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Professor Alyson Barros

SEMAD-Goiânia 2020
Conhecimentos Gerais em Saúde Pública

8. VIGILÂNCIA (EM, NA E DA) SAÚDE – A POLISSEMIA QUE ENVOLVE AS DIFERENTES


MODALIDADES DE VIGILÂNCIA (SANITÁRIA, EPIDEMIOLÓGICA, AMBIENTAL)............... 1
SOBRE A VIGILÂNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS (DCNT) .............. 5
VIGILÂNCIA AMBIENTAL ........................................................................................ 7
LISTA NACIONAL DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA................................................... 8
OS CONCEITOS DE RISCO E VULNERABILIDADE E O MONITORAMENTO DE GRUPOS
POPULACIONAIS E AGRAVOS, TRANSMISSÍVEIS E NÃO TRANSMISSÍVEIS, EMERGENTES
E DE MAIOR PREVALÊNCIA. .................................................................................... 8
VIGILÂNCIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR. ............................................................ 19

49
3:
QUESTÕES ......................................................................................................... 21

:4
08
2
02
/2
Aula 04

06
6/
-0
8. Vigilância (em, na e da) Saúde – a polissemia que
om
.c
envolve as diferentes modalidades de vigilância
ok
tlo

(Sanitária, Epidemiológica, Ambiental).


ou
@
09
bs

Já tratamos da vigilância à saúde em aulas anteriores. Você deve lembrar


-m

que na Lei n˚ 8.080, de 19/09/1990 temos três tipos de vigilância descritas:


1
-7

Art. 6˚ Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de


41

Saúde (SUS):
.9
34

I - a execução de ações:

.7
17

a) de vigilância sanitária;

-0

b) de vigilância epidemiológica;

a
lv

[…]
Si

IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;


o
un

Os dois tipos de vigilância principais são, obviamente, a sanitária e a


Br

epidemiológica. No entanto, podemos falar que existem 4 tipos de vigilância:


s
co

epidemiológica, sanitária, ambiental e do trabalho. Em resumo:


ar
M

A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de


notificação compulsória e investiga epidemias que ocorrem em territórios
específicos. Além disso, age no controle dessas doenças específicas.
A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico,
psicológico e social na saúde. As ações neste contexto têm privilegiado, por
exemplo, o controle da água de consumo humano, o controle de resíduos e o
controle de vetores de transmissão de doenças – especialmente insetos e
roedores.
As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de
bens, produtos e serviços que oferecem riscos à saúde da população, como
alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. Realizam também a

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fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes,


academias, parques e centros comerciais, e ainda inspecionam os processos
produtivos que podem pôr em riscos e causar danos ao trabalhador e ao meio
ambiente.
Já a área de saúde do trabalhador realiza estudos, ações de prevenção,
assistência e vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho.
Fonte: Vigilância em Saúde. Disponível em: https://pensesus.fiocruz.br/vigilancia-
em-saude

A Vigilância Epidemiológica é responsável por acompanhar o


comportamento das doenças na sociedade, reunindo informações com objetivo

49
3:
de conhecer, detectar ou prever qualquer mudança que possa ocorrer nos fatores

:4
condicionantes do processo saúde-doença, bem como identificar a gravidade de

08
2
novas doenças à saúde da população. Ela deve fornecer orientação técnica

02
permanente para os profissionais de saúde que têm a responsabilidade de decidir

/2
06
sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, tornando

6/
-0
disponíveis, para esse fim, informações atualizadas sobre a ocorrência dessas

om
doenças e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, numa área
.c
geográfica ou população definida.
ok
tlo

Segundo a cartilha do ABC do SUS – Doutrinas e Princípios, do Ministério


ou

da Saúde (1990), faz sentido definir a vigilância à saúde dentro dos programas de
@
09

saúde. A vigilância, que pode ser tanto epidemiológica quanto sanitária, não é um
bs

conceito abstrato, mas um rico campo de atuação para o planejamento e


-m

execução de ações em saúde.


1
-7

Atente para a relação da vigilância com os programas de saúde.


41

PROGRAMAS DE SAÚDE
.9
34

Existem grupos populacionais que estão mais expostos a riscos na sua


.7
17

saúde. Isto é evidenciado pelos registros disponíveis de morbimortalidade, como


-0

por exemplo, menores de 01 ano, gestantes, idosos, trabalhadores urbanos e


a
lv

rurais sob certas condições de trabalho etc. A intensidade e a peculiaridade dessa


Si

exposição variam bastante com os níveis sociais e características epidemiológicas


o
un

de cada região, e muitas vezes, da microrregião A exposição a riscos pode também


Br

ser vista e entendida em função de cada doença, como no caso da Tuberculose,


s
co

Câncer, Hanseníase, Doenças cardiovasculares, AIDS e outras. Portanto, no


ar
M

planejamento da produção das ações de educação em saúde e de vigilância


epidemiológica, vigilância sanitária, controle de vetores e atendimento
ambulatorial e hospitalar, devem ser normalizados alguns procedimentos a serem
dirigidos especialmente a situações de risco, com a finalidade de intensificar a
promoção, proteção e recuperação da saúde. Daí vem o conceito e prática dos
programas de saúde, que são parte da produção geral das ações de saúde pelas
instituições, unidades e profissionais da área. Como tal, os programas de Saúde
são eficientes para a população-alvo, somente quando as normas nacionais e
estaduais respeitam as condições sociais, epidemiológicas. institucionais e
culturais existentes ao nível regional ou microrregional, passando por adaptações
e até recriações nestes níveis.

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Ações de promoção e proteção de saúde: esses grupos de ações podem


ser desenvolvidos por instituições governamentais, empresas, associações
comunitárias e indivíduos. Tais ações visam à redução de fatores de risco, que
constituem ameaça à saúde das pessoas, podendo provocar-lhes incapacidades e
doenças. Esses grupos compreendem um elenco bastante vasto e diversificado de
ações, de natureza eminentemente preventiva, que, em seu conjunto, constituem
um campo de aplicação precípua do que se convencionou chamar,
tradicionalmente, de Saúde Pública, ou seja: o diagnóstico e tratamento científico
da comunidade.
No campo da promoção, são exemplos de ações: educação em saúde, bons
padrões de alimentação e nutrição, adoção de estilos de vida saudáveis, uso

49
adequado e desenvolvimento de aptidões e capacidades, aconselhamentos

3:
:4
específicos, como os de cunho genético e sexual. Através dessas ações, são

08
estimuladas as práticas da ginástica e outros exercícios físicos, os hábitos de

2
02
higiene pessoal, domiciliar e ambiental e, em contrapartida, desestimulados o

/2
06
sedentarismo, o tabagismo, o alcoolismo, o consumo de drogas, a promiscuidade

6/
-0
sexual. No desenvolvimento dessas ações devem ser utilizados, de forma

om
programática e sistemática, com emprego de linguagem adequada ao público-
.c
alvo, os diferentes meios e veículos disponíveis de comunicação ao alcance da
ok

comunidade: cartazes, rádio, jornal, televisão, alto-falantes, palestras e debates


tlo
ou

em escolas, associações de bairro, igrejas. empresas, clubes de serviço e lazer,


@

dentre outros.
09
bs

No campo da proteção, são exemplos de ações: vigilância


-m

epidemiológica, vacinações, saneamento básico, vigilância sanitária, exames


1

médicos e odontológicos periódicos, entre outros. Através da vigilância


-7
41

epidemiológica, são obtidas as informações para conhecer e acompanhar, a todo


.9
34

momento, o estado de saúde da comunidade e para desencadear,


.7

oportunamente, as medidas dirigidas à prevenção e ao controle das doenças e


17
-0

agravos à saúde.
a

A vigilância sanitária busca garantir a qualidade de serviços, meio


lv
Si

ambiente de trabalho e produtos (alimentos, medicamentos cosméticos,


o
un

saneantes domissanitários, agrotóxicos e outros), mediante a identificação, o


Br

controle ou a eliminação de fatores de risco à saúde, neles eventualmente


s
co

presentes. São exemplos de serviços sujeitos à vigilância sanitária: unidades de


ar
M

saúde, restaurantes, academias de ginástica, institutos de beleza, piscinas


públicas, etc. No meio ambiente, a vigilância sanitária procura evitar ou controlar
a poluição do ar, do solo, da água, a contaminação por agrotóxicos, o uso do
mercúrio nos garimpos, etc. Nos locais de trabalho, a vigilância sanitária
preocupa-se, por exemplo em assegurar condições ambientais satisfatórias
(iluminação, temperatura, umidade, ventilação, nível sonoro), adequação
ergométrica de máquinas, equipamentos e móveis e eliminação de substâncias e
produtos que podem provocar doenças ocupacionais. Em relação aos produtos, a
vigilância sanitária não se limita apenas à fiscalização dos artigos já expostos ao
consumo, mas efetua, com prioridade, a inspeção sanitária e técnica das
respectivas linhas de fabricação, de modo a evitar a sua comercialização em

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condições insatisfatórias de segurança e qualidade.


Todos esses grupos de ações geralmente têm o suporte de legislação
específica, na qual são inseridas as normas e regulamentos de proteção à saúde,
com vistas à sua observância por todos.
Todas as ações de promoção e proteção da saúde acima descritas, podem
e devem ser exercidas (ou desencadeadas), também, durante o atendimento nas
unidades de saúde, ambulatoriais e hospitalares, com objetivos e técnicas
adequados a estes locais.
Ações de recuperação - esse grupo de ações envolve o diagnóstico e o
tratamento de doenças, acidentes e danos de toda natureza, a limitação da
invalidez e a reabilitação. Essas ações são exercidas pelos serviços públicos de

49
saúde (ambulatórias e hospitalares) e, de forma complementar, pelos serviços

3:
:4
particulares, contratados ou conveniados, que integram a rede do SUS, nos níveis

08
federal, estadual e municipal, particularmente nos dois últimos, onde deve estar

2
02
concentrada a maior parte dessas atividades.

/2
06
Fonte: ABC do SUS – Ministério da Saúde. 1990.

6/
-0
om
Mas, o que é a vigilância epidemiológica e o que é a vigilância sanitária?
.c
Precisaremos recorrer à breve história da saúde para tratarmos disso. Como você
ok
tlo

sabe, as grandes campanhas sanitaristas foram o marco da inserção da saúde


ou

como oficial política pública brasileira no início do século passado. As campanhas


@
09

sanitárias visavam controlar doenças que comprometiam a atividade econômica,


bs

a exemplo da febre amarela, peste e varíola.


-m

O modelo operacional adotado pelo campanhista baseava-se em atuações


1
-7

verticais, sob forte inspiração militar, e compreendia fases bem estabelecidas –


41

preparatória, de ataque, de consolidação e de manutenção.


.9
34

Em 1950, a expressão vigilância epidemiológica passou a ser aplicada ao


.7

controle das doenças transmissíveis. Essa expressão significava “a observação


17
-0

sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de doenças transmissíveis e


a

de seus contatos”. Era, portanto, uma estratégia de vigilância de pessoas, com


lv
Si

base em medidas de isolamento ou de quarentena, aplicadas individualmente e


o
un

não de forma coletiva.


Br

Em 1973 houve a institucionalização das ações de Vigilância


s
co

Epidemiológica, com Campanha de Erradicação da Varíola em 1973. Essa


ar
M

campanha teve como objetivo a detecção precoce de surtos e o bloqueio imediato


da transmissão da doença.
No Brasil, tivemos o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica,
implementado em 1975 pelo Ministério da Saúde. Esse sistema tornou a
notificação de doenças transmissíveis selecionadas, constantes de relação
estabelecida por Portaria específica.
O SUS incorporou esse sistema, e definiu a vigilância epidemiológica como
“um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes
de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as
medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos” (art. 6˚, Lei n˚

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8.080/1990). Assim, vigilância epidemiológica é o conjunto de atividades que


permite reunir a informação indispensável para conhecer, a qualquer momento, o
comportamento ou história natural das doenças, bem como detectar ou prever
alterações de seus fatores condicionantes, com o fim de recomendar
oportunamente, sobre bases firmes, as medidas indicadas e eficientes que levem à
prevenção e ao controle de determinadas doenças.
Perceba que o conceito foi ampliado e que as ações de vigilância
epidemiológica passaram a ser realizadas em um novo contexto caracterizado
pela descentralização de responsabilidades, pela universalidade, integralidade e
equidade na prestação de serviços.
São funções da vigilância epidemiológica:

49
3:
- a coleta de dados;


:4
- o processamento dos dados coletados;


08
2
- a análise e interpretação dos dados processados;


02
- a recomendação das medidas de controle apropriadas;

/2
06
promoção das ações de controle indicadas;

6/
-0
- a avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; e

om
- a divulgação de informações pertinentes.
.c
ok
tlo

A vigilância sanitária, por sua vez, é o conjunto de ações capazes de


ou

eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e
intervir nos problemas sanitários


@
09

decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação


bs

de serviços de interesse da saúde. Para isso, deve ser capaz de intervir nos
-m

problemas sanitários decorrentes: do meio ambiente,
da produção e circulação


1
-7

de bens
da prestação de serviços de interesse da saúde.


41

E quem cuida da vigilância sanitária no Brasil? A Agência Nacional de


.9
34

Vigilância Sanitária, criada em 1999. A ANVISA é uma autarquia sob regime


.7
17

especial (agência reguladora), que afirma que no campo da vigilância sanitária a


-0

regulação pode ser compreendida como o modo de intervenção do Estado para


a

impedir possíveis danos ou riscos à saúde da população. Atua por meio da


lv
Si

regulamentação, controle e fiscalização das relações de produção e consumo de


o
un

bens e serviços relacionados à saúde.


Br

Nesse finalzinho de assunto creio que seja salutar colar ainda três trechos
s
co

bem recentes do site do Ministério da Saúde no campo da vigilância:


ar
M

Sobre a Vigilância de Doenças Crônicas Não


Transmissíveis (DCNT)
As DCNT são multifatoriais, ou seja, determinadas por diversos fatores, sejam eles
sociais ou individuais. Elas se desenvolvem no decorrer da vida e são de longa
duração.
As principais DCNT (doenças cardiovasculares, doenças respiratórias
crônicas, diabetes mellitus e neoplasias) possuem quatro fatores de risco em
comum. Vale salientar que esses fatores de risco são modificáveis. Para saber mais
sobre eles, clique aqui.

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3:
:4
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02
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6/
-0
om
.c
ok
tlo
ou
@
09
bs
-m
1
-7

No âmbito do Ministério da Saúde, a vigilância epidemiológica de DCNT, é


41
.9

responsabilidade da Coordenação-Geral de Vigilância de Doenças e Agravos não


34

Transmissíveis e Promoção da Saúde do Departamento de Vigilância de Doenças e


.7
17

Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde, Secretaria de Vigilância em


-0

Saúde (SVS).
a
lv

Essa vigilância se configura como um conjunto de ações e processos que


Si

permitem conhecer a ocorrência, a magnitude e a distribuição das DCNT e de seus


o
un

principais fatores de risco no país, bem como identificar os seus determinantes e


Br
s

condicionantes econômicos, sociais e ambientais. Além disso, uma das ações da


co
ar

vigilância de DCNT é caracterizar a tendência temporal das DCNT. Essas ações são
M

fundamentais para o planejamento, o monitoramento e a avaliação das ações de


cuidado integral e das políticas públicas de prevenção e controle das DCNT no
Brasil.
Os três componentes essenciais da vigilância de DCNT são: a)
Monitoramento dos fatores de risco; b) Monitoramento da morbidade e
mortalidade das DCNT; e c) Monitoramento e avaliação das ações de assistência e
promoção da saúde.
O instrumento norteador da Vigilância de DCNT é o Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT) no Brasil, 2011-2022. Este documento apresenta a vigilância de DCNT como
um de seus eixos, onde se encontram detalhados os indicadores, metas, objetivos

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e ações a serem desenvolvidas por esta vigilância. Para saber mais sobre o plano,
clique aqui.
Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/noticias/43036-sobre-a-vigilancia-
de-dcnt

Penúltimo ctrl+c + ctrl+v.


Vigilância Ambiental
A Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) consiste em um conjunto de ações
que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores
determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde

49
humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos

3:
fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde.

:4
08
É também atribuição da VSA os procedimentos de vigilância epidemiológica das

2
02
doenças e agravos à saúde humana, associados a contaminantes ambientais,

/2
especialmente os relacionados com a exposição

06
6/
a agrotóxicos, amianto, mercúrio, benzeno e chumbo. Dentro da Coordenação

-0
Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM), as áreas de atuação
om
são: Vigilância da qualidade da água para
.c consumo
ok
humano (Vigiágua); Vigilância em saúde de populações expostas a poluentes
tlo

atmosféricos (Vigiar); Vigilância em saúde de populações expostas a


ou
@

contaminantes químicos (Vigipeq); Vigilância em saúde ambiental relacionada


09

aos riscos decorrentes de desastres (Vigidesastres) e Vigilância em saúde


bs

ambiental relacionada aos fatores físicos (Vigifis).


-m

A SVS atualmente é responsável por todas as ações de vigilância,


1
-7

prevenção e controle de doenças transmissíveis, vigilância de fatores de risco


41
.9

para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, saúde


34

ambiental e do trabalhador e também pela análise de situação de saúde da


.7
17

população brasileira.
-0

Desde a criação da SVS, a integração das vigilâncias foi se fortalecendo nas três
a
lv

esferas de governo, impulsionada pela relevância das doenças e agravos não


Si
o

transmissíveis, pela necessidade do fomento às ações de promoção da saúde,


un

pela redução da morbimortalidade da população em geral e dos trabalhadores


Br
s

em particular, pela preocupação com os riscos sanitários, caracterizados como


co
ar

os eventos que podem afetar adversamente a saúde de populações humanas, e


M

pela urgência em organizar respostas rápidas em emergências de saúde pública.


Compõem a Vigilância ambiental os seguintes programas estratégicos:
Vigiagua
Vigiar
Vigipeq
Vigidesastres
Vigifis
Fonte: http://portalms.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/vigilancia-ambiental

Último ctrl+c + ctrl+v.

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Lista Nacional de Notificação Compulsória


O Ministério da Saúde estabelece a Lista Nacional de Notificação Compulsória de
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e
privados em todo o território nacional.
A ocorrência de suspeita ou confirmação de eventos de saúde pública, doenças e
agravos listados na Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, são de
comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos,
profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde,
públicos ou privados. É facultado a estados e municípios incluir outros
problemas de saúde importantes em sua região

49
Lista Nacional de Notificação Compulsória

3:
Formulários para Notificação Eletrônica Imediata

:4
08
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)

2
Sistema de Informações de Acidentes de Consumo (SIAC)

02
/2
Fonte: http://portalms.saude.gov.br/vigilancia-em-saude/lista-nacional-de-

06
6/
notificacao-compulsoria

-0
om
.c
ok
tlo
ou

Os conceitos de Risco e Vulnerabilidade e o


@
09

monitoramento de grupos populacionais e agravos,


bs
-m

transmissíveis e não transmissíveis, emergentes e de


1
-7

maior prevalência.
41
.9

Pensando em concursos públicos, a vulnerabilidade é a Suscetibilidade


34

(disposição especial para sentir influências ou contrair enfermidades)!


.7
17

Voltando, rs. A definição legal desses conceitos começa aqui:


-0
a
lv

RESOLUÇÃO Nº 588, DE 12 DE JULHO DE 2018


Si
o
un
Br

Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS),


s

aprovada por meio desta resolução.


co
ar

Art. 2º A Política Nacional de Vigilância em Saúde é uma política pública de


M

Estado e função essencial do SUS, tendo caráter universal, transversal e orientador


do modelo de atenção nos territórios, sendo a sua gestão de responsabilidade
exclusiva do poder público.
§1 Entende-se por Vigilância em Saúde o processo contínuo e sistemático de
coleta, consolidação, análise de dados e disseminação de informações sobre
eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de
medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em
condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde
da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças.

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§2 A PNVS incide sobre todos os níveis e formas de atenção à saúde,


abrangendo todos os serviços de saúde públicos e privados, além de
estabelecimentos relacionados à produção e circulação de bens de consumo e
tecnologias que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde.
Art. 3º A PNVS compreende a articulação dos saberes, processos e práticas
relacionados à vigilância epidemiológica, vigilância em saúde ambiental,
vigilância em saúde do trabalhador e vigilância sanitária e alinha-se com o
conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, considerando a
transversalidade das ações de vigilância em saúde sobre a determinação do
processo saúde-doença.
Parágrafo único. A análise de situação de saúde e as ações laboratoriais são

49
atividades transversais e essenciais no processo de trabalho da Vigilância em

3:
:4
Saúde.

08
Art. 4º A PNVS tem como finalidade definir os princípios, as diretrizes e as

2
02
estratégias a serem observados pelas três esferas de gestão do SUS, para o

/2
06
desenvolvimento da vigilância em saúde, visando a promoção e a proteção da

6/
-0
saúde e a prevenção de doenças e agravos, bem como a redução da

om
morbimortalidade, vulnerabilidades e riscos decorrentes das dinâmicas de
.c
produção e consumo nos territórios.
ok

Parágrafo único. A PNVS deve contribuir para a integralidade na atenção à


tlo
ou

saúde, o que pressupõe a inserção de ações de vigilância em saúde em todas as


@

instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do SUS, mediante articulação e


09
bs

construção conjunta de protocolos, linhas de cuidado e matriciamento da saúde,


-m

bem como na definição das estratégias e dispositivos de organização e fluxos da


1

rede de atenção.
-7
41

Art. 5º A PNVS deverá contemplar toda a população em território nacional,


.9
34

priorizando, entretanto, territórios, pessoas e grupos em situação de maior risco e


.7

vulnerabilidade, na perspectiva de superar desigualdades sociais e de saúde e de


17
-0

buscar a equidade na atenção, incluindo intervenções intersetoriais.


a

Parágrafo único. Os riscos e as vulnerabilidades de que trata o caput devem


lv
Si

ser identificadas e definidas a partir da análise da situação de saúde local e


o
un

regional e do diálogo com a comunidade, trabalhadores e trabalhadoras e outros


Br

atores sociais, considerando-se as especificidades e singularidades culturais e


s
co

sociais de seus respectivos territórios.


ar
M

Art. 6º Para efeito desta Política serão utilizadas as seguintes definições:


I - Ações laboratoriais: aquelas que propiciam o conhecimento e a
investigação diagnóstica de doenças e agravos e a verificação da qualidade de
produtos de interesse de saúde pública e do padrão de conformidade de amostras
ambientais, mediante estudo, pesquisa e análises de ensaios relacionados aos
riscos epidemiológicos, sanitários, ambientais e do processo produtivo.
II - Ações de promoção da saúde: estimular a promoção da saúde como
parte da integralidade do cuidado na Rede de Atenção à Saúde, articuladas com as
demais redes de proteção social, abrangendo atividades voltadas para adoção de
práticas sociais e de saúde centradas na equidade, na participação e no controle

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social, para o favorecimento da mobilidade humana e a acessibilidade e


promovendo a cultura da paz em comunidades, territórios e municípios.
III - Análise de situação de saúde: ações de monitoramento contínuo da
situação de saúde da população do País, Estado, Região, Município ou áreas de
abrangência de equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que
identifiquem e expliquem problemas de saúde e o comportamento dos principais
indicadores de saúde, contribuindo para um planejamento de saúde abrangente.
IV - Centro de Informação e Assistência Toxicológica: Estabelecimento de
saúde ou serviço de referência em Toxicologia Clínica com atuação em regime de
plantão permanente, podendo prestar atendimento via teleatendimento exclusivo
ou via teleatendimento e presencial, provendo informações toxicológicas aos

49
profissionais da saúde, à população e a instituições, relativas a intoxicações

3:
:4
agudas e crônicas e acidentes com animais peçonhentos.

08
V - Emergência em saúde pública: situação que demanda o emprego

2
02
urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e

/2
06
agravos à saúde pública.

6/
-0
VI - Integralidade da atenção: um conjunto articulado de ações e serviços

om
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos
.c
os níveis de complexidade do sistema. Deve compreender o acesso às ações,
ok

serviços e produtos seguros e eficazes, indispensáveis para as necessidades de


tlo
ou

saúde da população, objetivando promover a qualidade de vida e reduzir a


@

vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e


09
bs

condicionantes.
-m

VII - Linha de Cuidado (LC): uma forma de articulação de recursos e das


1

práticas de produção de saúde, orientadas por diretrizes clínicas, entre as


-7
41

unidades de atenção de uma dada região de saúde, para a condução oportuna,


.9
34

ágil e singular, dos usuários pelas possibilidades de diagnóstico e terapia, em


.7

resposta às necessidades epidemiológicas de maior relevância.


17
-0

VIII - Modelo de Atenção à Saúde: sistema lógico que organiza o


a

funcionamento das redes de atenção à saúde, articulando, de forma singular, as


lv
Si

relações entre os componentes da rede e as intervenções sanitárias, definido em


o
un

função da visão prevalecente da saúde, das situações demográfica e


Br

epidemiológica e dos determinantes sociais da saúde, vigentes em determinado


s
co

tempo e em determinada sociedade.


ar
M

IX - Rede de Atenção à Saúde: arranjos organizativos de ações e serviços de


saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de
sistemas técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do
cuidado.
X - Vigilância em saúde ambiental: conjunto de ações e serviços que
propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e
condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a
finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção à saúde, prevenção e
monitoramento dos fatores de riscos relacionados às doenças ou agravos à saúde.
XI - Vigilância em saúde do trabalhador e da trabalhadora: conjunto de
ações que visam promoção da saúde, prevenção da morbimortalidade e redução

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de riscos e vulnerabilidades na população trabalhadora, por meio da integração


de ações que intervenham nas doenças e agravos e seus determinantes
decorrentes dos modelos de desenvolvimento, de processos produtivos e de
trabalho.
XII - Vigilância epidemiológica: conjunto de ações que proporcionam o
conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e
condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças, transmissíveis e não-
transmissíveis, e agravos à saúde.
XIII - Vigilância sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir
ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do

49
ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços do

3:
:4
interesse da saúde. Abrange a prestação de serviços e o controle de bens de

08
consumo que, direta ou indiretamente se relacionem com a saúde,

2
02
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo e descarte.

/2
06
XIV - Vulnerabilidade: designa tanto os processos geradores quanto as

6/
-0
características das populações e territórios que possuem maiores dificuldades em

om
absorver os impactos decorrentes de diferentes e variados graus de eventos de
.c
risco
ok

XV - Risco: Compreende a probabilidade de ocorrência de evento adverso ou


tlo
ou

inesperado, que cause doença, danos à saúde ou morte em um ou mais membros


@

da população, em determinado lugar, num dado período de tempo.


09
bs
-m
1
-7
41

DOENÇAS EMERGENTES E REEMERGENTES


.9
34

Direto do site da Fiocruz1


.7

Nos últimos anos têm sido reconhecidas várias infecções humanas até
17
-0

então desconhecidas, bem como a reemergência de outras que, ao longo dos


a

anos, haviam sido controladas.


lv
Si

A maioria dessas infecções é de origem viral, bastando que nos lembremos


o
un

da AIDS como marcante exemplo de doença emergente e do dengue como doença


Br

reemergente para que se avalie a gravidade dessas infecções.


s
co

O problema das viroses emergentes e reemergentes é complexo, porém


ar
M

pode-se reconhecer que, em sua maioria, essas viroses são desencadeadas por
atividades humanas, as quais modificam o meio ambiente, em especial pela
pressão demográfica.
A necessidade de vetores para a transmissão de várias das viroses
emergentes e reemergentes introduz fatores ecológicos na discussão, de
importância nos países de clima tropical.
Mecanismos de mutação e recombinação genéticas, em especial dos vírus
RNA, são reconhecidos de longa data como forma de geração de novos padrões
genômicos.

1
Fonte: http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material2.htm

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Por outro lado se reconhece, em nível mundial, uma visível decadência dos
sistemas de saúde, fruto da elevada demanda e dos custos crescentes da
assistência médica, que vem a absorver grande parte dos recursos, antes
destinados às áreas de prevenção e controle de agravos.

ORIGEM DAS VIROSES EMERGENTES E REEMERGENTES


Segundo Morse, teríamos três mecanismos de surgimento dessas
infecções, os quais podem eventualmente estarem associados:
1. Surgimento de um novo vírus, pela evolução de uma nova
variante viral.
2. Introdução no hospedeiro de um vírus existente em outra espécie

49
(transposição da barreira de espécie).

3:
:4
3. Disseminação de um vírus a partir de uma pequena população

08
humana ou animal, onde este vírus surgiu ou onde foi originalmente

2
02
introduzido.

/2
06
Reconhece-se que vários vírus, especialmente do grupo RNA, apresentam

6/
-0
taxas de mutação elevadas como no caso da influenza, vírus que possui genoma

om
segmentado e é capaz de atingir grande número de hospedeiros animais. Por estes
.c
mecanismos surgem, por seleção natural, amostras de maior virulência a partir de
ok

grande número de padrões genômicos circulantes.


tlo
ou

A possibilidade de ser alcançado qualquer ponto da terra em poucas horas


@

pelo transporte aéreo, tem proporcionado o deslocamento de vetores de um


09
bs

continente a outro, bem como o contato direto do homem com áreas remotas,
-m

onde podem existir agentes até então desconhecidos.


1

A importação de animais igualmente pode trazer, ao contato do homem,


-7
41

novos agentes de doença. Exemplo desse mecanismo ocorreu com o até então
.9
34

desconhecido grupo dos filovírus, os quais foram introduzidos na Alemanha, em


.7

macacos importados de Uganda e que causaram a morte de 8 das 31 pessoas que


17
-0

se infectaram pelo contato com os tecidos dos animais usados em pesquisas.


a

Do mesmo grupo, o vírus Ebola causou surtos extensos no Zaire e Sudão


lv
Si

em 1976, com cerca de 600 pessoas envolvidas e porcentagens de 88% de


o
un

letalidade, voltando em 1995 ao Zaire, igualmente com taxa de letalidade, em


Br

torno de 77%. A entrada de pessoas em nichos ecológicos até então isolados é


s
co

aceita como a origem dos primeiros casos estudados na epidemia de 1995, no


ar
M

Zaire.
A disseminação do Aedes aegypti e da febre amarela no país, ocorreu
através dos navios que atracavam em portos brasileiros, originando diversas
epidemias, a primeira delas reportada no século XVI, em Recife. Pelo mesmo
mecanismo e talvez ainda pelo transporte aéreo, o Ae. albopictus espalhou-se nos
últimos anos do Sudeste Asiático para todo o mundo tropical, sendo reconhecido
no Brasil em 1987, nas proximidades do Rio de Janeiro.
Pelos dados disponíveis, o vírus HIV teria se originado de regiões centrais
africanas, a partir de amostras de vírus circulando entre primatas e que foram
capazes de passar a barreira de espécie e atingir o homem.

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A expansão da agricultura a áreas novas e as práticas de colheita e manejo


de produtos agrícolas, levam à entrada em nichos ecológicos, onde novos agentes
podem ser encontrados e também à atração de roedores silvestres e outros
animais que se aproximam do homem em busca de alimento. Neste último caso,
temos como exemplos os vírus Junin e Machupo, agentes de febres hemorrágicas
na Argentina e Bolívia, transmitidas ao homem pela urina de roedores silvestres.
A febre amarela, essencialmente doença de primatas, porém com capacidade de
alcançar o homem que penetre em áreas endêmicas sem proteção vacinal,
alcançou uma média anual de 18 casos nos últimos 15 anos. No ano de 2000
porém, surgiu uma epizootia em primatas, que levou a um substancial aumento de
casos humanos, de febre amarela silvestre.

49
Com a entrada de Ae. aegypti nas áreas endêmicas de febre amarela, nas

3:
:4
regiões Centro-Oeste e Norte, o risco de surgimento de infecções urbanas passou a

08
ser uma realidade a ser enfrentada.

2
02
O dengue, causado por quatro tipos de vírus, constitui hoje a mais

/2
06
importante doença viral humana transmitida por mosquitos e no Brasil foram

6/
-0
notificados mais de 3.000.000 de casos nos últimos anos, desde a epidemia de

om
1981/1982, em Roraima e a primeira grande epidemia de 1986, no Rio de Janeiro
.c
Desde então a doença, acompanhando a expansão do Ae. aegypti,
ok

implantou-se igualmente em praticamente todo o Brasil, com a presença dos vírus


tlo
ou

tipo 1 e 2 e 3 com risco de entrada do tipo 4, presente em países limítrofes como a


@

Colômbia e Venezuela, bem como no México e no Caribe.


09
bs

O vírus Rocio surgiu em 1975/1976, na costa do sul do Estado de São Paulo


-m

(Vale da Ribeira) e causou uma epidemia de encefalite por cerca de dois anos. O
1

vírus circulou provavelmente entre pássaros e mosquitos, principalmente Aedes


-7
41

scapularis e Psorophora ferox e não foram mais descritos casos humanos desde
.9
34

então. Ocorreram naquela ocasião, cerca de 1.000 casos, com uma taxa de
.7

letalidade de aproximadamente 10% e seqüelas motoras, nos pacientes.


17
-0

A hepatite C vem crescendo de importância em todo o mundo. O vírus


a

infecta por mecanismos semelhantes ao vírus B, porém ainda encontramos cerca


lv
Si

de 20% dos casos não esclarecidos do ponto de vista de seu mecanismo de


o
un

transmissão. Não se espera o desenvolvimento de uma vacina para futuro


Br

previsível, devido à variabilidade do vírus e à falta de métodos de seu cultivo em


s
co

laboratórios. Esta virose deve ser considerada uma doença emergente por sua
ar
M

expansão e sua gravidade, com uma tendência a cronicidade e a quadros


terminais de cirrose e carcinoma hepático.
O gênero Hantavírus, nome derivado de um rio da Coréia, inclui vírus
reconhecidos inicialmente naquele país e posteriormente em extensas áreas da
Ásia e Europa. O vírus Hantaan causou infecções em soldados americanos durante
a Guerra da Coréia, mas só foi isolado em 1976. Esses agentes são infectantes
através da urina de ratos infectados, sendo na Coréia o Apodemus agrarius o seu
principal vetor.
No início da década de 80 foi isolado o vírus Seoul, pertencente ao mesmo
grupo dos Hantavírus, porém circulando em roedores urbanos (Rattus rattus e
Rattus norvergicus), o que acrescentou uma nova dimensão ao problema.

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Em 1993, foi reconhecida na América do Norte, uma entidade clínica com


sintomas respiratórios graves, com taxa de mortalidade em torno de 50%, nos
casos hospitalizados.
Vírus do gênero Hantavírus foram isolados desses casos, associados a
roedores silvestres, em particular o Peromyscus maniculatus. No Brasil em 1993,
foram descritos casos fatais no Centro-Oeste e Sudeste e Sul do país e um vírus
denominado Juquitiba foi isolado no Vale da Ribeira, com uma clara associação
com roedores. Como nos casos descritos nos Estados Unidos, observou-se um
quadro de insuficiência respiratória aguda.
Estes vírus constituem um problema hospitalar importante pois pelo
menos uma amostra denominada Andes se transmite de homem a homem e na

49
Argentina ocasionou vários casos fatais em médicos e pessoal de enfermagem.

3:
:4
[...]

08
No momento defronta-se o mundo com a Sindrome Respiratória Aguda

2
02
Grave, que se caracteriza por uma pneumonia intersticial com uma taxa de

/2
06
letalidade em torno de 5 a 6 %. A infecção teria surgido na China, sendo causada

6/
-0
por uma nova variante de Coronavírus, agente capaz de infectar, como o vírus da

om
influenza, muitas espécies animais e o homem. Nos animais o vírus causa quadros
.c
diarreicos ou respiratorios importantes, sendo eliminado tanto por via respiratória
ok

como digestiva, o que parece ser tambem o caso das infecções humanas causadas
tlo
ou

pelo novo vírus. O novo agente tem particular importância no caso das infecções
@

hospitalares, exigindo rígidas medidas de isolamento e infraestruturas adequadas


09
bs

em relação a filtragem do no ar do ambiente da internação e barreiras físicas alem


-m

das medidas de proteção individual como gorros, mascaras, luvas, óculos e roupas
1

de proteção individual.
-7
41
.9
34

MEDIDAS PROPOSTAS PARA O CONTROLE GLOBAL DAS VIROSES


.7

EMERGENTES/REEMERGENTES
17
-0

Diante do surgimento dessas viroses emergentes/reemergentes, ao lado de


a

várias outras doenças não-virais, como a cólera, salmoneloses, leptoespirose, o


lv
Si

resurgimento da tuberculose, infecções por E.coli 0157:H7, bem como o


o
un

surgimento de resistência a drogas de vários agentes bacterianos, formou-se um


Br

sentido de alerta e de necessidade de uma avaliação em nível internacional.


s
co

Diversos grupos levantaram os problemas causados por essas doenças, em


ar
M

particular o CDC/Atlanta, a Organização Mundial de Saúde e as Nações Unidas com


suas estruturas afiliadas, o Instituto Nacional de Saúde, Academias de Ciência de
vários países, Instituto Pasteur e seus afiliados no mundo, entre inúmeras outras
entidades.
Das discussões iniciais foram gerados vários documentos onde se apontam
grandes linhas de atuação a serem implementadas no mundo.
Objetivo I – Vigilância
Descobrir, investigar rapidamente e acompanhar patógenos emergentes, as
doenças que causam e os fatores envolvidos no surgimento do quadro.
Objetivo II - Pesquisa Aplicada
Integrar os laboratórios e a epidemiologia para apoio à saúde pública.

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Objetivo III - Prevenção e Controle


Estimular a comunicação e a circulação de informações sobre as doenças
emergentes e assegurar a implementação de estratégias de prevenção.
Objetivo IV - Intra-estrutura
Fortificar a infra-estrutura de saúde pública e rede hospitalar nos níveis
local, estadual e federal, para permitir o estabelecimento da Vigilância (Objetivo I)
e a implementação dos programas de Prevenção e Controle (Objetivo II).
O objetivo fundamental é estabelecer sistemas ágeis de reconhecimento de
problemas, capazes de divulgá-los em nível internacional a curto prazo, bem como
investigar episódios onde doenças emergentes/reemergentes sejam suspeitadas.
Considerando a situação dos sistemas de saúde no mundo, incluindo as redes de

49
assistência hospitalar, com uma visível perda de estrutura e recursos, as doenças

3:
:4
emergentes/reemergentes têm significado um encargo pesado para os países em

08
desenvolvimento. No caso da AIDS e do dengue, para citar dois exemplos, observa-

2
02
se uma contínua expansão do número de casos ao longo dos últimos anos, sem

/2
06
real expectativa de mudança em futuro próximo.

6/
-0
O custo assistencial de algumas dessas infecções é elevado e o nosso país

om
carece, em geral, de unidades hospitalares preparadas para atender pacientes
.c
com infecções que tragam risco para o pessoal médico e paramédico. Igualmente
ok

não dispomos ainda de um único Laboratório de Alta Segurança, que permita o


tlo
ou

isolamento e a identificação de agentes infecciosos de alto risco. Isto nos torna


@

dependentes do envio das amostras clínicas para o exterior, para comprovar a


09
bs

suspeita da presença de vários desses agentes.


-m

A montagem imediata dessas duas estruturas nos parece essencial, bem


1

como a organização de Forças-Tarefa regionais compostas de epidemiologistas,


-7
41

laboratoristas e infectologistas que possam ser acionadas para investigar com


.9
34

rapidez casos suspeitos de doença agudas não definidas que apresentem


.7

potencial risco para a comunidade e encaminha-los para hospitais de referência


17
-0

em condições de recebe-los atendendo as condições de biossegurança


a

adequadas.
lv
Si
o
un

Glossário
Br

Por fim, apresento um glossário de uma publicação da FUNASA. Leia sem


s
co

compromisso.
ar
M

CASO: pessoa ou animal infectado ou doente, apresentando características


clínicas, laboratoriais e/ou epidemiológicas específicas.
ENDEMIA: é a presença contínua de uma enfermidade, ou de um agente
infeccioso, em uma zona geográfica determinada; pode também expressar a
prevalência usual de uma doença particular numa zona geográfica. O termo
hiperendemia significa a transmissão intensa e persistente, atingindo todas as
faixas etárias, e holoendemia, um nível elevado de infecção, que começa a partir
de uma idade precoce, e afeta a maior parte da população jovem como, por
exemplo, a malária em algumas regiões do globo.
EPIDEMIA: é a manifestação, em uma coletividade ou região, de um corpo de
casos de alguma enfermidade que excede claramente a incidência prevista. O

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número de casos, que indica a existência de uma epidemia, varia com o agente
infeccioso, o tamanho e as características da população exposta, sua experiência
prévia ou falta de exposição à enfermidade e o local e a época do ano em que
ocorre. Por decorrência, a epidemia guarda relação com a freqüência comum da
enfermidade na mesma região, na população especificada e na mesma estação do
ano. O aparecimento de um único caso de doença transmissível, que durante um
lapso de tempo prolongado não havia afetado uma população, ou que invade pela
primeira vez uma região, requer notificação imediata e uma completa
investigação de campo; dois casos dessa doença, associados no tempo ou no
espaço, podem ser evidência suficiente de uma epidemia.
EPIDEMIA POR FONTE COMUM (Epidemia Maciça ou Epidemia por Veículo

49
Comum): epidemia em que aparecem muitos casos clínicos, dentro de um

3:
:4
intervalo igual ao período de incubação clínica da doença, o que sugere a

08
exposição simultânea (ou quase simultânea) de muitas pessoas ao agente

2
02
etiológico. O exemplo típico é o das epidemias de origem hídrica.

/2
06
EPIDEMIA PROGRESSIVA (Epidemia por Fonte Propagada): epidemia na qual as

6/
-0
infecções são transmitidas de pessoa a pessoa ou de animal, de modo que os

om
casos identificados não podem ser atribuídos a agentes transmitidos a partir de
.c
uma única fonte.
ok

INQUÉRITO EPIDEMIOLÓGICO: levantamento epidemiológico feito por meio de


tlo
ou

coleta ocasional de dados, quase sempre por amostragem, e que fornece dados
@

sobre a prevalência de casos clínicos ou portadores, em uma determinada


09
bs

comunidade.
-m

INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE CAMPO (classicamente conhecida por


1

Investigação Epidemiológica): estudos efetuados a partir de casos clínicos, ou de


-7
41

portadores, para a identificação das fontes de infecção e dos modos de


.9
34

transmissão do agente. Pode ser realizada em face de casos esporádicos ou surtos.


.7

ISOLAMENTO: segregação de um caso clínico do convívio das outras pessoas,


17
-0

durante o período de transmissibilidade, a fim de evitar que os suscetíveis sejam


a

infectados. Em certos casos, o isolamento pode ser domiciliar ou hospitalar; em


lv
Si

geral, é preferível esse último, por ser mais eficiente.


o
un

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: intervalo de tempo, durante o qual uma


Br

pessoa ou animal infectado elimina um agente biológico para o meio ambiente, ou


s
co

para o organismo de um vetor hematófago, possível, portanto, a sua transmissão a


ar
M

outro hospedeiro.
PERÍODO DE LATÊNCIA: intervalo entre a exposição a agentes patológicos e o
início dos sinais e sintomas da doença.
PERÍODO PRODRÔMICO: é o lapso de tempo, entre os primeiros sintomas da
doença e o início dos sinais ou sintomas, com base nos quais o diagnóstico pode
ser estabelecido.
PORTADOR: pessoa ou animal que não apresenta sintomas clinicamente
reconhecíveis de uma determinada doença transmissível ao ser examinado, mas
que está albergando o agente etiológico respectivo. Em Saúde Pública, têm mais
importância os portadores que os casos clínicos, porque, muito freqüentemente, a
infecção passa despercebida nos primeiros. Os que apresentam realmente

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importância são os portadores eficientes, de modo que, na prática, o termo


“portador” se refere quase sempre aos portadores eficientes.

PREVALÊNCIA: número de casos clínicos ou de portadores existentes em um


determinado momento, em uma comunidade, dando uma idéia estática da
ocorrência do fenômeno. Pode ser expressa em números absolutos ou em
coeficientes.
PRÓDROMOS: sintomas indicativos do início de uma doença.
QUARENTENA: isolamento de indivíduos ou animais sadios pelo período máximo
de incubação da doença, contado a partir da data do último contato com um caso

49
clínico ou portador, ou da data em que esse comunicante sadio abandonou o local

3:
em que se encontrava a fonte de infecção. Na prática, a quarentena é aplicada no

:4
08
caso das doenças quarentenárias.

2
RECAÍDA: reaparecimento ou recrudescimento dos sintomas de uma doença,

02
/2
antes do doente apresentar-se completamente curado. No caso da malária,

06
recaída significa nova aparição de sintomas depois do ataque primário.

6/
-0
RECIDIVA: reaparecimento do processo mórbido após sua cura aparente. No caso

om
da malária, recidiva significa recaída na infecção malárica entre a 8a e a 24a
.c
ok
semanas posteriores ao ataque primário. Na tuberculose, significa o aparecimento
tlo

de positividade no escarro, em 2 exames sucessivos, após a cura.


ou

RECORRENTE: estado patológico que evolui através de recaídas sucessivas. No


@
09

caso da malária, recorrência significa recaída na infecção malárica depois de 24


bs

semanas posteriores ao ataque primário.


-m

RECRUDESCÊNCIA: exacerbação das manifestações clínicas ou anatômicas de um


1
-7

processo mórbido. No caso da malária, recrudescência é a recaída na infecção


41
.9

malárica nas primeiras 8 semanas posteriores ao ataque primário.


34

SINAL: evidência objetiva de doença.


.7
17

SÍNDROME: conjunto de sintomas e sinais que tipificam uma determinada doença.


-0

SINTOMA: evidência subjetiva de doença.


a
lv

SUSCETÍVEL: qualquer pessoa ou animal que supostamente não possui


Si

resistência suficiente contra um determinado agente patogênico, que o proteja da


o
un

enfermidade caso venha a entrar em contato com o agente.


Br

TAXA DE ATAQUE: é uma taxa de incidência acumulada, usada freqüentemente


s
co

para grupos particulares, observados por períodos limitados de tempo, e em


ar
M

condições especiais, como em uma epidemia. As taxas de ataque são usualmente


expressas em porcentagem.
TAXA DE ATAQUE SECUNDÁRIO: é uma medida de freqüência de casos novos de
uma doença, entre contatos próximos de casos conhecidos, ocorrendo dentro de
um período de incubação aceito, após exposição ao caso índice. Essa taxa é
freqüentemente calculada para contatos domiciliares.
TAXA (OU COEFICIENTE) DE LETALIDADE: é a medida de freqüência de óbitos por
determinada causa, entre membros de uma população atingida pela doença.
TAXA DE MORBIDADE: medida de freqüência de doença em uma população.
Existem dois grupos importantes de taxa de morbidade: as de incidência e as de
prevalência.

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TAXA (OU COEFICIENTE) DE MORTALIDADE: é a medida de freqüência de óbitos


em uma determinada população, durante um intervalo de tempo específico. Ao
serem incluídos os óbitos por todas as causas, tem-se a taxa de mortalidade geral.
Caso se inclua somente óbitos por determinada causa, tem-se a taxa de
mortalidade específica.
TAXA (OU COEFICIENTE) DE NATALIDADE: é a medida de freqüência de
nascimentos, em uma determinada população, durante um período de tempo
especificado.
TRANSMISSÃO: transferência de um agente etiológico animado, de uma fonte
primária de infecção para um novo hospedeiro. A transmissão pode ocorrer de
forma direta ou indireta.

49
TRANSMISSÃO DIRETA (contágio): transferência do agente etiológico, sem a

3:
:4
interferência de veículos.

08
TRANSMISSÃO DIRETA IMEDIATA: transmissão direta, em que há um contato

2
02
físico entre a fonte primária de infecção e o novo hospedeiro.

/2
06
TRANSMISSÃO DIRETA MEDIATA: transmissão direta, em que não há contato

6/
-0
físico entre a fonte primária de infecção e o novo hospedeiro; a transmissão se faz

om
por meio das secreções oronasais (gotículas de Flügge).
.c
TRANSMISSÃO INDIRETA: transferência do agente etiológico, por meio de
ok

veículos animados ou inanimados. A fim de que a transmissão indireta possa


tlo
ou

ocorrer, torna-se essencial que: a) os germes sejam capazes de sobreviver fora do


@

organismo, durante um certo tempo; b) haja veículo que os leve de um lugar a


09
bs

outro.
-m

TRATAMENTO ANTI-RECIDIVANTE: tratamento destinado a prevenir as recidivas,


1

particularmente as que incidem a longo prazo. Sinônimo de tratamento radical.


-7
41

TRATAMENTO PROFILÁTICO: tratamento de um caso clínico ou de um portador,


.9
34

com a finalidade de reduzir o período de transmissibilidade.


.7

VIGILÂNCIA DE DOENÇA: é o levantamento contínuo de todos os aspectos


17
-0

relacionados com a manifestação e propagação de uma doença, que sejam


a

importantes para o seu controle eficaz. Inclui a coleta e avaliação sistemática de :


lv
Si

• dados de morbidade e mortalidade;


o
un

• dados especiais de investigações de campo sobre epidemias e casos


Br

individuais;
s
co

• dados relativos a isolamento e notificação de agentes infecciosos em


ar
M

laboratório;
• dados relativos à disponibilidade, uso e efeitos adversos de vacinas,
toxóides, imunoglobulinas, inseticidas e outras substâncias empregadas no
controle de doenças; e
• dados sobre níveis de imunidade em certos grupos da população.
Todos esses dados devem ser reunidos, analisados e apresentados na forma de
informes, que serão distribuídos a todas as pessoas que colaboraram na sua
obtenção, e a outras que necessitem conhecer os resultados das atividades da
vigilância, para fins de prevenção e controle de agravos relevantes à Saúde
Pública. Esses procedimentos se aplicam a todos os níveis dos serviços de Saúde
Publica, desde o local até o internacional.

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VIGILÂNCIA DE PESSOA: é a observação médica rigorosa, ou outro tipo de


supervisão de contatos de pacientes com doença infecciosa, para permitir a
identificação rápida da infecção ou doença, porém sem restringir sua liberdade de
movimentos.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA: observação dos comunicantes durante o período máximo
de incubação da doença, a partir da data do último contato com um caso clínico
ou portador, ou da data em que o comunicante abandonou o local em que se
encontrava a fonte primária de infecção. Não implica na restrição da liberdade de
movimentos.
Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_l.pdf

49
3:
:4
08
Vigilância da Saúde do Trabalhador.

2
02
/2
Direto da página da Plataforma RENAST2:

06
"A atividade VISAT deve estabelecer uma intervenção e negociação de controle e

6/
-0
mudanças no processo de trabalho, em sua base tecnológica ou de organização

om
do trabalho, o que virtualmente, poderá eliminar o risco de acidentes e
.c
adoecimento relacionado ao trabalho." (Machado, 2011)
ok
tlo

7. A Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) é um dos componentes do


ou

Sistema Nacional de Vigilância em Saúde. Visa à promoção da saúde e a redução


@
09

da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de


bs

ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos


-m

modelos de desenvolvimento e processos produtivos (Portaria GM/MS Nº


1
-7

3.252/09). A especificidade de seu campo é dada por ter como objeto a relação da
41

saúde com o ambiente e os processos de trabalho, abordada por práticas


.9
34

sanitárias desenvolvidas com a participação dos trabalhadores em todas as suas


.7
17

etapas. Como componente da vigilância em saúde e visando à integralidade do


-0

cuidado, a VISAT deve inserir-se no processo de construção da Rede de Atenção à


a

Saúde, coordenada pela Atenção Primária à Saúde (Portaria GM/MS Nº 3.252/09).


lv
Si

Nesta perspectiva, a VISAT é estruturante e essencial ao modelo de Atenção


o
un

Integral em Saúde do Trabalhador. A Vigilância em Saúde do Trabalhador


Br

compreende uma atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no sentido


s
co

de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e


ar
M

condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de


trabalho, em seus aspectos tecnológico, social, organizacional e epidemiológico,
com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos,
de forma a eliminá-los ou controlá-los (Portaria GM/MS Nº 3.120/98). Apresenta
como características gerais:
• O caráter transformador: a Vigilância em Saúde do Trabalhador constitui
um processo pedagógico que requer a participação dos sujeitos e implica
em assumir compromisso ético em busca da melhoria dos ambientes e
processos de trabalho. Dessa maneira, a ação de VISAT deve ter caráter

2
Fonte: https://renastonline.ensp.fiocruz.br/temas/vigilancia-saude-trabalhador

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Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020
Conhecimentos Gerais em Saúde Pública

proponente de mudanças e de intervenção sobre os fatores determinantes


e condicionantes dos problemas de saúde relacionados ao trabalho.
• A importância das ações de promoção, proteção e prevenção: partindo do
entendimento de que os problemas de saúde decorrentes do trabalho são
potencialmente preveníveis, esta Política deve fomentar a substituição de
matérias primas, de tecnologias e de processos organizacionais prejudiciais
à saúde por substâncias, produtos e processos menos nocivos. As práticas
de intervenção em VISAT devem orientarse pela priorização de medidas de
controle dos riscos na origem e de proteção coletiva.
• Interdisciplinaridade: a abordagem multiprofissional sobre o objeto da
vigilância em saúde do trabalhador deve contemplar os saberes técnicos,

49
com a concorrência de diferentes áreas do conhecimento e,

3:
:4
fundamentalmente, o saber dos trabalhadores, necessários para o

08
desenvolvimento da ação.

2
02
• Pesquisa-intervenção: o entendimento de que a intervenção, no âmbito da

/2
06
vigilância em saúde do trabalhador, é o deflagrador de um processo

6/
-0
contínuo, ao longo do tempo, em que a pesquisa é sua parte indissolúvel,

om
subsidiando e aprimorando a própria intervenção.
.c
• Articulação intrasetorial: a Vigilância em Saúde do Trabalhador deve se
ok

articular com os demais componentes da Vigilância em Saúde - Vigilância


tlo
ou

Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Vigilância em Saúde Ambiental,


@

Promoção da Saúde e Vigilância da Situação de Saúde.


09
bs

• Articulação intersetorial: deve ser compreendida como o exercício da


-m

transversalidade entre as políticas de saúde do trabalhador e outras


1

políticas setoriais, como Previdência, Trabalho e Meio Ambiente, e aquelas


-7
41

relativas ao desenvolvimento econômico e social, nos âmbitos federal,


.9
34

estadual e municipal.
.7

• Pluriinstitucionalidade: articulação, com formação de redes e sistemas no


17
-0

âmbito da vigilância em saúde e com as universidades, os centros de


a

pesquisa e demais instituições públicas com responsabilidade na área de


lv
Si

saúde do trabalhador, consumo e ambiente.


o
un

(PNSTT, Anexo I)
Br

"A vigilância em saúde do trabalhador, enquanto campo de atuação, distingue-se


s
co

da vigilância em saúde em geral e de outras disciplinas no campo das relações


ar
M

entre saúde e trabalho por delimitar como seu objeto específico a investigação e
intervenção na relação do processo de trabalho com a saúde" (Machado, 1997)
* Substituída pela Portaria Nº 1.378, de 9 de julho de 2013 - Sistema Nacional de
Vigilância em Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
Objetivos da VISAT
Identificar o perfil de saúde da população trabalhadora, considerando a
analise da situação de saúde:
a) A caracterização do território, perfil social, econômico e ambiental da
população trabalhadora.

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Professor Alyson Barros
SEMAD-Goiânia 2020
Conhecimentos Gerais em Saúde Pública

b) Intervir nos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde da


população trabalhadora, visando eliminá-los ou, na sua impossibilidade,
atenuá-los e controlá-los.
c) Avaliar o impacto das medidas adotadas para a eliminação, controle e
atenuação dos fatores determinantes dos riscos e agravos à saúde, para
subsidiar a tomada de decisões das instancias do SUS e dos órgãos
competentes, nas três esferas de governo.
d) Utilizar os diversos sistemas de informação para a VISAT. (Diretrizes de
implantação da Vigilância em Saúde do Trabalhador no SUS)
Veja também:
• Portaria Nº 1.378, de 9 de julho de 2013 - Sistema Nacional de Vigilância em

49
Saúde e Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

3:
:4
• Portaria MS/GM Nº 1.823/2012

08
• Portaria Nº 104, de 25 de janeiro de 2011 - Define as terminologias adotadas

2
02
em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário

/2
06
Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em

6/
-0
saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e

om
estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos
.c
profissionais e serviços de saúde
ok

• Portaria Nº 3.252, de 22 de dezembro de 2009 - Aprova as diretrizes para


tlo
ou

execução e financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela União,


@

Estados, Distrito Federal e Municípios e dá outras providências.


09
bs

(Substituída pela Portaria Nº 1.378, de 9 de julho de 2013)


-m

• Portaria Nº 777/GM de 28 de abril de 2004 - Dispõe sobre os procedimentos


1

técnicos para a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador


-7
41

em rede de serviços sentinela específica, no Sistema Único de Saúde - SUS.


.9
34

(Revogada, vide Portaria nº 104 de 25 de janeiro de 2011)


.7
17
-0
a
lv
Si

Questões
o
un
Br

Não encontrei nenhuma, mas, continuarei procurando!


s
co
ar
M

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