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Mundo Medieval.

Universidades :
Durante boa parte da Idade Média, o acesso ao conhecimento científico e o mundo

letrado ficaram restritos aos mosteiros e igrejas da cristandade daquela época. Vários membros

tiveram a importante missão de preservar e reproduzir diversas das obras que integravam o saber

produzido durante a Antiguidade Clássica. Contudo, esse monopólio intelectual fixado pela

Igreja viria a sofrer profundas transformações com o estabelecimento do renascimento urbano-

comercial.

A partir do século XII, diversos agentes sociais reivindicariam o conhecimento de

habilidades que só eram possíveis com o domínio da leitura e da escrita. De fato, funcionários

municipais ou membros do funcionalismo dos nascentes Estados Nacionais tinham que elaborar

documentos oficiais e decretos que pudessem organizar as ações reais. Paralelamente, a

burguesia também fazia semelhante reivindicação com o intuito de calcular seus lucros, elaborar

contratos e redigir letras de câmbio.

Foi nesse novo contexto que algumas escolas leigas, geralmente financiadas pelo interesse

burguês, surgiam com a intenção de colocar o saberes para fora dos portões da Igreja. Em pouco

tempo, eficazes centros de ensino surgiriam, dando origem as primeiras universidades de que se

tem notícia. Sem dúvida alguma, essa viria a ser uma das mais expressivas contribuições

deixadas pela “tenebrosa” era medieval para o mundo contemporâneo.


Inicialmente, qualquer indivíduo poderia lecionar ou aprender em uma determinada

universidade. Os mestres geralmente recebiam o pagamento pelo saber repassado diretamente

com seus alunos. Em situações em que um indivíduo não possuía condições para arcar com seus

estudos, acabavam prestando serviços diversos para membros da população local. Em geral,

desempenhavam tarefas contábeis ou trabalhavam como livreiros e copistas. Uma outra parcela,

ainda, tinha seus estudos financiados por familiares mais ricos ou membros da Igreja ou do

Estado.

Construções Arquitetônicas :
A arquitetura medieval é caracterizada por estilos arquitetônicos influenciados pelo

teocentrismo - modo filosófico e religioso que coloca Deus como centro de todas das coisas.

Esse tipo de construção foi desenvolvida durante a Idade Média e apresentou três estilos:

bizantino, românico e gótico.

As características da arquitetura medieval são:

• Influência teocêntrica;

• Construções grandiosas;

• Uso de técnicas inovadoras nas construções;

• Padrões construtivos de igrejas, catedrais, basílicas e mosteiros;

• Dois principais estilos: românico e gótico.

Arquitetura medieval: estilo romântico

O estilo românico recebeu essa denominação devido a aproximação similar dos padrões

construtivos da arquitetura romana. Surgiu na Itália e na França, no século XI ao XII.


Os mosteiros tinham predominância do estilo românico. As construções usavam arcos

arredondados, abóbadas e paredes pré-moldadas maciças.

A basílica de San Miniato al Monte foi construída na Itália e é um exemplo do estilo românico.

Seu nome foi escolhido em referência a um príncipe sírio. No interior da basílica existem

mosaicos de origem árabe.

O batistério de San Giovani ou batistério de Florença tem características arquitetônicas orientais.

Veja outros exemplos de construções do estilo românico:

• Igreja Sé Velha;

• Igreja Nossa Senhora a Maior;

• Igreja Germiny des Prés;

• Catedral de Santa Maria (Duomo di Pisa).

Arquitetura medieval: estilo gótico

A arquitetura gótica foi realizada nos séculos XII e XIII, França, na Inglaterra e na Alemanha

e desenvolveu-se no período histórico da Baixa Idade Média, quando ocorre o renascimento

comercial e o renascimento das cidades.

A denominação desse estilo arquitetônico refere-se aos povos Godos, que invadiram o Império

Romano no século IV. Além disso, gótico era a língua germânica desses povos.

O estilo gótico desenvolveu técnicas inovadoras nas construções arquitetônicas das igrejas,

catedrais, basílicas e mosteiros.


O arco ogival (arcos duplo com partes iguais), o arcobotante, as abóbodas de nervuras, o

pináculo, a gárgula, a nave colateral, a arcada, o clerestório, o trifório, o contraforte eram

elementos arquitetônicos característicos das catedrais góticas.

Outros elementos da arquitetura medieval gótica eram as construções com fachadas de três

arcos, as decorações de vitrais e de esculturas. São exemplos de construções do estilo gótico:

Catedral de Notre Dame, Abadia de Saint Denis, Igreja Negra, Catedral de Milão e Catedral de

Amiens.

Arquitetura medieval: estilo bizantino

Também fez parte da arquitetura medieval o estilo bizantino, desenvolvido durante o período

do Império Bizantino 330 d.C. e se propagou em toda Europa, no norte da África e na Ásia

menor.

Nas construções eram usadas cúpulas e planta de eixo central. As cúpulas eram colocadas nas

coberturas das igrejas e serviam para reproduzir as abóbadas celestes.

Durante o governo do imperador Justiniano, de 527 a 565 d.C., a arte bizantina e a arquitetura

medieval bizantina teve seu momento de auge.

Gastronomia Medieval :

A expressão culinária medieval refere-se ao conjunto de hábitos alimentares e de métodos,

técnicas e processos utilizados para preparar, conservar e apresentar os alimentos das várias

culturas europeias durante a Idade Média, período histórico que compreende que
aproximadamente os séculos V ao XV.[nota 1] Durante este período, as dietas e a culinária

mudaram em toda a Europa, e essas mudanças ajudaram a estabelecer as bases para a moderna

cozinha europeia.

Um grupo de viajantes compartilhando um refeição simples de pão e bebida; Livre du roi

Modus et de la reine Ratio, século XIV

O pão era o alimento básico, seguido por outros alimentos fabricados a partir de cereais, como o

mingau e as massas. A carne era mais prestigiosa e mais cara que os grãos e que os vegetais.

Entre os temperos comuns estavam o vertjus (do francês médio, significa "suco verde"), suco

extraído de uvas não maduras, o vinho e o vinagre. Estes, juntamente com a utilização muito

difundida de mel ou açúcar (entre aqueles que tinham recursos para isso), deu a muitos pratos um

sabor agridoce. Os mais populares tipos de carne eram de porco e frango, enquanto a carne

bovina, que exigia um maior investimento em terras, era menos comum. Bacalhau e arenque

estavam entre os principais da população do norte, mas uma grande variedade de outros peixes

de água salgada e de água doce também serviam de alimento. Amêndoas, tanto doces quanto

amargas, eram utilizadas inteiras como guarnição, ou mais comumente trituradas e usadas como

um espessante de sopas, ensopados, e molhos. Particularmente popular era uma bebida leitosa

feita de amêndoas trituradas, chamada de leite de amêndoa, que era um substituto comum para o

leite animal, utilizado para cozinhar durante a Quaresma e os jejuns da Igreja Católica Romana.

O transporte lento e as ineficientes técnicas de preservação dos alimentos impediam o

comércio de longa distância de muitos alimentos. Na maioria dos casos, somente os ricos,

especialmente a nobreza, podiam adquirir ingredientes importados, tais como especiarias.

Devido a esses fatores, a cozinha dos nobres era mais propensa à influência estrangeira do

que a de pessoas mais pobres. Como cada nível da sociedade imitava o nível acima, as inovações
resultantes do comércio internacional e das guerras estrangeiras gradualmente se espalharam

através da classe média-alta das cidades medievais.

Em uma época em que a fome era comum e as hierarquias sociais eram muitas vezes

brutalmente forçadas, o alimento era um importante indicador do estatuto social de forma que

não há equivalente hoje na maioria dos países desenvolvidos. À parte da indisponibilidade

econômica dos luxos, como especiarias, decretos declaravam ilegal o consumo de certos

alimentos por determinadas classes sociais, e leis suntuárias limitavam o consumo conspícuo

entre os nouveaux riches (francês: "novos ricos"), pessoas que se tornaram ricas, e que não

faziam parte da nobreza. Normas sociais também impunham que o alimento da classe

trabalhadora fosse menos refinado, já que se acreditava que havia uma semelhança divina ou

natural entre o trabalho e os alimentos das pessoas; assim, trabalho manual requeria alimentos

mais vulgares e mais baratos.

Aluna : Letícia Romão Queiroz.

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