Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OZONIOTERAPIA
RESUMO
ABSTRACT
This article promotes research on a current and extremely important topic in the
global health scenario, as it highlights the potential and functionalities of ozone therapy
in the context of various diseases that have plagued man since the dawn of humanity,
persisting and multiplying up to the present day. Faced with this scenario, numerous
4
Introdução
Este artigo tem como Objectivo Geral proporcionar uma percepção nítida sobre
Ozonioterapia como uma terapia subalterna no tratamento da COVID-19. Em termos de
objectivos específicos o trabalho visa identificar as patologias passíveis ao tratamento
com base na Ozonioterapia, descrever o contexto histórico da Ozonioterapia, apontar os
benéficos da Ozonioterapia no tratamento da COVID-19 e explicar as formas do uso da
ozonioterapia no tratamento patológico.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Quanto à natureza, o presente estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa do tipo
básica, por ter por objectivo gerar conhecimentos dirigidos à solução ou tratamento do
COVID-19 com base na Ozonioterapia. Outrossim, quanto aos objectivos, o estudo é
meramente descritivo, porque pretende descrever os benéficos da Ozonioterapia no
tratamento da COVID-19 e explicar as formas do uso da ozonioterapia no tratamento
patológico.
7
REVISÃO LITERÁRIA
Ozónio
Funções do Ozónio
duas vantagens sobre os métodos convencionais (autoclave e estufa), que levam pelo
menos vinte minutos para a completa esterilização destes materiais, enquanto o O3
inativa os microorganismos rapidamente e não gasta energia (Kowalski, Bahnfleth,
Wittan, 1998).
Adversidades do ozónio
Diante desse cenário, tem havido uma crescente preocupação social e científica
com a presença de poluentes na atmosfera, porque têm um efeito destruidor da fina
camada de ozono que circunda o planeta conduzindo a uma maior exposição humana à
radiação ultravioleta responsável pelos elevados índices de cancro de pele em todo o
mundo. O grande buraco na camada de ozono está concentrado por cima do continente
antárctico.
O ozónio produzido pela indústria e libertado pelos escapes dos automóveis nas
camadas inferiores da atmosfera é um poluente, responsável, por exemplo, por
problemas respiratórios.
A inalação directa do gás ozónio (0,1 a 1ppm) pode ser tóxica para o trato
respiratório superior, causando irritação das vias aéreas superiores, rinite, dores de
cabeça e, ocasionalmente, náusea e vomito (Nakao et al., 2009).
Terapia
Do grego, a palavra passou para o latim e, deste, para as línguas modernas com o
sentido abrangente de qualquer meio ou procedimento usado no tratamento dos
enfermos, dando origem a compostos como farmacoterapia, fisioterapia, hidrotrapia,
radioterapia, psicoterapia etc.
Ozonioterapia
Por outro lado, nos é apresentada a iluminação de Bocci, (2006), onde afirma
que, “a ozonioterapia é a administração terapêutica de ozónio, que pode ser realizada
por via subcutânea (SC); intramuscular (IM); Intradiscal; intracavitaria (espaços
peritonial e pleural); intravaginal, intrauretral e vesical e auto-hemoterapia
ozonizada”.
várias acções biológicas, ocorrer após activação do ozónio através das células
imunes do corpo que produzem os mensageiros especiais chamados citoquinas
(mediadores importantes como interferon e interleucinas). Estes informam
outras células imunes, provocando uma cadeia de mudanças positivas no
sistema imunes, que se torna mais capaz de resistir a doenças, obtendo
resultados terapêuticos quando o ozónio é aplicado em doses apropriadas e uma
forma inofensiva para o corpo (Aguiar et al., 2010).
É uma variedade alotrópica de oxigénio com o maior poder antioxidante, que lhe
proporciona propriedades bactericidas e fungicidas, torna útil no local do tratamento de
lesões ou feridas infectadas; este gás é obtido a partir de oxigénio puro por choque
eléctrico silencioso e são atingidas concentrações entre 0,05-5%, em volume, com uma
meia - vida de 45 min a 20° C (Duarte et al., 2014).
de uso da ozonioterapia são: óleo ozonizado, creme ozonizado, água ozonizada e gás
ozônio em bags.
Além disso, também são usadas outras técnicas, como a injecção intradiscal,
paravertebral ou insuflação rectal, em que é introduzida uma mistura de ozónio e
oxigénio através de um cateter no cólon.
Além das formas naturais de produção de O3, (Bocci, 2006), sustenta que existem
três formas de produzi-lo industrialmente através de geradores para utilização na
medicina, que são:
Aplicabilidade da Ozonioterapia
Em primeiro lugar, devemos frisar que a terapia com o O3 não deve ser a terapia
principal no tratamento das enfermidades, entretanto, como terapia coadjuvante pode
trazer muitos benefícios (Viebahn-Haensler, 2001).
Devido às suas propriedades, esta é uma terapia que pode ser sugerida no
tratamento de problemas crónicos, como artrite, dor crónica, feridas infectadas e atraso
da cicatrização, por exemplo. O tratamento deve ser realizado por um profissional de
saúde, aplicando o ozónio localmente ou injectando via intravenosa, via intramuscular
ou por insuflação rectal.
Deste modo, Duarte et al. (2014), são categóricos em afirmar que a terapia com
ozónio funciona interrompendo processos não saudáveis no corpo, como o crescimento
de bactérias patogénicas se houver uma infecção, ou impedindo alguns processos
oxidativos, podendo por isso ser usado para melhorar diversos problemas de saúde:
Problemas respiratórios
Nas palavras de Bocci et al (2011), a terapia com ozónio pode trazer benefícios
para pessoas com o sistema imunológico debilitado e ajudar a tratar doenças como
esclerose múltipla, artrite reumatoide ou miastenia gravis, por exemplo, já que estimula
e reforça o sistema imune, aumentando o número de moléculas envolvidas na emissão
de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes.
15
Tratamento do HIV-SIDA
Tratamento do Câncer
Tratamento de infecções
Complicações na diabetes
Além disso, como esta terapia ajuda com a circulação sanguínea, pode permitir a
melhora da vascularização de tecidos afectados pela falta de oxigénio produzida pela
diabetes. Assim, e embora ainda não existam estudos com resultados bem comprovados,
16
este tipo de terapia pode também ser experimentada para melhorar a cicatrização de
úlceras em pessoas com diabetes (Ricevuti; 2020).
Tratamento de feridas
O ozónio pode ainda ser usado para o tratamento de feridas, aplicando o gás
directamente na região afectada. Em um estudo in vitro, observou-se que o ozónio é
muito eficaz na redução das concentrações de Acinetobacter baumannii, Clostridium
difficile e Staphylococcus aureus.
O ozónio pode também ser usado para tratar doenças inflamatórias, como artrite,
reumatismo, degeneração macular, hernia de disco, problemas circulatórios, síndrome
respiratória aguda grave, em sintomas hipóxicos e isquêmicos e para diminuir o
colesterol no sangue. Além disso tem também sido usado em odontologia, no
tratamento de cáries dentárias. Saiba como identificar e tratar uma cárie dentária
(Rubin; 2001).
Ricevuti (2020) descreve que se o ozónio for usado com doses terapêuticas
específicas, pode estimular os factores nucleares responsáveis por modular o processo
inflamatório (via NrF2 e NF-κB), suprindo a liberação de citocinas pró-inflamatórias,
17
assim como equilibra o sistema de defesa antioxidante. Além disso, “ozónio também
pode activar os sistemas imunológicos celulares e humorais, aumentar a proliferação
de células imunocompetentes e sintetizar imunoglobulinas, melhorando a função do
sistema imunológico”.
hemoterapia com ozónio (20 mg/mL por mL de sangue e 250 mL de volume). Foram
observadas melhorias significativas no teste de caminhada de 6 minutos e dispneia no
grupo que recebeu a terapia quando comparado ao controle. Com relação aos efeitos
adversos da terapia, foi observado apenas rubor facial em 3% dos pacientes.
É importante destacar que o ozónio não pode ser inalado directamente devido às
suas propriedades de toxicidade e irritação, no entanto, pode ser administrado por
circulação sistémica para doenças pulmonares, como demonstrado nos estudos
mencionados. Ainda, todos os protocolos clínicos devem sempre estar em conformidade
com as doses e procedimentos padrão definidos na Declaração de Madri (Schawarttz-
Tapia et al., 2015).
Martínez-Sánchez et al, (2020) destacam que pelo menos três ensaios clínicos
importantes estão em andamento na China, utilizando a ozonioterapia, entretanto, são
necessários mais ensaios clínicos para confirmar a eficácia do ozónio como terapia
complementar no tratamento de doenças COVID-19. Deve-se notar que, mesmo que o
ozónio não tenha efeito sobre a infecção causada pelo vírus, a modulação de citocinas
inflamatórias, do estresse oxidativo e o aumento do sistema imunológico celular e
humoral ocasionados pela terapia com ozônio, demonstradas em estudos experimentais
e clínicos anteriores, pode oferecer um efeito clínico relevante e benéfico.
Considerações finais
Referências bibliográficas
Aguiar, Lázaro Joaquín Pérez, Báez, Obel García, González, Ceferino Román
CEPERO, Silvia Menéndez. (2010). Ozonoterapia y electroestimulación en
retinosis pigmentaria. Ver Cubana Oftalmol, Ciudad de la Habana, v. 23.
Bocci, V. A., Zanardi, I., & Travagli, V. (2011). Ozone acting on human blood yields a
hormetic dose-response relationship. Journal of Translational Medicine, 9, 66.
doi:10.1186/1479-5876-9-66.
Cândido, Luis Claudio. (2001). Nova abordagem no tratamento de feridas. S.P: Ed.
SENAC.
Dicionário Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2021. [consult. 2021-04-01
18:18:53]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$ozono.
Hu, B., Huang, S., & Yin, L. (2020). The cytokine storm and COVID-19. Journal of
21
medical virology,10.1002/jmv.
Lide, D. R. (2008). Ed, CRC Handbook of Chemistry and Physics, 89th edition, Boca
Liddell HG, Scott R. (1983). A greek-english lexicon. 9.ed., Oxford, Claredon Press.
Lai, C. C., Shih, T. P., Ko, W. C., Tang, H. J., & Hsueh, P. R. (2020). Severe acute
respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) and coronavirus disease-
2019 (COVID-19): The epidemic and the challenges.
Oliveira, Luciane Marta Neiva de. (2012). Utilização do ozônio através do aparelho de
alta f
requência no tratamento da úlcera por pressão. Rev. Bras. Ciên. Saúde/Revista
de Atenção à Saúde, v. 9, n. 30,
Rubin, M. (2001). “The History of Ozone. The Schonbein Period, 1839-1868”, Bull.
Hist. Chem.
Saraiva FRS. (1993). Dicionario Latino-português. 10.ed. Rio de Janeiro, Liv. Garnier.
Scrollavezza, P.; Ferrari, F.; Martini, F.M. (1997). Ozone treatment and blood lactate
variation after thoroughbred racehorses. In: world equine veterinary association
mondial congress, 5.
Valdenassi, L., Franzini, M., Ricevuti, G., Rinaldi, L., Galoforo, A. C., & Tirelli, U.
22
Ye, Q., Wang, B., & Mao, J. (2020). The pathogenesis and treatment of the `Cytokine
Storm' in COVID-19. The Journal of infection, 80(6), 607–613.