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IDADE MÉDIA (PARTE 02)

O laço que unia os povos europeus no período medieval era a Igreja


Cató lica e a religiã o. Toda a cultura medieval está relacionada a isso.

Universidades medievais

Durante a Idade Média era a Igreja Cató lica que controlava o saber. As
escolas se encontravam em mosteiros e catedrais, e eram os membros
do clero os responsáveis pelas aulas. As principais universidades
europeias tem seu surgimento ligado à Igreja Cató lica, com cursos de
Teologia, Artes, Direito e Medicina.

Arquitetura

Por conta da influência do Cristianismo, os estilos arquitetô nicos medievais estã o presentes,
principalmente, na construçã o de igrejas e catedrais nos estilos Româ nico e Gó tico.

Estilo Românico

 Traços simples;
 Pilares grossos;
 Tetos em formato de semicírculo;
 Muros grossos e janelas estreitas;

Estilo Gótico

 Traços leves e verticais;


 Janelas grandes;
 Vitrais coloridos;
 Paredes altas e finas; Literatura
 Abó bodas e rosá ceas;
Marcada pela poesia, contava histó rias de grandes
cavaleiros e suas jornadas, além de histó rias de amor.
Também sofria influência da Igreja Cató lica, já que
normalmente eram os membros do clero que sabiam ler e
escrever. Um dos nomes mais conhecidos do período é
Dante Alighieri, autor do poema “A Divina Comédia” que
fala sobre o purgató rio, o inferno e o paraíso.

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Características culturais
Música
 A cultura oficial era séria e demarcava a visã o social de
A mú sica também foi dominâ ncia da Igreja Cató lica sobre os demais.
fortemente influenciada pela  Já a cultura popular era marcada pelo riso, humor e
Igreja Cató lica. Foi um monge alegria. Teatros zombando dos costumes rígidos cató licos
cató lico que deu nome à s notas eram comuns, além de festivais de carnaval.
musicais utilizadas até hoje (dó ,
ré, mi, fá , sol, lá , si).
CRUZADAS

As Cruzadas eram expediçõ es de cará ter religioso, econô mico e militar que se
formaram na Europa, entre os séculos XI e XIII, contra os hereges e os
muçulmanos. O objetivo principal era recuperar a cidade de Jerusalém,
considerada solo sagrado pelo cristianismo, nas mã os dos muçulmanos e
judeus. Além disso, as Cruzadas tinham outros objetivos: A tentativa do
papado de unir a Igreja Ocidental e a Igreja Oriental, separadas desde 1054
pelo Cisma do Oriente; e uma tentativa dos nobres europeus de se
apropriarem de terras no oriente.

Principais cruzadas

Ao todo foram organizadas oito cruzadas em cerca de 200 anos.


Homens de toda a Europa eram convidados a entrar nos exércitos logo apó s o
Concílio de Trento. A terceira cruzada é a mais famosa, devido a
participaçã o de reis importantes como Ricardo Coraçã o de
Leã o (Inglaterra), Filipe Augusto (França) e Frederico Barba
Roxa (Sacro Império Romano-Germâ nico).

Consequências das Cruzadas

Do ponto de vista religioso as cruzadas fracassaram, mas do ponto de vista


econô mico elas tiveram um papel importante no desenvolvimento comercial. Deve-se também à s
cruzadas a divulgaçã o na Europa ocidental de parte dos conhecimentos das civilizaçõ es bizantina e
muçulmana.

A Europa após as Cruzadas

O retorno das atividades comerciais e rá pido crescimento


econô mico nã o conseguiram acompanhar o sistema econô mico
feudal, que precisou passar por mudanças. As terras cultivadas
dentro dos feudos passaram a ser de uso compartilhado, e impostos
como a Talha e a Corveia deixaram de existir.

Foram criados instrumentos de trabalho, como a charrua, o peitoral,


a ferradura e o moinho d’á gua. O Moinho D’Á gua foi muito
importante nas relaçõ es comerciais europeias, pois permitia a
moenda do trigo, a quebra de minérios e a extraçã o de azeite das
olivas.

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Crescimento demográfico

A Europa viu um crescimento


demográ fico acelerado, que nã o
acompanhou as moradias, a
produçã o de alimento e as
condiçõ es de higiene das
localidades.

Atividades comerciais

Logo apó s as Cruzadas a Europa reabriu seus interesses comerciais com a criaçã o de duas principais
rotas comerciais.

Rota comercial do Norte Rota comercial do Sul

Passava por cidades inglesas e A rota principal era o Mar Mediterrâ neo,
alemã s. Era controlada por uma passando por portos italianos e espanhó is. Os
associaçã o de comerciantes alemã es. comerciantes mais influentes eram os
No século XV, compreendia mais de italianos, que se dedicavam à venda de
60 países, com exército e governo especiarias e artigos de luxo vindos do
pró prios. Oriente.

Unindo as rotas, havia uma extensa rede de estradas terrestres, que


se desenvolveram formando grandes feiras comerciais, como
Champagne (França), Veneza (Itá lia) e Frankfurt (Alemanha).
Corporações de ofício
As corporaçõ es do ofício eram responsáveis por regularizar as
formas de trabalho, controlar a entrada e saída de produtos e
defender os interesses comerciais dos artesã os. Essas corporaçõ es
também estabeleceram uma nova ordem de trabalho: aprendiz,
oficial e mestre. O mestre era o ú nico com permissã o de montar sua
pró pria oficina de trabalho, e para ele trabalhavam os outros dois.

Nascimento da Burguesia
Burgos eram agrupamentos populacionais, compostos
por comerciantes e artesã os, que eram chamados de
burgueses. Os burgueses viviam livres dos impostos dos
senhores feudais, com tratados de livre-comércio e
liberdade para a populaçã o. Graças a expansã o das
cidades, a burguesia entrou em um processo de ascensã o,
se tornando a classe popular com mais riquezas do
período.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
3
BRAICK, Patrícia Ramos. Estudar história : das origens do homem à era digital : manual do professor — 3. ed. — Sã o Paulo
: Moderna, 2018.

COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8.ed. Sã o Paulo: Saraiva, 2005.

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