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GESTÃO DE RECURSOS

HUMANOS
ESTRUTURAS E DINAMICAS ORGANIZACIONAIS
Estruturas e Dinâmicas Organizacionais

1. O Funcionamento das Organizações


1.2. O Paradigma Sistémico
 Aplicação às Organizações da Teoria Geral dos Sistemas (Katz &
Khan)
 Modelo Sociotécnico (Trist & Emery)
1.2. O Paradigma Sistémico

ENTRADAS SAÍDAS
TRANSFORMAÇÃO
Informação Informação
OU
AMBIENTE Energia Energia AMBIENTE
PROCESSAMENTO
Recursos Recursos
Materiais Materiais

Retroacção
1.2. O Paradigma Sistémico

Tipos de Sistemas

1. Quanto à sua constituição


 Físicos ou concretos
 Abstractos ou conceptuais

2. Quanto à sua natureza


 Fechados
 Abertos
1.2. O Paradigma Sistémico
SISTEMAS VIVOS SISTEMAS ORGANIZADOS
 Nascem e herdam os seus traços  São organizados, adquirem a sua
estruturais; estrutura em estágios;
 Morrem porque o seu tempo de vida é  Podem ser reorganizados, têm uma vida
limitado; ilimitada e podem ser reconstruídos;
 Não têm ciclo de vida definido;
 Têm um ciclo de vida predeterminado;
 São concretos - o sistema é descrito em  São abstractos - o sistema é descrito
termos físicos e químicos; em termos psicológicos e sociológicos;
 São incompletos: dependem de
 São completos. O parasitismo e simbiose cooperação com outras organizações. As
são excepcionais; suas partes são intercambiáveis;
 O problema é definido como um desvio
 A doença é definida como um distúrbio nas normas sociais.
no processo vital.
1.2. O Paradigma Sistémico

Características das Organizações como Sistemas


Abertos
1. Comportamento probabilístico e não determinístico;
2. As organizações são subsistemas de um sistema maior (sociedade) e
sistemas de subsistemas menores (grupos internos);
3. Interdependência das partes;
4. Homeostase ou “Estado Firme” (unidirecionalidade e progresso);
5. Fronteiras ou limites;
6. Morfogénese;
7. Resiliência;
1.2. O Paradigma Sistémico

TGS aplicada às Organizações (Modelo de KATZ E KAHN)

1. Importação (entradas);
2. Transformação (processamento);
3. Exportação (saídas);
4. Os sistemas são ciclos de eventos que se repetem;
5. Entropia negativa;
6. Informação como insumo, retroacção negativa e processo de
codificação;
7. Estado firme e homeostase dinâmica;
8. Diferenciação;
9. Equifinalidade
10. Limites ou fronteiras.
1.2. O Paradigma Sistémico
Modelo Sociotécnico – Pressupostos

1. As organizações são uma construção baseada na interdependência dos


sistemas estruturais e funcionais (execução de tarefas, tomada de decisão e
organização do trabalho);
2. As organizações interagem sistematicamente com a envolvente, importando
e exportando energia, informação e matéria na forma de outputs e inputs;
3. A organização do trabalho é baseada nas decisões e participação do
trabalho em grupo;
4. A decisão e participação centrada nos colaboradores, proporciona um
aumento da sua criatividade e responsabilidade, da identidade em relação
ao trabalho, da coesão e eficiência organizacionais;
5. O método pesquisa-acção implica um diálogo profundo e sistemático entre
investigadores e organização.
1.2. O Paradigma Sistémico

Modelo Sociotécnico – Permissas Básicas


1. A organização é um sistemas aberto composto por dois subsistemas:
subsistema técnico e subsistema social;

2. Apoia-se nos métodos e técnicas de investigação baseados na


investigação-acção.

ENTRADAS SAÍDAS

Informação TRANSFORMAÇÃO Informação


AMBIENTE Energia OU Energia AMBIENTE
Recursos PROCESSAMENTO Recursos
Materiais Materiais

Retroacção
1.2. O Paradigma Sistémico

Modelo Sociotécnico – Características

Instalações Físicas
Subsistema Máquinas e equipamentos Eficiência
Técnico Tecnologia Pontual
Exigência da Tarefa
Subsistema
Sociotécnico
Pessoas
Subsistema Relações Sociais Eficiência
Social Habilidades e Capacidades Real
Necessidades e Aspirações

(Emery, F. & Trist, E.:1960)


1.2. O Paradigma Sistémico
A Mecanização das Minas de Carvão na Grã-
Bretanha
Organizacão do Trabalho (pré-mecanização)
 Pequenas equipas, formadas por oficiais e ajudantes;
 Produção de carvão: extracção; carregamento e transporte;
actividades relacionadas com a construção e preparação das
estruturas;
 Operações executadas de forma interdependente e autónoma por
cada equipa;
 Diferenciação salarial, por equipa, indexada à produtividade;
 Rotação de tarefas;
 Relações de amizade;
1.2. O Paradigma Sistémico
Organização do Trabalho (pós-mecanização)

A Mecanização das Minas de Carvão na Grã-Bretanha


Minas de Carvão na Grã-Bretanha

 Sofisticação do sistema técnico de produção, assente na especialização e


fragmentação de operações (equipas de 40 mineiros, divididas em 3
grupos distintos)
 Corte de carvão no fim da galeria (5 especializações – qualificações diferenciadas);
 Preparar e construir as galerias de apoio à extracção e transporte (2 especializações,
com altas qualificações);
 Carregamento e transporte de carvão.
 Aumento do número de qualificações;
 Sistema de remuneração diferenciado, por indivíduo;
 Emergência da figura do “Supervisor”

Diminuição da satisfação, motivação e produtividade


1.2. O Paradigma Sistémico
A Mecanização das Minas de Carvão na Grã-
Bretanha
Causas
 Necessidade de aferir produtividade entre turnos;
 Desaparecimento do espírito de grupo;
 Criação de diferenças entre status (quem usa máquinas vs quem usa
pás);
 Negociação separada dos salários para cada grupo funcional;
 Exigências de remuneração especial para funções extra-grupo (concluir
trabalho do turno anterior) -> Interesse próprio em fazer com que o
turno anterior falhe;
 Remuneração diferenciada de acordo com a função.
1.2. O Paradigma Sistémico
A Mecanização das Minas de Carvão na Grã-
Bretanha
Outras Experiências (Minas de Haigmoor e Durham)

 Equipas com autonomia para organizar o trabalho;


 Sistema de remuneração indexado aos resultados de cada grupo e não às
qualificações e à produtividade de cada indivíduo;
 Ausência de supervisão externa;
 Modelo de decisão de resolução de problemas centrado na equipa.

Restabelecimento dos níveis de satisfação, motivação e


produtividade
1.2. O Paradigma Sistémico
Principais Contributos

 As organizações como sistemas sociais resultam da construção de sínteses


assentes na interdependência e na interacção entre os seus subsistemas
estruturais e funcionais (execução de tarefas, tomada de decisão, organização
do trabalho, etc.);
 As organizações como sistemas abertos interagem de forma sistemática com o
ambiente circundante, importando e exportanto energia, informação e matéria
na forma de inputs e outputs;
 Na perspectiva sociotécnica, para uma mesma tecnologia, é possível estruturar
uma organização do trabalho baseada nas decisões e participação do
trabalho em grupo, competindo ao mesmo coordenar e controlar a execução
das tarefas. Os valores predominantes são a cooperação e a solidariedade;
 O trabalho, enquanto actividade humana obtém maior eficiência em grupo do
que circunscrito a uma função polarizada e centrado na especialização e
competição.

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