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Personal branding: 7 dicas para construir sua

marca pessoal

A lógica do personal branding se baseia na ideia de que todos deixamos


uma marca, entregamos valor e fazemos uma promessa ao mundo.
Para entender melhor, fica o convite para pensar em cada texto, publicação,
foto e interação, pessoal ou virtual, que tenha realizado no último mês.
Todo esse conjunto de ações mostra, pelo menos em parte,
suas características pessoais, princípios e experiências, transmitindo uma
mensagem sobre quem você é.
Portanto, mesmo que não se enxergue como uma marca, saiba que está
expressando posições e sua promessa ao mundo, ainda que de um jeito
implícito.
A boa notícia é que é possível definir e compartilhar a mensagem mais
adequada ao seu público ou seguidores, sem recorrer à autopromoção.
E vamos contar tudo neste artigo.
Prepare-se para mergulhar no universo do personal branding, que pode ser
o impulso que faltava para alavancar sua vida profissional.
O que é personal branding?
Personal branding é uma estratégia usada para criar presença e
autoridade, influenciando determinado grupo através da sua história,
conhecimento e visão de mundo.
Ou seja, o termo define a tomada de consciência sobre a marca pessoal de
cada um, além da escolha por fazer a gestão dessa marca.
Para explicar melhor, vamos a uma definição sobre marca pessoal, nas
palavras do CEO da Amazon, Jeff Bezos:
“Sua marca pessoal é o que as pessoas dizem sobre você quando você
não está na sala.”
Pode ser difícil admitir, mas é comum que nosso cérebro forme percepções
sobre as outras pessoas de modo automático, de acordo com o que sabemos
sobre elas e nossos filtros internos.
Se uma colega de trabalho sempre aparece na empresa com roupas
combinando e maquiada, há grandes chances de ser rotulada como uma
pessoa vaidosa, por exemplo.
No mundo digital, esses rótulos são forjados mesmo que a distância, pois
passamos a expor momentos de nossa vida em plataformas como as redes
sociais.
Portanto, se alguém posta apenas fotos com seu pet, logo será visto como
amante de cães ou gatos.
Da mesma maneira, o que é postado sobre a carreira costuma se refletir
naquilo que os seguidores pensam sobre você.
Nesse cenário, investir no gerenciamento da sua marca pessoal é interferir,
intencionalmente, nos rótulos que serão dados ao seu perfil.
Apostar no personal branding permite a escolha dos assuntos que você
deseja relacionar à sua marca pessoal, focando na mensagem que realmente
faz sentido compartilhar com sua audiência.
Personal branding x marketing pessoal: qual a diferença?
Personal branding x marketing pessoal: qual a diferença?
Quando falamos sobre personal branding, é comum haver confusão com
o marketing pessoal.
E não é à toa, pois ambos os conceitos pertencem ao mesmo universo
e podem até se complementar dentro de um mesmo planejamento.
Mas eles têm diferenças.
O personal branding descreve um conjunto mais amplo de atividades,
sendo responsável por compartilhar a essência da marca pessoal, criando
conexões com o target (ou os seguidores).
Já o marketing pessoal se concentra em atrair e se comunicar com esse
público, atendendo às suas necessidades e desejos.
O propósito do personal branding é provocar sentimentos e
identificação com o target, enquanto o do marketing pessoal é fazer com
que ele tenha uma ação mais direta.
Se a ideia é gerar uma conversão – termo que remete a uma ação, como
fornecer informações ou finalizar uma compra online -, o personal branding
provavelmente vai utilizar táticas de marketing pessoal.
Afinal, se sua marca pessoal estiver fortalecida na mente do público-
alvo, será mais fácil gerar qualquer tipo de conversão.
O raciocínio inverso também é válido, pois uma estratégia assertiva na área
da comunicação e marketing pessoal é capaz de reforçar ou ajudar a
construir uma marca pessoal forte.
É o que afirma, em artigo, a especialista em personal branding Juliana
Saldanha:
“O marketing pessoal se concentra na forma como a marca atinge e se
comunica com o mercado, enquanto o branding pessoal concentra-se na
definição da sua essência e filosofia a longo prazo e na gestão de vários
elementos relacionados a ela, para que sejam coerentes com quem você é,
na sua essência.”
Como personal branding pode ajudar a alavancar sua carreira
Uma resposta óbvia para esta questão seria o fato de que o personal
branding aumenta sua visibilidade, o que, por consequência, eleva as
chances de ser contratado, fechar um negócio ou parceria.
Mas os impactos de trabalhar na gestão da sua marca pessoal vão além de
se fazer presente junto a possíveis contratantes, clientes ou parceiros.
A grande sacada dessa estratégia é que, ao conquistar a confiança e
compartilhar seus valores com o público, existem chances de que
outras pessoas indiquem você para novas oportunidades.
É por isso que dissemos, no início do texto, que personal branding não
requer autopromoção.
Semelhantemente ao que acontece com marcas corporativas, uma gestão de
qualidade alcança o target de tal forma que alguns indivíduos se
tornam promotores do seu trabalho.
Portanto, o caminho para o sucesso pode se tornar mais simples e, às vezes,
até mais curto para quem se dedica ao personal branding.
Entre as principais vantagens de gerenciar a marca pessoal, vale citar:
o Reforça suas qualidades e diferencial
o Amplia o alcance da sua mensagem
o Entrega valor ao público-alvo
o Aproxima você de possíveis clientes, contratantes e parceiros
o Constrói uma boa reputação
o Posiciona você como autoridade em seu campo de atuação
o Eleva as chances de indicações, promoções, convite para entrevistas
de emprego e palestras.

7 dicas incríveis para criar sua marca pessoal


Agora que já sabe a importância e a diferença que o personal branding pode
fazer na sua carreira, é hora de criar sua marca pessoal.
Muitos pensam que, para isso, basta começar a falar sobre o que você faz
em uma rede social ou blog, mas não é bem assim.
Em primeiro lugar, porque você pode cair na armadilha da
autopromoção, que ocorre quando alguém depõe a favor das próprias
atividades.
Não há nada de errado em divulgar um projeto ou seus resultados para
amigos, conhecidos e conexões no mundo virtual, contudo, se
autopromover pode passar a mensagem errada a seu respeito.
Pode expressar, por exemplo, um perfil arrogante e egocêntrico, agregando
características negativas, especialmente em alguns setores do mercado.
Então, é mais inteligente conhecer a si mesmo e ao público de interesse
para identificar de que modo sua experiência pode contribuir no dia a dia
da audiência.
Abaixo, trazemos 7 dicas para iniciar o seu personal branding com o pé
direito.
Acompanhe!
1. Invista em autoconhecimento
Sua marca pessoal vai mostrar aquilo que você é, pelo que se interessa,
suas experiências e pontos relevantes na sua história, que podem inspirar e
auxiliar outras pessoas que estejam em situações parecidas.
E, se o objetivo é falar sobre você, o primeiro passo é se conhecer,
concorda?
Não dá para falar com coerência e clareza a respeito de um assunto que não
se domina, incluindo suas próprias aspirações e como deseja ser
lembrado.
Para tanto, a estrategista na gestão de marcas pessoais Daniela
Viek recomenda que você reflita e responda a quatro questões primordiais:
o Qual é o seu maior objetivo em sua carreira?
o Qual é a sua missão pessoal?
o O que você deseja acrescentar ao mundo e como a sua carreira pode
te ajudar nisso?
o Quais as suas maiores habilidades, competências e como isso pode te
ajudar na sua profissão?
Encontrando as respostas, você vai descobrir o que te torna único e
autêntico.
Mas esse é só o primeiro passo.
2. Saiba como as pessoas te enxergam
Após encontrar sua autenticidade, é hora de verificar como anda sua
imagem diante de colegas, amigos e do mercado.
Colher feedbacks das pessoas mais próximas pode ser interessante,
pois revela seu valor para quem está por perto.
Quanto ao mercado, uma boa pedida é fazer uma busca com seu nome no
Google, no modo anônimo, e checar se os seus perfis se destacam e quais
os assuntos relacionados.
Pode parecer um detalhe, mas tenha em mente que as pessoas (incluindo
parceiros e recrutadores em potencial) tendem a pesquisar por suas
credenciais no buscador.
Aparecer através de conteúdos positivos é a chave para deixar uma boa
primeira impressão.
3. Remova conteúdos prejudiciais
Buscando pelo seu nome, é possível que apareçam posts, blogs, fotos e
outros registros antigos, que não se aplicam ou podem até prejudicar sua
estratégia de personal branding.
Talvez alguns deles tenham sido publicados por terceiros, o que impede
que você faça qualquer alteração.
Concentre-se naqueles que você, seus familiares, amigos e colegas possam
ter publicado, e, portanto, podem ser descartados ou ocultados com
facilidade.
Este guia sobre a construção de marcas pessoais sugere desvincular do seu
perfil conteúdos que tenham:
o Comportamento não profissional
o Estilo de comunicação não profissional
o Fotos ou vídeos que remetam ao consumo frequente de bebidas e
drogas
o Comportamento criminal
o Pontos de vista polêmicos e opiniões polarizadas, principalmente os
relacionados à política, religião, raça e gênero
o Conteúdo sexualmente explícito
o Violência ou bullying
o Comportamento intolerante.
4. Conheça seu público-alvo
Construir a sua marca envolve compartilhar seu ponto de vista e soluções
para um target que se interesse por elas.
E, para se comunicar com eficiência, é fundamental conhecer bem para
quem se está falando ou escrevendo.
Caso contrário, não tem como saber qual a linguagem, tom e canais
ideais para alcançar essas pessoas, nem sobre quais assuntos elas querem
ler, ouvir ou assistir.
Não quer dizer que você vai inventar um personagem que atenda a todas as
expectativas do público, porque essa ideia está condenada ao fracasso.
Contudo, as informações sobre a sua audiência vão facilitar que você se
aproxime dela, destacando habilidades e pautas relevantes.
5. Defina quem você é e sua marca pessoal
Esta pode ser a etapa mais demorada no seu personal branding, mas não se
preocupe.
É possível criar uma estratégia a partir de uma construção básica, que
vai delimitar seus temas de interesse, seu propósito e como você pode
ajudar a audiência.
O conhecimento sobre seus pontos fortes, diferenciais e realizações te dará
condições de definir sua marca pessoal.
Já as informações sobre o público-alvo vão fornecer insights valiosos para
os gostos e problemas que ele enfrenta, oferecendo assuntos para você
abordar nos conteúdos que produzir.
Caso tenha dificuldades, pode ser útil consultar materiais de referência ou
até um especialista em personal branding.
6. Trace uma estratégia digital
Independente da sua área de atuação, a estratégia de personal branding
deve ser direcionada para as possibilidades do meio online.
Isso porque os mercados estão cada vez mais digitalizados, e a internet é a
maior fonte na busca de informações de todos os tipos.
Mesmo que você seja um profissional experiente, ignorar as ferramentas e
canais digitais é um erro, pois eles são capazes de potencializar sua
mensagem.
A falha é ainda maior se você ainda estiver construindo sua marca pessoal,
que deve estar disponível quando alguém quiser saber mais sobre ela
(online ou offline).
Dentro da sua estratégia, inclua a criação de conteúdos relevantes, que
despertem identificação e interações com seu target.
O tipo e formato desses materiais vai depender da sua expertise e do que
faz sentido para a audiência.
Redatores e executivos podem ficar à vontade para escrever posts e textos
maiores, enquanto fotógrafos e designers tendem a se beneficiar com a
publicação de imagens.
7. Escolha bem seus canais de comunicação
Essa dica vale tanto para suas ações online quanto offline.
Considere seu perfil e quais canais são os mais utilizados pela
audiência para definir os que farão parte da sua estratégia.
No mundo real, suas apresentações, conversas e cartões de visita podem
bastar para marcar presença junto ao target, mas, no mundo virtual, existem
inúmeras possibilidades.
Pode ser uma boa ideia ter um site ou blog próprio, onde poderá
disponibilizar seu portfólio, referências, histórico e sua missão profissional.
Seu endereço virtual é importante, pois permite veicular informações
oficiais e não segue as regras impostas, por exemplo, nas redes sociais.
No entanto, também é válido criar um perfil em uma ou mais redes, de
acordo com os hábitos do seu público e particularidades do mercado.
O LinkedIn costuma ser uma boa pedida para quem prefere
ser reconhecido por sua produção intelectual, enquanto Instagram e
Facebook pedem uma exposição maior da imagem.

É possível seguir carreira como personal


branding?
É possível seguir carreira como personal branding?
Sim, é possível se especializar e oferecer estratégias de personal branding
para alavancar a carreira dos clientes.
Mais acima, citamos um conteúdo da Juliana Saldana, que, hoje, atua com
esse foco, mas se formou, inicialmente, em Farmácia.
Depois de ter contato com a área de inovação e estar à frente de uma
startup de economia compartilhada, ela precisava de clareza e foco sobre
sua identidade profissional.
Foi para resolver essa demanda que acabou cursando um MBA em
Comunicação e Marketing Digital e redirecionando a carreira rumo ao
personal branding.
Primeiro, Juliana conta que testou seus métodos de comunicação e
posicionamento em sua própria vida profissional, com sucesso.
Em seguida, vieram o reconhecimento e as oportunidades de trabalho.
Outro exemplo é Fabiano de Abreu, que percorreu um caminho bem
diferente, fazendo faculdade de Filosofia.
Nesta matéria, ele relata que sempre teve afinidade com o personal
branding:
“Quando olho para um cliente e ouço suas histórias de vida
imediatamente penso na construção da marca pessoal, do que pode
interessar destacar, de suas qualidades e trajetória. Isto pra mim é algo
que acontece com naturalidade, sempre fui um personal branding antes
mesmo do termo se popularizar.”

O que faz um personal branding


Quem se dedica a essa carreira geralmente atua como consultor pessoal,
orientando os profissionais para que encontrem as características relevantes
da sua marca e as compartilhem com o target.
Nesse sentido, são realizados encontros presenciais ou virtuais de
personal branding consultoria, nos quais se aplicam ferramentas para
ampliar o autoconhecimento, reconhecer públicos de interesse e melhorar a
comunicação do cliente.
Também é comum que o especialista na gestão da marca pessoal
ofereça cursos, palestras, workshops ou aulas específicas, que podem ser
ministradas online ou offline.
Além de atender a um profissional de modo personalizado, esses conteúdos
podem ser elaborados para pequenos grupos e oferecidos em seminários ou
reuniões in company.

Como se tornar um personal branding de


sucesso?
Mais acima, descrevemos dois exemplos reais para quem deseja se tornar
um especialista em personal branding.
Na verdade, a carreira não exige formação específica, mas é útil investir
em setores que priorizam fatores como comportamento, relacionamento
interpessoal, criatividade e comunicação.
Administração, Recursos Humanos, Publicidade e Propaganda, Relações
Públicas, Psicologia e Filosofia são algumas opções interessantes.
Em seguida, você pode buscar por uma especialização através de um
personal branding curso, pós-graduação ou extensão em áreas correlatas, a
exemplo de comunicação e marketing.
Aliás, a etapa de especialização serve também para quem iniciou a carreira
em um segmento diferente.
Em todo caso, é importante adquirir experiência prática para conquistar a
credibilidade necessária a um consultor de carreira.
Enquanto não tiver clientes, você pode experimentar uma ou mais
metodologias em sua própria vida profissional, ajudar conhecidos e
produzir conteúdo para dar visibilidade ao seu trabalho.

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