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ESTRUTURAS DE PODER E MEMÓRIA MONUMENTAL

OBSERVADAS NAS MOEDAS DE JERUSALÉM/AELIA


CAPITOLINA NO SÉCULO II EC

Doutoranda: Gladys Mary Santos Sales


Orientador: Prof. Dr. Vagner Carvalheiro Porto

São Paulo, 09 de dezembro de 2021


1 OBJETIVO

Essa comunicação oral tem por objetivo apresentar a discussão


referente à moeda como um documento oficial, emitido pelo
Estado, mas que permite que se veja Roma ou a Periferia como
centro, numa troca muitas vezes necessária de foco (PORTO,
2012). Dessa forma, trataremos da compreensão de que a
ordem imperial na Judaea-Palaestina se deu por meio de
integração cultural, negociação e legitimação, presentes em
uma complexa ‘rede de poder’, amalgamada, que percorria as
esferas administrativas, políticas, sociais e religiosas.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Metodologicamente, esta comunicação oral apoia-se nas


teorias de Porto (2007), Carlan (2008), Florenzano (1984;
2001), Lacroix (1974), Caltabiano (1998), Pérez (1976) e
Kormikiari (2001). Partimos do pressuposto de que a invenção
da moeda pelas cidades gregas da Lídia, no Ásia Menor, no
final do século VII AEC, e a adoção da cunhagem no século
seguinte pelas póleis gregas, façam parte de um processo de
inovação tecnológica, vivenciado pelas sociedades do
Mediterrâneo em termos mercantis e/ou financeiros, que
viabilizou um ciclo de inovação, experimentação e
aperfeiçoamento (FLORENZANO, 2001).
3 ORIGEM ETIMOLÓGICA DO LÉXICO ‘MOEDA’

A palavra ‘moeda’ teve provavelmente a origem etimológica na


Antiguidade romana possivelmente relacionada a dois
elementos principais: (1) Ao verbo latino moneo que significa
“avisar”, “advertir”, mas que nesse caso pode ser entendido
como “lembrar” e “fazer pensar”, que no infinitivo se escreve
monere. (2) O outro elemento é a vinculação com a deusa
Juno Moneta, que possui seu epíteto “Moneta” derivado do
mesmo verbo. O templo da deusa Juno Moneta se situava no
capitólio, próximo à oficina de cunhagem do período
republicano, cujas atribuições relacionava-se a manutenção
das unidades de medidas da república romana (MEADOWS;
WILLIAMS, 2001).
4 A MOEDA COMO MONUMENTO

Outra palavra vinculada ao mesmo verbo (moneo) é o léxico


monumentum, que segundo Andrew Meadows e Jonathan
Williams (2001), estava relacionada à convenção romana de
‘memória’ e a ‘monumento’. Logo, as moedas teriam a função
de agir como (re)avivadoras da ‘memória coletiva’
(HALBWACHS, 1992; ASSMAN; CZAPLICKA 1995). Nesta
perspectiva, as moedas romanas, poderiam ser consideradas
como ‘monumentos em pequena escala’, com ampla circulação,
que teriam tornado possível a transformação da imobilidade
em movimento constante (MEADOWS; WILLIAMS, 2001: 40-
43).
5 CONTEXTO HISTÓRICO

Após a libertação do jugo selêucida, a Judeia vivenciou


liberdade política, entre os anos 164 a 64 AEC. A conquista do
Templo de Jerusalém em 63 AEC por Pompeu, porém, mudou o
quadro de liberdade judaica e estabeleceu o início da
intervenção direta romana na Judaea-Palaestina. Esta nova
relação foi marcada por duas grandes revoltas – a de 66 EC e
a de 132 EC – que evidenciaram a resistência dos judeus ao
domínio romano (WILLIAMS, 2000).
O recorte temporal dessa pesquisa (século II EC), portanto,
limita-se a refundação romana de Jerusalém por Aelia
Capitolina (refundada provavelmente em 130 EC por Adriano).
6 RECORTE GEOGRÁFICO

Fig. 1 – Mapa de sítios arqueológicos de


período romano em Israel

Fig. 2 – Mapa da Judaea-Palaestina


Fonte: Fleming; Bastos; Porto (2017: 25-26) do século I ao III EC – em destaque a
cidade Jerusalém/Aelia Capitolina,
extraído de Millar, 2001 apud Porto,
2007, cf. Bibliografia.
7 ESTRUTURAS DE PODER

Para a conceituação das estruturas de poder recorremos às


proposições de Michel Foucault (1977, 1979, 1980, 1995), que define
o poder como uma rede de relações onde todos os indivíduos estão
envolvidos, como geradores ou receptores, dando vida e movimento
a essas relações. Assim como, a obra de Revel (2005), que esclarece
que a resistência se dá, necessariamente, onde há poder, porque ela
é inseparável das relações de poder, assim, tanto a resistência funda
as relações de poder, quanto ela é, às vezes, o resultado dessas
relações; na medida em que as relações de poder estão em todo
lugar, a resistência é a possibilidade de criar espaços de lutas e
agenciar possibilidades de transformação em toda parte. (REVEL,
2005: 74).
8 METODOLOGIA

- Nessa comunicação oral, a análise da cultura material deu-


se de maneira qualitativa, por meio dos dados retirados de
relatórios de escavações, pesquisas acadêmicas, revistas
científicas e de catálogos numismáticos publicados até o
momento, de moedas cunhadas durante o século II EC na
cidade de Jerusalém/Aelia Capitolina.
9 DADOS

Para se evitar a multiplicidade e repetição na análise, foram


analisadas dessas, apenas duas, para uma visão geral da construção
ideológica das estruturas de poder presentes nas escolhas imagéticas
e discursivas das cunhagens provinciais do séc. II EC, conforme
mostra o Quadro 1.

Quadro 1 – Moedas de Jerusalém/Aelia Capitolina

Nº Autoridade emissora Século Denominação


AE 23mm, bronze, de Aelia Capitolina
1 Imperador Adriano II EC (MESHORER, Aelia 2 apud PORTO, 220,
2007)
Tetradracma, prata, de Jerusalém/Aelia
Judeus da Segunda Revolta (Bar
2 II EC Capitolina (MESHORER, TJC 218 apud
Kokhba)
PORTO, 183, 2007)
10 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE
Quadro 2 – Procedimentos de análise

Autores Procedimentos

Localização
Lacroix (1974) Produção e circulação
Origem mítico-religiosa

Símbolo (imagem e letra/legenda)


Caltabiano (1998)
Iconografia da cunhagem (anverso e reverso)

Discurso ideológico
Pérez (1986)
Relação imagem e legenda

Teorias
Status administrativo
Língua das legendas
Refundação/nomeação da cidade
Porto (2007) Título de poder
Soberano
Linhagem
Título honorífico

Iconografia monetária
Kormikiari (1995, 1999, 2001) Metais
Volume
11 IMAGENS DE MOEDAS DE JERUSALÉM/AELIA CAPITOLINA

Fonte: Extraído do catálogo numismático desenvolvido por Porto (2007)


12 ANÁLISE ICONOGRÁFICA DA MOEDA DE AELIA
CAPITOLINA/JERUSALÉM
ANVERSO

Enfoque: Legitimação
Interpretação: A imagem centralizada do Imperador Trajano Adriano surge
estrategicamente em alto relevo no primeiro plano da moeda. A
representação drapejada (nobreza) e laureado (coroado) com a finalidade de
persuadir e mostrar à sociedade da época por meio do processo de
legitimação, o poderio desta figura, que diretamente articulava com as
oficinas de cunhagem fosse por prestígio ou interesses escusos.
13 ANÁLISE ICONOGRÁFICA - REVERSO

Podemos dividir a imagem do reverso em quatro partes:

Primeira: Exergo traz o caráter honorífico da cunhagem – COND= “Da colônia Aelia Capitolina ao
seu fundador”.
Segunda: Bois = Aragem do pomério (latim: pomerium ou pomoerium), que significa "após o
muro". Na Roma Antiga, era uma designação para a fronteira simbólica da cidade.
Terceira: Imperador conduzindo a criação do pomério – indica que Adriano foi o fundador de Aelia
Capitolina, assim como a coroa de louros na cabeça da pessoa que conduz o arado a identifica
como sendo o imperador.
Quarta: Vexillum/estandarte simboliza o poder militar de Roma.
14 ANÁLISE ICONOGRÁFICA DA MOEDA DE AELIA
CAPITOLINA/JERUSALÉM
ANVERSO

Enfoque: Legitimação
Interpretação: A imagem centralizada da fachada do Templo de Jerusalém
surge estrategicamente em alto relevo no primeiro plano da moeda. A
representação centralizada da Arca da Aliança aparece com a finalidade de
persuadir e mostrar à sociedade da época, o caráter sagrado e religioso da
cidade, e assim, a função ‘messiânica’ da Revolta de Bar Kokhba.
15 ANÁLISE ICONOGRÁFICA - REVERSO

A imagem centralizada do feixe de lulav (palma) com etrog (cidra),


que compõem as quatro espécies do Festival dos Tabernáculos
(Sukkōt), é uma clara alusão ao período em que os judeus
peregrinaram pelo deserto com Moisés. Dessa forma, tanto anverso
quanto o reverso, se complementam na disseminação de um discurso
de sacralidade da cidade de Jerusalém. Assim, a construção
discursiva de um passado comunal era permeado pela valorização
religiosa e messiânica dos míticos eventos locais.
16 A FESTA DOS TABERNACULOS

A palavra “tabernáculo” origina-se da palavra latina “tabernaculum”


que significa “uma cabana, um abrigo temporário”. No original
hebraico ( ‫ סוכות‬ou ‫סֻ ּכֹו‬a) palavra equivalente é Suca, cujo plural é
Sukkōt. O uso de quatro espécies de plantas é prescrito em Levítico
23.40: “tomareis fruto de árvores formosas, ramos de palmeiras,
ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeira”. As autoridades
judaicas estabeleceram que “a fruta de árvore formosa” significa a
cidra (etrog); “ramos de palmeiras” seriam ramos da tamareira
(lulav); “ramos de árvores frondosas” referindo-se ao mirto
(hadassim); e “salgueiros de ribeira” ao salgueiro (aravot). Essas
quatro espécies formam o molho de Sukkōt que os judeus seguram
durante a Festa dos Tabernáculos.
17 A NUMISMÁTICA E A ARQUEOLOGIA

Em meio a multiplicidade de possibilidades esclarecidas


anteriormente, seguimos a hipótese de que a raiz etimológica da
palavra ‘moeda’ estava também associada a ‘monumento’. Logo, a
moeda estava inserida no contexto econômico e na mediação de
relações de poder, relacionadas a certas representações imagéticas
de memória. De acordo com Anderson (1991), o uso de monumentos
em moedas pode ter simbolizado a herança comunal (como entre os
gregos), mas o passado representado nas moedas geralmente fazia
alusões ao mito ou à história de determinada comunidade. Nesta
perspectiva, a historicidade de um determinado local poderia ser
usada para construção de identidades, logo, o passado poderia ser
duplamente utilizado: i) Poderia ser específico de uma localidade; ii)
Poderia servir para localizar um determinado lugar dentro do mito.
18 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observamos nessa apresentação a contribuição da amoedação da


Judaea-Palaestina para veiculação e legitimação das estruturas de poder
na região. As epistemologias numismáticas de Lacroix (1974),
Caltabiano (1998), Porto (2007) e Pérez (1986), permitiram a reflexão
de que a cunhagem monetária servia para a facilitação das trocas de
mercadorias, assim como poderia ser usada para a transmissão de uma
mensagem ideológica, por meio da disposição gráfica dos motivos
imagéticos e textuais, selecionados para compor determinada moeda.
Assim, as moedas estavam inseridas em um complexo e polissêmico
universo cultural, em que pessoas e coisas se interrelacionavam em um
emaranhado biossociomaterial atemporal, onde passado, presente e
futuro estavam amalgamados, assim como as instâncias sócio-históricas,
econômicas, políticas, religiosas e espaciais lastreavam a construção da
identidade local.
REFERÊNCIAS
▪ Imagem da capa: Detalhe em alto relevo de uma parede da cidade de Rostock na Alemanha. Disponível em:
<https://collectprime.com/blog/cunhagem-de-moedas-evolucao-dos-processos/>. Acesso em 10 de outubro de 2021.
▪ CALTABIANO, M. C. Immagini-parola, grammatica e sintassi di un lessico iconografico monetale. In: A. E. ARSLAN (a cura
di), La “parola” delle immagini e delle forme di scrittura: modi e tecniche di comunicazione nel mondo antico.
Messina, 1998, p. 57–74.
▪ CARLAN, C. U.; Carvalho, M. M. De. Funari, P. P. A. História Militar do Mundo Antigo. Volume 1. São Paulo: Annablume,
2011.
▪ ______. Numismática/Documento/Arqueologia: a cultura material e o ensino da História. Cadernos de História, v. 1,
2006ª, p. 5-28,
▪ ______. Numismática: “lendo” a moeda como fonte histórica. Um documento alternativo. Revista eletrônica História e
História. 2006b.
▪ ______. Poder, imagem e arqueologia: a iconografia monetária e o exército romano. Revista de História da Arte e
Arqueologia, v. 6, 2007, p. 7-14.
▪ FERNÁNDEZ-ARENAS, José. Teoría y Metodología de la Historia del Arte. Barcelona: Editorial Anthropos, 1984.
▪ FLEMING, M. I. D. A.; BASTOS, M. T.; PORTO, V. C. P. Arqueologia Clássica e as Humanidades Digitais no Brasil. Cadernos
do LEPAARQ do LABORATÓRIO DE ENSINO E PESQUISA EM ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS - LEPAARQ/UFPEL. vol. 14, n. 27, 2017, p.10-28.
▪ FLORENZANO, M. B. B. Notes on the Imagery of Dionysus on greek coins. In: RBN, CXLV, 1999, p. 1-10.
▪ KEMMERS, F; N, MYRBERG. “Rethinking numismatics. The archaeology of coins”. Archaeological Dialogues 18.1, 2011,
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Diffusion de Boccard, 1974.
▪ MEADOWS, A.; WILLIAMS, J. Moneta and the Monuments: coinage and politics in Republican Rome. The Journal of
Roman Studies, v. 91, 2001, p. 27-49.
▪ MESHORER, Y. The Coins of Aelia Capitolina. Jerusalém: Yad Ben-Zvi Press, 1989.
▪ MILLAR, F. The Roman Near East 31 BC – AD 337. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, 1995.
▪ PÉREZ, C. Monnaie du pouvoir. Pouvoir de la monnaie. Une pratique discursive originale: le discours figuratif
monétaire (1er s. av. J.-C - 14 ap. J.-C.), Annales Littéraires de l’Université de Besançon, 332. Histoire ancienne, vol.
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▪ PORTO, V. C. As moedas romanas da Península Ibérica e da Síria-Palestina: uma tentativa de diálogo. Revista
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▪ _________. Imagens monetárias na Judéia/Palestina sob dominação romana. Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo – MAE/USP. São Paulo, 2007.
▪ RAJAK, T.; NORTH, J.; LIEU, J. (Ed.) The Jews among Pagans and Christians in the Roman Empire. London and New
York: Routledge, 1992.
▪ REVELL, L. Roman Imperialism and Local Identities. Cambridge, Cambridge University Press. 2009.
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