GESTÃO DE RECURSOS

HUMANOS
ESTRUTURAS E DINAMICAS ORGANIZACIONAIS
Estruturas e Dinâmicas Organizacionais

1. O Funcionamento das Organizações

1.1. As organizações em ambiente dinâmico e competitivo
 Abordagens Racionalizadoras do trabalho e da empresa
 Teoria das Relações Humanas
 Teoria Geral dos Sistemas
 Teoria Contingencial
 Novo Paradigma
 Organização: definição, enquadramento e componentes básicos
 Gestão Estratégica de RH: tendências e desafios
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Características da Teoria Clássica

 Trata a organização como uma máquina

 Enfatiza as tarefas ou a tecnologias
 Inspira-se em sistemas de engenharia
 Autoridade centralizada
 Linhas claras de autoridade
 Especialização e competência técnica
 Acentuada divisão do trabalho
 Confiança nas regras e nos regulamentos
 Clara separação entre linha e staff
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Taylorismo

 A crescente complexidade do trabalho industrial coloca novos

desafios de eficácia e eficiência, pelo que há necessidade de
separar a concepção da execução;

 A aplicação dos princípios do método científico à indústria

deve debruçar-se sobre os gestos produtivos(“one best Way).
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Taylorismo: princípios

 Princípio de Planeamento
 Princípio de Preparação
 Princípio de Controlo
 Princípio da Separação entre a Concepção e a Execução do
Trabalho
 Princípio da generalização da filosofia taylorista
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Taylorismo: críticas

 O carácter alegadamente científico tem, na realidade, por

objectivo retirar espaço de discussão, de contestação, de
confrontação social às relações colectivas de trabalho;
 A fragilidade das bases psicofisiológicas em que se apoiavam
algumas técnicas e procedimentos da OCT;
 A «psicologia grosseira» que está na origem do trabalhador
industrial descrito por Taylor, cujo principal estímulo directo é o
ganho financeiro
 Expropriação do saber do antigo operário de ofício em proveito
da empresa capitalista.
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Fordismo

 Sistema de produção fordista inspirou-se nos princípios

tayloristas;

 O Fordismo é um sistema de produção em série, orientado

para responder à necessidade de criar mercados de massa.
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Fordismo: características

 Linha de montagem móvel;

 Divisão rigorosa das tarefas;
 Utilização de ferramentas especializadas e de maquinaria
para operações precisas, rápidas e simples;
 Definição de uma disciplina laboral;
 Desenvolvimento de um sistema de prémios e incentivos (para
contrariar o absentismo).
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Fordismo: críticas e limitações

 A natureza rotineira do sistema fordista precipitou os níveis de

absentismo e de rotatividade (50 mil/ano);
 A necessidade de controlar a vida dos trabalhadores, conduziu
nalguns casos, à invasão da vida privada dos mesmos;
 A inflexibilidade do sistema, só podendo ser desenvolvido em
indústrias que fabriquem produtos estandardizados para grandes
mercados;
 O desenvolvimento e implantação do sistema fordista é
financeiramente muito dispendioso.
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Fordismo: causas de falência

Por um lado,
 A saturação e estagnação dos mercados;
 Modificação de hábitos de consumo;
 Quebra de regulação política do Estado;
 A concorrência intensificada;
 Globalização e diversificação dos mercados (economia de escala e economia de gama)

Por outro lado, a nova era da competitividade exige:

 Qualidade;
 Cumprimento dos prazos de entrega;
 Satisfação das exigências específicas dos clientes;
 Inovação;
 Diversificação na oferta de novos produtos.
(Kováscs:1998)
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Burocracia: definição

Conjunto de regras e procedimentos de uma

organização, nomeadamente quando tidas e
percepcionadas como demasiado complicadas e
ineficientes.

(Freire:1993)
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Burocracia: características

 A autoridade baseia-se em regras fixas e impessoais;

 As funções e respectivos conteúdos funcionais estão escrupulosamente definidos;
 A possibilidade dos regulamentos escritos preverem comportamentos e atitudes;
 A comunicação interna da organização baseada, predominantemente, em documentos
escritos;
 A natureza impessoal dos actos e das relações entre membros da organização e destes
com o exterior;
 A capacidade técnica adequada que é exigida para o exercício da respectiva função,
conduz a uma forte especialização;
 A racionalidade na divisão orgânica e individual do trabalho;
 A propriedade dos bens e outros recursos são pertença exclusiva da organização, incluindo
funções e cargos;
 O sistema de carreira e retribuição baseado em escalões fixos e hierarquizados, com
direito assegurado à reforma e aposentação;
 O constrangimento decorrente da estrita sujeição a regras e procedimentos e
independência face ao controlo externo.
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Burocracia: disfunções burocráticas

 Centralização excessiva da autoridade;

 Fuga às responsabilidades;
 Exibição de sinais exteriores de autoritarismo;
 Sobrevalorização dos meios em desfavor dos fins da organização, com a
consequente inexistência de preocupação com os resultados obtidos ou a
obter;
 Apego às rotinas e resistência à mudança;
 Rigidez e estreitamento do campo de intervenção e excesso de formalismo de
procedimentos;
 Despersonalização do relacionamento e empobrecimento da comunicação
interna e externa.
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Burocracia: causas das disfunções burocráticas

 A atitude filosófica perante o homem, assente na profunda desconfiança

(para com o funcionário ou o utente da organização);
 A não consideração do papel do homem na organização (o importante são
as estruturas e as tarefas);
 A previsibilidade (que pressupõe a estabilidade ambiental, da própria
organização e a simplicidade da envolvente);
 A pré-regulação das organizações burocráticas, como se actuassem em
ambientes estáveis.
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Fayolismo

Administrar significa «formular um programa geral de acção

da empresa, (...) constituir o corpo social, (...) coordenar os
esforços, (...) harmonizar os actos».

(Freire: 1993)
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Fayolismo: principais funções Conjunto de operações de

caris administrativo
(prevenção, organização,
 Função Técnica controlo, coordenação e
comando) que permitem a
 Função Comercial ligação entre as diferentes
funções.
 Função Financeira
 Função de Segurança Planear
Organizar
 Função de Contabilidade Comandar
Coordenar
 Função Administrativa Controlar
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Fayolismo: princípios gerais de administração

 Divisão do Trabalho
 Autoridade-Responsabilidade
 Disciplina
 Unidade de Comando
 Unidade de Direcção
 Subordinação dos Interesses Individuais aos Interesses Gerais
 Remuneração do Pessoal
 Centralização
 Hierarquia
 Ordem
 Equidade
 Estabilidade do Pessoal
 Iniciativa
 União do Pessoal
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Teoria das Relações Humanas: antecedentes

 Necessidade de humanizar e democratizar a Administração;

 Desenvolvimento das ciências humanas;
 As ideias da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin;
 As conclusões da Experiência de Hawthorne.

FERREIRA, J. M. C et al (1996:36)
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Teoria das Relações Humanas: princípios

 O factor humano é objecto e sujeito de um conjunto de

motivações que decorrem de uma função social de participação e
satisfação no trabalho;
 Os indivíduos e os grupos desenvolvem um conjunto de relações e
interacções sociais informais, essenciais à coesão socio-
organizacional;
 Para gerir estas interacções é necessário formar líderes que
corporizem uma atitude de tipo democrático.

FERREIRA, J. M. C et al (1996:36)
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Teoria das Relações Humanas: efeitos da experiência de

Hawthorne

 A observação do factor humano como factor de estimulação, de

participação e de satisfação no trabalho;
 A interdependência dos subsistemas técnico e humano, como base
de eficiência das organizações;
 Os grupos como factores de socialização e de cooperação humana
essenciais nas organizações;
 As organizações são fundamentalmente sistemas sociais.

FERREIRA, J. M. C et al (1996:36)
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Teoria das Relações Humanas: conclusões

 O trabalho é uma actividade grupal;

 O mundo social do adulto é estruturado por referência ao trabalho;
 As necessidades de reconhecimento e pertença são mais importantes que as
condições físicas;
 As reclamações podem querer significar distúrbios relacionados com o status;
 As atitudes e eficiência dos operários são condicionadas pelas transformações,
dentro e fora da organização;
 Os grupos informais dentro da fábrica exercem controle social sobre os
hábitos no trabalho e atitudes do operário individual;
 A colaboração grupal deve ser cuidadosamente planeada e desenvolvida.

CHIAVENATO Idalberto (2000:100-101)

1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Teoria das Relações Humanas: críticas

 Oposição cerrada à Teoria Clássica;

 Leitura Inadequada dos Problemas de Relações Industriais;
 Concepção excessivamente “Romântica” do Operário;
 Limitação do Campo Experimental;
 Parcialidade das Conclusões;
 Ênfase nos Grupos Informais;
 Enfoque Manipulativo das Relações Humanas;
 Outras Críticas.

FERREIRA, J. M. C et al (1996:36)
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Teoria Geral dos Sistemas: origens

 Verifica-se uma tendência para a integração das ciências naturais e

sociais;
 Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria geral dos sistemas;
 A teoria dos sistemas representa o modo mais completo de estudar os
campos não físicos do conhecimento científico, como as ciências sociais;
 A teoria dos sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam
verticalmente os universos das diferentes ciências, proporcionando a
unificação da ciência;
 Integração da e na educação científica.

FERREIRA, J. M. C et al (1996:36)
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Teoria Geral dos Sistemas: permissas básicas

 Os sistemas existem dentro de sistemas. Cada sistema é constituído

por sub-sistemas e, simultaneamente, existe num sistema maior, o
supra-sistema;
 Os sistemas são abertos;
 As funções de um sistema dependem da sua estrutura. Cada sistema
tem uma finalidade que versa no papel de intercâmbio que o
mesmo estabelece com outros sistemas.

FERREIRA, J. M. C et al (1996:36)
 1.1. As organizações em ambiente dinâmico
e competitivo

ENTRADAS SAÍDAS
TRANSFORMAÇÃO
Informação Informação
OU
AMBIENTE Energia Energia AMBIENTE
PROCESSAMENTO
Recursos Recursos
Materiais Materiais

Retroacção
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Teoria Contingencial: características
 A organização é um sistema aberto;

 As características organizacionais apresentam uma interacção

entre si e com o ambiente;

 As características ambientais são as variáveis independentes,

enquanto as características organizacionais são variáveis
dependentes daquelas.
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo

Teoria Contingencial: “O ↔ M”

 Perante determinadas características de “M”, como este influencia “O”;

 Perante “M”, que características deve possuir “O”;

 Quais as respostas de “O” que são mais eficazes, perante “M”;

 Como as respostas de “O” influenciam “M”.

1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Teoria da Contingencial: Origens

Pesquisa de Chandler sobre estratégia e estrutura

 A estrutura organizacional corresponde à forma

organizacional de integração de recursos;

 A estratégia corresponde ao plano global de alocação de

recursos para responder às solicitações da envolvente;

 Diferentes ambientes levam as organizações a adoptar novas

estratégias e as novas estratégias exigem estruturas
organizacionais adequadas.
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Teoria da Contingencial: Origens

Pesquisa de Burns e Stalker sobre Organizações (práticas administrativas)
Características Sistemas Mecânicos Sistemas Orgânicos
Estrutura Burocrática, permanente, Flexível, mutável, adaptativa e
Organizacional rígida e definitiva. transitória.
Autoridade Baseada na hierarquia e no Baseada no conhecimento e
comando. na consulta.
Definição de Definitiva. Titulares Provisória. Funções mutáveis.
Funções especialistas e univalentes. Titulares polivalentes.
Tomada de Centralização na cúpula da Descentralização ad hoc.
Decisão organização.
Comunicação Descendente e vertical. Quase sempre horizontais.
Confiança sobre Regras e regulamentos As pessoas e as
impostos e escritos. comunicações informais.
Princípios Teoria Clássica. Aspectos democráticos da Teoria
Predominantes das Relações Humanas.

Ambiente Estável e permanente. Instável e dinâmico.

1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Teoria da Contingencial: Origens
- Pesquisa de Burns e Stalker sobre Organizações (continuação)

 A forma mecanicista de organização é apropriada

para ambientes estáveis, enquanto a forma
orgânica é mais adequada para ambientes
instáveis, de mudança constante e inovação;

 O ambiente é quem determina a estrutura.

1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Teoria da Contingencial: Origens

- Toffler e a Adhocracia -

Os sistemas organizacionais devem ser temporários,

variáveis, fluidos e adaptativos, enformados por:
1. Equipas temporárias e multidisciplinares de trabalho, ou seja,
autónomas e auto-suficientes;

2. Autoridade totalmente descentralizada, ou seja, equipas auto-

gestionárias;

3. Atribuições e responsabilidades fluidas e mutáveis;

4. Poucas regras e procedimentos, isto é, muita autonomia no trabalho.

1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Teoria da Contingencial: Origens
- Pesquisa de Lawrence e Lorsch sobre Ambientes -

 Cada departamento reage unicamente aquela parte do

ambiente que é relevante para a sua tarefa, emergindo,
desta forma, ambientes específicos (Diferenciação);

 Pressões provenientes do ambiente da organização com o

intuito de obter uma resposta única e coordenada entre
departamentos (integração);

A Teoria da Contingência materializa-se pelo ajuste

constante entre organização, ambiente e tecnologia.
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Teoria da Contingencial: Origens

Pesquisa de Joan Woodward sobre a Tecnologia

 O desenho organizacional é afectado pela tecnologia;

 Forte correlação entre estrutura organizacional e previsibilidade das

técnicas de produção (a previsão é alta para a produção por processamento contínuo e baixa
para a produção unitária; quanto menor previsibilidade dos resultados, tanto menor necessidade de
estruturas verticalizadas);

 Organizações com operações estáveis requerem estruturas burocráticas

com um sistema mecanicista;

 As funções na empresa dependem da tecnologia utilizada.

1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Confronto de Paradigmas
Velho Paradigma
Meio envolvente estável
Organizações burocráticas e institucionalizadas
Acção empresarial reactiva
Dirigentes mais interessados no lucro do que nas
pessoas e sua satisfação
Chefias autocratas e tecnocratas baseadas em
experiência e técnicas
Funções desempenhadas permitem apenas uma visão
parcial da empresa
Supervisão directa e reduzido poder de decisão
Trabalho repetitivo e monótono
Novo Paradigma
Meio envolvente instável e turbulento
Organizações descentralizadas e flexíveis
Acção empresarial pré-activa e proactiva
Dirigentes preocupados com as pessoas e com a sua
satisfação
Chefias flexíveis baseadas em experiência, técnicas e
comportamentos
As funções desempenhadas permitem uma visão
global da empresa
Autonomia e responsabilidade
Trabalho variado e criativo exigindo frequentemente
novas soluções
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Confronto de Paradigmas (continuação)
Velho Paradigma Novo Paradigma
Trabalho dividido e individualizado Trabalho complexo e global

Horários de trabalho regulares Horários de trabalho flexíveis e irregulares

Atitudes orientadas para o conflito Atitudes orientadas para a cooperação

(negociações conflituais) (negociação de compromisso)
Comportamentos de subordinação; direitos e Comportamentos de protagonismo; direitos e
deveres desequilibrados deveres equilibrados e claros
Contactos sociais reduzidos Contactos sociais amplos

Pacote de formação parcelar e atomizada ou Formação contínua global e integrada;

abstracta e articulada actualização constante
Cisão entre trabalho e aprendizagem; Formação e progresso em espiral (trabalho –
progressão individual limitada aprendizagem - trabalho
Dicotomia entre o trabalho e a vida pessoal Integração entre trabalho e vida pessoal

Emprego seguro baseado nas qualificações e Emprego instável e dinâmico baseado nas
na carreira competências e na multidisciplina
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Organização: definição

Definções Autor
“Colectividades orientadas para a procura de objectivos Scott (1987:22)
específicos, as quais exibem estruturas sociais com uma formalização
relativamente elevada”
“Sistemas vivos, que existem numa envolvente mais vasta, da qual Morgan (1986:39)
dependem para a satisfação das suas diversas necessidades”
“Grupo de grupos, um conjunto de condições variáveis, ou uma Weik (1993:354)
federação de subculturas”
“Corpo de pensamento pensado por pensadores pensantes” Weik (1979:42)
Colectividades capazes de alcançar os seus objectivos por Kamoche (2001)
permitirem àqueles que nelas trabalham o alcance dos seus próprios
objectivos

(Adaptado de Cunha et al., 2003)

1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Organização: perspectivas

Perspectivas Breve Descrição

Organização Elevados níveis de planeamento e formalização, com o objectivo de aumentar a
Racional eficiência e diminuir a incerteza. A racionalidade colectiva sobrepõe-se à
racionalidade individual. Não abarca fenómenos como a importância da envolvente.
Organização Vê a organização como um ser vivo, adaptativo e atento às características da
Orgânica envolvente. Tal como os seres vivos as organizações ou se adaptam ou são
removidas. Todavia, a competição organizacional não replica de forma perfeita a
competição no mundo natural (ex: factores políticos)
Organização Dada a diversidade dos actores e dos interesses em jogo, as organizações podem
Política ser entendidas como arenas políticas, nas quais a manutenção ou o reforço do poder
são motivações essenciais.
Organização O objecto é inseparável do sujeito, o que quer dizer que um mesmo objecto pode ser
Cognitiva interpretado de diversas maneiras. Assim sendo, nada existirá para além da
cognição individual?
Organização As organizações existem para as pessoas. Considerar os objectivos individuais é
Humana condição fundamental para alcançar de vantagem competitiva através das pessoas.
Serão as organizações apenas cenários idealistas de bem-estar humano?
(Adaptado de Cunha et al., 2003)
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Organização: enquadramento
“As organizações serão ainda mais necessárias que antes. Precisamente porque
haverá tanta ambiguidade, tanta flexibilidade, tantas variações, sendo necessário
muito mais clareza quanto à missão, aos valores e à estratégia; no pesar dos
objectivos de longo e curto prazo; na definição de resultados. Sobretudo, será
necessário clareza absoluta quanto a quem toma as decisões finais e está no
comando numa crise. (…) A organização é sobretudo social. É pessoas. A sua
finalidade tem de ser, portanto, tornar efectivas as forças das pessoas e
irrelevantes as suas fraquezas. De facto, essa é a única razão pela qual a temos e
precisamos de a ter. (…) Estamos a deslocar-nos rapidamente rumo a novas
organizações”. (Drucker: 1998)

Elementos de Enquadramento

 As organizações são a dimensão maior da organização do mundo actual;

 As organizações são alavancas de inovação e desenvolvimento social e económico;
 As organizações estruturam-se de forma diferenciada, procurando a máxima vantagem competitiva;
 As organizações funcionam de forma sistémica e, por conseguinte, são contingenciais.
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

Organização: componentes básicos

Vértice
Estratégico
 Vértice Estratégico;

a
Linha Hierárquica;

tur

Apoio

ru
est
Logístico
 Núcleo Operacional; Linha

cno
Hierárquica

Te
 Tecnoestrutura;
 Apoio Logístico.
Centro Operacional

(Mintzberg: 1995)
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Organização: cinco pressões que actuam nas
organizações
Centralização

ão
ç

Co
za

lab
rdi

or
da

a
«Balcanização»
tan

çã
o
Es

Profissionalização

(Mintzberg: 1995)
1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo
Organização: membros e unidades da empresa
Conselho de
Administração

Conselho
Jurídico
Planeamento
Relações
Públicas
Contabilidade
Cantina
Formação
Directores Directores Processamento
Fábricas Regionais de salários
Planificação

Contramestres Directores
Distritais

Agentes de Compras; Operadores de Máquinas; Vendedores, etc.

(Mintzberg: 1995)
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Organização: factores de contigência

O Processo de estruturação de uma organização deve

observar uma diversidade de factores de contingência.
Segundo Mintzber (1995), são cinco os factores de
contingência que condicionam as organizações:

 Relações de poder;
 Ambiente;
 Sistema Técnico;
 Idade de Dimensão
1.1. As organizações em ambiente
dinâmico e competitivo
Gestão Estratégica de RH

 Planeamento de RH (PL)
 • Descrição e Análise de Funções (DAF)
 • Recrutamento e Selecção (R&S)
 • Gestão de competências (GC)
 • Integração e Acolhimento (I&A)
GERH  • Formação e Desenvolvimento (FD)
 • Avaliação de Desempenho (AD)
 • Gestão de carreiras (GC)
 • Gestão de Recompensas (GR)
 • Separação (S)
 • Qualidade de vida no trabalho
(QVT)
 1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

GRH: Tendências e Desafios

Tese Antíntese Síntese

- Nas organizações de futuro, os - Nas organizações de sucesso os gestores - Nas organizações ambos
trabalhadores planearão e planeiam e os trabalhadores executam e planeiam, em
executarão; executam; simultâneo;
- Nas organizações é
- Nas organizações de futuro será - Nas organizações de sucesso é
privilegiada a eficácia
privilegiada a eficácia (os gestores privilegiada a eficiência, os gestores eficiente, os gestores
deverão fazer as coisas certas); devem fazer as coisas bem; devem fazer bem as
- Nas organizações do futuro a mudança - Nas organizações de sucesso a mudança coisas certas;
será incremental; é pontuada; - A mudança é
incrementalmente
- Nas organizações do futuro a primazia - Nas organizações de sucesso a primazia pontuada
será dada à excelência nas é dada à excelência na tecnologia e - A primazia é dada à
competências e nos conhecimentos; nos inputs; excelência no bricolage
- Nas organizações do futuro ouvir-se-á o - Nas organizações de sucesso não se ouve (conhecimento para ter
máximo de pessoas possíveis, ao ninguém; tecnologia);
máximo; - Nas organizações ouvem-
se algumas pessoas,
algumas vezes;

(Cunha, e Cunha: 2000)

 1.1. As organizações em ambiente dinâmico e
competitivo

GRH: Tendências e Desafios

Tese Antíntese Síntese

- Nas organizações de futuro, o trabalho - Nas organizações de sucesso o trabalho - Nas organizações o trabalho é
será de equipa; é individual; individual em equipa;
- Nas organizações de futuro a - Nas organizações de sucesso a - Nas organizações a
rotinização da criatividade
criatividade será privilegiada; rotinização é privilegiada;
é privilegiada;
- Nas organizações do futuro o treino - Nas organizações de sucesso o treino - Nas organizações o treino
servirá para libertar os trabalhadores; serve para restringir os trabalhadores; serve para libertar os
trabalhadores,
- Nas organizações do futuro a - Nas organizações de sucesso a
restringindo-os;
coordenação será feita via acção; coordenação é feita via estrutura;
- Nas organizações a
- Nas organizações do futuro a liderança - Nas organizações de sucesso a liderança liderança é
será democrática; é autoritária; democraticamente
autoritária;

(Cunha, e Cunha: 2000)