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SUMÁRIO
Unidade 1 – Gestão da qualidade ..................................................................................... 7
1.1 Os princípios da Gestão de Qualidade ........................................................................ 8
1.2 - Qualidade e o aumento da produtividade ............................................................... 13
1.3 - Gestão da qualidade ............................................................................................... 16
1.4 - Implantação da Gestão de Qualidade ..................................................................... 29
Unidade 2 – Controle da Qualidade e as ISO’s .............................................................. 45
2.1 Controle da Qualidade .............................................................................................. 45
2.2 ISO – Normas de qualidade ...................................................................................... 50
2.2.1 ISO 9000 ................................................................................................................ 53
2.2.2 ISO 10006 .............................................................................................................. 56
2.2.3 ISO 14000 - ISO 14064 ......................................................................................... 58
2.2.4 ISO 26000 .............................................................................................................. 62
2.3 – Terminologia ......................................................................................................... 63
Unidade 3 – Housekeeping 6S ....................................................................................... 65
3.1 Housekeeping 6S ...................................................................................................... 66
3.1.1 Senso de Utilização (Seiri) .................................................................................... 68
3.1.2 Senso de Ordenação (Seiton) ................................................................................. 74
3.1.3. Senso de Limpeza (Seiso)..................................................................................... 80
3.1.4. Senso de Saúde ou higiene (SEIKETSU) ............................................................. 86
3.1.5 Senso da autodisciplina (SHITSUKE) .................................................................. 90
3.1.6. Novo senso “Servir” ............................................................................................. 94
Unidade 4 – Técnicas / Programas Melhoria contínua ................................................... 96
4.1 Kaizen ....................................................................................................................... 96
4.2 Just in Time (JIT) ................................................................................................... 101
4.3 Kanban .................................................................................................................... 104
4.3.1. Produção sincronizada ........................................................................................ 107
4.3.2. Nivelamento de produção ................................................................................... 107
4.3.3. Operação em processos múltiplos ...................................................................... 108
4.3.4 Melhoria das atividades ....................................................................................... 109
4.3.5 Confiança e reciprocidade ................................................................................... 109
Bibliografia consultada ................................................................................................. 110
Introdução
Nestes últimos tempos, foram necessários alguns ajustes, para que a qualidade
realmente recebesse a importância necessária, que a destacasse diante das prioridades
vistas pela empresa, diante de um mercado tão concorrido e ao mesmo tempo tão
misterioso, que envolve não apenas uma necessidade e um desejo de seus clientes, mas
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também um sentimento, algo que o cliente precisa sentir para então decidir pela
aquisição de determinado produto ou serviço.
Todo o universo da qualidade teve de ser adequado ao dia-a-dia do
empreendedor brasileiro, visto que toda empresa inicia suas atividades por meio da
capacidade e motivação empreendedora de seu proprietário. Toda empresa seja ela
grande ou pequena, tem um começo baseado na história ou então no sonho de seu
fundador, inicia com base na vontade daquele “guerreiro” de fazer algo bem feito, de
vender com qualidade ou de prestar um excelente serviço, sendo assim, um destaque no
ramo de atuação que escolheu.
Desde este interesse inicial, a qualidade ganha destaque, porém nem sempre é
vista como deveria e por isso, muitas empresas, não passam da fase de implantação.
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A qualidade não é um sistema de reforço para as organizações, é um programa
de melhoria essencial para todas as empresas que almejam continuar no mercado,
desenvolvendo-se e crescendo progressiva e continuamente, todos os dias.
Então...
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UNIDADE 1 – Gestão da qualidade
Nesta unidade você aprenderá um pouco mais sobre o que é e como funciona a
gestão da qualidade, seus princípios e como implantar programas de melhoria contínua,
obtendo excelentes resultados e investindo pouco dinheiro.
Bons estudos!
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1.1 Os princípios da Gestão de Qualidade
Caro aluno, aperte os cintos, iniciaremos agora, uma viagem pelos princípios
básicos e essenciais da QUALIDADE, um ambiente
organizado, limpo, correto e saudável, que
transformará sua empresa e fidelizará seus clientes.
Preparado? Então iniciaremos nossa viagem,
conhecendo um pouco mais sobre a QUALIDADE,
afinal, ninguém pode utilizar aquilo que não conhece.
Imagine que você foi convocado para dar uma palestra, onde o público alvo é
um grupo de empresários em destaque do seu Estado. Após preparar a palestra, você
segue até seu armário com intuito de encontrar uma roupa adequada, olha aqui, ali e
nada. Resolve adquirir ao menos uma camisa nova e sai à procura dela pelas lojas mais
próximas da sua casa. Como você precisa adquiri - lá com urgência e ainda para uma
ocasião especial, está aflito e não voltará para casa sem a camisa em mãos.
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reação em relação ao preço, fez com que surgisse um “defeito”. Logo, preço também
faz parte da qualidade.
Digamos que na próxima loja, o seu número, não tivesse em estoque. Você
precisa da camisa pra ontem, como esperar até que o tamanho que você procura, chegue
à loja? Logo, prazo de entrega e disponibilidade do produto, é outro fator de qualidade.
Pois a ausência do produto implica em mais um “defeito”.
Tudo certo! Nenhum problema encontrado é a camisa perfeita! O que você faz?
Adquire o produto, claro. Por quê? Isso mesmo. Porque ela tem QUALIDADE, não
apresenta defeito algum.Você deve estar se perguntando, qualidade então, significa
ausência de defeitos?
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A qualidade deve ser compreendida e percebida pelo empreendedor, do mesmo
modo como seus clientes a percebem e a compreendem, não através da visão particular
que ele tem sobre ela.
Quando você, como consumidor, entra em uma loja, já está convicto de que vai
adquirir algo bom, sem defeitos, porque se assim não fosse, nem entraria lá, ninguém,
por menos dinheiro que possua, gosta de comprar algo que não tenha qualidade, mesmo
essas lojas de preço único, precisam disponibilizar bons produtos, que não venham a
apresentar defeito, caso contrário, perdem a clientela e como conseqüência, fecham as
portas definitivamente.
Mas se é assim, porque existem tantos métodos para trabalhar a qualidade dentro
de uma empresa? Porque se fala tanto em qualidade total?
A resposta é simples e direta, “porque a qualidade é a
ferramenta mestre para a busca da competitividade e
também para o aumento da produtividade”. Sem ela, as
empresas não conseguiriam chegar a lugar algum, não
atrairiam clientes, portanto, não venderiam, não teriam
lucros e conseqüentemente, não sobreviveriam no
mercado.
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Muitas pessoas conceituam essa palavra chave para as organizações, como
sendo o “ato de competir”, outras, porém, acreditam ser “trabalhar com competência”.
Nenhum curso, por mais bem estruturado que seja, responderá com clareza
essa pergunta, mas esse curso dará as dicas para que você chegue lá.
A criatividade, a informação e o conhecimento, são os pilares mais
brilhantes e dourados, que você pode ver nessa nossa viagem, pela gestão da qualidade.
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Ninguém melhor do que o próprio empreendedor, aquele que conhece o
produto que vende e o serviço que presta aos seus clientes, para diagnosticar algo que
surpreenda e que atraia as pessoas para sua loja ou então para seu escritório.
Se você acredita não conhecer bem seu cliente. Então busque esta informação.
Crie uma pesquisa de opinião, um evento, uma mini entrevista, um questionário de
satisfação, procure conhecê-lo, saber quais são seus reais interesses, desejos e
necessidades. Venda ao seu cliente, o que ele realmente quer comprar.
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1.2 - Qualidade e o aumento da produtividade
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maior diferencial competitivo das empresas. Por estar diretamente ligada a qualidade, a
produtividade passou a ser almejada por todas as organizações. Juntas (qualidade e
produtividade) possibilitam a empresa, uma redução significativa nos custos e um
aumento acelerado nos lucros, cooperando ainda com o aumento da competitividade.
De um modo geral, devemos avaliar a produtividade como sendo o meio de
produzir, vender e atender, de forma mais rápida, mais eficaz e melhor e em menos
tempo do que a concorrência.
Excesso de estoque;
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Layout inadequado;
Planejamentos inadequados;
Retrabalhos;
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Repare que através dos pontos de desperdício citados acima, muitos aspectos da
sua empresa, passam a ser mais econômicos e você começa a implantar a qualidade,
tendo como resultado o aumento da lucratividade.
Muitas palavras podem explicar este termo, como por exemplo, administrar,
acompanhar, estabelecer critérios, metas e objetivos, controlar, etc. Mas na verdade, de
um modo amplo e resumido, gerenciar significa organizar, planejar e executar
atividades de modo que facilitem o processo de trabalho, dentro de um setor especifico.
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A gestão da qualidade é um processo de longo prazo, com possibilidade de
retornos imediatos, porém depende da organização, da padronização e dos métodos com
que o processo é elaborado, planejado e executado.
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3. Deixar à equipe de trabalho a vontade para sugerir, opinar e criar,
de forma que possam colaborar com a melhoria do processo, bem
como, deve-se proporcionar um ambiente de trabalho saudável,
confortável e livre.
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Por isso, o primeiro mandamento da gestão de qualidade, a ser seguido pelo
gestor, é a SATISFAÇÃO de seus clientes. Se estes estão satisfeitos, então todo
trabalho esta sendo valido e positivo.
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Muitas vezes, a participação da equipe, não acontece, porque não é priorizada,
é desconhecida por parte dos empregados ou então porque não são utilizadas técnicas
adequadas para análise e controle das atividades.
Que bom que este tempo passou, e não faz parte de nenhum museu histórico. Já
estava mais do que na hora, de sermos reconhecidos de tal forma como fomos criados,
com inteligência suficiente para exercer qualquer atividade, criar, inovar, vencer.
Atualmente, os estudos giram em torno das competências humanas, estimulando as
empresas a aproveitarem ainda mais os recursos humanos disponíveis.
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acordo com o seu valor, ou seja, se é bem valorizado, indo além da remuneração, o
empregado passa a dedicar-se mais ao trabalho, doa-se mais e emprega melhor seus
conhecimento e experiências.
Significa que as pessoas devem ser designadas a fazer aquilo que sabem e que
conhecem. Que devem ser entregues a atividades para as quais dependem de
habilidades, conhecimento, experiência e competência.
Zarifian (2001), por exemplo, cita em seu estudo, dois elementos presentes, nas
mudanças ocorridas na empresa, em relação às competências:
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sucesso da ação coletiva passa a ser resultado da
competência ativa de cada um. (ZARIFIAN, 2001, p.
29)”
ESTRATÉGIA
APRENDIZAGEM
COMPETÊNCIAS
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1. Garantir que os resultados e as competências dos funcionários sejam
identificados, medidos e avaliados com o objetivo de subsidiar os demais processos do
Sistema de Gestão Integrada de RH.
2. Garantir que os funcionários obtenham feedback em relação às suas
competências e resultados.
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inclusive a alta administração, tomem conhecimento do processo e sintam-se
comprometidos com o novo projeto.
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mandamento da gestão de qualidade, esta ligado a esta dica, pois exige aperfeiçoamento
continuo. O que significa que a empresa, a equipe e o processo, devem seguir as
mudanças ocorridas no mundo, no mercado e conseqüentemente na vida dos clientes.
Quando nós buscamos aperfeiçoamento em algo, estamos buscando algo novo, algo que
venha a incrementar nossos conhecimentos, a atualizar aquilo que já sabemos.
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Creio que você teria duas possibilidades: a primeira seria trocar a telha
quebrada por uma nova, evitando assim que quando chovesse, todo o ambiente fosse
tomado pela água. E a segunda opção, seria apenas a prevenção, trocar de lugar a cama,
evitando que molhasse, até que outra telha fosse adquirida para substituir a que estava
quebrada.
Percebeu a diferença?
Caso você não tivesse visto que a telha estava quebrada, é bem provável que
em uma noite de chuva, tivesse que acordar molhado e chateado. Mas como o problema
foi identificado, você teve a chance de prevenir que algo pior acontecesse ou até
mesmo, de impedir uma catástrofe no futuro. Da mesma forma, funciona em um
processo, quando um problema é identificado com antecedência, se não há possibilidade
de solucioná-lo naquele momento, existe a opção de ao menos preveni-lo, impedindo
que algo pior venha a atrapalhar o alcance dos objetivos.
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Este modo de pensar está completamente errado, além de ser exaustivo e
estressante. O gerente na verdade, tem a função de delegar e monitorar as tarefas,
administrar o projeto, o processo e os empregados. Executar atividades é função dos
funcionários. É importante para o programa de qualidade, que o gestor preocupe-se em
verificar se tudo esta correto, administrando o tempo e o dinheiro do projeto, deixando
as atividades por conta dos funcionários, libertando-se dos sentimentos e pensamentos
negativos em relação a eles.
Quando uma tarefa é delegada, automaticamente, o funcionário sente-se na
obrigação de cumpri-la com êxito. Se ela é designada a alguém com experiência e
conhecimento no assunto, melhor ainda. Quando o gestor confia novas atividades aos
empregados e libera sentimentos de confiança e credibilidade, automaticamente valoriza
o funcionário, tornando-o capaz de realizar o que lhe foi proposto e conseqüentemente,
amplia o tempo do gerente, para controlar e monitorar todo processo, identificando
riscos, problemas e solucionando-os no momento em que surgem, cooperando para que
o nível de satisfação e melhoria aumente significativamente, durante todo o processo.
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De nada adianta implantar um sistema ou programa de qualidade na empresa,
sem que os empregados saibam o que devem fazer para mantê-lo, isso seria além de
estupidez, impossível. Sabemos que o processo de qualidade depende de todos os
envolvidos, se um não está comprometido, todo processo passa por uma situação
delicada, impedindo que resultados positivos sejam obtidos.
Por isso, é fundamental que durante todo o tempo, todos saibam o que esta
acontecendo, seja esta informação boa ou ruim, pois somente assim, o processo terá
condições de ser mantido ou melhorado.
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10º Mandamento: NÃO ACEITAR ERROS
A gestão da qualidade exige da empresa que tudo seja criado e fornecido sem
defeitos, sem erros, na mais perfeita condição. Por isso, o décimo mandamento, implica
justamente no fator principal, e talvez o mais difícil de ser controlado e obedecido. Mas
que proporciona maiores rendimentos à empresa.
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Racionalização dos Custos:
Para que uma empresa obtenha lucro, é preciso que forneça produtos e serviços
com qualidade, em grande quantidade, com um bom preço, etc. Mas de nada adianta
investir em qualidade e gastar tudo que ganha, não é mesmo?
Para que haja lucratividade, deve haver uma dosagem entre o que se ganha e o
que se gasta. Nesse aspecto, encontramos o item em questão “racionalização dos
custos”, ou seja, controlar os gastos e produzir a baixo custo transforma o lucro da
empresa.
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Trabalhar a equipe e a cultura da empresa, para que se evite desperdício e
principalmente, para que os custos sejam diminuídos, é um aspecto importante na
produção de qualidade e no aumento da satisfação, obtendo-se como retorno, melhores
vendas e maiores lucros.
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Outros exemplos de indicadores, para análise do retorno em torno da qualidade
x custos, são:
Caso seja de seu interesse, saber em que ponto sua empresa está agindo
erroneamente, relacionando estas falhas a qualidade e custos, experimente buscar a
resposta, diretamente em seus clientes, através de uma pesquisa de satisfação, ou então,
procure avaliar, quantas reclamações diárias sua empresa esta recebendo, caso esse
número venha a ser igual ou superior a uma reclamação por dia, sua empresa esta em
fase desesperadora, pois se considera ainda, aqueles clientes que preferem ficar quietos
e não apresentar reclamação do produto ou serviço, simplesmente, ignorando a empresa,
nas próximas aquisições.
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A diferença entre uma observação e outra, está no contexto de que: o que a
empresa acredita ser do gosto do cliente, muitas vezes não é, do gosto do departamento
de compras ou então do proprietário. Já o que os clientes desejam, é algo próprio, algo
que deseja, que necessita.
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importará. Dependendo do caso, será comprada a peça mais barata, ou então, nem isso
será avaliado, o importante é que funcione bem, se o vendedor, disser que a melhor
marca do mercado, você adquire e pronto.
Isso acontece por quê? Porque são produtos padronizados. Até determinado
ponto, consegue-se sobreviver no mercado, trabalhando com estes produtos, mas
chegará um momento, em que você sentirá necessidade de padronizar seus próprios
produtos e serviços, com intuito de manter o cliente.
A padronização está ligada à qualidade, sabe por quê? Por que uma vez
determinados os procedimentos, destacadas as atividades, as regras e as metas, e
compreendidas por todos os envolvidos no processo, passarão a ser tratados como
rotina, como algo comum, uma obrigação, e deste ponto em diante, a qualidade passa a
ser um requisito para todos os empregados, destacando a empresa, que sem perceber,
estará constantemente em busca do melhoramento.
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Deste modo, os procedimentos serão sempre iguais e se há qualidade no
produto e serviço, continuarão apresentando-a a seus clientes, sem maiores
preocupações ou incertezas.
Melhoria contínua:
Se você está cansado, sugiro que se levante, ouça uma boa música, converse
com alguém agradável, ande, cante, dance, faça o que sentir vontade. Volte ao estudo,
apenas quando sentir-se descansado, pois esta é uma
etapa importante, que precisará de atenção,
sinceridade e comprometimento consigo mesmo.
Procure concentrar-se nas questões que mencionaremos a seguir, pois esta fase
pode fazer grande diferença na sua vida profissional ou então, na sua empresa. Procure
ser sincero, pois só assim, conseguirá obter resultados positivos e efetuar as melhorias,
de forma que obtenha bons resultados através desse aprendizado.
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Se possível, pegue um papel e uma caneta.
Para que você memorize com mais facilidade, tudo que irá aprender vamos
utilizar uma técnica simples, mas eficiente. Imagine que na nossa viagem sob a gestão
da qualidade, paramos dentro da sua empresa. Procure agora trazer a sua mente, todo
processo de produção ou de prestação de serviços. Tente manter esta lembrança durante
toda esta etapa, pois desta forma, você conseguirá responder com mais facilidade cada
pergunta que evidenciaremos aqui.
Porém, nenhuma melhoria é possível, sem que você conheça todo processo que
envolve sua empresa, sem que consiga vê-la através dos olhos de seus clientes, este
conhecimento pode ser obtido através de algumas respostas, conforme veremos a partir
de agora:
A primeira pergunta básica, que se deve fazer para obter maior conhecimento
da sua empresa e do processo é justamente sobre competitividade, pode ser destacada
como: Essa empresa (sua ou para qual você trabalha) apresenta um negócio
competitivo?
Caso alguma vez na sua vida, você já tenha se feito essa pergunta, será mais
fácil obter a resposta, mas caso nunca tenha se perguntado antes, chegou a hora da
verdade, procure ser sincero e de sua opinião real sobre o assunto, mesmo que ela seja
contrária a sua vontade.
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então, você pode ter sido otimista e ter respondido: sim! Pois ainda estou no mercado e
somos melhores do que a concorrência.
Independente de sua resposta imagine uma placa brilhante e dourada que diz
CRIATIVIDADE.
Quem sabe você respondeu hoje, ontem ou então, faz tanto tempo que nem se
lembra. Mas a resposta chave para essa questão esconde-se atrás de outra placa brilhante
e dourada, que destaca a palavra MUDE!
Você deve estar se perguntando, Mude? Por quê? Eu quem preciso mudar?
Exatamente!
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clientes e evite questionar as mudanças. Se elas são necessárias, não pense duas vezes
antes de apoiá-la.
Após definir todos os pontos a serem modificados, você se depara com uma
frase “faça sempre o melhor”. Isso significa que a mudança deve ser vista como algo
imprescindível e merece o seu melhor. Por exemplo, se olhando como cliente, você
percebeu que seus produtos precisam de um melhor acabamento e a solução seria a
troca do equipamento, não procure adquirir a marca mais barata, pensando na economia
no momento da compra, pense no futuro, muitas vezes “o barato sai caro”. Já que vai
mudar, mude pra melhor, adquira o melhor equipamento. Use este lema, para efetuar
qualquer mudança, mas cuidado, efetue-a apenas se ela estiver compatível com a
política da sua empresa.
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A resposta a esta pergunta varia de acordo com a sua personalidade. Se você é
um empresário ou profissional que não tem medo de correr risco, é provável que sua
resposta seja otimista, ao contrário, o simples fato de ter lido a palavra “financeiros” lhe
causou espanto e desanimo.
Mas indiferente da sua reação, a realidade deve ser aceita. Não há possibilidade
de implantar um programa de melhoria contínua sem o investimento de tempo e
dinheiro.
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A última pergunta que envolve o processo de melhorias continua dentro da
gestão de qualidade, depende ainda mais da sua sinceridade e honestidade, porque trata
o “profundo” do seu negócio, sendo: “Você adquiriria com satisfação seus produtos e
serviços?”
A resposta imediata será com certeza SIM, mas procure responder esta questão
com os olhos de seus clientes, se coloque no lugar deles, procure pensar como
consumidor e reflita no que respondeu, procurando ser sincero e objetivo.
Se a resposta mais intima, parecer-lhe um não, algo está errado, e precisa ser
melhorado. Esta pergunta deve ser refeita a todo tempo, com intuito de observar seus
negócios do mesmo modo com que seus clientes o enxergam, possibilitando fornecer
produtos e serviços melhores e com mais qualidade.
Uma melhoria refere-se a tudo que gera mais qualidade e valor aos produtos e
serviços e também ao atendimento. O processo de melhoria contínua, deve ser aplicado:
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Quando uma empresa resolve abrir suas portas e fornecer um produto ou
serviço, acredita estar indo de encontro com o que os clientes
esperam ou procuram. Por algum tempo, são iludidos por
acreditarem que na primeira compra, os clientes ficarão satisfeitos
de tal modo que sempre irão voltar.
Porém, ser uma empresa de qualidade, vai além de fornecer coisas boas. Já se
foi o tempo, em que o foco da gestão da qualidade, era o produto, atualmente, as
pessoas exigem muito mais do que isso. A empresa precisa estar preparada para receber
seus clientes. Criar um ambiente organizacional harmonioso, limpo, satisfatório, que
faça com que clientes internos e externos, sintam-se bem.
Nesta etapa, não apenas o jeito de pensar destaca-se como incorreto, mas
também os meios de tornar este ambiente agradável. Geralmente, os empreendedores,
acreditam que colorindo o local, decorando-o com móveis, flores, artigos importados,
tapetes luxuosos e outros detalhes, é o que basta para tornar um lugar aconchegante,
atraente e conforme as exigências dos clientes.
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sim, pelo atendimento, pela experiência, pela dedicação. Da mesma forma, os clientes
não procuram um espaço bonito, mas um lugar onde possam sentir-se bem, onde são
bem atendidos, recebidos com educação, alegria e respeito.
Note outro exemplo, bastante comum. Sua melhor amiga precisa adquirir um
sapato. Na Avenida principal, existem três lojas do mesmo porte, conhecidas por você:
a primeira tem uma fachada linda, e expõe de forma invejável os produtos na vitrine; a
segunda possui espelhos espalhados por todo interior, possibilitando que os sapatos
sejam provados e aprovados; a terceira apresenta vários modelos de sapatos, é mais
discreta na fachada, mas o atendimento é o melhor da cidade. Qual dessas lojas você
indicaria para sua amiga?
Provavelmente a loja 3, porque você teria certeza que sua amiga seria bem
atendida e com certeza, adoraria comprar ali.
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Para iniciar um ambiente dentro dessas características, é importante observar
que:
Lugar de lixo é no lixo, tudo que não esta sendo utilizado, deve ser
descartado;
Respeite seus funcionários, são elas as primeiras pessoas com quem seu
cliente se relaciona. Empregados valorizados = clientes satisfeitos.
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Lembre-se:
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UNIDADE 2 – Controle da Qualidade e as ISO’s
Olá, nessa unidade, você aprenderá como controlar e manter a qualidade na sua
empresa. Conhecerá as principais ISO’s, suas funções e os métodos de implantação.
Bons Estudos!
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pessoal responsável pelo atendimento, segue as normas estabelecidas pela empresa.
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Pode-se ainda, criar Indicadores de Resultados (I.R.) responsáveis pela analise
dos resultados obtidos, visando avaliar se estão de acordo com o esperado e se são
positivos para empresa.
Como você pode verificar, não há uma regra especifica ou uma lista de
indicadores que podem ser utilizados pela sua empresa. De acordo com a necessidade,
os indicadores são criados e passam a fazer parte do processo.
Coleta de Dados
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O método mais barato de coleta de dados, é a utilização de dados já existentes
na empresa, que são encontrados em arquivos, ou até mesmo, na presença do cliente,
quando este visita a loja ou escritório.
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relatórios mensais ou anuais; entrevistas internas com colaboradores; questionários
rápidos aplicados nas ruas ou no próprio estabelecimento, dentre outros meios que
podem ser criados pela organização.
Supervisão
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Designar funções já conhecidas de cada pessoa amplia os resultados do projeto
e agiliza o retorno financeiro da empresa, contribuindo para a satisfação de cada
membro da equipe, aumentando assim a produtividade, a qualidade e conseqüentemente
fidelizando os clientes.
Uma boa supervisão faz com que o programa ganhe destaque e seja ainda mais
competitivo.
A ISO faz parte dos programas de qualidade, de quase 100% das empresas
brasileiras, contribui para que processos sejam padronizados garantindo que os clientes
recebam produtos / serviços cada vez melhores.
50
ISO 1000 – referente às unidades SI e recomendações para o uso de seus
múltiplos e de algumas outras unidades;
ISO 7810 – referente às Normas para cartões ID-1, ID-2 e ID-3 (de
identificação, bancários, passaporte, carta de condução);
ISO 7816 – referente aos Cartões ID-1 com micro circuitos integrados;
51
ISO 8879 - Standard Generalized Markup Language (SGML);
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E além desses o mais conhecido e utilizado de todas as normas, os cinco
sensos, comumente chamados de 5s, atualmente transformado em seis sensos,
denominado 6s, que estudaremos na próxima unidade desse curso.
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ISO 9001:2000 – Sistema de gestão de qualidade, tendo como requisito um
documento de aproximadamente 30 páginas, disponível nos órgãos representantes de
cada país, descrito em itens, conforme abaixo:
Página 1: Prefácio
Página 1 a 3: Introdução
1. Controle de Documentos
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2. Controle de Registros
3. Auditorias Internas
5. Ação corretiva
6. Ação preventiva
Não existe certificação para as normas ABNT NBR ISO 9000:2000 e ABNT
NBR ISO 9004:2000.
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2.2.2 ISO 10006
Por ser um documento de diretrizes a ISO 10006 não pode ser utilizada para
fins de certificação ou registro, seu principal objetivo ;e criar e manter a qualidade nos
projetos, através de um sistema que apresente garantias, como:
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produto do projeto em termos mensuraveis; c) identificação e documentação
das atividades e etapas necessárias para o alcance dos objetivos do projeto; d)
controle do trabalho efetivo realizado no projeto.
4. Processo relacionados ao tempo: a) identificação das inter-relações,
interações lógicas e dependencias entre as atividades do projeto; b) estimativa
de duração das atividades ligadas as atividades especificas e aos recursos
necessários; c) inter-relação dos objetivos relacionados aos prazos do projeto,
com intuito de controlar e confirmar o cronograma, realizando ações
apropriadas para recuperar os atrasos.
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9. Processos relacionados aos riscos: a) identificação dos riscos; b) avaliação
da probabilidade de ocorrencia de eventos de riscos e impactos sobre o projeto;
c) desenvolvimento de planos para reação de riscos; d) controle e atualização
dos planos de riscos.
10. Processos relacionados aos suprimentos: a) identificação e controle dos
suprimentos adquiridos; b) compilação das condições comerciais e requisitos
técnicos; c) avaliação e determinação dos fornecedores; d) publicação,
avaliação e negociação das propostas, preparação e assinatura dos contratos; e)
garantia de desempenho dos fornecedores, visando verificar se atendem as
necessidades e requisitos exigidos pelo projeto.
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Essas normas voltadas a auditoria são importantes, porque trazem garantia e
credibilidades aos processos de certificações são dirigidas por entidades externas e
independentes responsáveis pela analise do sistema de gestão implantado, para verificar
se estão de acordo com a ISO 14001.
ISO 14021 – Rótulo ambiental tipo II, desde 1999, através de auto declarações
ambientais;
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ISO 14041:1998 – responsável pela avaliação do ciclo de vida do produto e
pela definição de escopo e analise do inventario;
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implantar um sistema de gestão ambiental, obedecer à legislação relacionada ao meio
ambiente e assumir um compromisso de melhoria continua no desempenho ambiental.
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Além disso, a certificação evidencia a qualidade dos processos organizacionais
e tecnológicos, através de requisitos ambientais e de prevenção da poluição.
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A ISO 26000 define “A responsabilidade de uma organização pelos impactos
de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um
comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável,
inclusive a saúde e bem-estar da sociedade; Leve em consideração as expectativas dos
stakeholders; Esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com
ormas internacionais de comportamento; Esteja integrada em toda a organização e seja
praticada em seus relacionamentos”.
2.3 – Terminologia
63
Política da Qualidade - conjunto de intenções e de orientações de uma
organização, relacionadas com a qualidade, como formalmente expressas pela gestão
superior;
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UNIDADE 3 – Housekeeping 6S
Antigamente, as empresas utilizavam os 5S, que ficou pra trás após a chegada
de mais um item, o qual estudaremos nesta unidade.
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aprender sobre este assunto e se possível, implante este programa na sua empresa, tenho
certeza que os resultados serão surpreendentes.
Bons estudos!
3.1 Housekeeping 6S
66
Senso de Ordenação;
Senso de Limpeza;
Senso de saúde;
Senso de autodisciplina;
Senso de servir.
Para que um projeto de qualidade total venha a ser executado pela empresa, é
necessário estabelecer uma ordem inicial, de forma que todos se sintam envolvidos no
processo, especialmente, devido às mudanças que possivelmente ocorrerão em toda a
organização.
Para estabelecer essa “ordem”, é utilizado o programa do 6S, que tem como
objetivo:
2. Prevenir acidentes;
67
3. Incentivar a criatividade;
4. Reduzir custos;
5. Eliminar desperdício;
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sejam descartados papéis importantes, como documentos ou informações, que ainda
poderão ser úteis para a empresa.
1. Liberação de espaço;
Para que este senso venha a ser executado, é imprescindível que áreas de
descarte, sejam criadas. Estas áreas devem ser sinalizadas evitando que virem depósitos
de entulhos ou espaços bagunçados.
Todo material descartado, deve ser etiquetado e controlado, de acordo com seu
destino, por exemplo: materiais de recuperação, devem ser colocados em uma caixa e
identificados através de etiquetas, da mesma forma, materiais de alienação,
almoxarifado, reciclagem, lixo, materiais para outros estabelecimentos, sucatas, etc.
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2. Quando você ou sua equipe precisam encontrar algo rapidamente, esta
tarefa é fácil e descomplicada? Você encontra com rapidez tudo que
procura?
1. Cada pessoa deve saber o que é realmente útil para seu trabalho, descartando
o inútil;
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Outro fator determinante para que o senso da utilidade vire um hábito, são as
gavetas, caixas ou armários, próximas dos empregados.
Estes espaços, não devem ficar cheios de entulhos, devido
à preguiça de guardá-las no lugar certo ou então pelo
simples fato de deixar a mesa organizada.
Outro detalhe importante, é que nem tudo que é jogado fora, é lixo. Antes de
designar o que realmente será jogado no lixo, deve-se verificar se não pode ser
reciclado, por exemplo, papel, plástico, eletrônicos, etc. Este tipo de material deve ser
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separado e encaminhado para reciclagem, e pode ser utilizado em benefício da empresa,
dando origem a novos materiais ou em beneficio da sociedade.
Oriente as pessoas do que elas precisam fazer e como fazer. A figura abaixo
ajudará você a entender melhor como os materiais devem ser classificados, se acreditar
ser útil, divida esta estratégia com seus funcionários:
Após a equipe estar ciente do que se trata o descarte, marque uma reunião, e
apresente as datas planejadas e o tempo que será gasto para se trabalhar nesta fase.
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descartes, de modo que sejam separados, selecionados e encaminhados para o local
correto.
Designe algumas pessoas, para cuidar desta classificação, que pode seguir a
seguinte estratégia:
1. Elabore duas caixas, uma para as coisas úteis e outra para as coisas
desnecessárias. Destaque bem as caixas, para que o pessoal responsável pelo descarte,
não faça confusão.
COISAS COISAS
DESNECESSÁRIAS
AINDA UTEIS
2. Designe uma ou duas pessoas para cuidar das coisas úteis. Elas
deverão verificar todos os objetos e papéis da caixa, destinando-as ao departamento ou
setor que poderá utilizá-las.
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MATERIAL RECUPERÁVEL = Encaminhar para recuperação
LIXO = Colocar na lixeira para a coleta seletiva
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Esta técnica deve ser implantada logo após a aplicação do senso de utilização
(Seiri), com intuito de arrumar as coisas que sobraram no momento do descarte.
Economia de tempo;
Quando você estudou sobre o descarte, provavelmente, pensou o que fazer com
toda bagunça que essa primeira etapa ocasionou. Esta segunda fase vem justamente
para aliviar esta preocupação e orientar sobre os métodos de organização.
Um local organizado faz com que as coisas tornem-se mais simples, dá ânimo
na execução das tarefas, contribui para uma melhor qualidade de vida e
conseqüentemente, para que os produtos e serviços sejam oferecidos com maior
qualidade, para os clientes.
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Estudos vêm comprovando que não há possibilidade de existir qualidade, sem
ordem. A desorganização tira a atenção e o entusiasmo dos funcionários, deixando-os
mais estressados e em situação de desleixo, quando seu consciente acredita que fazendo
de qualquer jeito está bom para a empresa, ao contrário do que acontece, em lugares
limpos e organizados, que o consciente dos empregados, é voltado a fazer as coisas bem
feitas.
Alguns métodos podem ser úteis, para que a organização realmente venha a ser
priorizada na empresa e também para que a tarefa de colocar em ordem toda bagunça
gerada anteriormente, fique mais simples e agradável.
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Trabalhe com cores para destacar cada destino dos objetos, por
exemplo, caixa cinza refere-se a lixo, caixa verde refere-se a reciclados,
caixa vermelha refere-se a materiais de reposição, etc;
Estabeleça lugares para cada coisa, de modo que sejam fáceis de ser
localizados e identificados.
Para alterar o layout de tal forma que o espaço venha a ser melhor aproveitado,
é necessário que os empregados auxiliem, opinando, dando sugestões ou até mesmo
criticando o ambiente, pois são eles, quem estão ali todos os dias, e conseguem perceber
o que pode ser melhor ou pior para as suas atividades.
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Controle visual
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das caixas, peças ou ferramentas e a capacidade máxima de
armazenamento deve ser respeitada;
Alinhamento
Todos os objetos devem ser colocados em linha reta e em ângulo reto, visando
o aproveitamento do espaço e facilitando o fluxo dos objetos e o acesso das pessoas.
Aperfeiçoamento contínuo
Criar um meio de armazenar os objetos de tal forma que eles sejam guardados
apenas no mesmo lugar e preparar as instalações de modo que facilite os novos hábitos,
concilia o sucesso do programa ao retorno rápido de resultados.
Visualização total
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Esta característica é fundamental, destaca a importância de manter tudo ao
alcance dos olhos, eliminado tampas, portas, caixas fechadas e outros meios de
armazenagem, que dificultem a visualização dos objetos.
Evitar empilhamento
Não apenas para verificar o que possui dentro delas, mas para destacar outras
informações importantes, tais como: quantidade, tamanho, função e outras informações
que se julguem necessárias. Esta padronização e organização, auxilia no momento de
procurar um objeto, diminuindo o gasto de tempo em busca destas informações.
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exemplo, a má iluminação, o mau cheiro, os ruídos, má ventilação, excesso de poeira,
umidade, etc.
Elimina desperdícios.
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está relacionada ao bem estar das pessoas, no respeito aos colaboradores e aos objetos,
quanto a:
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Objetos danificados, podem causar acidentes;
A melhor dica que pode ser utilizada pela empresa, de modo que a limpeza seja
mantida, é orientar os funcionários, de que se não sujar, não precisa limpar. Para
alcançar este “conceito” é necessário apenas ter atitudes adequadas, as quais apresentam
os seguintes benefícios para a organização:
6. Prevenção da poluição;
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É certo que a aparência de um ambiente, conta muito, para a satisfação das
pessoas. Um ambiente limpo, organizado, bem decorado, transforma a vida de qualquer
um. No âmbito empresarial, a área de trabalho nessas condições, aumenta a
produtividade e a qualidade do trabalho exercido pelos funcionários, além de cooperar
para uma melhor qualidade de vida.
Uma boa dica é iniciar a limpeza, em uma área maior, bem ampla, onde todos
possam se ajudar e somente depois disso, passem a limpar o próprio setor ou área de
trabalho. Esta atitude faz com que todos peguem o “jeito” da atividade e também
aproxima os empregados, criando um ambiente participativo.
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Antes de iniciar o processo separe tudo que irá precisar materiais e
equipamentos apropriados para limpeza, pessoas já com as tarefas designadas, placas,
caixas, etiquetas, tinta e tudo mais que achar necessário.
Se acreditar ser uma melhor solução, pode criar “o dia da limpeza”, uma data
especifica que poderá ser semanal ou mensal, em que todos, em forma de mutirão,
ficam responsáveis pela limpeza da área de trabalho.
Lembre-se que a limpeza é geral, deve ser realizada atrás, na frente, dentro e
fora de todas as coisas, existentes no local. Separe um lugar fixo para o lixo, de modo
que seja acessível a todos e que não precise ser removido, para coleta seletiva.
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alternativa que priorize a limpeza, diminuindo a poeira, por exemplo. Após a coleta
destas informações, crie um relatório e distribua aos empregados, na intenção de que
todos venham a seguir as normas estabelecidas e obedecer aos procedimentos de
limpeza, se achar necessário, penalize aqueles que não cumprirão com o acordado.
Três dos seis S já foram implantados, agora restam apenas três. Nesta etapa sua
empresa já esta organizada e limpa, você e seus funcionários sentiram a diferença e
provavelmente, bons resultados foram obtidos.
Agora chegou a etapa mais pessoal dos seis sensos, que exige perseverança,
pois depende muito de algumas mudanças no comportamento das pessoas. Não apenas
nesta fase, pois as outras três devem ser mantidas rigorosamente na empresa.
Esta etapa defende a saúde e a higiene, tendo como primeiro passo, manter
tudo que já foi conquistado.
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O que não pode, é deixar que tudo o que foi conquistado até então seja
ignorado. Esta etapa contribui para:
2. Melhoria do ambiente;
Oriente-os para que ajudem uns aos outros, sejam tolerantes, amigos, se
respeitem e tratem uns aos outros com educação, tal como desejam ser tratados.
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Aproveite este senso, para estimular o uso de equipamentos de segurança,
indicando que também são hábitos de higiene.
Através deste senso, procure criar diretrizes para relações mais humanas,
criando grupos de trabalho e de responsabilidade. Estimule o bem estar e a importância
de cada um no processo, especialmente uns para os outros.
Enfatize ainda que não adianta nada a empresa estar limpa e organizada e os
funcionários estarem descuidados com a própria aparência. Não exija que todos venham
bem vestidos, com sapato combinando com a blusa, mas estimule a higiene pessoal,
como por exemplo: banho, escovar os dentes, cortas os cabelos e as unhas, fazer a
barba, usar roupas e sapatos limpos, evitar comportamentos constrangedores, dentre
outros.
Estimule também que os sensos anteriores sejam aplicados no dia a dia de cada
um, orientando-os para planejarem seu dia, executando as tarefas mais importantes
primeiro, evitando o estresse e o acumulo de trabalho.
Fale-os também sobre a importância de estar atento, de ouvir mais do que falar,
de procurar não deixar com que os problemas afetem sua vida pessoal e profissional,
sendo corajosos para vencer cada dificuldade.
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Informe sobre o aumento ou diminuição significativa na temperatura do
ambiente;
É importante que todo o processo até aqui seja monitorado por um responsável,
para que pequenas falhas ou esquecimentos sejam identificados.
Este procedimento, porém pode ser temporário, pois os sensos estudados até
aqui, envolvem a mudança de hábitos. Quando estes são totalmente modificados, tal
tarefa se torna espontânea e os empregados a realizam normalmente, como se fosse algo
comum e necessário para si próprio.
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3.1.5 Senso da autodisciplina (SHITSUKE)
Quando as pessoas realizam o que precisa ser feito, do modo como deve ser,
mesmo quando não são monitoradas, é porque existe disciplina.
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A disciplina é um processo mais trabalhoso, pois existem pessoas que desde
muito pequenas, tem dificuldade em seguir regras, muitas empresas acreditam que é
mais fácil eliminar estas pessoas do grupo e esquecem-se dos recursos investidos nela,
como tempo e dinheiro.
Não é vantajoso que esta posição seja tomada por parte dos responsáveis, pois
um novo funcionário poderá ocupar o mesmo lugar, mas terá que ser treinado e talvez
apresente a mesma dificuldade em relação à disciplina.
Uma dica interessante e que já auxiliou muitas empresas, esta no fato de uns
monitorarem os outros, amigavelmente, por exemplo: fulano estava trabalhando, comeu
uma bala e jogou o papel no chão, o colega viu, vai lá, junta o papel, coloca no lixo e
avisa o amigo que ele descumpriu a norma de limpeza. Mas cuidado! Em alguns
lugares, esta dica não pode ser utilizada, se sua empresa possui muitos empregados com
dificuldade em aceitar criticas primeiro trabalhe esta característica, para depois, utilizar
um procedimento parecido.
Manter a ordem significa executar muitas tarefas parecidas todos os dias, criar
o hábito de colocar as coisas nos seus devidos lugares, jogar o lixo no lixo, separar as
peças de refugo, limpar o ambiente de trabalho, etc.
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Quando todos estiverem cientes de que é necessário obedecer, vem a disciplina
e quando todos estabelecerem seus próprios limites, o resultado será fabuloso, um
ambiente liberal, interativo e principalmente dentro das condições propostas pelo
programa 6S.
Alguns fatores podem influenciar nos resultados das atividades diárias, tais
como:
Porém, com a aplicação dos sensos estudados até aqui, estes fatores serão bem
trabalhados e não apresentarão mais envolvimento negativo para a execução das
atividades.
É provável que nos primeiros meses, algumas regras deixem de ser cumpridas.
O ideal que seja estabelecido, momentos para discutir sobre o não cumprimento. Podem
ser através de reuniões semanais, no inicio do processo, posteriormente, podendo ser
mensal.
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para realização de atividades e se tiver um responsável, mencione nesta tabela. Procure
criar parecido com o modelo abaixo:
Para ajudar nesta etapa, criamos uma lista de dicas, que foram úteis para outras
empresas, na implantação da “ordem mantida”:
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3. Procure organizar com a ajuda de alguns gerentes, propostas de
horários, regulamentos, manuais de procedimentos, normas de
segurança, métodos de trabalho, vídeos ou qualquer outro material
que colabore com o melhoramento das condições e do ambiente de
trabalho, da produtividade e principalmente da qualidade, dos
produtos, dos serviços e da vida das pessoas;
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Quando esta regra passa a ser incorporada pelas pessoas, logo se torna visível a
solidariedade e o companheirismo entre elas no ambiente de trabalho, podendo refletir
também, na vida pessoal, já que está ação passa a se tornar um hábito.
Esse método, no entanto, ainda é pouco publicado na mídia, mas empresas que
o implantaram, estão cada vez mais satisfeitas com os resultados.
Considerações:
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UNIDADE 4 – Técnicas / Programas Melhoria contínua
Parabéns! Você chegou à última unidade de nosso curso.
Tenho certeza, de que com o que aprendeu até aqui, se sente mais forte para
enfrentar a disputa de mercado. Com mais estas informações, não tenho dúvida, de que
sua empresa poderá ser a melhor no seu ramo de atuação.
Seja otimista, pois o que aprendeu e aprenderá através deste curso, ninguém lhe
tirará, use essas informações de maneira correta e comemore.
4.1 Kaizen
Como você pode verificar os 5S atualmente 6S, também é uma versão japonesa
de administração, que se espalhou pelo mundo todo. No caso, do Kaizen, essa
96
administração surgiu no Japão, mas foi melhorada através dos conhecimentos norte-
americanos, nos anos 50.
O Kaizen foi aprimorado ainda mais uma vez, em julho de 1954, por J. M.
Juran, convidado pelos japoneses para ensiná-los a administração do controle da
qualidade.
O que significa que ele concorda com Juran, e que também vê a qualidade
como responsabilidade de todos.
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Deming, porém, enfatiza a importância da interação constante entre pesquisa,
projeto, produção e vendas, para a empresa conquistar a qualidade total e satisfazer os
consumidores.
98
Destaca-se nesta dica, o fato das pessoas se relacionarem bem umas com as
outras. Para os japoneses, é obrigação ter que “agüentar” as situações, evitando ofender
o colega de trabalho.
4. Promover a abertura;
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6. Gerenciar projetos através de equipes de trabalho;
8. Desenvolver a autodisciplina;
KAIZEN
Quebra de Novo
paradigmas sistema de Criatividade
administrar
O Kaizen foi criado para melhoria nas áreas de fabricação, tendo como foco
principal a identificação de pontos a serem melhorados no processo produtivo, através
da eliminação de desperdícios, reduzindo tempo de produção e aumentando o nível da
produtividade.
100
2. Estruturar indicadores completos e confiáveis;
4. Estabelecer responsabilidades;
Desta forma, o Just in Time deixou de ser uma técnica, e passou a ser chamada
de filosofia da produção envolvendo a gestão de materiais, gestão da qualidade,
organização física dos meios produtivos, engenharia de produto, organização do
trabalho e gestão de recursos humanos.
101
O principal sistema do JIT caracteriza “puxar” a produção a partir da procura,
produzindo apenas os produtos necessários, nas quantidades necessárias e no momento
necessário, ficou conhecido como Kanban, nome dado aos cartões utilizados para
autorizar a produção e a movimentação de materiais ao longo do processo de produção,
o qual estudaremos posteriormente.
102
3. Obtém relações de confiabilidade tanto com clientes como com os
fornecedores;
103
6. A redução de tempo é enfatizada no processo, buscando maior flexibilidade
e o tempo deve ser aproveitado para realizar atividades que gerem valor ao produto,
ampliando o nível de qualidade da produção;
Através do JIT a empresa pode contar com algumas vantagens tais como:
4.3 Kanban
Creio que nesta etapa do estudo, nem preciso mencionar que o Kanban é uma
técnica japonesa, integrada ao Just in time.
104
Esta técnica está baseada em manter um fluxo contínuo dos produtos que são
produzidos. O Kanban, uma etiqueta ou cartão, carrega um conceito “sonhador”, mas
“prudente e verdadeiro”, diminuir os estoques, tendo como meta “estoque zero”.
Muitas empresas aplicam esta técnica devido à redução sensível de custos, mas
que trás grandes influências aos resultados financeiros, aumentando a disponibilidade de
capital de giro (a diferença entre receita e despesa de imobilização).
Além disso, este sistema apresenta outras metas básicas, tais como:
Este sistema apresenta ainda outros conceitos práticos, que contribuem para o
desempenho, como por exemplo:
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d. Layout do posto de trabalho e operários com funções múltiplas, adaptação
da mão-de-obra à flexibilidade decorrente;
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O Kanban de requisição deixa no local o Kanban de ordem de produção, como
por exemplo, o supridor da linha de montagem vai à linha de usinagem retirar as peças,
nesse momento dando origem a uma ordem.
Estes lotes são retirados 20 vezes por dia, ou seja, correspondem a 100 portas.
107
5.000 Cadeiras
108
4.3.4 Melhoria das atividades
109
Bibliografia consultada
Para elaboração desse curso, foram consultadas as seguintes bibliografias:
BARÇANTE, Luiz Cesar. Qualidade Total: uma visão brasileira. Rio de Janeiro:
Campus, 1998.
DUTRA, Joel Souza et al. Gestão por competências: um modelo avançado para o
gerenciamento de pessoas. São Paulo: Editora Gente, 2001.
DRUCKER, Peter Ferdinand. Sociedade Pós Capitalista. 5 ed. São Paulo: Pioneira,
1996.
110
FERREIRA, Ademir Antonio et al. Programa Nacional de Capacitação de Agentes
da Produtividade. Curitiba: IBPQ-PR – Instituto Brasileiro da Produtividade e
Qualidade, 1998.
JESUS, Abel Ribeiro de et al. Casos Reais de Implantação de TQC: volume 2. Belo
Horizonte: Fundação Christiano Ottoni, 1995.
PALADINI, Edson Pacheco. Qualidade Total na Prática. São Paulo: Atlas, 1994.
111
ZARIFIAN, Philippe. Objetivo Competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas,
2001
112