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OZONIOTERAPIA

Edson Alberto Chilaúle (edsonalbertchilaule@gmail.com)

Gerson Francisco Marques (gersonmarques1998@gmail.ccom)

Herculano Paunde Nhambomba (herculanopaude@gmail.com)

Inês Adelino Cumbane (inescumbane@gmail.com)

Universidade Rovuma - Extensão de Cabo Delgado. Departamento de Geociências –


2021.

RESUMO

O presente artigo promove uma pesquisa a respeito de um tema actual e de suma


importância no cenário da saúde global, por trazer a tona as potencialidades e
aplicabilidade da Ozonioterapia no contexto de diversas enfermidades que assolam o
homem desde os primórdios da humanidade, persistindo e multiplicando-se até os dias
actuais. Frente a este cenário, actualmente são registadas inúmeras patologias como:
Câncer, HIV-SIDA, Diabetes, Tuberculose e em maior destaque o COVID-19. O
Coronavírus é um agente zoonótico recém-emergente que surgiu em Dezembro de 2019,
em Wuhan, China, e se propagou pelo resto do Mundo, causando manifestações
respiratórias, digestivas e sistémicas, que se articulam no quadro clínico da doença
denominada COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease 2019). Neste prisma, a
identificação de possíveis estratégias de tratamento da infecção por SARS-CoV-2 é uma
prioridade. Consequentemente, há uma demanda mundial por encontrar novos
tratamentos para controlar a nova pandemia do Coronavírus. Em gesto de busca de
soluções dessa enfermidade, alguns pesquisadores e terapeutas vêem na Ozonioterapia
uma luz verde no fundo do túnel como uma terapia coadjuvante no tratamento da
COVID-19. Deste modo, o artigo tenciona proporcionar uma percepção nítida sobre
Ozonioterapia como uma terapia subalterna no tratamento da COVID-19. Para se
alcançar os objectivos propostos nesse estudo, recorreu-se a pesquisa bibliográfica
através de livros e Cibernética. Os autores e às suas respectivas obras encontram-se
plasmados nas referências bibliográficas. No que concerne as normas de publicação de
trabalhos científicos, recorreu-se as normas American Psycologcal Association (APA)
7ª edição. Estruturalmente, o trabalho obedece a seguinte sequência: Resumo,
Introdução, Desenvolvimento, considerações finas e as respectivas referências
bibliográficas.
Palavras-chave: Patologias; COVID-19; Ozonioterapia; Cura.

ABSTRACT

This article promotes research on a current and extremely important topic in the
global health scenario, as it highlights the potential and functionalities of ozone therapy
in the context of various diseases that have plagued man since the dawn of humanity,
persisting and multiplying up to the present day. Faced with this scenario, numerous
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pathologies are currently registered, such as: Cancer, HIV-AIDS, Diabetes,


Tuberculosis and, most notably, COVID-19. Coronavirus is a newly emerging zoonotic
agent that appeared in December 2019, in Wuhan, China, and spread throughout the rest
of the world, causing respiratory, digestive and systemic manifestations, which are
articulated in the clinical picture of the disease called COVID-19 (from English
Coronavirus Disease 2019). In this light, the identification of possible treatment
strategies for SARS-CoV-2 infection is a priority. Consequently, there is a worldwide
demand for finding new treatments to control the new Coronavirus pandemic. In a
gesture of seeking solutions to this disease, some researchers and therapists see Ozone
Therapy as a green light at the end of the tunnel as an adjunctive therapy in the
treatment of COVID-19. Thus, the article intends to provide a clear perception about
Ozone Therapy as a subaltern therapy in the treatment of COVID-19. In order to
achieve the objectives proposed in this study, bibliographic research through books and
cybernetics was used. The authors and their respective works are included in the
bibliographic references. Regarding the publication standards for scientific papers, the
American Psycologcal Association (APA) 7th edition standards were used. Structurally,
the work obeys the following sequence: Summary, Introduction, Development, fine
considerations and the respective bibliographic references.

Keywords: Pathologies; COVID-19; Ozone therapy; Cure.

Introdução

O trabalho em apreço surge numa perspectiva reflexiva em torno da


aplicabilidade da Ozonioterapia, cumprindo aqui salientar que a ozonioterapia é uma
técnica que utiliza o ozónio como agente terapêutico para diversas doenças, é utilizada
desde o século XIX, e, actualmente, é uma prática aprovada em vários países. Com o
advento da pandemia da COVID-19, inúmeros foram casos de infectados e óbitos pela
maior parte da Europa, Ásia concretamente na China, América especialmente nos EUA,
África particularmente na África do Sul e no Mundo no Geral. Até o momento, não
existe um consenso sobre o melhor tratamento terapêutico para pacientes com COVID-
19, porém, algumas pesquisas, elucidam que a Ozonioterapia pode actuar sobre todas as
manifestações de fenotipagem clínica desta doença. Nas últimas quatro décadas, a
Ozonioterapia tem sido estudada cientificamente como uma alternativa no tratamento de
muitas doenças agudas e crónicas como neuropatias diabética, artrite, osteoartrose,
queimaduras, contusões musculares, tendinites, bursites, por serem capazes de intervir
no equilíbrio de óxido – redução. A aplicação nestes casos da terapia, não tem relatos de
efeitos adversos descritos, por isso à mistura gasosa de oxigénio e ozónio foi muito bem
aceita e podem ser aplicadas de várias maneiras: rectal, intramuscular, tópico, oral
(Amaral, 2013). Nesta ordem ideias, importa aqui frisar que em Moçambique, a
utilização terapêutica do ozónio ainda é muito reduzida e existem poucas informações
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sobre seu uso no tratamento de algumas patologias, no entanto, evidências existentes


descrevem sobre seus benefícios, quando comparado com outras técnicas.

Este artigo tem como Objectivo Geral proporcionar uma percepção nítida sobre
Ozonioterapia como uma terapia subalterna no tratamento da COVID-19. Em termos de
objectivos específicos o trabalho visa identificar as patologias passíveis ao tratamento
com base na Ozonioterapia, descrever o contexto histórico da Ozonioterapia, apontar os
benéficos da Ozonioterapia no tratamento da COVID-19 e explicar as formas do uso da
ozonioterapia no tratamento patológico.

A metodologia empregue para o alcance dos objectivos previamente


estabelecidos, recorreu-se a pesquisa bibliográfica através de leitura de livros, artigos,
monografias, dissertações e teses que abordam aspectos inerentes a Ozonioterapia. Os
autores e às suas respectivas obras encontram-se plasmados nas referências
bibliográficas. No que concerne as normas de publicação de trabalhos científicos,
recorreu-se as normas American Psycologcal Association (APA) 7ª edição. No cerne
estrutural, o trabalho obedece a seguinte sequência: Resumo, Introdução,
Desenvolvimento, Considerações finas e as respectivas referências bibliográficas.
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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Pretende-se, neste subtítulo explicar os procedimentos metodológicos adoptados


durante o percurso do trabalho, através do tipo de pesquisa.

Aludindo Dencker (2000), “toda pesquisa requer uma fase preliminar de


levantamento e revisão da literatura existente para elaboração conceitual e definição
dos marcos teóricos (p.11).”

No entanto, para se alcançar os objectivos propostos nesse estudo, sendo que


constitui uma fase essencial para qualquer trabalho científico, o delineamento desta
pesquisa contemplou levantamento e selecção de algumas referências bibliográficas
através de leitura de livros, artigos, monografias, dissertações e teses que abordam
directamente sobre os aspectos inerentes a Ozonioterapia. Os autores e às suas
respectivas obras encontram-se citados ao longo do trabalho e plasmados nas
referências bibliográficas.

Quanto à natureza, o presente estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa do tipo
básica, por ter por objectivo gerar conhecimentos dirigidos à solução ou tratamento do
COVID-19 com base na Ozonioterapia. Outrossim, quanto aos objectivos, o estudo é
meramente descritivo, porque pretende descrever os benéficos da Ozonioterapia no
tratamento da COVID-19 e explicar as formas do uso da ozonioterapia no tratamento
patológico.
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REVISÃO LITERÁRIA

Ozónio

Segundo o Dicionário Infopédia (2003-2021), “o ozónio, cuja fórmula química é


O3, é um gás azul pálido, muito venenoso e com um odor desagradável (possivelmente
devido à formação de óxidos de azoto). É uma forma alotrópica do oxigénio, sendo a
sua molécula constituída por três átomos de oxigénio, enquanto o oxigénio vulgar é
constituído por dois átomos”.

Outrossim, o ozono forma-se nas camadas baixas da atmosfera (ozono


estratosférico) por descargas eléctricas num meio contendo oxigénio e sobretudo na
parte inferior da estratosfera, a uma altura de 12-40 km (ozonosfera) por acção da
radiação solar ultravioleta de onda curta, segundo a reacção 3O2 → 2O3 - 287,84 kJ.

Na perspectiva de Chang (2010), o ozónio (ou trioxigénio) é uma substância


elementar cujas moléculas são constituídas por três átomos de oxigénio ligados entre si
por duas ligações covalentes com ordem de ligação 1,5, ou seja, intermédias entre
simples e duplas. O ozono é uma variedade alotrópica do oxigénio. O ozono gasoso
possui uma cor azulada, é bastante tóxico e tem um cheiro pungente; o ozono líquido é
azul-escuro mas no estado sólido é roxo.

O ozónio é um gás composto por 3 átomos de oxigénio que tem importantes


propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e anti-sépticas, além de ter um efeito de
melhora da oxigenação dos tecidos, assim como fortalecimento do sistema imune.

Em Março de 1839, o químico alemão Christian Schonbein (1799-1868)


verificou que na eletrólise da água se notava um odor característico no elétrodo
positivo. Este odor era idêntico ao odor sentido aquando da ocorrência de um
arco eléctrico entre dois eléctrodos. É por este motivo que o nome ozónio deriva
do grego “ozein”, que em português significa “exalar cheiro”. A fórmula
molecular do ozono foi determinada posteriormente, em 1865, pelo químico
suíço Jacques-Louis Soret (1827 – 1890) (Rubin; 2001).

Diante do pressuposto, infere-se que o ozono pode obter-se por acção de


descargas eléctricas no seio do oxigénio, ou pela acção da radiação ultravioleta sobre o
oxigénio molecular. A reacção de formação do ozono a partir do oxigénio é
endoenergética, e é traduzida segundo a equação:

3O2 (g) + 285,4kJ → 2O3 (g)


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Entretanto, o ozónio é composto por três átomos de oxigénio elementar (O). É


uma forma enérgica maior do que o oxigénio atmosférico normal (O2), que é produzido
pelas plantas e plânctons, constituindo um estado alotrópico do mesmo. O gás é instável
e flutua para o alto da atmosfera, numa região situada 20 a 30 Km da crosta terrestre.
Sua solubilidade em água é 50% superior a do O2, além disso, seu poder oxidativo e
reacções são também muito mais rápidos.

Funções do Ozónio

Lide (2008), é corajoso em afirmar que a presença de ozónio nas camadas


superiores da atmosfera é de importância vital, dado que previne que grande parte da
radiação solar ultravioleta atinja a superfície terrestre. Absorvendo radiação ultravioleta
transforma-se em dioxigénio ou em oxigénio molecular. Esta reacção, (exotérmica), é a
causa de aquecimento da estratosfera com a altitude.

Nesse prisma, é devido ao ozónio o cheiro característico comum nas


proximidades de mecanismos eléctricos. Embora seja na estratosfera que ocorrem as
principias reacções de formação e de decomposição do ozónio, este também possui um
papel central na química da troposfera.

Uma das principais reacções de formação de ozónio na troposfera (ozono


troposférico) ocorre quando o dióxido de azoto (NO2) é decomposto por acção da luz
(fotólise). Uma vez formado, o ozónio pode reagir com o monóxido de azoto (NO),
regenerando o dióxido de azoto. Sendo mais activo que o oxigénio diatómico e um bom
agente oxidante, o ozónio é utilizado na purificação de água e na esterilização de ar,
para branquear ou descolorar óleos, ceras, farinha e marfim e na ozonólise de fenóis e
de olefinas.

A sua presença na chamada camada de ozónio, uma das camadas superiores da


atmosfera, permite absorver uma parte importante da radiação ultravioleta que atinge a
Terra e que, se não fosse parcialmente retida, prejudicaria seriamente todas as formas de
vida.

O O3 é utilizado para esterilização de materiais em grande volume de forma


eficaz. Além da aplicação em materiais usados para embalagem alimentícia, neste caso
sua vantagem consiste no fato de que ele não deixa resíduos tóxicos após sua
decomposição (Lake et al., 2004). Sobre a esterilização de materiais cirúrgicos, existem
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duas vantagens sobre os métodos convencionais (autoclave e estufa), que levam pelo
menos vinte minutos para a completa esterilização destes materiais, enquanto o O3
inativa os microorganismos rapidamente e não gasta energia (Kowalski, Bahnfleth,
Wittan, 1998).

Adversidades do ozónio

Segundo Lake et al. (2004), o ozónio é obtido tecnicamente por descarga


eléctrica no seio do oxigénio num aparelho denominado ozonizador. É o mais forte
oxidante conhecido, juntamente com o flúor. A sua acção contribui para que os
compostos inorgânicos atinjam o seu estado de máxima oxidação e reage com os
alcenos adicionando-se à ligação dupla para formar ozonidos.

Diante desse cenário, tem havido uma crescente preocupação social e científica
com a presença de poluentes na atmosfera, porque têm um efeito destruidor da fina
camada de ozono que circunda o planeta conduzindo a uma maior exposição humana à
radiação ultravioleta responsável pelos elevados índices de cancro de pele em todo o
mundo. O grande buraco na camada de ozono está concentrado por cima do continente
antárctico.

O ozónio produzido pela indústria e libertado pelos escapes dos automóveis nas
camadas inferiores da atmosfera é um poluente, responsável, por exemplo, por
problemas respiratórios.

A inalação directa do gás ozónio (0,1 a 1ppm) pode ser tóxica para o trato
respiratório superior, causando irritação das vias aéreas superiores, rinite, dores de
cabeça e, ocasionalmente, náusea e vomito (Nakao et al., 2009).

No entanto, sendo tóxico, mesmo em pequenas concentrações, produz uma forte


irritação das mucosas e transtornos no sistema nervoso central, podendo também
danificar as plantas. A sua toxicidade deve-se em parte à destruição oxidativa dos ácidos
gordos insaturados.

Terapia

Nos dizeres de Liddell HG, (1983), o termo terapia provém do grego


“therapeia”, do verbo “therapeúo”, prestar cuidados médicos, tratar. O termo foi usado
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em medicina por Hipócrates e Galeno, “que se referiram à terapia médica e cirúrgica


para designar os cuidados com os enfermos visando a obter a cura das doenças”.

Do grego, a palavra passou para o latim e, deste, para as línguas modernas com o
sentido abrangente de qualquer meio ou procedimento usado no tratamento dos
enfermos, dando origem a compostos como farmacoterapia, fisioterapia, hidrotrapia,
radioterapia, psicoterapia etc.

A terapia é a parte da medicina que se ocupa dos cuidados


dispensados aos doentes, entre eles a escolha e a administração do
tratamento medicamentoso. Falar de terapia trata-se de todo método que
visa descobrir as causas e os sintomas dos problemas físicos, psíquicos
ou psicossomáticos e, por meio de tratamento adequado, restabelecer a
saúde e o bem-estar do paciente (Saraiva; 1993).
Diante do pressuposto, depreende-se que a terapia é o ramo da medicina que se
dedica ao tratamento das doenças. Porém, essa é a definição mais geral do conceito, mas
é claro que existem diferentes tipos de terapias, como tantas alterações ou doenças que
existem.

Ozonioterapia

Parafrasando Araújo (2006), a Ozonioterapia é uma técnica que utiliza uma


mistura gasosa de Ozónio e Oxigénio como agente terapêutico em um grande número
de patologias e em diversas especialidades odontológicas, em função do seu efeito local.
É uma terapia natural, com poucas contra-indicações e efeitos secundários mínimos,
quando indicada e realizada pelo cirugião-dentista com formação adequada.

Por outro lado, nos é apresentada a iluminação de Bocci, (2006), onde afirma
que, “a ozonioterapia é a administração terapêutica de ozónio, que pode ser realizada
por via subcutânea (SC); intramuscular (IM); Intradiscal; intracavitaria (espaços
peritonial e pleural); intravaginal, intrauretral e vesical e auto-hemoterapia
ozonizada”.

Em consonância com os autores supracitados, depreende-se que o ozónio tem


por característica aumentar a oxigenação tecidual e consequentemente o metabolismo,
apresentando uma acção positiva em doenças infecciosas agudas e crónicas causadas
por vírus, bactérias e fungos, em queimaduras, úlceras diabetogênicas, além de outras.
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A ozonioterapia é uma modalidade de tratamento considerada não


tóxica, que consiste no uso do ozónio como princípio activo, na forma de gás ou
veiculada em água ou óleo, actualmente a ozonioterapia é bastante utilizada em
países como Alemanha, Cuba, Espanha, Itália e Suíça. Topicamente, o ozónio
pode ser usado na forma de gás, veiculada em água e óleo. Seu alto poder
oxidante confere grande acção microbicida (bactérias, vírus e fungos). Em
pequena concentração, é indutor de neovascularização e proliferação tecidual
(Cândido, 2001).
Todavia, essa terapia vem sendo cada vez mais estudada com intuito de auxiliar
em tratamentos de feridas extensas, infecções fúngicas, bacterianas e virais, lesões
isquêmicas e varias outras afecções, tendo se mostrado muito eficaz na maioria dos
casos, principalmente na actuação na desinfecção e cicatrização de feridas extensas.

Histórico e contexto da Ozonioterapia

Desde tempos remotos, os seres humanos têm procurado por terapias


complementares economicamente viáveis e eficientes. A ozonioterapia, técnica que
utiliza o ozónio como agente terapêutico para diversas doenças, é utilizada desde o
século XIX, e, actualmente, é uma prática aprovada em vários países (Bocci, 1993).

Sustentando a concepção do autor acima citado, Travagli, (2010), insta afirmar


que a primeira aplicação do gás ozónio foi realizada durante a I Guerra Mundial para
tratar soldados alemães afectados pela gangrena gasosa devido infecções anaeróbias
por Clostridium, muito sensível ao O3.

Nessa conjugação de ideias, Oliveira, (2012), é corajoso em asseverar que o


ozónio foi descoberto pelo químico alemão Cristian Friedrick Schonbein, em 1834, ele
percebeu que, ao liberar a descarga eléctrica sobre a água, era produzido um odor
diferente. Foi descrito como uma substância oxidante e também desinfectante.

Historicamente, o primeiro registo bibliográfico do uso do ozónio na medicina,


ocorreu entre 1915 e 1918, na Alemanha. Inicialmente o tratamento era utilizado para
combater a acção de bactérias e germes na pele humana, em um período que coincidiu
com a Primeira Guerra Mundial, médicos alemães e ingleses utilizaram o ozónio para o
tratamento de feridas em soldados. A descoberta das propriedades antibacterianas do
ozónio permitiu aos pesquisadores aprofundar o conhecimento de seus benefícios
(Aguiar et al., 2010).

O que então era desconhecido tornou o uso do ozónio uma terapia


curativa em diferentes campos da saúde. Isso é importante para notar que estas
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várias acções biológicas, ocorrer após activação do ozónio através das células
imunes do corpo que produzem os mensageiros especiais chamados citoquinas
(mediadores importantes como interferon e interleucinas). Estes informam
outras células imunes, provocando uma cadeia de mudanças positivas no
sistema imunes, que se torna mais capaz de resistir a doenças, obtendo
resultados terapêuticos quando o ozónio é aplicado em doses apropriadas e uma
forma inofensiva para o corpo (Aguiar et al., 2010).

É uma variedade alotrópica de oxigénio com o maior poder antioxidante, que lhe
proporciona propriedades bactericidas e fungicidas, torna útil no local do tratamento de
lesões ou feridas infectadas; este gás é obtido a partir de oxigénio puro por choque
eléctrico silencioso e são atingidas concentrações entre 0,05-5%, em volume, com uma
meia - vida de 45 min a 20° C (Duarte et al., 2014).

Tem uso industrial como um precursor para a síntese de alguns compostos


orgânicos, mas principalmente, como um desinfectante, também conhecida pelo seu
papel importante na atmosfera, que elimina odores, bactérias, vírus, fungos, parasitas e
outros microrganismos presentes no ar que causam a doença, que é usado para a
purificação de água e desinfecção.

O modo de aplicação pode variar com a condição a ser tratada; a concentração


determina o tipo de efeito biológico produzido. O oxigénio tem dois alótropos,
formando duas substâncias simples: o gás oxigénio (O2) e o gás ozónio (O3), que é
conhecido por seu papel no equilíbrio ecológico da terra. O ozónio absorve a maior
parte da radiação ultravioleta do sol, impedindo-os de atingir a Terra de superfície
directamente (Gutiérrez et al., 2009).

Contudo, mediante as suas potencialidades, a ozonioterapia é amplamente


utilizada na medicina na Europa, Ásia e Cuba, a terapia está sendo utilizada na medicina
veterinária nessas regiões. Na América Latina e Estados Unidos, é aplicada como uma
alternativa eficiente e de baixo custo auxiliando no tratamento de feridas de difícil
cicatrização, principalmente em pacientes diabéticos e na desinfecção de feridas
contaminadas.

Formas de uso da Ozonioterapia

De acordo com Cândido, (2001), a ozonioterapia consiste num processo em que


é administrado gás de ozónio no corpo para tratar alguns problemas de saúde. As formas
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de uso da ozonioterapia são: óleo ozonizado, creme ozonizado, água ozonizada e gás
ozônio em bags.

Existem várias formas de realizar a ozonioterapia, aplicando o gás


directamente na pele, caso se pretenda tratar uma ferida, via intravenosa ou
intramuscular. Para administrar o ozónio pela veia, para tratar outros problemas
de saúde, é retirada uma determinada quantidade de sangue que é misturada
com o ozónio e depois é administrado novamente na pessoa via intravenosa.
Também pode ser administrada via intramuscular, em que o ozónio pode estar
misturado com o sangue da própria pessoa ou com água estéril (Araujo; 2006).

Além disso, também são usadas outras técnicas, como a injecção intradiscal,
paravertebral ou insuflação rectal, em que é introduzida uma mistura de ozónio e
oxigénio através de um cateter no cólon.

O O3 utilizado na ozonioterapia é produzido a partir do O2 médico puro, uma


vez que a concentração de O2 na atmosfera pode variar conforme altitude, temperatura e
poluição do ar (Nogales et al., 2008). Além disso, o O2 atmosférico geraria outras
espécies reactivas que não são medicinais, principalmente o dióxido nitrogénico (N2O2)
(Bocci, 2006).

Além das formas naturais de produção de O3, (Bocci, 2006), sustenta que existem
três formas de produzi-lo industrialmente através de geradores para utilização na
medicina, que são:

 Sistema ultravioleta de produção: Produz baixas concentrações de O3;


 Sistema de descargas eléctricas: Produz altas concentrações de O3. Passase o O2
em alta voltagem (5-13 mV), resultando na reacção 3O2 + 68.400 cal = 2O3;
 Sistema de produção por plasma frio: Utilizado apenas para purificação de ar e
água.

O ozónio é a forma alotrópica triatómica do oxigénio, sendo a terceira potência


oxidante, após flúor e persulfato e é superior ao oxigénio (O2), proveniente de três
fontes básicas de energia, incluindo eletrólise química, descargas eléctricas e radiação
da luz ultravioleta (UV) (Bocci et al., 2011).
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Aplicabilidade da Ozonioterapia

Em primeiro lugar, devemos frisar que a terapia com o O3 não deve ser a terapia
principal no tratamento das enfermidades, entretanto, como terapia coadjuvante pode
trazer muitos benefícios (Viebahn-Haensler, 2001).

Devido às suas propriedades, esta é uma terapia que pode ser sugerida no
tratamento de problemas crónicos, como artrite, dor crónica, feridas infectadas e atraso
da cicatrização, por exemplo. O tratamento deve ser realizado por um profissional de
saúde, aplicando o ozónio localmente ou injectando via intravenosa, via intramuscular
ou por insuflação rectal.

Deste modo, Duarte et al. (2014), são categóricos em afirmar que a terapia com
ozónio funciona interrompendo processos não saudáveis no corpo, como o crescimento
de bactérias patogénicas se houver uma infecção, ou impedindo alguns processos
oxidativos, podendo por isso ser usado para melhorar diversos problemas de saúde:

Problemas respiratórios

Como promove entrada de maior quantidade de oxigénio no sangue, Ricevuti


(2020) sustenta que, a ozonioterapia é uma boa opção para aliviar os sintomas de
pessoas com problemas respiratórios, como asma, bronquite e DPOC. Isso acontece
porque a entrada de maior quantidade de oxigénio no sangue, provoca um aumento na
taxa de glicólise dos glóbulos vermelhos, aumento também a quantidade de oxigénio
liberado para os tecidos. Além disso, aumenta significativamente a resistência das vias
aéreas e a frequência respiratória.

Distúrbios no sistema imune

Nas palavras de Bocci et al (2011), a terapia com ozónio pode trazer benefícios
para pessoas com o sistema imunológico debilitado e ajudar a tratar doenças como
esclerose múltipla, artrite reumatoide ou miastenia gravis, por exemplo, já que estimula
e reforça o sistema imune, aumentando o número de moléculas envolvidas na emissão
de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes.
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Tratamento do HIV-SIDA

Vários estudos comprovam que a ozonioterapia pode ser utilizada para


complementar o tratamento do HIV, o vírus do SIDA, por facilitar a inactivação de uma
proteína nuclear do vírus, além de ter função como antioxidante e antimicrobiano.

Tratamento do Câncer

Alguns estudos comprovam também que o ozónio administrado em uma


concentração entre 30 e 55 μg / cc causa aumento na produção de interferon, que é uma
proteína produzida para, entre outros mecanismos, interferir na replicação de células
tumorais e estimular a actividade de defesa de outras células.

Além disso, leva também ao aumento do factor de necrose tumoral e


interleucina-2, que por sua vez estimula uma cascata de reacções imunológicas
subsequentes. A terapia com ozónio pode ainda ser usada juntamente com a radioterapia
e a quimioterapia para reduzir o risco de complicações e aumentar sua eficácia
(Viebahn-Haensler, 2001).

Tratamento de infecções

A ozonioterapia leva também à inactivação de bactérias, vírus, fungos e


parasitas. Nas bactérias actua através de um mecanismo que interrompe a integridade do
envelope celular bacteriano, levando à oxidação dos fosfolipídios e lipoproteínas. Nos
fungos, o ozónio inibe o crescimento celular em certos estágios e em vírus danifica o
capsídeo viral e perturba o ciclo reprodutivo ao interromper o contacto entre o vírus e a
célula com a peroxidação.

Complicações na diabetes

Algumas complicações na diabetes podem ser atribuídas ao estresse oxidativo no


corpo e estudos demonstram que o ozónio activa o sistema antioxidante que afecta o
nível de glicemia. Conheça outras formas de tratar os vários tipos de diabetes.

Além disso, como esta terapia ajuda com a circulação sanguínea, pode permitir a
melhora da vascularização de tecidos afectados pela falta de oxigénio produzida pela
diabetes. Assim, e embora ainda não existam estudos com resultados bem comprovados,
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este tipo de terapia pode também ser experimentada para melhorar a cicatrização de
úlceras em pessoas com diabetes (Ricevuti; 2020).

Tratamento de feridas

O ozónio pode ainda ser usado para o tratamento de feridas, aplicando o gás
directamente na região afectada. Em um estudo in vitro, observou-se que o ozónio é
muito eficaz na redução das concentrações de Acinetobacter baumannii, Clostridium
difficile e Staphylococcus aureus.

O ozónio pode também ser usado para tratar doenças inflamatórias, como artrite,
reumatismo, degeneração macular, hernia de disco, problemas circulatórios, síndrome
respiratória aguda grave, em sintomas hipóxicos e isquêmicos e para diminuir o
colesterol no sangue. Além disso tem também sido usado em odontologia, no
tratamento de cáries dentárias. Saiba como identificar e tratar uma cárie dentária
(Rubin; 2001).

Ozonioterapia como coadjuvante do tratamento de COVID-19

As evidências mostram que durante a epidemia de COVID-19, o severo


agravamento de alguns pacientes está intimamente relacionada a um aumento do
processo inflamatório sistémico referido como “tempestade de citocinas”, ocasionando
dano em diferentes órgãos, com destaque para lesões no pulmão (Ye et al., 2020). Estas
alterações manifestam-se clinicamente como edema/inflamação pulmonar, pneumonias
e síndrome do desconforto respiratório agudo (SARS), tendo alto índice de mortalidade
e consequências psicossociais e económicas mundiais desastrosas e incomensuráveis
(Hu, Huang & Yin, 2020).

Em concordância com o surto da pandemia actual e a falta de um tratamento


definitivo para o COVID-19, acredita-se que a terapia com ozónio pode ser considerada
como um tratamento complementar sistémico e de alto desempenho para atenuar os
danos causados pelo vírus, coerentemente com interesse especial ao sistema respiratório
(Martínez-Sánchez et al,. 2020; Zheng et al., 2020; Valdenassi et al., 2020).

Ricevuti (2020) descreve que se o ozónio for usado com doses terapêuticas
específicas, pode estimular os factores nucleares responsáveis por modular o processo
inflamatório (via NrF2 e NF-κB), suprindo a liberação de citocinas pró-inflamatórias,
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assim como equilibra o sistema de defesa antioxidante. Além disso, “ozónio também
pode activar os sistemas imunológicos celulares e humorais, aumentar a proliferação
de células imunocompetentes e sintetizar imunoglobulinas, melhorando a função do
sistema imunológico”.

Mais focado no Coronavírus, três estudos publicados em 2020 relatam que “a


ozonioterapia é capaz de suprimir a tempestade de citocinas sistêmicas, além de
melhorar o metabolismo do oxigeno” (Valdenassi 2020; Martínez-Sánchez, 2020;
Rowen & Robins, 2020).

Desse modo, com base em estudos recentes, verificou-se que a pneumonia


associada à dispneia é a principal complicação do novo surto de coronavírus (Hu et al.,
2020; Lai et al., 2020). A literatura actual demonstrara que a ozonioterapia tem um
papel significativo no tratamento de doenças pulmonares, tais como inflamação
pulmonar, DPOC, fibrose pulmonar dentre outras doenças pulmonares (Bocci, 2007;
Hernández et al., 2005; Di Mauro et al., 2019; Hernández et al., 2005).

Hernandez et al. (2005) realizaram um estudo com pacientes asmáticos tratados


de três maneiras diferentes: dois grupos receberam tratamento por três ciclos (12 sessões
cada) de auto-hemoterapia utilizando uma dose de ozónio de 4 mg (20 mg/mL por mL
de sangue e 200 mL de volume) no primeiro grupo ou 8 mg no segundo grupo; o
terceiro grupo recebeu 3 ciclos de insuflação rectal de ozónio (20 sessões cada) usando
uma dose de ozónio de 10 mg (50 mg/mL e 200 mL de volume de gás).

Os autores identificaram que a capacidade vital funcional aumentou


significativamente no grupo que receberam auto-hematoterapia na dose 8 mg. Ainda,
houve uma melhora nos sintomas como dispneia, ruídos pulmonares e redução no uso
de medicamentos em pacientes que receberam auto-hematoretapia a 8 mg, seguida da
insuflação rectal (10 mg) e por último a auto-hematoretapia de 4 mg. Além disso, os
indicadores pro-inflamatórios reduziram e os antioxidantes aumentaram em todos os
tratamentos, com destaque para a auto-hematoterapia de 8 mg.

Esses achados indicaram que a ozonioterapia proporcionou uma


imunomodulação e regulação do estresse oxidativo em pacientes asmáticos. Ademais,
Borrelli & Bocci, 2014 realizaram um ensaio clínico controlado e randomizado com
pacientes portadores de DPOC moderada/ grave. Os pacientes receberam auto-
18

hemoterapia com ozónio (20 mg/mL por mL de sangue e 250 mL de volume). Foram
observadas melhorias significativas no teste de caminhada de 6 minutos e dispneia no
grupo que recebeu a terapia quando comparado ao controle. Com relação aos efeitos
adversos da terapia, foi observado apenas rubor facial em 3% dos pacientes.

É importante destacar que o ozónio não pode ser inalado directamente devido às
suas propriedades de toxicidade e irritação, no entanto, pode ser administrado por
circulação sistémica para doenças pulmonares, como demonstrado nos estudos
mencionados. Ainda, todos os protocolos clínicos devem sempre estar em conformidade
com as doses e procedimentos padrão definidos na Declaração de Madri (Schawarttz-
Tapia et al., 2015).

Martínez-Sánchez et al, (2020) destacam que pelo menos três ensaios clínicos
importantes estão em andamento na China, utilizando a ozonioterapia, entretanto, são
necessários mais ensaios clínicos para confirmar a eficácia do ozónio como terapia
complementar no tratamento de doenças COVID-19. Deve-se notar que, mesmo que o
ozónio não tenha efeito sobre a infecção causada pelo vírus, a modulação de citocinas
inflamatórias, do estresse oxidativo e o aumento do sistema imunológico celular e
humoral ocasionados pela terapia com ozônio, demonstradas em estudos experimentais
e clínicos anteriores, pode oferecer um efeito clínico relevante e benéfico.

Contudo, apesar do número expressivo de artigos científicos disponíveis nas


bases de dados pesquisadas sobre o COVID-19, há poucos estudos a respeito do ozónio
e inactivação do coronavírus (in vitro) e sobre a ozonioterapia no tratamento da doença,
bem como a sua aplicabilidade terapêutica, sendo de sua importância evidenciar os
estudos até então realizados para que os mesmos possam subsidiar o desenvolvimento
de pesquisas pertinentes à utilização da ozonioterapia frente aos desafios no que diz
respeito à prevenção, ao controle e tratamento dos danos provocados pelo SARS-CoV2.
19

Considerações finais

A ozonioterapia, surge no século XIX como um mecanismo de aproveitamento


do gás de ozónio para o tratamento de inúmeras patologias, e em meio ao atentado a
saúde pública orquestrada pela pandemia do COVID-19, acredita-se que a terapia com
ozónio pode ser considerada como um tratamento complementar sistémico e de alto
desempenho para atenuar os danos causados pelo vírus, uma vez que, se a doença
provoca inflamação nos tecidos, o ozónio combate a inflamação. Se a doença provoca
fenómenos tromboembólicos, o ozónio melhora a circulação. Se a doença rouba o
oxigénio dos tecidos, o ozónio oferece mais oxigenação. Se a doença aumenta
extremamente o estresse oxidativo do organismo, o ozónio melhora o combate a esse
estresse oxidativo

Por fim, o presente estudo se constituirá em mais um trabalho que abordará a


pandemia COVID-19 numa perspectiva de indagar soluções que visam erradicar esse
mal que assola a saúde pública mundial, aumentando o escopo de trabalhos científicos
que servirão em um futuro próximo como subsídios para novas pesquisas. Assim, talvez
a maior contribuição deste trabalho, será o fato de ajudar, em consonância com os
trabalhos de outros autores, a manutenção da busca pelo aprimoramento de
farmacológicos para o tratamento de pacientes com COVID-19.
20

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