Reduzir tempo de produção - é preciso encontrar o jeito mais rápido de produzir.
3ª Gerar menos stress e mais satisfação ao colaborador – quando a qualidade é
colocada em prática, o número de erros cai bastante. Isso é bom para todo mundo, inclusive
para os funcionários, que não precisam gastar tempo com a correção de erros e outros
“remendos”.
A terceira exigência é o planejamento da qualidade. Você deve se lembrar do velho
ditado “prevenir é melhor que remediar”, não é? Pois bem. A gestão da qualidade tem tudo a
ver com esse ditado; afinal, seu objetivo é prevenir os problemas em vez de remedia‑los.
Daí a importância de planejar o produto com todo o cuidado do mundo para evitar dor de
cabeça depois.
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1.4. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GESTÃO DA QUALIDADE
A evolução histórica da gestão da qualidade pode ser dividida em quatro eras: a era das
inspeções de produtos; a era do controle estatístico de qualidade; a era da garantia de
qualidade; e a era da gestão da qualidade total.
com ele a não ser descarta‑lo. Na melhor das hipóteses, ele era consertado – o que
consumia tempo e dinheiro das empresas.
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1.4.2. Era do Controle Estatístico da Qualidade
Suponhamos, por exemplo, que você seja dono de uma empresa que produz 5 mil peças
por dia. Para evitar que produtos defeituosos cheguem às prateleiras das lojas, você cria
uma equipe para cuidar do controle da qualidade. Em vez de examinar todas elas, esses
funcionários escolhem apenas duzentas para inspeção. No fim das contas, eles descobrem
que 20 peças tinham defeitos. Que conclusão você pode tirar? Você chega a uma
estatística: 10% de sua produção têm problemas.
Observe que até agora não falamos em prevenir problemas. O objetivo ainda não é
encontrar as causas do defeito, mas apenas impedir que produtos com falhas chegassem
até o cliente. Isso só começou a mudar na década de 1940, quando Shewart criou o gráfico
de controle de processo, uma ferramenta estatística que serve para encontrar erros no
processo produtivo. Pela primeira vez, as empresas substituíram a preocupação com a
qualidade do produto pela preocupação com a qualidade da produção.
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Trocando em miúdos, foi preciso “descobrir os pés para cobrir a cabeça”: enquanto a
indústria de armas crescia, a indústria de bens de consumo enfraquecia. Quando a guerra
acabou, os Estados Unidos encontraram um problema em casa: as fábricas que produziam
bens de consumo – como roupas, alimentos e eletrodomésticos usavam máquinas e
métodos que já tinham ficado para trás havia muito tempo. Para atender toda a população,
essas indústrias precisavam produzir uma quantidade maior de produtos e abrir mão da
qualidade.
O Japão, pelo contrário, seguia firme no caminho da qualidade. Suas fábricas já tinham
aprendido que era “mais jogo” prevenir os problemas do que corrigi‑los. Foi nessa época
que surgiu o conceito de qualidade total. Ao mesmo tempo, a qualidade deixava de ser
obrigação de apenas um departamento: cada vez mais, as empresas criavam sistemas de
qualidade, um esquema de trabalho de “formiguinha”, em que todos os funcionários dividem
a tarefa de cuidar da qualidade.
Nos anos 1970, os Estados Unidos e outros países industrializados ficaram assustados
com o sucesso das mercadorias japonesas e decidiram que estava na hora de fazer alguma
coisa. Mas o que fazer para recuperar o terreno perdido? Coloque‑se no lugar do dono de
uma empresa norte‑americana. Nos últimos anos, você perdeu inúmeras vendas por causa
da concorrência com o Japão. O que você faria para contra-atacar? Ora, o ponto forte dos
japoneses é a qualidade. Para recuperar seus clientes de volta, é preciso mostrar que suas
mercadorias têm mais qualidade que as japonesas, certo? Foi assim que teve início o
período conhecido como era da gestão da qualidade total – uma época marcada pela queda
de braço entre Estados Unidos e Japão para mostrar quem produzia com mais qualidade.
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E a gestão da qualidade total? O que ela tem de tão especial? É claro que a gestão
da qualidade total também se preocupa com a qualidade da produção e dos produtos. A
diferença é que seu foco principal é o cliente. Aqui, a ideia é pensar todas as atividades da
empresa – desde a escolha da matéria-prima até o atendimento pós-venda – com base nos
desejos e nas necessidades do cliente. Na gestão da qualidade total, não dá para “tapear”
melhorando apenas uma ou outra atividade da empresa. Como o próprio nome indica, a
qualidade deve ser total, marcando presença em todos os departamentos da organização.
Durante as décadas de 1980 e 1990, a gestão da qualidade virou parte do dia a dia
de muitas empresas. Porém, cada organização fazia esse tipo de gestão à sua maneira.
Surgia, assim, um problema: o que era de boa qualidade para uma empresa poderia ser
considerado ruim por outra. Afinal, a qualidade pode ter significados diferentes para as
pessoas – algumas colocam a aparência do produto em primeiro lugar; outras não dão a
mínima para a aparência, mas fazem questão de fabricar mercadorias resistentes, que não
quebram a toda hora. O que não faltam são opiniões sobre o que é qualidade. Para que
essa história não virasse bagunça, a ISO (International Organization for Standardization, ou
Organização Internacional para Padronização, em português) criou as normas ISO 9000 na
década de 1980. O objetivo desse conjunto de regras é orientar a gestão da qualidade nas
empresas.
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CAPITULO 2
FERRAMENTAS E MÉTODOS DA QUALIDADE
“Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir”.
Sêneca
Filósofo Romano
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Ferramentas da Qualidade são técnicas que se podem utilizar com a finalidade de
definir, mensurar, analisar e propor soluções para problemas que eventualmente são
encontrados e interferem no bom desempenho dos processos de trabalho. As ferramentas
da qualidade foram estruturadas, principalmente, a partir da década de 50, com base em
conceitos e práticas existentes. Desde então, o uso das ferramentas tem sido de grande
valia para os sistemas de gestão, sendo um conjunto de ferramentas estatísticas de uso
consagrado para melhoria de produtos, serviços e processos.
As Ferramentas da Qualidade que vamos abordar são: Braistorming, Diagrama Ishikawa
(Espinha-de-Peixe), Folha de Verificação, Diagrama de Pareto, Fluxograma, Ciclo PDCA,
Cronograma (gráfico de Gantt), histograma e Programa 5S. Estas ferramentas fazem parte
de um grupo de métodos estatísticos elementares, que devem ser de conhecimento de
todas as pessoas envolvidas com a empresa, do presidente aos colaboradores, e, por isso,
devem fazer parte dos programas básicos de treinamentos das organizações.
2.1. BRAINSTORMING
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2.2. DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
Cabe destacar que as categorias elencadas acima não são taxativas, ou seja,
podemos estabelecer outas categorias (causas primárias) de acordo com o processo ou
problema a ser discutido.
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Imagem 4: Estruturação do diagrama de causa e efeito
ESTUDO DE CASO
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do problema. Ao entrar em contato com os clientes para verificar os motivos da Devolução
de Peças foram constatadas as seguintes Causas: Existência de manchas, Tipo de corte,
Qualidade do tecido, Tamanho, Existência de furos, Cor, Mudança de endereço,
Falecimento, Não levantado, Ter-se estragado no transporte.
EXERCÍCIOS
Como usar?
Determine exatamente quais os itens que precisam ser verificados, como a ordem de
uma tarefa, pontos que devem ser verificados. Monte um formulário onde a pessoa que for
preencher possa marcar um “X” ao lado item verificado ou no critério estabelecido de
avaliação (exemplo: ruim, regular, bom e excelente).
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Imagem 5: Ilustração de uma folha de verificação
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Sua maior utilidade é a de permitir uma fácil visualização e identificação das causas ou
problemas mais importantes, possibilitando a concentração de esforços sobre os mesmos. É
utilizado para dados qualitativos.
6. Marque o eixo horizontal no lado esquerdo com a escala de zero até o total da
coluna Quantidade da planilha de dados. Identifique o nome da variável representada neste
eixo e a unidade de medida utilizada, caso seja necessário.
7. Marque o eixo vertical do lado direito com uma escala de zero até 100%. Identifique
este eixo como "Porcentagem acumulada" (%).
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SITUAÇÃO PROBLEMA
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2.5. FLUXOGRAMA
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O resultado final dos fluxos de informação é normalmente, um mapa que permite ao
analista o perfeito entendimento a respeito dos caminhos seguidos pelos dados e
informações, suas origens e destinos e a qualidade de seu conteúdo, incluindo o que for
necessária adequação destes dados ou informações ao ambiente de destino.
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2.6. CICLO PDCA
Planejar (PLAN)
➢ Definir as metas a serem alcançadas;
➢ Definir o método para alcançar as metas propostas.
Executar (DO)
➢ Executar as tarefas exatamente como foi previsto na etapa de planejamento;
➢ Coletar dados que serão utilizados na próxima etapa de verificação do
processo;
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Exemplo de PDCA: Meta: Aumentar em 20% as vendas
Identificar
Plano De Ação:
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Vamos compreender a aplicabilidade do ciclo PDCA através da atividade “A
fábrica de aviões”. Após a atividade você deverá responder as perguntas abaixo.
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2.8. PLANO DE AÇÃO (5W2H)
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Note que a sigla 5W2H origina-se nas letras iniciais das perguntas que devemos realizar. O
conceito por trás do termo significa que uma ação é influenciada por sete circunstâncias e
que, ao elaborar um plano de ação, devemos responder de modo formal, às seguintes
questões:
▪ O que deve ser feito? (a ação, em si);
▪ Por que esta ação deve ser realizada? (o objetivo);
▪ Quem deve realizar a ação? (os responsáveis);
▪ Onde a ação deve ser executada? (a localização);
▪ Quando a ação deve ser realizada? (tempo ou condição);
▪ Como deve ser realizada a ação? (modo, meios, método, etc);
▪ Quanto será o custo da ação a realizar? (custo, duração, intensidade, profundidade,
nível de detalhamento, etc).
Uma das etapas mais importantes é avaliar o custo das ações. Caso houver a
necessidade de consumir recursos ou usar capital da empresa, anote nessa área para
avaliar as consequências. Após criar todas essas categorias, é interessante manter um
acompanhamento diário através de uma aba de andamento. A aplicação do 5W2H em uma
planilha automática pode facilitar o cotidiano de uma empresa.
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2.9. PROGRAMA 5S
Ao conhecer o significado de cada S você poderá avaliar melhor o porque do uso desse
termo auxiliar.
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Senso de Utilização: Ter senso de utilização é identificar materiais, equipamentos,
ferramentas, utensílios, informações e dados necessários e desnecessários, descartando ou
dando a devida destinação àquilo considerado desnecessário ao exercício das atividades.
Senso de Ordenação: Ter Senso de Ordenação é definir locais apropriados e critérios para
estocar, guardar ou dispor materiais, equipamentos, ferramentas, utensílios, informações e
dados de modo a facilitar o seu uso e manuseio, facilitar a procura, localização e guarda de
qualquer item. Popularmente significa "cada coisa no seu devido lugar".
Senso de Limpeza: Ter Senso de Limpeza é eliminar a sujeira ou objetos estranhos para
manter limpo o ambiente (parede, armários, o teto, gaveta, estante, piso) bem como manter
dados e informações atualizados para garantir a correta tomada de decisões. O mais
importante neste conceito não é o ato de limpar mas o ato de "não sujar". Isto significa que
além de limpar é preciso identificar a fonte de sujeira e as respectivas causas, de modo a
podermos evitar que isto ocorra. (bloqueio das causas).
No conceito amplo, ter Senso de Limpeza é procurar ser honesto ao expressar, ser
transparente, sem segundas intenções com os amigos, com a família, com os subordinados,
com os vizinhos etc.
Senso de Asseio: Ter Senso de Asseio significa criar condições favoráveis à saúde física e
mental, garantir ambiente não agressivo e livre de agentes poluentes, manter boas
condições sanitárias nas áreas comuns (lavatórios, banheiros, cozinha, restaurante etc.),
zelar pela higiene pessoal e cuidar para que as informações e comunicados sejam claros,
de fácil leitura e compreensão.
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É importante que seu desenvolvimento seja resultante do exercício da disciplina
inteligente que é a demonstração de respeito a si próprio e aos outros. Ter Senso de
Autodisciplina significa ainda desenvolver o autocontrole (contar sempre até dez), ter
paciência, ser persistente na busca de seus sonhos, anseios e aspirações, respeitar o
espaço e a vontade alheias.
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CAPÍTULO 3
GESTÃO DE PROCESSOS
“Se você não pode descrever o que está fazendo como um processo, você não sabe o que
está fazendo.”
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Antes de falarmos em gestão de processos, é fundamental entendermos com clareza
a palavra processo. Segundo Campos, processo é um conjunto de causas que provoca um
ou mais efeitos. O processo é a maneira através da qual uma organização transforma
insumos em resultados que visam atender as necessidades e expectativas dos Clientes.
Notadamente, o processo sempre começa e termina com o Cliente. É o Cliente que aciona o
início do processo ao expressar suas necessidades e, no final, é exatamente para ele que
os resultados do processo retornam.
Para exemplificar o que estamos querendo dizer, vamos pedir a uma dona de casa
que relacione suas tarefas do dia-a-dia. Com grande probabilidade serão listados os itens a
seguir:
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denominados clientes externos, ao passo que os membros ou segmentos da organização
que utilizam os resultados parciais de processos internos (subprodutos ou serviços
intermediários) como insumos em outro processo de natureza interna são chamados
clientes internos.
II. Fornecedor: Indivíduo ou organização que fornece insumos para os processos de uma
organização, que podem ser tanto informações ou orientações quanto prestação ou
fornecimento de serviços e produtos.
VI. Atividades: As atividades são conjuntos de tarefas, com início e fim identificável,
orientadas para a consecução dos objetivos definidos em cada etapa. O enfoque nesse
caso é o que fazer como condição necessária para se alcançar o objetivo.
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3.2. PROCESSOS INDUSTRIAIS
A empresa pode ser definida como um grande processo, formado por vários outros
processos menores de produção ou de serviço (Campos, 2004, p. 19). Gerenciar a empresa
é, então, tomar conta de um grande processo.
Vamos ver um primeiro exemplo que você reconhecerá facilmente como um processo: As
atividades necessárias para fazer um simples café. Esse conjunto de atividades pode ser
repetitivo e sua principal finalidade é satisfazer quem o toma.
Você deve saber que o processo deu resultado quando você ou seu convidado ficam
satisfeitos. Vamos estabelecer um processo completo para preparar um bom “cafezinho”: A
primeira etapa é verificar se você dispõe de todo o material necessário, para isso, é
fundamental que você saiba qual a quantidade de café que você quer produzir. Para esse
trabalho, você precisará de pó de café, água, chaleira, fogão, fósforos, xícaras, açúcar ou
adoçante.
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Nosso objetivo é produzir duas xícaras grandes de café:
Em cada xícara cabem 200 ml de líquido, ou seja, devemos produzir 400 ml de café para
preencher as duas xícaras.
b) Acender o fogo;
d) Colocar o pó de café no coador – para duas xícaras, uma colher e meia de sopa de pó
de café para um café forte;
h) Servir o café.
Analisando o exemplo acima, podemos observar que algumas atividades podem ser
realizadas fora dessa ordem sem causar o impacto no resultado. Se a pessoa prefere
preparar o coador antes de colocar a água para ferver é uma opção sua e isso não irá
interferir no resultado final. O importante é que os passos principais e as quantidades sejam
respeitados. Se você seguir este processo, o café deve ficar sempre com o mesmo sabor, e
você e seu convidado se sentirão satisfeitos. A mesma atividade de criação do processo
deve ser estabelecida para os produtos que você fabrica ou os serviços que você presta.
Vamos a um exemplo voltado para a área de serviços, no caso uma borracharia. Como
você estabeleceria um processo para trocar um pneu? Vamos pensar com calma.
Suponhamos que um cliente chegue à sua oficina com um carro, salta e diz: “O pneu
traseiro esquerdo do meu carro está furado”. O que você faz em primeiro lugar? Se
responder que retira o pneu para verificar se tem conserto ou não, quase chegou lá.
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Existem algumas atividades que você deve fazer antes de retirar o pneu: Vamos
analisar esse processo:
e) Levantar o carro com o macaco para que o pneu furado possa ser retirado;
Veja que você, mesmo usando ferramentas manuais, pode criar um bom processo para
trocar pneu. Ele é composto de atividades padronizadas, isto é, em cada troca a mesma
sequência é sempre repetida: da atividade “a” até a atividade “g”. Pronto! O pneu foi
consertado. Agora você tem um processo bom para trocar pneus.
“Analisando nossas atividades na empresa, vamos descobrir que para tudo aquilo que
fazemos existe uma sequência de etapas. A padronização das atividades permite melhorar
a qualidade dos produtos e serviços oferecidos, porém há outras coisas que devem ser
consideradas, como a tecnologia utilizada ou o nível de treinamento dos colaboradores da
sua empresa”.
No período que antecedeu a primeira revolução industrial o processo produtivo era feito
de forma manual onde o mestre artesão era o dono dos meios de produção, do capital e da
força de trabalho, além de participar de todo o processo de produção, garantindo assim que
o produto fosse produzindo dentro do padrão esperado. Com a revolução industrial o
processo passou por uma maior intensificação de divisão do trabalho, agora feito por
proletários, donos da força de trabalho. Essa “terceirização” fez com que o mestre artesão
perdesse o contato com processo como um todo, dificultando manter o mesmo padrão de
fabricação do produto. Surgia assim, um entrave entre produtividade versus qualidade.
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Quando um cliente fica satisfeito com o produto ou serviço que recebeu, sabemos que
aquele processo pode ser uma referência de como executarmos nosso trabalho. Se
adotarmos este processo como nosso modelo, nosso objetivo é fazer com que esse
processo ocorra sempre da mesma forma, para que nossos clientes continuem sempre
satisfeitos. Além de ajudar a garantir o resultado esperado na produção de produtos ou na
venda de serviços, o mapeamento dos processos auxilia em questões como o treinamento
dos funcionários, a adaptação de um novo funcionário e a independência da empresa em
relação ao conhecimento de um funcionário sobre uma atividade.
Fazer com que um processo ocorra sempre da mesma forma requer alguns cuidados,
pois entregar um produto ou serviço envolve uma série de atividades que podem se alterar
no decorrer do processo.
Vamos usar como exemplo outro processo, bem mais simples: a emissão de fotocópias,
para observarmos como a entrega de um produto ou serviço pode ser influenciada pelas
etapas do processo. Inicialmente, cada máquina deve ter sido abastecida de papel e/ou
toner, que são verificados antes de a loja abrir.
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d) Colocar os documentos em ordem;
e) Tirar as cópias;
Parece simples e à prova de erros, mas não é. Vamos fazer uma lista dos motivos que
impedem que seus produtos sejam sempre iguais:
• Estar desligada;
• Apresentar um defeito;
• Ser uma máquina especial, e o único funcionário que sabe manuseá-la faltou;
• Falta de toner.
Observarmos com cuidado, vamos descobrir que todos esses fatores são previsíveis e
podem ser evitados ou controlados. A solução é estar sempre de olho no funcionamento das
máquinas, no estoque de papel, de toner ou de sacos plásticos. Para isso podemos utilizar
diversos métodos para estabelecer um procedimento de monitoramento, com intuito de
identificarmos, previamente, possíveis não conformidades.
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Manter os processos realizados sempre da mesma maneira é a melhor
forma de garantirmos aos nossos clientes a satisfação e a qualidade dos
produtos e serviços que oferecemos. Além disso, quando mantemos os
processos realizados na empresa de forma padronizada, a atividade
gerencial fica mais fácil, pois você possui o conhecimento geral da empresa.
Para a definição do processo a ser padronizado deve ser efetuada uma análise prévia de
todos os processos de produção, chamada de análise do macro-fluxo, visando à
identificação dos processos considerados críticos, em decorrência dos problemas gerados
aos clientes pelo não atendimento às características de qualidade demandada.
Oliveira (2000) aponta algumas vantagens relativas ao uso dos manuais, entre as quais
se destacam:
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✓ Sua preparação quando malfeita pode trazer inconvenientes no desenvolvimento dos
processos;
✓ O custo de preparação e de atualização é elevado;
✓ Quando não utilizados adequadamente perdem rapidamente seu valor;
✓ São, em geral, pouco flexíveis; • Incluem somente aspectos formais da empresa;
✓ Diminui a incidência de julgamento pessoal dos envolvidos o desenvolvimento das
atividades.
Quando existe a troca de colaborador ou até mesmo a substituição nos casos de cursos
ou férias o POP facilita o aprendizado e a realização das tarefas, facilita também o trabalho
de auditores e até mesmo coordenadores na verificação das tarefas de seus subordinados.
Existem algumas vantagens com o POP: Segurança no trabalho; seu envolvimento e
participação na elaboração do seu método de trabalho; diminuição nos problemas na rotina
do dia-a-dia; execução na rotina diária sem que haja ordens de seu superior; redução de
retrabalho; aumento de confiança em sua forma de trabalhar; trabalho mais perfeito sem
muito esforço. Os principais passos para se elaborar um POP, são:
1. Escolha um nome para o POP (nome da atividade/processo a ser trabalhado, lembre-se que
precisa ser fácil para que todos os colaboradores possam encontrá-lo);
2. Descrição das etapas da tarefa. (Escreva de forma clara e objetiva passo a passo de como
realizar a tarefa);
3. Local de aplicação ou categoria (aonde se aplica aquele POP? Ambiente ou Setor ao qual o
POP é destinado);
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4. Documentos de referência (Quais documentos poderão ser usados ou consultados quando
alguém for usar ou seguir o POP? Podem ser Manuais, outros POP‟s, Códigos, etc);
5. O documento deverá estar em local de fácil acesso, possibilitando que todos os
colaboradores tenham acesso, quando necessário.
6. Deverá ser revisado periodicamente, garantindo que os procedimentos padronizados
acompanhem o ritmo, as mudanças e as especificidades do processo.
7. Os colaboradores envolvidos na execução da atividade/tarefa devem ser capacitados
permitindo que executem com maior eficiência e eficácia possível.
3.4.1.1. Procedimentos
Os procedimentos são passos ou etapas que devem ser seguidos para a execução de
uma tarefa ou plano, com detalhamento das diversas atividades que devem ser cumpridas
em uma tarefa e assim alcançar o objetivo preestabelecido.
O procedimento é um guia de como fazer, por isso ele ajuda a organização a dirigir suas
atividades para que chegue a seus objetivos diminuindo o tempo e evitando custos de
verificações. Além do que os subordinados podem tomar as decisões dentro dos limites
colocados pela Administração.
b) Entrevista Psicológica;
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f) Após cumprir essas fases o colaborador poderá iniciar suas atividades na empresa.
Em uma organização temos vários tipos de procedimentos, que são divididos por setores
e tarefas, nos recursos humanos temos procedimentos para contratação, demissão, férias,
folha de pagamento e outros.
3.4.1.2. Padrão
O termo padrão pode ter diversos conceitos, de acordo com a área em que é utilizado.
Em administração de qualidade, a norma técnica é um "documento aprovado por um
organismo reconhecido que representa, pelo uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou
características de produtos, processos ou serviços cuja obediência não é obrigatória", ISO;
em Filosofia da Ciência: a partir da década de 60, padrão se expressa com mais frequência
pelo termo paradigma. O padrão é o instrumento que indica a meta (fim) e os procedimentos
(meios) para a execução dos trabalhos, de tal maneira que cada um tenha condições de
assumir a responsabilidade pelos resultados de seu trabalho, é o próprio planejamento do
trabalho a ser executado pelo individuo ou pela organização. Não existe gerenciamento sem
padronização, a organização tem que começar a padronizar pelo processo e tarefa
prioritária.
A padronização não é fixa, pode ser melhorado para a obtenção de melhores resultados,
se os resultados forem melhores os outros adotarão o método revisto. A padronização deve
ser vista dentro das empresas como uma forma de melhoramento, como algo que trará
melhorias na qualidade, custo, cumprimento de prazo e segurança entre outros. Com a
padronização as empresas terão vários benefícios, inclusive com a qualidade:
✓ Eliminar o desvio da rotina tendo assim um processo cada vez mais previsível;
✓ Eliminar as causas fundamentais dos problemas tendo assim uma melhoria no
processo.
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CAPÍTULO 4
PADRONIZAÇÃO DE PROCESSOS
“A empresa que diz que não pode padronizar e que tem de se apoiar na experiência é
uma empresa sem tecnologia”
Kaoru Ishikawa
Engenheiro de controle de Qualidade
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A padronização de processos tem como objetivo garantir a qualidade de um produto ou
serviço de forma que possa atender os anseios, desejos e as expectativas do cliente. Para
Juran (1992) “E uma ferramenta gerencial fundamental, pois permite que o controle possa
ser exercido através da criação de referências para comparação”. Observe que o autor faz
menção a duas palavras (referencia e comparação) para construir a definição de
padronização.
Referência é entendida como uma norma ou procedimento que deve ser seguida, ou
seja, padrão estabelecido para o desenvolvimento de um processo. Comparação é um
mecanismo pelo qual se busca avaliar, através de medições ou coleta de dados, para
analisar se a atividade desenvolvida atingiu o padrão desejado ou o que (quanto) falta para
alcançar os resultados esperados. Compreender estes dois conceitos é de fundamental
importância para orientar nosso estudo.
Como observamos no capítulo anterior, manter um processo padronizado não é uma
tarefa simples, necessita de muito empenho, trabalho em equipe e gestão de dados,
informações e pessoas. A gestão de todos esses aspectos busca direcionar o processo para
a matriz de referência, ou seja, procedimento desejado.
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Tendo como base os processos produtivos de sua região (definidos pelo
instrutor) você deverá elaborar um Procedimento Operacional Padrão
(POP) para aquela atividade ou tarefa, descrevendo como ela deverá ser
executada, de forma que garanta a padronização e a qualidade do
processo. O documento deverá ser apresentado para todos os
colaboradores da empresa em forma de treinamento.
4.1. CERTIFICAÇÃO
Existem normas técnicas para muitas áreas. Porém, sempre que falamos em sistema
de gestão normatizado, a família de normas ISO 9000 é a primeira que nos vem à mente.
Isso é natural; afinal, ela é a norma para sistemas de gestão mais conhecida em todo o
mundo. Vamos conhecê-la melhor? Vejamos, então, as normas que fazem parte dessa
família (ABNT NBR ISO 9000, 2005, p. V):
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I. ISO 9000 − explica o que é um sistema de qualidade e apresenta alguns conceitos
importantes;
II. ISO 9001 − mostra como um sistema de gestão da qualidade deve ser;
III. ISO 9004 − dá dicas sobre como melhorar o desempenho do sistema de gestão e da
própria organização.
Hoje em dia, ter qualidade não é o bastante para segurar um cliente. Muita gente
também dá valor às empresas que cuidam do meio ambiente e desenvolvem projetos
sociais, por exemplo. Por isso, muitas organizações estão fazendo com que seus sistemas
de gestão da qualidade “troquem figurinhas” com sistemas de gestão de outras áreas. A
ideia é unir forças para melhorar cada vez mais o desempenho da empresa e a relação com
os clientes. Existem vários sistemas de gestão que podem dar uma “mãozinha” para a
gestão da qualidade. Vejamos alguns deles:
I. ISO 14001 − Gestão Ambiental: tem por objetivo mudar os processos produtivos para
diminuir o impacto ambiental da empresa;
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Mas quem deve ser responsável pela auditoria? Pense comigo. Se a auditoria for feita
por quem está envolvido no processo em análise, é possível que os problemas sejam
“varridos para debaixo do tapete”. Afinal, não é todo mundo que tem facilidade de
reconhecer suas próprias falhas. Por isso, o ideal é escolher auditores independentes,
profissionais que conheçam o processo auditado, mas sejam capazes de dar um parecer
imparcial. Eles podem ser tanto de dentro como de fora da empresa: o importante é que não
estejam diretamente ligados ao departamento que está sendo auditado. Em geral, as
empresas contratam auditores externos quando querem receber uma certificação ou uma
premiação.
Até aqui tudo bem. Já sabemos para que serve a auditoria e quem pode realizá-la.
Porém, ainda resta uma pergunta importante: o que a auditoria pode verificar? Para Campos
(2004), a auditoria da qualidade pode ser classificada em três categorias, dependendo de
seu objeto de análise. São elas:
Antes de colocar a mão na massa, os auditores precisam planejar com cuidado o que
pretendem fazer. Em primeiro lugar, é necessário escolher que área da empresa será
auditada e que documentos devem ser apresentados. Também é preciso elaborar um
cronograma e entregá-lo de antemão ao departamento que vai receber os auditores. Isso só
não é feito quando o objetivo é pegar os funcionários de surpresa para que não tenham
tempo de acobertar os erros.
Nem sempre os auditores são capazes de dizer qual é a causa por trás dos problemas
encontrados. Frequentemente, eles mostram para a equipe o que está errado e dão dicas
sobre como descobrir o motivo das falhas e eliminar os problemas de uma vez por todas.
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4.4. ABNT NBR ISO 9.001
A ABNT NBR ISO 9001 é uma versão brasileira da norma ISO 9001, elaborada pelo
Comitê Técnico Quality mangement and quality assurance (ISO/TC 176). O documento é
fruto de uma revisão publicada pela ABNT, em 2015. Sua função básica é especificar os
requisitos para que uma organização seja certificada no Sistema de Gestão da Qualidade
ISO. Na prática, porém, a partir da padronização dos processos produtivos e das
ferramentas que oferece, o documento funciona como um modelo para a Gestão da
Qualidade.
Além do Ciclo PDCA, a norma ISO 9001 conta com 8 princípios da qualidade. São vários
requisitos, provenientes das experiências de várias organizações, que podem ser usados
por qualquer empresa que deseja utilizar o sistema, Assim cada princípio deve ser analisado
e estudado para que seja atingido o sucesso na implantação do modelo:
• Liderança: deve ter solidez e estar por dentro dos avanços do mercado da empresa.
Além disso, a organização deve oferecer as ferramentas necessárias para que os
liderados executem os processos com eficácia;
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• Envolvimento das Pessoas: conforme explica o conceito de Gestão da Qualidade, a
equipe de trabalho é um dos principais recursos da empresa;
Várias empresas no mundo todo utilizam o SGQ, para implantar novos processos,
gerenciar e checar sua qualidade. Uma das razões da utilização desse sistema, é que
consequentemente, um maior número de clientes torna-se satisfeitos com a empresa. Além
disso, há uma melhora na imagem, no desempenho e na cultura organizacional. A produção
sobe e os custos reduzem, é um diferencial, sendo um critério que garante maiores
oportunidades e competitividades frente aos mercados, nacional e internacional. Surge um
clima satisfatório e uma comunicação melhor entre os funcionários, a implantação da gestão
da qualidade traz benefícios, pois é dotada de treinamentos, mapeamento dos processos
empresariais e registros das atividades da organização.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DEMING, W. Eduards. The Deming Management Method. New York: Perigree Books,
1986.
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