Você está na página 1de 8

CENTRO UNIVERSITÁRIO TABOSA DE ALMEIDA

CURSO: RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Disciplina: Negociações Internacionais Período: 8º

Professora: Catarina Bezerra

Dias de aula CH semanal CH Total Ano/Sem.

18 4 72h 2022.2

CRONOGRAMA

Dia/Mês Aula Descrição das Atividades

Apresentação do programa, critérios de avaliação e atividades do


04/08 1
semestre.

Natureza dos conflitos: conceitos de paz(es), violência(s) e escalas


de conflito

Tópicos: Natureza dos conflitos armados contemporâneos; a dinâmica dos


conflitos intraestatais; causas e consequências dos conflitos intraestatais;
definições de paz; definições de violência;

Questões: Quais as principais características dos conflitos armados


contemporâneos? Quais as principais causas dos conflitos intraestatais? O
que é peacebuilding? Qual paz se busca construir?

Textos:

- Introduction to Conflict Resolution: Concepts and Definitions. In


RAMSBOTHAM, O., WOODHOUSE, T., MIALL, H., Contemporary Conflict
Resolution. Cambridge: Polity, 2005, p. 3-31. http://www.polity.co.uk/ccr/
contents/chapters/1.pdf

- Bercovitch, Kremenyuk, Zartman. Introduction: The Nature of Conflict


11/08 2 and Conflict Resolution, in The SAGE Handbook of Conflict Resolution, p.
1-11.

- Ferreira, Marcos Alan S. V. As Origens dos Estudos para a Paz e seus


conceitos elementares: paz, violência, conflito e guerra. In Ferreira,
Marcos Alan S. V., Maschietto, Roberta H., Kuhlmann, Paulo R. L. Estudos
para a Paz: Conceitos e Debates. São Cristóvão: Editora UFS, 2019, p.
47-83.

Indicadores e escalas de conflito:

- Heildeberg Institute – Conflict Barometer: http://www.hiik.de/en/


konfliktbarometer/index.html

- Uppsala: http://www.ucdp.uu.se/gpdatabase/search.php

Vídeo:

- William Ury, “The Walk from ‘No’ to ‘Yes, http://www.ted.com/talks/


william_ury

O campo da Resolução de Conflitos e seu desenvolvimento

Tópicos: O estabelecimento do campo da Resolução de Conflitos;


desenvolvimento e fases do estudo sobre conflitos; Resolução de Conflitos e
as RI.

Questões: Como a se estabeleceu o campo da Resolução de Conflitos? Qual é


a sua relação com as RI? Como a área se desenvolveu ao longo dos anos?
18/08 3
Textos:

- Gilady, Lilach, and Bruce Russett. Peacemaking and Conflict


Resolution. In Handbook of International Relations. SAGE Publications:
London, 2002.

- Wallensteen, P. Understanding Conflict Resolution: War, Peace and Global


System. SAGE Publications: London, 2002, p. 3-12.

Resolução, Administração, Transformação de Conflitos

Tópicos: Definições de Resolução, Administração e Transformação de


Conflitos.

Questões: Quais as diferenças entre os termos? Qual a influência da adoção


de cada um deles na prática?

Textos:

25/08 4 - Spangler, Brad. Settlement, Resolution, Management, and


Transformation: An Explanation of Terms. Beyond Intractability. Eds.
Guy Burgess and Heidi Burgess. Conflict Information Consortium,
University of Colorado, Boulder. Posted: September 2003 <http://
www.beyondintractability.org/essay/meaning-resolution>.

- Miall, Hugh, Conflict Transformation: A Multi-Dimensional Task. Miall,


Hugh. "Conflict transformation: a multi-dimensional task." Berghof
Handbook for Conflict Transformation. Berlin, Berghof Centre for
Constructive Conflict Management, 2001. http://edoc.vifapol.de/opus/
volltexte/2013/4682/pdf/miall_handbook.pdf

Abordagens liberais e abordagens críticas

Tópicos: Abordagens liberais; dilemas e desafios da paz liberal; críticas à


abordagem liberal; ownership, inclusão e o papel da sociedade civil nos
processos de paz; cultura local e mediação internacional.

Questões: Como se define a corrente liberal? Quais os dilemas e desafios


enfrentados? Quais as principais críticas à paz liberal e de onde elas partem?
É possível compatibilizar as abordagens liberal e indígenas de peacebuilding
para a construção de uma paz auto-sustentável no nível local? Quais as
principais críticas ao modelo de mediação internacional da ONU? De onde
elas vêm? A mediação da ONU é culturalmente neutra? Qual o lugar do local
na prática da mediação internacional?

Textos:
01/09 5
- NEWMAN, Edward. Liberal peacebuilding debates. In “New Perspective
on Liberal Peacebuilding”, Edward Newman, Roland Paris & Oliver Richmond
(eds.). United Nations University Press, 2009.

- PARIS, Roland. Does liberal peacebuilding have a future? In “New


Perspective on Liberal Peacebuilding”, Edward Newman, Roland Paris &
Oliver Richmond (eds.). United Nations University Press, 2009.

- R I C H M O N D, O l i v e r. B e y o n d l i b e r a l p e a c e ? R e s p o n s e s t o
“backsliding”. In “New Perspective on Liberal Peacebuilding”, Edward
Newman, Roland Paris & Oliver Richmond (eds.). United Nations University
Press, 2009.

- MAC GUINTY, Roger. Indigenous Peacebuilding. In Roger Mac Guinty,


International Peacebuilding and Local Resistance - Hybrid Forms of Peace.
Palgrave, 2011. Cap. 2.

Negociação e mediação internacional

Tópicos: Definição de mediação internacional; o estado da arte do estudo da


mediação internacional; mediação internacional nas teorias de Relações
Internacionais; profissionalização/institucionalização da prática da mediação
no âmbito das Nações Unidas.

Questões: O que é mediação internacional? Por que e para que mediar?


Quais os principais debates na área? Por que profissionalizar a mediação
internacional e qual o papel da ONU neste processo?

Textos:
08/09 6
- NATHAN, Laurie (2012), “A Revolution in Mediation Affairs?”.
Publicação do Centre for Mediation in Africa/ University of Pretoria,
disponível no endereço eletrônico http://www.up.ac.za/centre-for-
mediation-in-africa/article/57572/publikasies.

- WALLENSTEEN, Peter and SVENSSON, Isak (2014), "Talking peace:


International mediation in armed conflicts”. Journal of Peace
Research, V.51, No. 2.

- ZARTMAN, William (2001), "The Timing of Peace Initiatives: Hurting


Stalemates and Ripe Moments”. The Global Review of Ethnopolitics, Vol.
1, No. 1.

22/09 - Atividade de Role Playing/Simulação em aula.

Segurança Humana e R2P

Tópicos: O papel da comunidade internacional na construção da paz;


responsabilidade de proteger e responsabilidade de construir; A ONU como
ator no campo da segurança internacional;

Questões: O que é responsabilidade de proteger e qual a sua relação com o


peacebuilding? Qual o papel da ONU na resolução de conflitos intraestatais e
na construção da paz? Quais os interesses da ONU enquanto ator na
resolução de conflitos e reconstrução de estados?

29/09 7 Textos:

- Evans, Gareth. The Responsability to Protect - Ending Mass Atrocity


Crimes Once and For All. The Brookings Institution, 2008. Cap.1.

- Newman, Edward. "Human Security: Reconciling Critical Aspirations


with Political 'Realities'". British Journal of Criminology Advance Access
published February 17, 2016, p. 1-19.

- Conteh-Morgan, E., Peacebuilding and Human Security: a


constructivist perspective. International Journal of Peace Studies, Vol.
10, N. 1, Spring/Summer 2005, p. 69-86.

Operações de Paz da ONU: conflict prevention, peacebuilding,


peacekeeping, peacemaking and peace enforcement;

Tópicos: As operações de paz multidimensionais da ONU e o seu processo de


institucionalização; peacebuilding no contexto das operações de paz; A tese
da paz liberal.

Questões: Qual o papel do Secretariado da ONU no processo de


institucionalização das operações de paz? Quais as principais atividades
desenvolvidas pelas operações de paz da ONU no campo do peacebuilding?
Qual o quadro de referência normativo para o desenvolvimento dessas
atividades? Quais os fundamentos da tese da paz liberal para o
peacebuilding?

Textos:

- DOYLE, M. & SAMBANIS, N. Making War and Building Peace - United


06/10 8 Nations Peace Operations. Princeton University Press, 2006. Introdução e
Conclusão.

- Lucuta, Gabriela M. Peacemaking, peacekeeping, peacebuilding and


peace enforcement in the 21st century. Insight on Conflict, 2014.

Documento oficial:

- UN - DEPARTMENT OF PEACEKEEPING OPERATIONS. Capstone Doctrine:


United Nations Peacekeeping Operations: Principles and Guidelines.
January 18, 2008.

Vídeos sugeridos:

- UN Peacekeeping animation - Security and rule of law in the field (1’28”) –


Nações Unidas
- Peacebuilding by the international community (4’29”) – Roger MacGinty
- Can the UN Keep the Peace? (22’54”) – Bureau for International Reporting

13/10 9 Avaliação Unidade I - Entrega de pré-projeto do artigo

Processos de paz segundo modelo top-down: statebuilding/


nationbuilding, acordo e reconstrução pós-conflito

Tópicos: A paz a partir da reconstrução das instituições; Acordos de Paz;


Democracia e paz; Reconstrução pós conflito.

Questões: O que é o peacebuilding focado no statebuilding ou


nationbuilding? Como é estruturada a reconstrução pós conflito? Qual o lugar
da democracia e das eleições na superação da maioria dos conflitos armados
no pós Guerra Fria?
20/10 10
Textos:

- ANDERLINI, S. N., EL-BUSHRA, J., Post Conflict Reconstruction, in Inclusive


Security, Sustainable Peace: a toolkit for advocacy and action. London:
International Alert, 2007, p. 51-68.

- GOETZE and DEJAN. 'Peacebuilding, Statebuilding, Nationbuilding - Turtles


All the Way Down?', Civil Wars, 10: 4, 319 - 347, 2008.

- CALL, Charles T. Building States to Build Peace. Lynne Rienner, 2008. Cap.1

Processos de paz segundo modelo bottom-up: peacebuilding from


below, indigenous peace e local turn como modelos alternativos

Tópicos: A paz a partir de baixo; Modelos alternativos de negociação; A


riqueza dos rituais locais; Sustentabilidade dos acordos; Qualidade da paz.

Questões: Qual o papel do local na construção da paz? Qual a conexão entre


sustentabilidade dos acordos, qualidade da paz e construção da paz a partir
de baixo? O que se quer dizer quando se fala em romantização do local?

Textos:
27/10 11
- Tongeren, Brenk, Hellema, Verhoeven. People Building Peace – Successful
Stories of Civil Society. Lynne Rienner, 2005.

- Ejdus, F. (2021). Revisiting the Local Turn in Peacebuilding. In:


Kustermans, J., Sauer, T., Segaert, B. (eds) A Requiem for Peacebuilding? .
Rethinking Peace and Conflict Studies. Palgrave Macmillan, Cham. https://
doi.org/10.1007/978-3-030-56477-3_3

- JAIME-SALAS, Julio Roberto. Descolonizar los Estudios de Paz un desafío


vigente en el marco de la neoliberalización epistémica contemporánea.
Revista de Paz y Conflictos, 12 (1), 2019, pp. 133-157.

Multi-track Diplomacy e a paz híbrida

Tópicos: Conceito de Multi-track diplomacy; tendências e propostas para o


peacebuilding; o conceito de paz híbrida.

Questões: O que é a Multi-track Diplomacy? Qual o "lugar" do local no


peacebuilding? É possível construir uma paz híbrida? Em que medida os
atores internacionais, a ONU, especificamente, têm demonstrado
sensibilidade a esta idéia?

Textos:
03/11 12 - MACDONALD, John W. (2003), “Multi-track Diplomacy”. Published on
Beyond Intractability (http://www.beyondintractability.org).

- MAC GUINTY, Roger. Hybridity. In Roger Mac Guinty, International


Peacebuilding and Local Resistance - Hybrid Forms of Peace. Palgrave,
2011. Cap. 2.

- López López, A.L., Ingelaere, B. (2021). The Missing Link in Hybrid


Peacebuilding: Localized Peace Trajectories and Endogenous Knowledge.
In: Kustermans, J., Sauer, T., Segaert, B. (eds) A Requiem for
Peacebuilding? . Rethinking Peace and Conflict Studies. Palgrave Macmillan,
Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-030-56477-3_5

Não violência no âmbito internacional

Tópicos: Os princípios da não violência; Negociações internacionais e não


violência; O sistema internacional, as questões de poder e a não violência.

Questões: É possível pensar a não violência no âmbito internacional? Quando


a não violência pode ser utilizada em cenários de conflito? Como esse
princípio pode ser utilizado em mesas de negociação?
10/11
13
Textos:
- Sørensen, Majken Jul, JOHANSEN, Jørgen. Nonviolent Conflict Escalation.
Conflict Resolution Quarterly, 2016.

- Bezerra, Catarina, Kuhlmann, Paulo R. L. Não Violência e Movimentos pela


Paz. In FERREIRA, Marcos Alan S. V., MASCHIETTO, Roberta H.,
KUHLMANN, Paulo R. L. Estudos para a Paz: Conceitos e Debates. São
Cristóvão: Editora UFS, 2019, p. 119-149.

Resistência civil: Unarmed Civilian Protection/Accompaniment e as


Comunidades de Paz

Tópicos: Resistência e resiliência civil; A não violência enquanto prática;


UCP/A, Comunidades de Paz e as saídas criativas dos conflitos.

Questões: É possível criar comunidades de resistência em meio à violência?


UCP/A é o mesmo que peacekeeping? Em que esses modelos podem auxiliar
(ou substituir) as negociações formais?
17/11 14
Textos:
- Schweitzer, Christine. Unarmed Civilian Protection: Protecting People in
C r i s i s a n d Wa r Zo n e s w i t h o u t V i o l e n c e . 2 0 2 1 . h t t p s : / /
rethinkingsecurity.org.uk/2021/03/29/unarmed-civilian-protection/

- HENRIQUES, M. B. La paz de los pequeños nadas: una mirada desde los


laboratorios de paz en Colombia. Revista Javeriana, v. 148, n. 789,
p.64-77.

Justiça Restaurativa e Círculos de Construção da Paz

Tópicos: Definição de Justiça Restaurativa; Os círculos como ferramentas da


Justiça Restaurativa; A aplicabilidade dessas abordagens no cenário
internacional.

Questões: Em quais situações a Justiça Restaurativa pode ser utilizada como


braço ativo das negociações internacionais? Os círculos de construção da paz
podem ser espaços de reconciliação para o pós-conflito?

24/11 15 Textos:
- Lundim, Iraê B. Reconciliação e Justiça: uma reflexão teórico-conceitual
com base no caso de Moçambique. 2019, p.355-394.

- Philpott, D., Reconciliation: an Ethic for Peacebuilding. In PHILPOTT, D.,


POWERS, G. , Strategies of Peace – Transforming Conflict in a Violent
World. New Yorx: Oxford, 2010, p. 91-118.

- Pelizzoli, Marcelo, Círculos de Diálogo: Base restaurativa para a Justiça e


os Direitos Humanos. http://www.curadores.com.br/site/arquivos/
microsoft/Circulos%20e%20DH.pdf

Cultura de paz e paz estratégica

Tópicos: Definição de Cultura de Paz. Cultura de Paz e Paz Estratégica.


Prevenção de conflitos: educação e cultura de paz.

Questões: Como podemos pensar estrategicamente na construção de uma


cultura de paz? Qual a conexão entre educação, cultura e estratégia dos
Estados?

02/12 16 Textos:
- Schirh, Lisa, The Little Book of Strategic Peacebuilding – a vision and
framework for peace and justice. Goodbooks, 2004.

- Brown, Graham K., UNESCO IBE 2011, The influence of education on


violent conflict and peace: Inequality, opportunity and the management of
diversity.

- Galtung, J. Cultural Peace: Some Characteristics. Transcend, 2003. https://


www.transcend.org/files/article121.html

09/12 17 Avaliação Unidade II - Entrega do artigo

16/12 18 Segunda Chamada

1° UNIDADE 2° UNIDADE 2° CHAMADA PROVA FINAL


13/10 09/12 16/12 23/12

Nota da Unidade I composta por:

1. 30% Simulação e Role Playing;

2. 50% entrega de pré projeto (esboço) para artigo, a ser entregue até o dia 13/10*;

3. 20% discussão crítica dos textos, demonstração de interesse e participação em aula.

* Esse pré-projeto deve conter:

- Especi cação sobre se será escrito em duplas ou individual.

- Apresentação/Delimitação da pergunta/problema de pesquisa, descrevendo o tema que será


abordado, qual teoria/abordagem será utilizada, além de de nir também o espaço temporal (máx.
250 palavras);

- Justi cativa, deixando claro o que a abordagem ou o tema trazem de novo/importante (máx. 150
palavras);

- Objetivos - geral e especí cos (máx. 100 palavras);

- Referências - bibliogra a de onde irão partir para a confecção do artigo.

Nota da Unidade II composta por:

1. 50% artigo sobre qualquer tema trabalhado na disciplina, a ser entregue até o dia 09/12;

2. 30% apresentação dos casos;

3. 20% leitura, demonstração de interesse e participação em aula.

* Esse artigo deve ser escrito seguindo as normas da ABNT, sobre um ou mais conteúdos das
aulas, e entregue até o dia 08/12, com mínimo de 10 e máximo de 15 páginas (incluindo referências),
Fonte 12, Times New Roman.

** Para aprofundar os temas e trazer um pouco mais de contato com a prática, na Unidade II, teremos
duplas de alunxs debatendo casos de con itos (pré de nidos e já especi cados no
próprio cronograma da disciplina). Nossas aulas a partir do dia 20/10, portanto, acontecerão em duas
partes: uma sob a minha responsabilidade e a segunda que deve ser conduzida pelos discentes. Todxs
os demais estudantes que não estiverem responsáveis pela apresentação naquele dia especí co,
deverão participar igualmente, trazendo dúvidas, pontos de vista ou outras contribuições.
fi
fi

fi
fi

fl

fi
fi
fi
fi

Você também pode gostar