Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Segunda Geração
da poesia do
Romantismo brasileiro
Outras denominações
Ultrarromântica
• Prefixo → excessivo, extremado, exagerado.
Byroniana
• Porque os autores da Segunda Geração do Roman-
tismo brasileiro receberam influências de Lord Byron.
1
27/04/2022
▪ o spleen;
▪ mau humor;
▪ melancolia.
▪ amores frustrados;
▪ desesperança em relação à
vida e à realidade;
▪ aversão aos valores da so-
ciedade burguesa.
Lord Byron (1788-1824)
Características
Apego a valores decadentes e imorais, como a
bebida, o satanismo e o vício.
Gosto pela noite, pelo soturno e lúgubre;
2
27/04/2022
Características
Idealização do amor e, principalmente, da mulher,
quase sempre retratada como virginal, sublime, per-
tencente a outra dimensão.
3
27/04/2022
4
27/04/2022
10
5
27/04/2022
11
12
6
27/04/2022
13
7
27/04/2022
AUTORES
O autor mais famoso desta fase é:
<<Álvares de Azevedo>>
15
16
8
27/04/2022
ÁLVARES DE AZEVEDO
Temas recorrentes:
• Seus poemas falam constantemente do tédio da vida, do
sentimento da morte e da frustração amorosa.
17
Soneto
[...]
Morro, morro por ti! na minha aurora Sem que última esperança me conforte,
A dor do coração, a dor mais forte, Eu – que outrora vivia! – eu sinto agora
A dor de um desengano me devora... Morte no coração, nos olhos da morte!
18
9
27/04/2022
PRODUÇÃO
19
20
10
27/04/2022
• A primeira e a terceira
partes, mostram um Álva-
res de Azevedo adoles-
cente, casto, sentimental
e ingênuo;
21
Soneto
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre nuvens do amor ela dormia!
22
11
27/04/2022
23
12
27/04/2022
LEMBRANÇA DE MORRER
No more! O never more! (Shelley)
26
13
27/04/2022
27
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.
28
14
27/04/2022
29
30
15
27/04/2022
MAIS LIVROS...
• Além dos poemas, Álvares de Azevedo deixou uma obra
dramática:
Conta a história de um personagem que,
em uma viagem de estudos, faz amizade
com um desconhecido e descobre ser
ninguém mais, ninguém menos que o
próprio satã.
31
MAIS LIVROS...
• E uma obra em prosa, o livro de contos:
32
16
27/04/2022
33
Inspirações do Contradições
claustro poéticas
34
17
27/04/2022
Morte
(Hora de delírio)
O arranco da morte
36
18
27/04/2022
37
CASIMIRO DE ABREU
Sua poesia centra-se em dois temas fundamen-
tais:
infância
natureza brasileira
o lirismo amoroso.
38
19
27/04/2022
Poema
“Meus oito anos”
39
40
20
27/04/2022
41
42
21
27/04/2022
Minh’alma é triste
43
44
22
27/04/2022
Minha
Oh l‘amour d’une mère !
— amour que nul n’oublie!
V. Hugo.
Da pátria formosa distante e saudoso,
Chorando e gemendo meus cantos de dor,
Eu guardo no peito a imagem querida
Do mais verdadeiro, do mais santo amor:
— Minha Mãe! —
45
46
23
27/04/2022
FAGUNDES VARELA
Deixou uma obra extensa e variada:
▪ Noturnos (1863);
▪ O estandarte auriverde (1863);
▪ Vozes da América (1864); P
▪ Cantos e Fantasias (1865); o
e
▪ Cantos do Ermo e da Cidade (1869);
s
▪ Cantos meridionais (1869);
i
▪ Anchieta, ou Evangelho na Selva (1875); a
▪ Cantos religiosos (1878);
▪ Diário de Lázaro (1880).
48
24
27/04/2022
FAGUNDES VARELA
Temas frequentes: Influência do spleen de Álvares de Azevedo
• Parte da sua obra, aborda os temas mais caros aos ultrar-
românticos, como a solidão, a morte, a inadaptação social;
Noturno
[...]
49
[...]
50
25
27/04/2022
FAGUNDES VARELA
Temas frequentes: influência do nacionalismo de Gonçalves Dias
e da ingenuidade de Casimiro de Abreu
51
52
26
27/04/2022
FAGUNDES VARELA
Temas frequentes: influência da poesia social de Castro Alves
• as injustiças; e
• a exploração dos escravos.
53
A cidade
[A meu predileto amigo o Sr. Dr. Betoldi]
A São Paulo
A cidade ali está com seus enganos,
Seu cortejo de vícios e traições,
Seus vastos templos, seus bazares amplos, Terra da liberdade!
Seus ricos paços, seus bordéis salões. Pátria de heróis e berço de guerreiros,
Tu és o louro mais brilhante e puro,
O mais belo florão dos brasileiros!
A cidade ali está: sobre seus tetos
Paira dos arsenais o fumo espesso,
Foi no teu solo, em borbotões de sangue
Rolam nas ruas da vaidade os coches
E ri-se o crime à sombra do progresso. Que a fronte ergueram destemidos bravos,
Gritando altivos ao quebrar dos ferros:
- Antes a morte que um viver de escravos!
A cidade ali está: sob os alpendres
Dorme o mendigo ao sol do meio-dia, Foi nos teus campos de mimosas flores,
Chora a viúva em úmido tugúrio,
À voz das aves, ao soprar do norte,
Canta na catedral a hipocrisia.
Que um rei potente às multidões curvada
Bradou soberbo: - Independência ou morte!
A cidade ali está: com ela o erro,
A perfídia, a mentira, a desventura... [...]
Como é suave o aroma das florestas!
Como é doce das serras a frescura!
[...]
54
27