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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

Sabrina Santos Rosa

DOCUMENTÁRIO “ROMPENDO O SILÊNCIO”:


RESUMO

Santa Maria, RS
2022
• As camponesas tentam criar uma pauta de discussão entre a sociedade e o governo sobre
onde é investido o dinheiro: onde é gerado comida ou apenas material de exportação,
de capital especulativo?
• As empresas de celulose estão tomando posse das terras brasileiras, um exemplo é o Rio
Grande do Sul, onde já são mais de 250 mil hectares cobertos com plantio de eucalipto.
• O eucalipto gera o que é chamado de deserto verde, propagando a degradação do meio
ambiente. Por isso, elas também ocupam em solidariedade aos indígenas do Espírito
Santo, que foram retirados de suas terras.
• Aracruz Celulose: empresa que possui três fábricas no Espírito Santo e uma no Rio
Grande do Sul, com mais de 250 mil hectares de terras cobertas pela monocultura em
larga escala, com o plantio do eucalipto de rápido crescimento. Ocupa cerca de 30% do
mercado mundial, gera apenas um emprego para 25 hectares de terra e exporta 98% da
produção, principalmente para Europa e Estados Unidos.
• As três fábricas do Espírito Santo consomem água como uma cidade de 2,5 milhões de
habitantes.
• Estudos da FUNAI identificaram que 18.070 desses hectares ocupados pela empresa no
município de Aracruz/ES são terras indígenas, porém, 11.009 hectares ainda se
encontram sob poder da Aracruz Celulose.
• Durante os anos da ditadura militar, de 1968 a 1973, os povos Tupiniquim e Guarani
testemunharam a chegada da empresa, usando tratores de esteira e derrubando dezenas
de milhares de hectares da Mata Atlântica.
• Antes, eram cerca de 40 aldeias e 30 mil hectares, logo após a chegada da Aracruz
Celulose, restaram apenas 03 aldeias e 40 hectares.
• Havia aproximadamente 1.500 indígenas aldeados, mas restaram apenas 680.
• A planta industrial que reúne das três fábricas no ES foi construída sobre a principal
aldeia Tupiniquim, a Aldeia dos Macacos.
• Desde 1.978, os povos indígenas lutam pela retomada de suas terras.
• Em 2005, partiram para a terceira luta em busca da recuperação de mais 11 mil hectares,
já reconhecidos pela FUNAI.
• No norte do Espírito Santo, a região do Sapê do Norte, que compreende os municípios
de São Mateus e Conceição da Barra, acolheu muitos negros e negras foragidos do
escravismo colonial.
• Antes da chegada da Aracruz, em meados dos anos 70, havia cerca de 12 mil famílias
afrodescendentes habitando um território de 256 mil hectares. Hoje, existem apenas
1.300 famílias em 32 comunidades Quilombolas, ilhados em meio ao eucaliptal.
• O projeto neoliberal concentra os recursos às grandes empresas, na sua monocultura de
eucalipto, e ignora o processo de desenvolvimento da agricultura familiar.
• Muitas famílias foram expulsas do campo, gerando um grande número de trabalhadores
sem-terra nas periferias das cidades de todos os estados. Segundo dados do IBGE, são
mais de 50 mil famílias.
• No território capixaba, 12% são terras devolutas, e destas, mais da metade estão sob o
controle da empresa Aracruz.
• Atualmente, no Espírito Santo, são mais de 1.200 famílias debaixo de lonas, às margens
de estradas e rodovias.
• No norte do Espírito Santo, é dito que houve o desaparecimento de mais de 400 espécies
de aves e 40 de mamíferos.
• O eucalipto é uma planta que consome 30 litros de água por dia, e não dá flores nem
sementes.
• As plantações produzem milhões de dólares para meia dúzia de senhores.
• Há um silêncio sobre a destruição da Mata Atlântica e dos Pampas, para o cultivo
homogêneo de uma só árvore.

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