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Curso: Contabilidade

Teoria e Questões comentadas


Prof. Feliphe Araújo

Aula 06 – Passivos: conceitos, estrutura e classificação, conteúdo das


contas, processos de avaliação, registros contábeis e evidenciações.
Debêntures, conceito, avaliação e tratamento contábil.

1. Introdução................................................................................ 3
2. Passivo ..................................................................................... 4
2.1 Critérios de avaliação do Passivo ....................................................................................... 7
2.1.1 Ajuste a Valor Presente .............................................................................................. 7
2.2 Principais contas do Passivo ............................................................................................. 10
2.2.1 Fornecedores............................................................................................................ 10
2.2.2 Obrigações fiscais ..................................................................................................... 11
2.2.3 Salários, encargos sociais e FGTS a pagar ................................................................ 11
2.2.4 Dividendos a Pagar ................................................................................................... 12
2.2.5 Duplicatas Descontadas ........................................................................................... 12
2.2.6 Outras contas a pagar .............................................................................................. 13
)

2.2.7 Adiantamento de Clientes ........................................................................................ 13


(

2.2.8 Empréstimos e Financiamentos ............................................................................... 14


p

2.2.9 Variações cambiais e monetárias ............................................................................. 27


2.2.10 Débitos e Créditos de Funcionamento e Financiamento ......................................... 33
g

3. Debêntures ............................................................................. 34
p

3.1 Reconhecimento inicial .................................................................................................... 34


3.2 Prêmio na Emissão de Debêntures .................................................................................. 36
3.3 Deságio na Emissão de Debêntures ................................................................................. 43
3.4 Conversão de Debêntures em Ações ............................................................................... 44
4. Depósitos Judiciais ................................................................. 44
5. Resumo da Aula ...................................................................... 46
6. Questões comentadas ............................................................. 52
CESPE ............................................................................................................................................ 52
FCC................................................................................................................................................ 60
FGV ............................................................................................................................................... 87
Outras Bancas............................................................................................................................... 95
7. Lista de Exercícios .................................................................. 97
8. Gabarito ............................................................................... 114

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1. Introdução

Olá queridos alunos, tudo bem?


Sejam bem-vindos à sexta aula do nosso curso.
Hoje, vamos abordar os seguintes assuntos: Passivo, Debêntures e
Depósitos Judiciais.
Continue estudando FIRME, porque vale muito a pena todo o seu esforço.
Já passei por isso e sei como você está se sentindo. Vocês serão
recompensados.
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum.
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o
nosso curso.
Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários.
Treinar é preciso.
Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula!
)

Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)!


Um forte abraço, Feliphe Araújo.
(
p
g
p

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2. Passivo

Segundo a Lei 6.404/76, no passivo, as contas serão classificadas nos


seguintes grupos:
a) passivo circulante;
Passivo Exigível
b) passivo não circulante;
c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital,
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros,
al re reali ações
eis em tesouraria e
prejuízos acumulados.

Vejamos que, nesse ponto, a Lei trata o passivo como passivo total.
Porém, pela análise do edital, a banca quer que analisemos o passivo exigível.
Isto está subtendido porque existe um a item
res exclusivo
a iz e no edital para o
em 2 200,0
Patrimônio Líquido. Assim, vamos estudar o passivo exigível que, nesse
tópico, está sendo utilizado como sinônimo de 150,0 )
passivo.
Segundo o CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis, o
passivo é composto apenas pelas obrigações. Assim, o passivo exigível ou
)

lo r v
apenas passivo representam as obrigações (exigibilidades ou dívidas) da
(

entidade com terceiros.


p

De acordo com Estrutura Conceitual Básica (CPC 00), Passivo é uma


obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar
g

benefícios econômicos.
p

Em outras palavras, o passivo exigível da entidade se refere a


+ 150 0)
obrigações existentes no presente, cujos fatos geradores ocorreram no passado
e, no momento da liquidação, se espera que ocorra a saída de recursos.
Por exemplo, a obrigação por uma conta
Va o es rea az ve
pagar
s é decorrente da
aquisição de algum bem a prazo, no passado.
em 201 O 00 mesmo
00 pode-se dizer em
relação às dívidas contraídas (a entidade contrata
+ 150 00)o empréstimo e, só então,
registra a obrigação). A saída de recursos para a liquidação das obrigações pode
dar-se na forma de saída de dinheiro, de bens ou de direitos.
O passivo exigível divide-se em Valores rea circulante
passivo izáve s (obrigações de
curto prazo) e passivo não circulante em 2012 200,00 de longo prazo),
(obrigações
+ 150,00)
conforme determinação legal da Lei nº 6.404/76, artigo 180:

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição


al a
de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante,
m 2012 e no
quando se vencerem no exercício seguinte, 00 passivo
00 não circulante,
150,00) o disposto no parágrafo
se tiverem vencimento em prazo maior, observado
único do art. 179 desta Lei.

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e 2012 200,0
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Vimos em aula anterior que, segundo o parágrafo único do artigo 179


da Lei 6.404/76: “Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver
duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo
prazo terá por base o prazo desse ciclo”.
O disposto no parágrafo único do artigo 179 vale tanto para o passivo
quanto para o ativo.
O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa
leva para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma
empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e
recebimento dos clientes.
Exemplo: Se a empresa possui um ciclo operacional de 2 anos, serão
classificadas no passivo circulante (curto prazo) as obrigações com
vencimento em até 2 anos e serão classificadas no passivo não circulante
(longo prazo) as obrigações com vencimento após 2 anos.

Complementando a Lei das S/A, o CPC 26 (R1) - Apresentação das


)

Demonstrações Contábeis, no item 69, apresenta a distinção clara entre


(

passivo circulante e passivo não circulante:


p

O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos
seguintes critérios:
g

(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade;

(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;


p

(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou

(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo


durante pelo menos doze meses após a data do balanço.

Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.

Portanto, as regras para classificação em passivo circulante (curto


prazo) e não circulante (longo prazo) são as mesmas adotadas para o ativo
circulante e ativo não circulante:
Passivo Circulante: obrigações com vencimento até o término do
exercício seguinte ou até 12 meses.
Passivo Não Circulante: obrigações com vencimento após o término
do exercício seguinte ou após 12 meses.

Explicando de forma gráfica:

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Na prova, a questão deverá fornecer o quadro acima ou cobrar um


valor fácil de calcular, como os juros dos primeiros meses. Algumas
bancas podem, para facilitar, cobrar juros simples, embora o mais correto
seja o método exponencial, que usa juros compostos.
Observem que a máquina foi registrada no ativo pelo valor presente,
sem a inclusão dos encargos financeiros.
Os valores do Passivo e de Encargos a transcorrer devem ser
classificados em circulante e não circulante, de acordo com o prazo de
vencimento.
É hora de praticar!

(FCC/Analista Ministerial – MPE-AP/2012) As obrigações,


encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive impostos sobre a Renda
a pagar, com base no resultado do exercício, serão computados no balanço pelo
a) valor atualizado até a data do balanço.
b) valor futuro das transações.
)

c) valor presente reduzido das provisões para exaustão.


d) valor de reposição.
(

e) custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis


p

na realização do seu valor.


g

Resolução:
As obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive
p

Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão


computados pelo valor atualizado até a data do balanço. (Art. 184, I, Lei
6.404/76).
Gabarito: Letra A.

2.2 Principais contas do Passivo


Nesse tópico, vamos detalhar as principais contas que se classificam no
Passivo, que compreende os valores que a empresa deve a terceiros, ou seja,
as suas dívidas ou obrigações (exigibilidades). Em regra, as contas do Passivo
vêm acompanhadas das nomenclaturas a pagar ou a recolher.
Segue lista das principais contas do Passivo.

2.2.1 Fornecedores

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É uma conta que registra as obrigações com fornecedores da entidade.


Além do termo “Fornecedores”, tais obrigações também podem ser
denominadas “duplicatas a pagar” ou, ainda, “contas a pagar”.
A conta Fornecedores é creditada sempre que a entidade adquirir
mercadorias a prazo, e debitada quando forem liquidadas as obrigações com
fornecedores.
a.1) Lançamento da compra a prazo de mercadorias com fornecedores:
D – Mercadorias (Ativo Circulante)
C – Fornecedores

a.2) Lançamento do pagamento dos fornecedores:


D – Fornecedores
C – Caixa ou Bancos

Observação: a conta Fornecedores (como a maioria das demais contas


)

do passivo) pode ser desdobrada em Fornecedores – Curto Prazo (classificada


no passivo circulante) e Fornecedores – Longo prazo (classificada no passivo
(

não circulante). Os saldos a pagar aos fornecedores deverão ser classificados


p

no curto prazo, se vencerem até o término do exercício seguinte, ou no longo


prazo, se vencerem após o término do exercício seguinte.
g
p

2.2.2 Obrigações fiscais


São contas que registram as obrigações tributárias da companhia. As
contas mais comuns são: ICMS a recolher, IPI a recolher, Imposto de Renda a
pagar (Provisão para IR, ainda utilizado por algumas bancas), Contribuição
Social a pagar, PIS a recolher, entre outros.
Sempre que surgir para a entidade a obrigação de recolher tributos, ela
deverá registrar esta obrigação na conta respectiva, a ser baixada quando de
seu recolhimento ou compensação.

2.2.3 Salários, encargos sociais e FGTS a pagar


A folha de pagamentos mensal da entidade resulta em diversas
obrigações, segregadas de acordo com sua natureza: salários dos funcionários,
encargos sociais sobre a folha de pagamentos, retenção dos salários dos
funcionários para repasse aos cofres públicos, entre outros. Como estes
pagamentos e recolhimentos representam obrigações para a entidade, são
registrados no passivo.

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Trabalhamos detalhadamente a conceituação e lançamentos a serem


realizados em relação à folha de pagamentos em aula anterior. Considerando a
importância do tema, sugiro que façam uma pequena revisão da matéria, caso
ainda haja dúvidas.

2.2.4 Dividendos a Pagar


É a conta que registra a obrigação de distribuir dividendos aos sócios,
decorrente do lucro apurado no exercício. Os cálculos para encontrar o valor a
ser distribuído serão vistos em aula futura.
Nos termos do art. 176, § 3º, as companhias deverão, à data de
encerramento do exercício, “registrar a destinação dos lucros segundo a
proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela
assembleia-geral”.
Ou seja, no encerramento do exercício, a entidade irá apurar o seu
resultado e, em caso de lucro, será proposta pelos órgãos da administração a
distribuição de uma parcela destes lucros na forma de dividendos.
A companhia, então, irá registrar esta proposta da administração como
)

uma obrigação. A contabilização pela proposição de R$ 10.000,00 de


(

dividendos a pagar é a seguinte:


p

D - Lucros Acumulados
C - Dividendos a pagar (passivo circulante) .............. 10.000
g
p

Como os dividendos se referem a uma parcela do lucro a ser distribuída


aos acionistas, a conta contrapartida de Dividendos Propostos a Pagar é a conta
Lucros Acumulados, que registra o lucro apurado no exercício, bem como todas
as destinações efetuadas pela companhia (incluídos os dividendos).
Outras destinações podem ser realizadas, como para a constituição de
reserva de lucros ou, ainda, para incorporação ao capital social. Estes outros
detalhes veremos na em aula futura sobre o Patrimônio Líquido.
Finalmente, quando for realizado o pagamento dos dividendos, a conta
Dividendos a Pagar será debitada e a de Disponibilidades creditada.
Lançamento do pagamento dos dividendos:
D – Dividendos a pagar (passivo circulante)
C – Caixa ou Bancos ................ 10.000

2.2.5 Duplicatas Descontadas


Caros alunos, as Duplicatas Descontadas, como já estudamos no nosso
curso, têm a essência de um empréstimo bancário de curto prazo e, por isso,

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atualmente, o valor descontado é apresentado diretamente no Passivo


Circulante da companhia (antigamente, era conta retificadora de ativo).
Os custos de transação e os gastos com juros diretamente associados à
operação de desconto devem ser apresentados em conta retificadora de
passivo denominada “Encargos Financeiros a Transcorrer”.
Nos custos de transação estão incluídos: taxas bancárias, despesas
administrativas, entre outros. Tais custos deverão ser apropriados como
despesa de acordo com o regime de competência.

2.2.6 Outras contas a pagar


Pessoal, existem outras contas que representam obrigações da entidade,
em regra, acompanhadas do termo “a pagar”.
Por exemplo: aluguéis a pagar, títulos a pagar, juros a pagar, comissões
a pagar, etc.
Todas estas, por representarem obrigações, classificam-se no passivo
circulante ou não circulante, a depender dos seus prazos de vencimentos.
)
(

2.2.7 Adiantamento de Clientes


p

Registra os valores antecipados pelos clientes da entidade. Tais


adiantamentos são obrigações, pois, no momento em que a entidade recebe o
adiantamento dos recursos, surge para ela o dever de produzir os bens ou os
g

serviços aos quais eles se referem ou devolver os valores adiantados.


p

Na prática, adiantamentos de clientes são Receitas Antecipadas e, por


este motivo, registrados no Passivo. Já as Despesas Antecipadas, como já
estudamos, são registrados no Ativo.
Por exemplo: A empresa Aprovados Ltda. recebe o valor de R$ 10.000,00
do cliente X, em maio/17, referente ao adiantamento para aquisição de
mercadorias que serão entregues agosto/17. Quando o cliente efetua o
pagamento, gera uma obrigação para a empresa e um direito para o cliente
de receber o bem. Lançamento do recebimento do dinheiro é:
D – Caixa (Ativo circulante)
C - Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 10.000,00
Explicação do lançamento:

Quando uma empresa recebe adiantamento de clientes ocorre um aumento da


conta Adiantamento de Clientes (obrigação) e um aumento de caixa (entrada de bens
numerários). O cliente passa a ser credor da empresa Aprovados, por isso, creditamos
a conta Adiantamento de Clientes.

Ativo → Natureza Devedora → Entrada de Bens (Dinheiro) → Debita

Passivo → Natureza Credora → Aumento de Obrigações → Credita

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Os custos de transação, quando amortizados, são lançados como despesa


do período, assim como os Juros Passivos decorrentes da operação de
empréstimos, de acordo com o regime de competência.

Conceitos do CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de


Títulos e Valores Mobiliários:
1. Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos
custos de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados,
a qual representa a diferença entre os valores recebidos e os valores
pagos (ou a pagar) a terceiros.
2. Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente
atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das
transações de captação de recursos incorridas na:
• Distribuição primária de ações ou bônus de subscrição;
• Aquisição e alienação de ações próprias;
)

• Captação de recursos por meio da contratação de empréstimos


(

ou financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, bem


como dos prêmios na emissão de debêntures e outros
p

instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido (frequentemente


referidos como títulos e valores mobiliários – TVM).
g
p

São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido
evitados se essas transações não ocorressem. Exemplos de custos de
transação são:
i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;
ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados,
contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento,
corretores etc.);
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-
shows);
iv) taxas e comissões;
v) custos de transferência;
vi) custos de registro etc.

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Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e


valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou
custos de carregamento.
3. Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o
ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado
emprestado do financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação,
câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados; incluem,
portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas não
incluem taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc.

Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da


contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou
títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros
valores mobiliários) devem ser contabilizados como redução do valor justo
inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido, para
evidenciação do valor líquido recebido.
Os valores gastos quando da aquisição de empréstimo ou financiamento serão
)

apropriados como custos de transação (regido pelo Pronunciamento Técnico


CPC 08), e apropriados como encargos financeiros ao longo do prazo do
(

empréstimo.
p

Os custos de transação, quando amortizados, são lançados como despesa do


período, assim como as Despesas de Juros (ou Juros Passivos) decorrentes
g

da operação de empréstimos, de acordo com o regime de competência.


p

O registro contábil deve ser efetuado quando a empresa recebe os recursos,


o que muitas vezes coincide com a data do contrato. No caso dos contratos
em que a liberação dos recursos ocorrer em várias parcelas, o registro
será efetuado à medida dos recebimentos das parcelas.

A empresa Aprovados Ltda., ao final de 20X0, contratou um empréstimo


no valor de R$ 100.000,00, incorrendo em taxas bancárias no valor de R$
10.000,00, além da taxa de juros contratual de 10% ao ano (juros simples). O
pagamento será único e ao final de 2 anos.
Para facilitar o entendimento, neste exemplo, vamos utilizar juros simples
e a amortização dos custos será dividida de forma igualitária entre os anos.
Lembrando que o mais correto é utilizar os juros compostos. Utilizaremos aqui
alguns conhecimentos da disciplina de matemática financeira.
Modelo 1 de contabilização:
1. Lançamento inicial para registro da operação:

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D - Bancos ............................................ 90.000 (Ativo)


D - Custos de Transação a Amortizar ........ 10.000 (Redutora do passivo)
C - Empréstimos a pagar ....................... 100.000 (Passivo)

No final de 20X1, a empresa Aprovados Ltda. precisa reconhecer os


encargos financeiros incorridos no exercício, pelos seguintes lançamentos:
2. Lançamento da amortização dos custos no final de 20X1:
D - Encargos financeiros – amortização de custos
C - Custos de Transação a Amortizar ........... 5.000

3. Lançamento da despesa de juros no final de 20X1:


D - Despesas de juros
C - Empréstimos a pagar ......................... 10.000 (10% x 100.000)
)

Vamos ver como fica o saldo das contas patrimoniais no livro razão em
20X1:
(

Bancos Custos a Amortizar Empréstimos a PG


p

Saldo Inicial (1) 10.000 5.000 (2) 100.000 (1)


(1) 90.000 10.000 (3)
g

90.000 5.000 110.000


p

No final de 20X2, a empresa Aprovados Ltda. precisará reconhecer os


encargos financeiros incorridos no exercício, pelos seguintes lançamentos:
4. Lançamento da amortização dos custos no final de 20X2:
D - Encargos financeiros – amortização de custos
C - Custos de Transação a Amortizar ........... 5.000

5. Lançamento da despesa de juros no final de 20X2:


D - Despesas de juros
C - Empréstimos a pagar ......................... 10.000 (10% x 100.000)

Vamos ver como fica o saldo das contas patrimoniais no livro razão em
20X2:

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Bancos Custos a Amortizar Empréstimos a PG
Saldo Inicial (X1) 5.000 5.000 (4) 110.000 (X1)
90.000 10.000 (5)
90.000 0 120.000

Ainda, ao final de 20X2, quando a empresa Aprovados Ltda. liquidar a


obrigação, ela deverá reconhecer o pagamento de R$ 120.000,00 referente à
soma dos R$ 100.000,00 tomados emprestados e dos R$ 20.000,00 pelos juros
incorridos nos anos de 20X1 e 20X2.
6. Lançamento do pagamento do empréstimo:
D – Empréstimos a pagar
C – Bancos conta movimento .......................... 120.000
* Supomos que o saldo inicial da conta bancos seja maior que R$ 30.000,00.

Percebam que os encargos financeiros totais foram de R$ 30.000,00,


)

sendo R$ 10.000,00 pelos custos de transação e R$ 20.000,00 pelos juros


passivos incorridos ao longo dos dois anos.
(
p

Modelo 2 de contabilização:
g

Vamos considerar o mesmo exemplo.


p

A empresa Aprovados Ltda., ao final de 20X0, contratou um empréstimo


no valor de R$ 100.000,00, incorrendo em taxas bancárias no valor de R$
10.000,00, além da taxa de juros contratual de 10% ao ano (juros simples). O
pagamento será único e ao final de 2 anos.
Para facilitar o entendimento, neste exemplo, vamos utilizar juros simples
e a amortização dos custos será dividida de forma igualitária entre os anos.
Lembrando que o mais correto é utilizar os juros compostos.
A taxa de juros dessa operação é pré-fixada.

Taxa de juros pré-fixada é aquela definida no momento da contratação do


empréstimo ou da realização de uma aplicação financeira.

Quando os juros forem pré-fixados, já sabemos quanto a empresa vai


pagar de juros, logo, já reconhecemos o valor de juros a apropriar e dos
custos a amortizar ou encargos financeiros a apropriar (juros + custos de
transação).
Se os juros são de 10% ao ano, temos que os juros passivos a apropriar
são de:

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Juros passivos a apropriar (ou juros a apropriar) = 10% x 100.000 x 2


Juros passivos a apropriar = R$ 20.000,00
Com isso, ao final dos dois anos, a empresa deve pagar o montante total
de R$ 120.000,00 (principal + juros).
1. Lançamento inicial para registro da operação:
D - Bancos ........................................... 90.000 (Ativo)
D – Juros Passivos a Apropriar ................. 20.000 (Redutora do passivo)
D - Custos de Transação a Amortizar ........ 10.000 (Redutora do passivo)
C - Empréstimos a pagar ...................... 120.000 (Passivo)
Ou
D - Bancos ........................................... 90.000 (Ativo)
D – Encargos Financeiros a Transcorrer* ... 30.000 (Redutora do passivo)
C - Empréstimos a pagar ...................... 120.000 (Passivo)
* O saldo de encargos a transcorrer engloba os juros e os custos de transação.
)
(

No final de 20X1, a empresa Aprovados Ltda. precisa reconhecer os


encargos financeiros incorridos no exercício, pelos seguintes lançamentos:
p

2. Lançamento da amortização dos custos no final de 20X1:


g

D - Encargos financeiros – amortização de custos


p

C - Custos de Transação a Amortizar ........... 5.000


3. Lançamento da despesa de juros no final de 20X1:
D - Despesas de juros
C - Juros Passivos a Apropriar ...................... 10.000 (10% x 100.000)

Vamos ver como fica o saldo das contas patrimoniais no livro razão em
20X1:
Bancos Juros a Apropriar
Saldo Inicial (1) 20.000 10.000 (3)
(1) 90.000
90.000 10.000

Custos a Amortizar Empréstimos a PG


(1) 10.000 5.000 (2) 120.000 (1)

5.000 120.000

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No final de 20X2, a empresa Aprovados Ltda. precisará reconhecer os


encargos financeiros incorridos no exercício, pelos seguintes lançamentos:
4. Lançamento da amortização dos custos no final de 20X2:
D - Encargos financeiros – amortização de custos
C - Custos de Transação a Amortizar ........... 5.000

5. Lançamento da despesa de juros no final de 20X2:


D - Despesas de juros
C – Juros Passivos a Apropriar ...................... 10.000 (10% x 100.000)

Vamos ver como fica o saldo das contas patrimoniais retificadoras do


passivo no livro razão em 20X2:
Custos a Amortizar Juros a Apropriar
(X1) 5.000 5.000 (4) (X1) 10.000 10.000 (5)
)
(

0 0
p

Ainda, ao final de 20X2, quando a empresa Aprovados Ltda. liquidar a


obrigação, ela deverá reconhecer o pagamento de R$ 120.000,00 referente à
g

soma dos R$ 100.000,00 tomados emprestados e dos R$ 20.000,00 pelos juros


p

incorridos nos anos de 20X1 e 20X2.


6. Lançamento do pagamento do empréstimo:
D – Empréstimos a pagar
C – Bancos conta movimento .......................... 120.000
* Supomos que o saldo inicial da conta bancos seja maior que R$ 30.000,00.

Observem que o resultado é o mesmo, sendo a diferença na forma de


contabilização dos juros a apropriar incidentes sobre a operação. No modelo
1, não reconhecemos a conta juros a apropriar. No modelo 2, reconhecemos
a conta juros a apropriar.

Professor, e qual modelo utilizar? Qual o correto?


Na prática, a forma de contabilização é facultativa. Porém, quando já sabe
os juros a transcorrer (taxa de juros pré-fixada), recomenda-se utilizar a
conta juros a apropriar ou inserir o valor dentro dos encargos financeiros a

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transcorrer, pois há um melhor controle e maior transparência do patrimônio


da empresa. Modelo 2.

As bancas não seguem muito a recomendação acima, pois, em muitos casos,


mesmo sabendo a taxa de juros (taxa pré-fixada), os examinadores não
consideram os valores dos juros a apropriar.
Qual o motivo professor?
Simples hehehe. Além de não ser obrigatório, a dificuldade para os cálculos.
Imaginem o seguinte exemplo:
A empresa Aprovados Ltda., ao final de 20X0, contratou um empréstimo no
valor de R$ 100.000,00, incorrendo em taxas bancárias no valor de R$
10.000,00, além da taxa de juros compostos de 10% ao ano. O pagamento
será único e ao final de 10 anos.
Conseguiram calcular o valor total a pagar do empréstimo (principal
+ juros) depois dos 10 anos?
)

Até conseguiriam, mas teriam que gastar um bom tempo fazendo os cálculos,
(

prejudicando o andamento da prova. Além disso, imaginem se tivessem que


considerar pagamentos parcelados, sejam do principal ou juros? Prefiro que
p

nem imaginem hehehe.


Por isso, nas questões de concurso, colocam a conta juros a apropriar ou
g

inserido os juros dentro de encargos financeiros, quando já se sabe o valor


p

total a pagar pelo empréstimo.

Professor, e se a taxa de juros for pós-fixada?

Taxa de juros pós-fixada é aquela não conhecida na hora dos empréstimos


ou da aplicação, alterando de valor a depender da economia. Por exemplo,
índices de inflação e os juros da poupança.

No caso dos juros pós-fixados, a empresa não sabe qual a taxa de juros
no momento da operação, mas apenas com o passar do tempo. Assim, ela vai
reconhecendo uma despesa de juros em contrapartida a uma dívida (juros
pagos depois) ou bancos (juros pagos mês a mês), utilizando o modelo 1.
Isso vale para toda operação de empréstimos e financiamentos.
Vamos ver como este assunto é cobrado em provas.

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(FCC/Analista – TRE – AP/2015) Um empréstimo no valor


total de R$ 10.000.000,00 foi obtido por uma empresa no dia 01/12/2013 e
será liquidado da seguinte forma:
− Principal: pagamento integral em 01/12/2016.
− Juros: pagamentos semestrais, com a primeira parcela vencendo em
01/06/2014.
As demais características do empréstimo são as seguintes:
− Taxa de juros compostos contratada: 1,3% ao mês.
− Valor das parcelas de juros semestrais: R$ 805.793,71.
− Despesas iniciais cobradas pelo Banco (Custos de transação): R$ 750.000,00.
− A taxa de custo efetivo da operação foi 1,57% ao mês.
Os valores da despesa com encargos financeiros apropriada no resultado de
2013 e do saldo líquido do passivo relativo ao empréstimo obtido apresentado
no balanço patrimonial de 31/12/2013 foram, respectivamente, em reais:
(A) 145.225,00 − 9.395.225,00.
)

(B) 157.000,00 − 10.157.000,00.


(

(C) 880.000,00 − 10.130.000,00.


p

(D) 168.755,00 − 10.918.755,00.


g

(E) 120.250,00 − 9.370.250,00.


p

Resolução:
Inicialmente, trago o método turbo de resolução no dia da prova.
O valor dos encargos financeiros é calculado mediante a multiplicação entre o
valor líquido recebido e a taxa de custo efetivo.
1. Assim, o Valor Líquido Recebido (VLR) é igual a:
VLR = Valor do Empréstimo – Custos de Transação
VLR = R$ 10.000.000,00 − R$ 750.000,00 = R$ 9.250.000,00
2. Os encargos financeiros mensais (01/12 à 31/12/2013) serão de:
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Juros Efetiva
Encargos Financeiros = R$ 9.250.000,00 × 1,57% = R$ 145.225,00

Com o cálculo acima, já podemos marcar a letra A como alternativa. No entanto,


com objetivos didáticos, vamos terminar de resolver a questão.

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O saldo líquido do passivo apresentado no balanço patrimonial, em 31/12/2013,


será igual ao valor líquido recebido adicionado dos encargos financeiros,
deduzida das parcelas pagas de juros ou do principal. Portanto, temos que:
Valor Líquido do Passivo = Valor Líquido Recebido + Encargos Finan. – Parcela paga

Valor Líquido do Passivo = 9.250.000,00 + 145.225,00 – 0 = R$ 9.395.225,00

Observem que não há parcela paga em 31/12/2013, pois os juros serão pagos
por semestres (ou seja, a primeira vencerá apenas em 01/06/2014) e o
pagamento do principal somente ocorrerá no final do contrato.
Portanto, confirmamos que o gabarito é a letra A.

Agora, vamos analisar pelo método detalhado.


O valor dos encargos financeiros é calculado mediante a multiplicação entre o
valor líquido recebido e a taxa de custo efetivo.
1. Assim, o Valor Líquido Recebido (VLR) é igual a:
VLR = Valor do Empréstimo – Custo de Transação
)

VLR = R$ 10.000.000,00 − R$ 750.000,00 = R$ 9.250.000,00


Os custos de transação foram pagos no momento da captação dos recursos.
(

Registro contábil no momento da captação dos recursos:


p

D – Caixa ou Bancos (Ativo) ................................. 9.250.000,00 (VLR)


g

D – Custos a Amortizar (Retificadora do Passivo) ....... 750.000,00


p

C – Empréstimos a pagar (Passivo) ..................... 10.000.000,00

Meus amigos, acontece que o enunciado já forneceu um dado importante para


resolução da questão, que é a taxa de custo efetivo de 1,57% ao mês. E que
taxa é essa Professor? Vamos ver o que diz o item 12 do CPC 08 (R1):
Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a
terceiros devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo,
pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos. Esse método
considera a taxa interna de retorno (TIR) da operação para a apropriação
dos encargos financeiros durante a vigência da operação. A utilização do
custo amortizado faz com que os encargos financeiros reflitam o efetivo
custo do instrumento financeiro e não somente a taxa de juros contratual
do instrumento, ou seja, incluem-se neles os juros e os custos de
transação da captação, bem como prêmios recebidos, ágios, deságios,
descontos, atualização monetária e outros. Assim, a taxa interna de retorno
deve considerar todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido recebido pela
concretização da transação até todos os pagamentos feitos ou a serem
efetuados até a liquidação da transação.

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Pessoal, agora temos que recorrer a matemática financeira. A taxa interna de


retorno (que é a taxa de custo efetivo) é a taxa que torna igual a zero a
diferença entre o valor líquido recebido em uma transação e o valor
presente dos fluxos de caixa de saídas. Em outras palavras, é a taxa que
iguala o valor presente dos fluxos de entrada de caixa ao valor presente
dos fluxos futuros de saídas de caixa.
Assim, se não tivesse no enunciado a taxa de custo efetivo, precisaríamos
calcular conforme abaixo:
Valor Presente dos Fluxos de Entrada = Valor Presente dos Fluxos de Saída

Pessoal, a captação de recursos tem como obrigação um fluxo de pagamentos


de parcelas semestrais referentes aos juros no montante de R$ R$ 805.793,71
mais uma parcela única do principal no valor de R$ 10.000.000,00. Assim, o
valor presente será calculado a partir da fórmula abaixo:
Valor Presente dos Fluxos de Saída = Parcela 1 + Parcela 2 + ... + Parcela n
(1 + i)1 (1 + i)2 (1 + i)n
)
(

Sabendo que o Valor Presente dos Fluxos de Entrada é igual ao Valor Líquido
p

Recebido e que o pagamento será realizado em 6 parcelas de juros mais a última


do principal, temos a seguinte igualdade:
g

Valor Líquido Recebido = Parcela 1 + Parcela 2 + ... + Parcela 6


p

(1 + i)1 (1 + i)2 (1 + i)6

Como já temos o valor líquido recebido e o montante que será pago anualmente,
podemos encontrar a taxa de custo efetivo:
9.250.000,00 = 805.793,71 + ... 805.793,71 + 10.805.793,71
(1 + i)1 (1 + i)5 (1 + i)6
As cinco primeiras parcelas referem-se aos juros de R$ 805.793,71. A última
parcela, em 01/12/2016, corresponde ao valor do pagamento do principal mais
os juros.
Pessoal, ao realizar os cálculos acima, encontraremos uma taxa de custo
efetivo no montante de 1,57% ao mês. “Professor, mas essa informação já
tem no enunciado”. Isso meu caro aluno. Só estou explicando como se chega a
este valor, porque precisamos desta informação. Porém, não temos condições
de fazer isso no dia da prova. Por isso, a banca já irá fornecer tal taxa.
Pessoal, para esta questão, o valor dos encargos financeiros inclui o valor líquido
das seguintes apropriações:
Encargos Finan. = Despesa de Juros + Amortização de Custos

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Por isso, o efeito líquido no resultado será o valor dos encargos financeiros do
período (por exemplo, mês ou ano), que é calculado mediante a multiplicação
entre o valor líquido recebido e a taxa de custo efetivo.
2. Os encargos financeiros mensais (01/12 à 31/12/2013) serão de:
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Juros Efetiva
Encargos Financeiros = R$ 9.250.000,00 × 1,57% = R$ 145.225,00

Os encargos financeiros de R$ 145.225,00 representam tanto as despesas de


juros (pelo empréstimo obtido) quanto a amortização dos custos. Portanto,
temos que:
Agora, vamos calcular o valor das despesas de juros. É importante observar
que, no cálculo das Despesas de Juros (ou Juros Passivos), iremos utilizar a taxa
de 1,3% ao ano. Esta foi a taxa de juros contratada na obtenção do empréstimo
(que é diferente da taxa de custo efetivo de 1,57% ao mês).
Despesas de Juros = Valor do Empréstimo x Taxa Contratada
)

Despesas de Juros = R$ 10.000.000,00 x 1,3% = R$ 130.000,00


(
p

3. As despesas de juros serão contabilizadas em conta de resultado em


contrapartida a conta “Empréstimos a Pagar”:
g

D – Despesas de Juros (Resultado) ...................... R$ 130.000,00


p

C – Empréstimos a Pagar (Passivo Exigível) .......... R$ 130.000,00

Pronto. Como já sabemos o valor dos Encargos Financeiros e das Despesas de


Juros, podemos calcular o valor da Amortização dos Custos:
Encargos Financeiros = Despesas de Juros + Amortização de Custos
R$ 145.225,00 = R$ 130.000,00 + Amortização de Custos
Amortização de Custos = R$ 15.225,00
Apropriação mensal de acordo com o regime de competência.
4. Em 31/12/2013, o lançamento da amortização dos custos será :
D – Amortização de Custos (Despesa - Resultado) ............ R$ 15.225,00
C – Custos a Amortizar (Retificadora do Passivo) .............. R$ 15.225,00

Após realizar os lançamentos, vamos ver como fica o saldo das contas no livro
razão:

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Bancos Custos a Amortizar Empréstimos a PG
(1) 9.250.000 (1) 750.000 15.225 (4) 10.000.000 (1)
130.000 (3)
9.250.000 734.775 10.130.000

Despesas de Juros Amortização de Custos


(3) 130.000 (4) 15.225

Assim, temos que:


Encargos Financeiros = Desp. de Juros + Amortização de Custos = R$ 145.225,00

Passivo no Balanço Patrimonial:


Empréstimos a Pagar ....................... 10.130.000,00
(-) Custos a Amortizar ....................... (734.775,00)
Saldo Líquido do Passivo ................... 9.395.225,00
)
(

Meus amigos, respondi acima de forma detalhada para vocês entenderem os


p

registros. Porém, no dia da prova, respondam pelo método turbo, que é bem
mais rápido. Por favor, quero a sua aprovação, por isso, lembrem do método
turbo. Dá para responder em menos de um minuto ☺. Foco na resolução
g

mais rápida.
p

Gabarito: Letra A.

O entendimento da taxa de custo efetivo tem haver muito com a


matemática e o Professor dessa disciplina deve ter explicado.
O CET (Custo Efetivo Total) é a melhor forma de comparar várias opções de
empréstimo ou financiamento e decidir qual é a mais vantajosa. O CET é nada
mais que a taxa de juros que você irá efetivamente pagar, pois leva em
consideração os encargos que estarão embutidos nas prestações. Esta é a
taxa de custo efetivo.
A taxa nominal é a taxa normal da operação.
Por exemplo, vamos supor que o banco faz um empréstimo de R$ 100,00 e
desconta de Juros 10%.
Taxa de juros nominal = 10%

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Como já descontou 10% de 100, sobrou para o cliente 90. Logo, os juros
foram de 10. Porém, observem que a empresa só recebeu 90. Assim, a taxa
de custo efetivo é aquela que incide sobre o valor recebido para saber
quanto a empresa efetivamente pagou de juros.
Neste exemplo, a taxa de custo efetivo é de:
Taxa de custo efetivo = 10/90 = 11,11%
No caso dos cálculos de contabilidade, a taxa de custo efetivo incide sobre o
valor líquido e encontra o valor total dos encargos financeiros, que inclui a
despesa de juros e a despesa de amortização.

2.2.9 Variações cambiais e monetárias


As companhias podem optar por obter empréstimos que possuem
cláusula de paridade cambial. Isto ocorre, normalmente, quando a entidade
recorre a instituições financeiras internacionais em busca de recursos.
Nestes casos, além de realizarmos os registros já apresentadas no tópico
de empréstimos e financiamentos, precisaremos, também, atualizar o valor
)

da dívida para a taxa de câmbio em vigor na data do balanço.


Este procedimento consta da Lei das S.A., art. 184, II:
(

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo


p

com os seguintes critérios:


g

(...)
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade
p

cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor


na data do balanço;

Isto significa que a entidade manterá controle extra contábil (em


separado) das obrigações em moeda estrangeira. Porém, para apresentação
destas informações no balanço, será preciso convertê-las para a moeda
nacional, observada a taxa de câmbio vigente no dia. Como resultado, a
depender da flutuação do câmbio, a entidade deverá registrar uma despesa ou
uma receita decorrente deste ajuste.
Na verdade, tratando-se de obrigações pagáveis em moeda estrangeira,
estes são atualizados pela variação cambial ocorrida entre a data do
empréstimo ou do último saldo atualizado (por exemplo, atualização para
pagamento de juros ou parcelas) e a data do balanço.
Por exemplo, uma entidade contrai, em 01/01/20X1, pelo prazo de 2
anos, um empréstimo no valor de US$ 10.000 (dólares) para pagamento em
uma única parcela ao término do contrato. Na data da tomada do empréstimo,
a taxa de câmbio vigente era de R$ 2,00 por dólar. A entidade deverá manter

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controle separado do valor da dívida em dólar, porém, o registro contábil deverá


ser realizado com base na moeda nacional. A memória de cálculo para registro
da operação será:
Empréstimo em moeda estrangeira = US$ 10.000
Taxa de câmbio do dia do contrato = R$ 2,00 por cada dólar
Conversão para moeda nacional = R$ 10.000 x 2,00 = R$ 20.000.00

A entidade deverá registrar uma obrigação no valor de R$ 20.000,00 no


momento do recebimento dos recursos. Ao final do primeiro ano, após a tomada
do empréstimo, a companhia precisará ajustar a dívida à taxa de câmbio do dia
do balanço e reconhecer eventuais receitas ou despesas dela decorrentes.
Digamos que, em 31/12/20X1, a taxa de câmbio do dia seja de R$ 2,15 para
cada dólar:
Empréstimo em moeda estrangeira = US$ 10.000
Taxa de câmbio em 31/12/2011 = R$ 2,15 por cada dólar
Conversão para moeda nacional = R$ 10.000 x 2,15 = R$ 21.500.00
)
(

Notem que, após a conversão da dívida a moeda nacional com base na


p

taxa de câmbio em vigor na data do balanço, o montante da obrigação


aumentou de R$ 20.000,00 (registrado inicialmente quando da tomada do
empréstimo) para R$ 21.500,00, em razão do aumento da taxa de câmbio.
g

Como consequência, a entidade precisará reconhecer uma despesa por


p

variações cambiais passivas.


Registro da variação cambial passiva de R$ 1.500,00 será:
D - Despesas com variações cambiais passivas (resultado)
C - Empréstimos em moeda estrangeira (passivo) 1.500

Observação: o registro da variação cambial é feito, diretamente, na


conta que registra o valor da obrigação (em R$), não sendo necessário
contabilizá-lo em conta diversa (como fazemos com os juros a pagar).

É hora de praticar!!!

(FCC/Analista – Contabilidade – CNMP/2015) No dia


01/12/2013 a empresa Endividada S.A. obteve um empréstimo do exterior no
valor total de US$ 1.000.000,00 (um milhão de dólares), para ser pago
integralmente (principal e juros) em 01/12/2014. A taxa de juros contratada foi

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1% ao mês e as informações sobre as cotações da taxa de câmbio, em várias


datas, eram as seguintes:

Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial da


empresa Endividada S.A., em 31/12/2013, referente a este empréstimo foi, em
reais,
a) 2.650.000,00.
b) 2.727.000,00.
c) 2.706.800,00.
d) 2.676.500,00.
)

e) 2.929.000,00.
Resolução:
(

Para responder esta questão, é importante lembrar o que dispõe o artigo 184
p

da Lei nº 6.404/76:
Art. 184. As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade
g

cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor


p

na data do balanço;

Como a questão solicita o valor apresentado no Balanço Patrimonial referente


ao empréstimo em 31/12/2013, precisamos calcular os juros referente a um
mês (01/12/2013 à 31/12/2013) antes de aplicar a taxa de câmbio para
conversão.
1. Cálculo dos juros:
Juros no período = US$ 1.000.000,00 * 1% a.m. = US$ 10.000,00
Montante da dívida em 31/12/2013 = 1.000.000 + 10.000 = US$ 1.010.000,00
2. Data do balanço patrimonial (31/12/2014):
Valor da dívida = US$ 1.010.000,00
Câmbio no dia do balanço (31/12/2013) = 2,70
Valor da dívida em R$ (31/12/2013) = US$ 1.010.000,00 x R$ 2,70
Valor da dívida em R$ (31/12/2013) = R$ 2.727.000,00
Gabarito: Letra B.

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Professor, e quando for uma disponibilidade em moeda estrangeira


ou um saldo de contas a receber do ativo, como proceder?
Pessoal, referidos saldos também serão atualizados pela taxa de câmbio
na data do balanço.
Vamos exemplificar.
A empresa Aprovados S/A possui, em 01/08/20X0, em espécie 1.000
dólares no seu caixa. Nesta data, a taxa de câmbio vigente era de R$ 2,00 por
dólar.
Memória de cálculo:
Disponibilidades = US$ 1.000
Taxa de câmbio do dia 01/08/2016 = R$ 2,00 por cada dólar
Conversão para moeda nacional = R$ 1.000 x 2,00 = R$ 2.000,00
)

A entidade deve registrar em conta de disponibilidades o valor de R$


2.000,00, conforme abaixo:
(

01/08/2016
p

Ativo Circulante
g

Disponibilidades em moeda estrangeira R$ 2.000,00


p

Ao final de 20X0, a companhia precisa ajustar as disponibilidades em


moeda estrangeira à taxa de câmbio do dia do balanço e reconhecer eventuais
receitas ou despesas dela decorrentes. Digamos que, em 31/12/20X0, a taxa
de câmbio do dia seja de R$ 2,15 para cada dólar (desvalorização do real em
relação ao dólar):
Disponibilidades em moeda estrangeira = US$ 1.000
Taxa de câmbio em 31/12/2016 = R$ 2,15 por cada dólar
Conversão para moeda nacional = R$ 1.000 x 2,15 = R$ 2.150.00

Observação: no caso do ativo, essa desvalorização é boa, pois aumenta o


valor a receber em contrapartida a uma receita. Contrário acontece com as
obrigações, pois a desvalorização da moeda nacional em relação à moeda
estrangeira gera uma dívida maior em contrapartida a uma despesa.
Note que, após a conversão da disponibilidade a moeda nacional com
base na taxa de câmbio em vigor na data do balanço, o saldo da conta

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2.2.10 Débitos e Créditos de Funcionamento e Financiamento


Pessoal, antes de mais nada quero deixar claro que, em contabilidade, as
palavras débito e crédito podem ser aplicadas em diferentes sentidos: podem
significar lançamento a débito/crédito; podem significar, ainda, saldo
devedor/credor das contas contábeis; ou, num terceiro sentido, podem dizer
respeito a existência de dívidas (débitos) ou direitos (créditos) da entidade.
Se afirmarmos que uma entidade, por exemplo, efetuou um lançamento
a débito de duplicatas, devemos entender que houve um registro no sentido de
aumentar o saldo da conta duplicatas a receber, que representa um direito.
Se, porém, afirmarmos que a entidade possui um débito, em duplicatas,
é o mesmo que dizer que a entidade possui dívidas, na forma de duplicatas com
terceiros. É justamente neste sentido de dívidas e direitos que se aplicam os
termos Débitos e Créditos de Funcionamento e Financiamento.

▪ dívidas e direitos decorrentes das atividades


Funcionamento normais da empresa, ou seja, ligadas a sua
atividade operacional;
)

▪ dívidas e direitos originados de atividades não


Financiamento
usuais;
(
p

representam as obrigações que a entidade


possui e que são decorrentes de suas atividades
normais. São “débitos” vinculados ao seu
Funcionamento “funcionamento”. Exemplos: obrigações com
g

fornecedores, os impostos a pagar e os


adiantamentos recebidos de clientes.
p

Débitos de
são as dívidas que a entidade contrai e que não
se relacionam, diretamente, ao seu
funcionamento. Se destinam ao “financiamento”
da empresa, para que esta obtenha recursos e os
Financiamento aplique em sua operação. Exemplos: os
empréstimos e financiamentos bancários, os
descontos de duplicatas, as debêntures emitidas,
etc.

representam os direitos que a entidade possui


perante terceiros e que são decorrentes de suas
atividades normais. São “créditos” vinculados ao
Funcionamento seu “funcionamento”. Exemplos: duplicatas a
receber, clientes e os adiantamentos a
fornecedores.
Créditos de

são os créditos que a entidade fornece a terceiros


que não se originam das atividades normais da
Financiamento entidade. Exemplos: os empréstimos e
financiamentos concedidos, emprétimos
realizados a sócios e diretores, etc.

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Vejam que o pagamento dos juros só será realizado no término do prazo


do título. No entanto, em obediência ao regime de competência, os encargos
respectivos são reconhecidos a cada exercício. Observem que os juros a pagar
são integrados ao saldo da conta de Debêntures a pagar, aumentando-o.
Por fim, ao término do prazo da debênture, a entidade deverá liquidar a
obrigação, desembolsando o valor nominal da debênture acrescido dos juros
incorridos ao longo do prazo (que foram incorporados ao saldo da conta
Debêntures a Pagar).
4. Lançamento – resgate das debêntures emitidas após 4 anos
Debêntures a pagar
a Bancos (valor)

3.2 Prêmio na Emissão de Debêntures


Entende-se por prêmio o valor apurado além do nominal das debêntures.
Por exemplo, se uma entidade lança uma série de debêntures com taxas de
juros muito vantajosas, isto poderá estimular os investidores a buscarem esse
título, investindo um montante superior ao valor nominal da debênture. Este
)

“montante superior”, correspondente à diferença entre o valor pago pela


(

debênture e seu valor nominal, é conhecido por “prêmio”.


p

O Prêmio na Emissão de Debêntures era classificado como reserva de


capital. Com o advento da Lei n° 11.638/07 e 11.941/09, ele passou a ser
g

classificado como um resultado não realizado (receitas diferidas), no grupo


passivo não circulante, para ser apropriado como receita, conforme o regime
p

de competência, na mesma base em que são apropriados os juros (despesas)


das debêntures.
Exemplo: a empresa Aprovados Ltda. lançou debêntures no mercado a
R$ 1,00, na quantidade de 10.000 debêntures, com resgate em 5 anos,
encontrando investidores que pagassem R$ 1,20 pelo referido título.
Lançamento:
D - Caixa (Ativo) 12.000 (1,2 x 10.000)
C - Debêntures a resgatar (Passivo Não Circulante) 10.000 (1,00 x 10.000)
C - Prêmios a Apropriar (PNC - Receitas diferidas) 2.000

Os prêmios na emissão de debêntures devem ser acrescidos ao valor


justo inicialmente reconhecido na emissão desse instrumento financeiro para o
mesmo fim:

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e) 2.819.999,44 e 29.270.964,69.
Resolução:
Meus amigos, vou responder primeiro pelo método turbo. Depois, trarei a
explicação detalhada desta questão.
O Valor Líquido Recebido (VLR) pela empresa com a emissão das debêntures
é igual a:
VLR = Valor de Emissão das Debêntures + Prêmios* – Custos de Transação
VLR = 30.000.000,00 + 2.000.000,00 − 666.672,90 = R$ 31.333.327,10

* Prêmios na Emissão de Debêntures = Valor de Venda – Valor Nominal


Prêmios = 32.000.000 – 30.000.000 = R$ 2.000.000,00
O valor de venda das debêntures é igual ao valor de emissão das
debêntures (ou valor nominal das debêntures) mais o valor do prêmio pago
pelas debêntures.
)

O valor dos encargos financeiros do período (por exemplo, mês ou ano) é


calculado mediante a multiplicação entre o valor líquido recebido e a taxa de
(

custo efetivo.
p

O valor total das despesas apropriadas no resultado de 2013 (que representa


os encargos financeiros) será de:
g

Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Custo Efetivo


p

Encargos Financeiros = 31.333.327,10 x 9% = R$ 2.819.999,44.


Já poderíamos marcar a letra E como resposta.

O saldo apresentado no balanço patrimonial, em 31/12/2013, para as


debêntures emitidas será igual ao valor líquido recebido adicionado dos
encargos financeiros, deduzida das parcelas pagas de juros ou do principal.
Portanto, temos que:
Saldo do Balanço = Valor Líquido Recebido + Encargos Finan. – Pagamento de Parcela

Saldo do Balanço = 31.333.327,10 + 2.819.999,44 - 4.882.361,85


Saldo do Balanço = R$ 29.270.964,69
Confirmamos que a resposta é a letra E. Vocês devem responder no dia da
prova, conforme expliquei acima.

Agora, vou explicar como seria o registro detalhado de cada fato contábil.

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O registro das debêntures emitidas deverá levar em consideração:


• O valor nominal do título (valor da obrigação);
• Os custos de transação incorridos (retificadora de passivo);
• Os prêmios recebidos na emissão das debêntures (passivo).
Tanto os custos de transação quanto os prêmios recebidos pela emissão das
debêntures somente poderão ser levados ao resultado com observância ao
regime de competência, ao longo do prazo de duração do título.
O Valor Líquido Recebido (VLR) pela empresa com a emissão das debêntures
é igual a:
VLR = Valor de Emissão das Debêntures + Prêmios* – Custos de Transação
VLR = 30.000.000,00 + 2.000.000,00 − 666.672,90 = R$ 31.333.327,10
* Prêmios = 32.000.000 – 30.000.000 = R$ 2.000.000,00

Os custos de transação incorridos são apresentados como redução do passivo,


enquanto que os prêmios recebidos devem ser acrescidos ao valor justo para
)

que seja evidenciado, no passivo, o valor líquido recebido pela companhia.


1. O lançamento para registro do fato contábil será:
(

D – Caixa (Valor Líquido Recebido) ........................ 31.333.327,10


p

D – Custos a amortizar (Retificadora do Passivo) ......…. 666.672,90


g

C – Prêmios a amortizar (Passivo) ........................... 2.000.000,00


p

C – Debêntures a pagar (Passivo) ......................... 30.000.000,00

A apresentação desta operação no balanço de 31/12/2012 (data da emissão) é:


Passivo Exigível:
Debêntures a pagar ..................................... 30.000.000,00
(-) custos de transação a amortizar ................. (666.672,90)
(+) prêmios a apropriar ................................ 2.000.000,00
Aumento líquido do passivo ......................... 31.333.327,10

Meus amigos, acontece que o enunciado já forneceu um dado importante para


resolução da questão, que é a taxa de custo efetivo de 9% ao ano. E que taxa
é essa Professor? Vamos ver o que diz o item 12 do CPC 08 (R1):
Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros
devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, pelo custo
amortizado usando o método dos juros efetivos. Esse método considera a

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taxa interna de retorno (TIR) da operação para a apropriação dos encargos


financeiros durante a vigência da operação. A utilização do custo amortizado
faz com que os encargos financeiros reflitam o efetivo custo do
instrumento financeiro e não somente a taxa de juros contratual do
instrumento, ou seja, incluem-se neles os juros e os custos de transação
da captação, bem como prêmios recebidos, ágios, deságios, descontos,
atualização monetária e outros. Assim, a taxa interna de retorno deve
considerar todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido recebido pela
concretização da transação até todos os pagamentos feitos ou a serem
efetuados até a liquidação da transação.

Pessoal, agora temos que recorrer a matemática financeira. A taxa interna de


retorno (que é a taxa de custo efetivo) é a taxa que torna igual a zero a
diferença entre o valor líquido recebido em uma transação e o valor
presente dos fluxos de caixa de saídas. Em outras palavras, é a taxa que
iguala o valor presente dos fluxos de entrada de caixa ao valor presente
dos fluxos futuros de saídas de caixa.
Assim, se não tivesse no enunciado a taxa de custo efetivo, precisaríamos
)

calcular conforme abaixo:


(

Valor Presente dos Fluxos de Entrada = Valor Presente dos Fluxos de Saída
p

Pessoal, a emissão das debêntures tem como obrigação um fluxo de


pagamentos de parcelas anuais no montante de R$ 4.882.361,85. Assim, o
g

valor presente será calculado a partir da fórmula abaixo:


Valor Presente dos Fluxos de Saída = Parcela 1 + Parcela 2 + ... + Parcela n
p

(1 + i)1 (1 + i)2 (1 + i)n

Sabendo que o Valor Presente dos Fluxos de Entrada é igual ao Valor Líquido
Recebido e que o pagamento será realizado em 10 parcelas, temos a seguinte
igualdade:
Valor Líquido Recebido = Parcela 1 + Parcela 2 + ... + Parcela 10
(1 + i)1 (1 + i)2 (1 + i)10

Como já temos o valor líquido recebido e o montante que será pago anualmente,
podemos encontrar a taxa de custo efetivo:
31.333.327,10 = 4.882.361,85 + 4.882.361,85 + ... + 4.882.361,85
(1 + i)1 (1 + i)2 (1 + i)10

Pessoal, ao realizar os cálculos acima, encontraremos uma taxa de custo


efetivo no montante de 9% ao ano. “Professor, mas essa informação já tem

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no enunciado”. Isso meu caro aluno. Só estou explicando como se chega a este
valor, porque precisamos desta informação. Porém, não temos condições de
fazer isso no dia da prova. Por isso, a banca já irá fornecer tal taxa.
Pessoal, para esta questão, o valor dos encargos financeiros inclui o valor líquido
das seguintes apropriações:
Encargos Finan. = Desp. de Juros + Amortização de Custos – Amortização dos Prêmios

Por isso, o efeito líquido no resultado será o valor dos encargos financeiros do
período (por exemplo, mês ou ano), que é calculado mediante a multiplicação
entre o valor líquido recebido e a taxa de custo efetivo.
O valor total das despesas apropriadas no resultado de 2013 (que representa
os encargos financeiros) será de:
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Custo Efetivo
Encargos Financeiros = 31.333.327,10 x 9% = R$ 2.819.999,44
Já poderíamos marcar a letra E como resposta.
)

Só que o valor dos encargos financeiros de R$ 2.819.999,44 inclui os juros


(

passivos de 10% ao ano que incide sobre o valor das debêntures, a despesa
p

com amortização dos custos de transação e a receita com a amortização do


prêmio na emissão de debêntures.
g

Vamos calcular cada valor separadamente.


p

Os juros passivos serão calculados com base na taxa de 10% contratada no


momento da emissão das debêntures.
Juros Passivos = Valor Nominal das Debêntures x Taxa de Juros
Juros Passivos = 30.000.000,00 x 10% = R$ 3.000.000,00

Com base na fórmula que já vimos anteriormente, temos que:


Encargos Finan. = Desp. de Juros + Amortização de Custos – Amortização dos Prêmios

2.819.999,44 = 3.000.000,00 + Amortização de Custos – Amortização dos Prêmios

Amortização dos Prêmios - Amortização de Custos = 3.000.000,00 - 2.819.999,44


Amortização dos Prêmios - Amortização de Custos = 180.000,56

Para saber o valor de cada amortização, temos que fazer uma proporção com
base nos valores inicialmente reconhecidos de Custos de Transação (foi de R$
666.672,90) e de Prêmio (foi de R$ 2.000.000,00). Observem que o prêmio
representa aproximadamente três vezes (2.000.000 / 666.672,90) o valor da
amortização do custo.

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Assim, a amortização do prêmio será apropriada como receita utilizando a


proporção de três vezes o valor da despesa de amortização do custo:
Amortização dos Prêmios - Amortização de Custos = 180.000,56
3 x Amortização de Custos - Amortização de Custos = 180.000,56

2 x Amortização de Custos = 180.000,56

Amortização de Custos = 90.000,28

Amortização dos Prêmios = 3 x Amortização de Custos

Amortização dos Prêmios = 3 x 90.000,28 = R$ 270.000,84

2. Lançamento de apropriação dos encargos financeiros no resultado de


2013:
D – Encargos Financeiros (Resultado) ................................. R$ 2.819.999,44
[Despesas Financeiras (Juros) .................. 3.000.000,00]

[Amortização de Custos ............................... 90.000,28]


)

[Amortização de Prêmios .................... (R$ 270.000,84)]


(

D – Prêmios a Amortizar (Passivo) ......................................... R$ 270.000,84


p

C – Debêntures a Pagar (Passivo) ....................................... R$ 3.000.000,00


C – Custos a Amortizar (Retificadora do Passivo) .......................... 90.000,28
g
p

3. Antes de calcular o saldo apresentado no balanço patrimonial em


31/12/2013 para as debêntures emitidas, precisamos registrar o
pagamento da parcela anual, conforme abaixo:
D – Debêntures a pagar
C – Caixa ................................ 4.882.361,85

Registro no razonete das operações desde o momento da emissão dos títulos:


Caixa
(1) 31.333.327,10 4.882.361,85 (3)

26.450.965,25

Custos a Amortizar Prêmios a Amortizar


(1) 666.672,9 90.000,28 (2) (2) 270.000,84 2.000.000 (1)

576.672,62 1.729.999,16

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Debêntures a Pagar Encargos Financeiros


(3) 4.882.361,85 30.000.000 (1) (2) 2.819.999,44
3.000.000 (2)
28.117.638,15

A apresentação desta operação no balanço de 31/12/2013 (um ano após a data


de emissão) é:
Passivo Exigível:
Debêntures a pagar ..................................... 28.117.638,15
(-) custos de transação a amortizar .................. (576.672,62)
(+) prêmios a apropriar ................................. 1.729.999,16
Aumento líquido do passivo .......................... 29.270.964,69
Pessoal, confirmamos que o nosso gabarito é a letra E.

Por favor, vocês não vão fazer do segundo método hehehehehe. Fiz só
para explicar. Iremos fazer agora as questões só pelo método turbo e espero
)

que vocês façam assim também hehehehehe.


(

Gabarito: Letra E.
p

3.3 Deságio na Emissão de Debêntures


g

Há deságio quando o título é negociado por preço abaixo do seu valor


p

nominal.
A conta deságio a amortizar, na prática, tem a função de uma despesa
antecipada (geralmente apresentada no Ativo) na alienação das debêntures.
Contudo, não deve ser classificado no ativo circulante e/ou realizável a longo
prazo. Segundo as normas internacionais, por estar diretamente atribuído à
operação de emissão de debêntures, a conta de “Deságio a Apropriar” deverá
figurar como retificadora da obrigação Debêntures a Pagar, no Passivo Exigível.
Exemplo: a empresa Aprovados Ltda. lançou debêntures no mercado a
R$ 1,00, na quantidade de 10.000 debêntures, com resgate em 5 anos,
encontrando investidores que pagassem R$ 0,90 pelo referido título.
Valor nominal das debêntures = R$ 10.000,00 (10.000 x 1,00)
Deságio = R$ 1.000,00 (10.000 – 9.000)
Lançamento:
D - Bancos Conta Movimento (Ativo) ................. 9.000 (0,90 x 10.000)
D - Deságio a Amortizar .................................. 1.000
C - Debêntures a resgatar .............................. 10.000 (1,00 x 10.000)

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valores depositados por ordem judicial e que estejam vinculados a uma causa
ainda não transitada em julgado, como a concessão de liminar em mandado
de segurança.
O exemplo clássico é a discussão de tributos em juízo. Suponha que a
empresa Aprovados foi autuada pelo fisco em R$ 500.000,00, levando a lide ao
Poder Judiciário, obtendo uma liminar (ordem judicial) para não pagar o tributo,
porém exige-se o depósito do montante devido.
Lançamento do depósito judicial (livra-se do pagamento de juros de mora):
D – Depósitos judiciais (AC ou ANC - RLP)
C – Bancos conta movimento (AC) ..................... 500.000,00

Com o julgamento final, as decisões podem ser:


1. Favorável à empresa – o valor é restituído à entidade.
D – Bancos conta movimento
C – Depósitos judiciais (AC ou ANC - RLP) ........... 500.000,00
)

2. Desfavorável à empresa – a obrigação é devida.


D – Tributos a recolher
(

C – Depósitos judiciais (AC ou ANC - RLP) .......................... 500.000,00


p
g

Se a liminar for concedida sem a necessidade de depósito judicial, o


p

procedimento mais prudente será registrar a dívida discutida no passivo


contingente, já que a liminar pode ser cassada a qualquer momento.

Por hoje é só. Apresento um resumo com os principais pontos vistos na


nossa aula para futuras revisões. Bons estudos!!!

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Conceitos do CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de


Títulos e Valores Mobiliários:
1. Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos
de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a
pagar) a terceiros.
2. Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente
atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das
transações de captação de recursos incorridas na:
• Distribuição primária de ações ou bônus de subscrição;
• Aquisição e alienação de ações próprias;
• Captação de recursos por meio da contratação de empréstimos ou
financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, bem como
dos prêmios na emissão de debêntures e outros instrumentos de
dívida ou de patrimônio líquido (frequentemente referidos como
títulos e valores mobiliários – TVM).
)

São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido
(

evitados se essas transações não ocorressem. Exemplos de custos de


p

transação são:
i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios;
g

ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores,


p

auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores


etc.);
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-
shows);
iv) taxas e comissões;
v) custos de transferência;
vi) custos de registro etc.

Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e


valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou
custos de carregamento.
3. Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o
ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado emprestado
do financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, câmbio, índice
específico de variação de preços e assemelhados; incluem, portanto, os juros,
a atualização monetária, a variação cambial etc., mas não incluem taxas,
descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc.

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Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da


contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou
títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros valores
mobiliários) devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente
reconhecido do instrumento financeiro emitido, para evidenciação do valor
líquido recebido.
Os valores gastos quando da aquisição de empréstimo ou financiamento serão
apropriados como custos de transação (regido pelo Pronunciamento Técnico CPC
08), e apropriados como encargos financeiros ao longo do prazo do empréstimo.
Os custos de transação, quando amortizados, são lançados como despesa do
período, assim como as Despesas de Juros (ou Juros Passivos) decorrentes da
operação de empréstimos, de acordo com o regime de competência.
O registro contábil deve ser efetuado quando a empresa recebe os recursos, o
que muitas vezes coincide com a data do contrato. No caso dos contratos em
que a liberação dos recursos ocorrer em várias parcelas, o registro será
efetuado à medida dos recebimentos das parcelas.
4. Lançamento inicial de empréstimo com custos de transação:
)

D - Caixa (aumenta o ativo)


(

D - Custos de Transação a Amortizar (retificadora de empréstimos no passivo)


p

C - Empréstimos a pagar (aumenta o passivo)


g

1 – Debêntures
p

Debêntures Ações

• Títulos que dão ao seu titular • Títulos que dão direito ao seu
direito de crédito contra a titular uma parcela ideal do
companhia emitente; patrimônio da entidade;
• A companhia que emite a debênture • O Acionista (titular da ação) é
deve quitar a dívida no dono de uma pequena parte da
vencimento, podendo resgatar as companhia.
debêntures antecipadamente;
• O debenturista (titular da
debênture) é credor da companhia.

Os custos de transação na emissão de debêntures devem ser contabilizados,


de forma destacada, em conta redutora (gastos com a emissão de debêntures,
por exemplo) do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento financeiro
emitido, para evidenciação do valor líquido recebido.
1. Registro da emissão de debêntures:

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6. Questões comentadas

CESPE
01. (CESPE/Analista GRS – Ciências Contábeis – SLU-DF/2019)
Obrigações por operações de crédito bancário com fluxo de liberação em várias
datas, em função do regime de competência, devem ser reconhecidas quando
da assinatura do contrato bancário.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Na obtenção de empréstimos, esses são reconhecidos no passivo quando do
recebimento dos recursos, e não da assinatura do contrato.
Gabarito 1: Errado.

02. (CESPE/Auditor de Contas Públicas – TCE - PB/2018) O CPC definiu


custo de transação como o gasto incorrido e diretamente atribuível, entre
outras, às atividades necessárias à distribuição primária de ações ou bônus de
)

subscrição. Ainda segundo o CPC, o referido custo, quanto à sua natureza, é


um gasto
(

A) fixo.
p

B) incremental.
g

C) operacional.
p

D) diferencial.
E) financeiro.
Resolução:
Definição do CPC 08 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos
e Valores Mobiliários:
2. O presente Pronunciamento regula a contabilização e evidenciação dos
custos de transação incorridos na distribuição primária de ações ou
bônus de subscrição, na aquisição e alienação de ações próprias, na captação
de recursos por meio da contratação de empréstimos ou financiamentos ou pela
emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures
e outros instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido (frequentemente
referidos como títulos e valores mobiliários – TVM).
Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente
atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das
transações citadas no item 2. São, por natureza, gastos incrementais,
já que não existiriam ou teriam sido evitados se essas transações não
ocorressem.

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Exemplos de custos de transação são: i) gastos com elaboração de prospectos


e relatórios; ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados,
contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento,
corretores etc.); iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos
processos de road-shows); iv) taxas e comissões; v) custos de transferência;
vi) custos de registro etc. Custos de transação não incluem ágios ou deságios
na emissão dos títulos e valores mobiliários, despesas financeiras, custos
internos administrativos ou custos de carregamento.
Gabarito 2: B.

03. (CESPE/Técnico Tributário - SEFAZ RS/2018) Em muitos casos, a


colocação de debêntures no mercado demanda a contratação de instituições
financeiras para coordenar o processo, o que gera os chamados gastos com
colocação de debêntures. Esses gastos
A) são reconhecidos como despesas do período em que tiver sido feita a emissão
dos títulos.
B) são registrados como despesas antecipadas, apropriadas ao resultado
)

proporcionalmente ao prazo de vencimento das debêntures.


(

C) integram os encargos financeiros e devem ser amortizados durante o prazo


de vigência das debêntures.
p

D) são reconhecidos como ativos financeiros e serão baixados à medida que as


debêntures forem quitadas.
g

E) integram o ativo intangível e são amortizados quando do pagamento das


p

debêntures.
Resolução:
Os gastos com colocação de debêntures são custos de transação e devem
ser amortizados durante o prazo de vigência das debêntures.
Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos de
transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a
pagar) a terceiros.
Gabarito 3: C.

04. (CESPE/Analista GRS – Ciências Contábeis – SLU-DF/2019) A


avaliação e o registro contábeis de obrigações relativas à aquisição de matérias-
primas e insumos devem ser realizados pelo valor justo à data do balanço.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:

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De acordo com a Lei 6.404/76, as obrigações serão computadas pelo seu valor
atualizado até a data do balanço, e ajustadas pelo seu valor presente (se for
passivo circulante, somente quando houver efeito relevante).
Gabarito 4: Errado.

05. (CESPE/AGE - SEDF/2017) Situação hipotética: Um fornecedor


oferece determinada mercadoria a prazo por R$ 1.000, porém em uma compra
à vista, com vencimento em 30 dias, esse mesmo fornecedor oferece um
desconto de 5% sobre o valor a prazo.
Assertiva: Nesse caso, em uma compra a prazo, a diferença entre o valor à
vista e o valor a prazo deverá ser contabilizada, no momento da compra, como
despesa de juros.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
CPC 16 – Estoques:
18. A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a
)

prazo. A negociação pode efetivamente conter um elemento de financiamento,


(

como, por exemplo, uma diferença entre o preço de aquisição em condição


normal de pagamento e o valor pago; essa diferença deve ser reconhecida
p

como despesa de juros durante o período do financiamento.


g

Portanto, em uma compra a prazo, a diferença entre o valor à vista e o valor a


p

prazo deve ser contabilizada, no momento da compra, como juros a transcorrer,


conta retificadora do passivo.
Lançamento na compra:
D – Estoques (Ativo Circulante) ................................ 950
D – Juros a Transcorrer (Retificadora do Passivo) ......... 50 = 5% x 1.000*
C – Fornecedores (Passivo) ................................... 1.000
* A taxa de juros de 5% ao mês é relevante, por isso, mesmo sendo de curto prazo, a
operação deve ser ajustada a valor presente, pois configura-se um financiamento.

A despesa de juros deve ser reconhecida durante o período de financiamento,


segundo o regime de competência.
Gabarito 5: Errado.

06. (CESPE/Auditor – Fiscalização – TCE - PA/2016) A obtenção de


empréstimos junto a instituições financeiras provoca, na data da liberação dos

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recursos, um aumento simultâneo do ativo e do passivo das entidades


beneficiárias desse tipo de operação de crédito.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Quando adquiridos, os empréstimos e financiamentos sujeitam a entidade a
assumir alguns encargos diretamente atribuíveis à operação de captação, que
reduzem o valor recebido pela entidade, como taxas bancárias, gastos com
consultores, etc.
Os valores pagos quando da aquisição de empréstimo ou financiamento serão
apropriados como custos de transação (regido pelo Pronunciamento Técnico CPC
08), e apropriados como encargos financeiros ao longo do prazo do empréstimo.
Os custos de transação, quando amortizados, são lançados como despesa do
período, assim como os Juros Passivos decorrentes da operação de
empréstimos, de acordo com o regime de competência.
Lançamento inicial de empréstimo:
D - Caixa (aumenta o ativo)
)

D - Custos de Transação a Amortizar (retificadora de empréstimos no passivo)


(

C - Empréstimos a pagar (aumenta o passivo)


p

Portanto, há um aumento simultâneo do ativo e do passivo das entidades


g

beneficiárias desse tipo de operação de crédito.


p

Gabarito 6: Certo.

07. (CESPE/AJ – Contabilidade - TRT 17ª/2013) Para fins de aplicação do


conceito de custo de transação, o conceito de encargos financeiros é mais amplo
que o de despesas financeiras, pois o cálculo dos encargos financeiros inclui,
além da soma das despesas financeiras, os custos de transação, prêmios,
descontos e ágios.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Exatamente isso.
Os encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos custos
de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, a qual
representa a diferença entre os valores recebidos e os valores pagos (ou a
pagar) a terceiros.
Portanto, o conceito de encargos financeiros é mais amplo que o de despesas
financeiras.

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Gabarito 7: Certo.

08. (CESPE/Auditor – TCE - RN/2015) Em condições específicas, observada


a essência sobre a forma, uma ação preferencial resgatável poderá constituir
um passivo — no emissor — e uma debênture poderá ser classificada, também
pelo emissor, como um item de patrimônio líquido.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Meus amigos, a primeira parte: “Em condições específicas, observada a essência
sobre a forma, uma ação preferencial resgatável poderá constituir um passivo
— no emissor ...”, está correta com base no item 18 do CPC 39:
18. A essência de um instrumento financeiro, em vez de sua forma
jurídica, rege sua classificação no balanço patrimonial da entidade.
Essência e forma legal são comumente consistentes, mas nem sempre. Alguns
instrumentos financeiros assumem a forma legal de patrimônio líquido, mas
são passivos em sua essência e outros podem combinar características
associadas a instrumentos patrimoniais e características associadas a passivos
)

financeiros. Por exemplo:


(

(a) uma ação preferencial que proporcione resgate obrigatório pelo


p

emitente por uma quantia fixa ou determinável em data fixa ou futura, ou dê


ao titular o direito de exigir que o emitente resgate o instrumento numa ou após
uma data específica por uma quantia fixa ou determinável, é um passivo
g

financeiro;
p

(...............)

Em relação à segunda parte da questão: “Em condições específicas, observada


a essência sobre a forma, uma debênture poderá ser classificada, também pelo
emissor, como um item de patrimônio líquido”, está correta com base no CPC
39 de forma espalhada e não tão didática para entendimento.

De forma resumida, a debênture poderá ter prazo determinado (mais usual) ou


indeterminado (Debênture Perpétua).
No caso de debênture perpétua, o vencimento fica condicionado às situações
de inadimplemento de pagamento de juros, dissolução da companhia
(encerramento das suas atividades) e demais eventos especiais expressos na
escritura de emissão. Considerando os custos de toda operação que envolve a
emissão da debênture não é economicamente viável uma emissão com prazo
inferior a um ano.
Portanto, a Debênture Perpétua não tem prazo determinado para o seu
vencimento, assemelhando-se na sua essência como uma ação. Por isso, as
normas internacionais recomendam, em atendimento a primazia da essência

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sobre a forma, a sua classificação como um item de Patrimônio Líquido. Os CPC


adotam esse entendimento. Porém, essa não é uma questão de entendimento
solidificado no Brasil, pois a CVM (órgão regulatório), por exemplo, entende que
deveriam permanecer no Passivo.

A questão parece que foi retirada do Manual de Contabilidade Societária do


FIPECAFI, conforme trecho abaixo:

(.............) É importante ressaltar que deve predominar a essência sobre a


forma nessa determinação. Assim, uma ação preferencial resgatável
deverá ser classificada no passivo sempre que se observarem as condições
supramencionadas – independentemente de sua forma jurídica. Por outro lado,
uma debênture perpétua que somente paga participação no resultado deve
ser classificada no patrimônio líquido. Essa determinação, no entanto, deve
sempre considerar a essência de cada instrumento sendo analisado.

Resumindo, em condições específicas, observada a essência sobre a forma,


)

temos que:
(

1. Uma ação preferencial resgatável poderá constituir um passivo — no


emissor; (a regra é classificar as ações no PL do emissor) e
p

2. Uma debênture poderá ser classificada, também pelo emissor, como um


item de patrimônio líquido. (A regra é classificar debênture no passivo do
g

emissor como obrigação)


p

Gabarito 8: Certo.

09. (CESPE/Contador - CADE/2014) A companhia poderá adquirir


debêntures de sua própria emissão. Este fato deve ser consignado no relatório
de administração e nas demonstrações financeiras.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
De acordo com a Lei nº 6.404/76, art. 55, parágrafo 3º, a afirmativa é
verdadeira:
§ 3o É facultado à companhia adquirir debêntures de sua emissão: (Redação
dada pela Lei nº 12.431, de 2011).
I - por valor igual ou inferior ao nominal, devendo o fato constar do relatório
da administração e das demonstrações financeiras; ou (Incluído pela Lei
nº 12.431, de 2011).
II - por valor superior ao nominal, desde que observe as regras expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários.

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Portanto, é facultado a companhia adquirir debêntures de sua própria emissão.


Gabarito 9: Certo.

10. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo - TCU/2015) O


lançamento contábil de conversão de debêntures em ações pelo mesmo valor
da emissão inicial não envolve contas de ativo.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
Visão do emissor da debênture:
1. Lançamento na emissão de debêntures sem ágio, deságios e prêmios:
D - Bancos
C - Debêntures a Pagar
2. Lançamento para registro da conversão de debêntures em ações:
D - Debêntures a Pagar
)

C - Capital Social
(

Assim, o lançamento contábil de conversão de debêntures em ações pelo


p

mesmo valor da emissão inicial não envolve contas de ativo. O gabarito seria
certo.
g

Porém, a banca anulou a questão com base na seguinte justificativa:


p

“A operação pode ser diferente dependendo da relação da empresa”.


Gabarito preliminar: Certo.
Gabarito 10: NULA.

11. (CESPE/AJ - Apoio Especializado – Contadoria - STJ/2015) A


captação de recursos por meio de debêntures gera um passivo para a sociedade
emissora do título. Em caso de debêntures emitidas com prêmio, o valor desse
prêmio também será reconhecido em conta de passivo e deve ser apropriado
ao resultado ao longo do prazo de vigência das debêntures.
( ) Certo ou ( ) Errado.
Resolução:
CPC 08 (R1)
Contabilização da captação de recursos de terceiros
O registro do montante inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis
no passivo exigível, a exemplo das debêntures, deve corresponder ao seu

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valor justo líquido dos custos de transação diretamente atribuíveis à emissão do


passivo financeiro.
Os prêmios na emissão de debêntures devem ser acrescidos ao valor justo
inicialmente reconhecido na emissão desse instrumento financeiro para
captação de recursos, apropriando-se ao resultado conforme fluência do prazo.

A entidade que emite debêntures com prêmio recebe os recursos em um


montante superior ao valor nominal do título. Como resultado, deverá ser
registrada no passivo uma conta de prêmios a amortizar ou a apropriar que,
posteriormente, serão reconhecidos como receitas de acordo com o regime de
competência. Assim, no momento da emissão de debêntures com prêmio, o
lançamento deve ser:
D - Bancos (Ativo)
C - Debêntures a resgatar (Passivo Não Circulante)
C - Prêmios a Apropriar (Passivo Não Circulante - Receitas diferidas)
)

Portanto, o item está certo.


(

Gabarito 11: Certo.


p

12. (CESPE/TRE – TO/2007) Sob a óptica dos registros contábeis, o registro


g

do deságio na emissão de debêntures proporciona à empresa emitente, no


momento do registro:
p

a) um débito no ativo, um crédito no ativo e um débito no passivo.


b) um débito no ativo, um crédito no passivo e um crédito no patrimônio líquido.
c) um débito no ativo, um crédito no passivo e um débito no passivo.
d) um débito no patrimônio líquido, um crédito no ativo e um débito no passivo.
e) um crédito no passivo, um crédito no patrimônio líquido e um débito no ativo.
Resolução:
A entidade que emite debêntures com deságio recebe, em recursos, um
montante inferior ao valor nominal do título. Como resultado, deverá ser
registrada no passivo uma conta retificadora pelo deságio na emissão de
debêntures para que, posteriormente, as despesas relacionadas ao deságio
sejam reconhecidas de acordo com o regime de competência. Assim, no
momento da emissão do título com deságio, o lançamento deve ser:
3. Lançamento da emissão de debêntures com deságio:
D - Bancos Conta Movimento ou Caixa (Ativo)
D - Deságio a Amortizar ou Deságio a Apropriar (ret. Passivo)

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C - Debêntures a resgatar ou Debêntures a Pagar (Passivo)


Gabarito 12: C.

FCC
13. (FCC/Analista em Gestão – Ciências Contábeis – DPE AM/2018) Uma
empresa obteve um empréstimo no valor de R$ 30.000.000,00 que foi
contratado com taxa de juros compostos de 0,9% ao mês. O empréstimo foi
liberado pela instituição financeira no dia 01/12/2012 e será liquidado em 10
parcelas semestrais de R$ 3.984.418,94, vencendo-se a primeira parcela no dia
01/06/2013. Para a obtenção dos recursos, a empresa incorreu em custos de
transação no valor total de R$ 884.384,29, fazendo com que o custo efetivo da
operação fosse de 1% ao mês.
O valor do saldo contábil líquido apresentado no balanço patrimonial de
31/12/2012 para o passivo relativo ao empréstimo obtido foi, em reais,
(A) 30.300.000,00.
(B) 31.193.228,13.
)

(C) 30.270.000,00.
(

(D) 29.406.771,87.
p

(E) 29.377.656,25.
Resolução:
g

Sem perder tempo, vamos aplicar o método turbo para resolução no dia da
p

prova:
O valor dos encargos financeiros é calculado mediante a multiplicação entre o
valor líquido recebido e a taxa de custo efetivo.
1. Assim, o Valor Líquido Recebido (VLR) é igual a:
VLR = Valor do Empréstimo – Custos de Transação
VLR = R$ 30.000.000,00 − R$ 884.384,29 = R$ 29.115.615,71

2. Os encargos financeiros 30 dias após o início de vigência do contrato serão


de:
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Juros Efetiva
Encargos Financeiros = R$ 29.115.615,71 × 1% = R$ 291.156,16

3. O saldo líquido do Passivo (final do 1° mês) apresentado no balanço


patrimonial será igual ao valor líquido recebido adicionado dos encargos

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financeiros, deduzida das parcelas pagas de juros ou do principal. Portanto,


temos que:
Valor Líquido do Passivo = Valor Líquido Recebido + Encargos Finan. – Parcela paga

Valor Líquido do Passivo = 29.115.615,71+ 291.156,16 – 0 = R$ 29.406.771,87

Observem que não há parcela paga em 31/12/2012, pois as parcelas do


empréstimo são pagas semestralmente e a primeira é no dia 01/06/2013
Gabarito 13: D.

14. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade – TRE - SP/2017) Um dos


mais importantes títulos do mercado financeiro são as debêntures. Com elas,
as empresas podem se financiar de acordo com o fluxo de caixa que melhor se
adeque à sua estratégia de financiamento. As empresas podem emitir
debêntures com prêmio, ou seja, valores recebidos na emissão de debêntures
acima do valor nominal determinado para a liquidação desses valores
mobiliários. De acordo com a legislação vigente, esse prêmio é tratado como
)

(A) Prêmio a amortizar, no patrimônio líquido.


(

(B) Receita financeira, no resultado do período.


p

(C) Reserva de capital, no patrimônio líquido.


(D) Prêmio a amortizar, no passivo.
g

(E) Custos a amortizar, como redutora de passivo.


p

Resolução:
Com o advento da Lei n° 11.638/07 e 11.941/09, o prêmio recebido na emissão
de debêntures passou a ser registrado como um resultado não realizado
(receitas diferidas), no grupo passivo não circulante, para ser apropriado
como receita, conforme o regime de competência, na mesma base em que são
apropriados os juros (despesas) das debêntures.
Assim, de acordo com a legislação vigente, esse prêmio é tratado como Prêmio
a amortizar, no passivo.
Gabarito 14: D.

15. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade – TST/2017) Um empréstimo


no valor de R$ 5.000.000,00 foi obtido à taxa de juros compostos de 1,4% ao
mês para ser liquidado em uma única parcela no final de 15 meses. A data de
obtenção do empréstimo foi 01/12/2016 e nesta mesma data a empresa pagou
despesas relacionadas com o contrato (custos de transação) no valor de R$
300.000,00. Sabendo-se que a taxa de custo efetivo da operação era 1,82% ao

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mês, o valor evidenciado na demonstração do resultado de 2016,


correspondente exclusivamente ao empréstimo obtido foi, em reais,
(A) 65.800,00.
(B) 370.000,00.
(C) 85.540,00.
(D) 91.000,00.
(E) 70.000,00.
Resolução:
Método turbo para resolução no dia da prova:
Encargos financeiros (01/12 à 31/12/16) = Taxa efetiva x valor líquido do
passivo
Encargos financeiros (01/12 à 31/12/16) = 1,82% x (5.000.000 – 300.000)
Encargos financeiros (01/12 à 31/12/16) = 85.540
Gabarito 15: C.
)

16. (FCC/Auditor Fiscal – ISS Teresina/2016) A Cia. Expansão obteve, em


(

01/12/2015, um empréstimo para financiar a expansão da sua atividade


p

operacional. O valor do empréstimo obtido foi R$ 10.500.445,00, para


pagamento integral (principal e juros) em 01/12/2016 e a taxa de juros
g

compostos negociada foi 3% ao mês. Os custos incorridos e pagos para a


obtenção deste empréstimo foram R$ 500.445,00. Sabendo-se que este
p

empréstimo é mensurado pelo custo amortizado e que a taxa de custo efetivo


é 3,42% a.m., o valor dos encargos financeiros reconhecido na Demonstração
do Resultado de 2015, referente a este empréstimo, foi, em reais,
(A) 842.445,00.
(B) 315.013,00.
(C) 300.000,00.
(D) 342.000,00.
(E) 800.445,00.
Resolução:
O valor dos encargos financeiros é calculado mediante a multiplicação entre o
valor líquido recebido e a taxa de custo efetivo.
Assim, o Valor Líquido Recebido (VLR) é igual a:
VLR = Valor do Empréstimo – Custos de Transação
VLR = R$ 10.500.445,00 − R$ 500.445,00 = R$ 10.000.000,00

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O valor dos encargos financeiros reconhecido na Demonstração do Resultado de


2015 é:
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Juros Efetiva
Encargos Financeiros = R$ 10.000.000,00 × 3,42% = R$ 342.000,00
Gabarito 16: D.

17. (FCC/Analista de Gestão – Contabilidade – SABESP/2018) No dia


01/12/2015 uma empresa obteve um empréstimo à taxa de juros de 1,5% ao
mês. O valor total do empréstimo foi R$ 10.000.000,00, o pagamento do
principal será feito em uma única parcela em 01/12/2026 e os juros serão pagos
semestralmente, com a primeira parcela vencendo em 01/06/2016.
O valor das parcelas semestrais de juros é R$ 934.432,64 e a empresa pagou,
adicionalmente, na data da obtenção do empréstimo, despesas relacionadas
com o contrato no valor de R$ 250.000,00. A taxa de custo efetivo da operação
foi 1,5429% ao mês.
O valor contábil do empréstimo apresentado no balanço patrimonial de
)

31/12/2015 e o valor total dos encargos financeiros evidenciados no resultado


de 2015, relativo ao empréstimo obtido foram, respectivamente, em reais,
(

(A) 9.896.250,00 e 146.250,00.


p

(B) 10.150.000,00 e 400.000,00.


(C) 10.154.290,00 e 404.290,00.
g

(D) 9.900.432,75 e 150.432,75.


p

(E) 10.155.738,75 e 405.738,77.


Resolução:
Método turbo para resolução no dia da prova:
O valor dos encargos financeiros do primeiro período (mensal ou anual) é
calculado mediante a multiplicação entre o valor contábil do empréstimo
(inicialmente é igual valor líquido recebido) e a taxa de custo efetivo.
1. Assim, o Valor Líquido Recebido (VLR) é igual a:
Valor Contábil do Empréstimo = VLR = Valor do Empréstimo – Custo de
Transação
VLR = R$ 10.000.000,00 − R$ 250.000,00 = R$ 9.750.000,00
2. Os encargos financeiros mensais (01/12 à 31/12/2015) serão de:
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Juros Efetiva
Encargos Financeiros = R$ 9.750.000,00 × 1,5429% = R$ 150.432,75
Com isso, o gabarito é a letra D.

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O valor contábil do empréstimo apresentado no balanço patrimonial de


31/12/2015 será igual ao valor contábil do empréstimo na data da contratação
adicionado dos encargos financeiros, deduzida das parcelas pagas de juros ou
do principal. Portanto, temos que:
Valor Contábil do empréstimo em 31/12/15 = Valor Contábil do empréstimo em
01/12/15 + Encargos Finan. – Parcela paga

Valor Contábil do empréstimo em 31/12/15 = 9.750.000,00 + 150.432,75 – 0


Valor Contábil do empréstimo em 31/12/15 = R$ 9.900.432,75

Gabarito 17: D.

18. (FCC/Técnico da Receita Estadual – SEFAZ – MA/2016) A empresa


Estelar S.A. efetuou um desconto de duplicatas com as seguintes condições:
− Valor das Duplicatas Descontadas: R$ 500.000,00.
− Taxa de juros simples contratada: 3,0% a.m.
− Custo Efetivo da Operação Financeira: 4,0% a.m.
)

− Prazo de Vencimento: 60 dias.


(

− Data da Operação: 01/08/2016.


p

− Custos de transação incorridos e pagos no momento da contratação: R$


7.721,89.
g

Com base nessas informações, em agosto de 2016, a despesa financeira


p

reconhecida na Demonstração do Resultado da Estelar S.A. referente a este


Desconto de Duplicatas foi, em reais, de
(A) 19.691,12.
(B) 18.491,12.
(C) 37.721,89.
(D) 7.721,89.
(E) 22.721.89.
Resolução:
Pessoal, inicialmente, devemos lembrar que a operação de desconto de
duplicatas trata-se, na essência, de um empréstimo, deixando as duplicatas
como garantia. Assim, a contabilização de desconto de duplicatas segue o
mesmo procedimento utilizado para empréstimos e debêntures.
Além disso, nesta questão, a FCC utilizou erroneamente a expressão despesa
financeira com o mesmo sentido de encargos financeiros. E sabemos que não
está correto, pois os encargos financeiros são a soma das despesas
financeiras, dos custos de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios

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e assemelhados, a qual representa a diferença entre os valores recebidos e


os valores pagos (ou a pagar) a terceiros. Ou seja, os encargos financeiros
são mais amplos do que a despesa financeira.
Diante de tais fatos, vamos responder à questão. Se o examinador quisesse
saber o valor da despesa financeira de agosto/ 2016, este montante seria de:
Despesa financeira = 3% x 500.000 = R$ 15.000,00

Porém, observem que não temos resposta. Na verdade, o examinador quer


saber o valor dos encargos financeiros de agosto/2016. Não é a primeira vez
que a FCC solicita o valor dos encargos financeiros utilizando a nomenclatura
despesa financeira. Sabendo disso, vamos responder pelo método turbo o valor
dos encargos financeiros.
Método turbo de resolução no dia da prova:
O valor dos encargos financeiros é calculado mediante a multiplicação entre o
valor líquido recebido e a taxa de custo efetivo.
1. Assim, o Valor Líquido Recebido (VLR) é igual a:
)

VLR = Valor das Duplicatas Descontadas – Custos de Transação – Juros*


(

* No caso de duplicatas descontadas, vocês precisam lembrar que há um desconto dos


juros no valor total das duplicatas. Por isso, você reduz do valor total os juros também.
p

VLR = 500.000,00 − 7.721,89 – 30.000,00* = R$ 462.278,11


g

* Juros a Transcorrer = 500.000 x 3% x 2 meses = R$ 30.000,00


p

2. Os encargos financeiros mensais (01/08 à 31/08/2016) serão de:


Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Juros Efetiva
Encargos Financeiros = R$ 462.278,11 × 4% = R$ 18.491,12

Com o cálculo acima, já podemos marcar a letra B como alternativa.


No entanto, com objetivos didáticos, vamos resolver a questão de forma
detalhada.
Primeiro, vamos encontrar o valor que a empresa recebeu no momento do
desconto das duplicatas.
1. O Valor Líquido Recebido (VLR) é igual a:
VLR = Valor das Duplicatas Descontadas – Custo de Transação - Juros
VLR = 500.000,00 − 7.721,89 – 30.000,00* = R$ 462.278,11
* Juros Passivos a Transcorrer = 3% x 500.000,00 x 2 meses = R$ 30.000,00
Custos de transação a amortizar = R$ 7.721,89

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Registro contábil no momento da captação dos recursos:


D – Caixa ou Bancos (Ativo) ....................................... 462.278,11 (VLR)
D – Juros Passivos a Transcorrer (Retificadora do Passivo) 30.000,00
D – Custos a Amortizar (Retificadora do Passivo) .............. 7.721,89
C – Duplicatas Descontadas (Passivo) .......................... 500.000,00

Como alternativa, podemos utilizar a conta encargos financeiros a transcorrer:


D – Caixa ou Bancos (Ativo) ........................................62.278,11 (VLR)
D – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ret. do Passivo) 37.721,89*
C – Duplicatas Descontadas (Passivo) ........................ 500.000,00
* Encargos Financeiros a Transcorrer = Juros + Custos de Transação
Encargos Financeiros a Transcorrer = 30.000 + 7.721,89 = R$ 37.721,89
)

A apresentação desta operação no balanço de 01/08/2016 (data do desconto)


(

é:
p

Passivo Exigível:
Duplicatas descontadas .................................... 500.000,00
g

(-) Custos de transação a amortizar .................... (7.721,89)


p

(-) Juros passivos a transcorrer .......................... 30.000,00


Aumento líquido do passivo .............................. 462.278,11

2. Meus amigos, acontece que o enunciado já forneceu um dado importante


para resolução da questão, que é a taxa de custo efetivo de 4% ao mês. E que
taxa é essa Professor? Vamos ver o que diz o item 12 do CPC 08 (R1):
Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros
devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, pelo custo
amortizado usando o método dos juros efetivos. Esse método considera a
taxa interna de retorno (TIR) da operação para a apropriação dos encargos
financeiros durante a vigência da operação. A utilização do custo amortizado
faz com que os encargos financeiros reflitam o efetivo custo do
instrumento financeiro e não somente a taxa de juros contratual do
instrumento, ou seja, incluem-se neles os juros e os custos de transação
da captação, bem como prêmios recebidos, ágios, deságios, descontos,
atualização monetária e outros. Assim, a taxa interna de retorno deve
considerar todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido recebido pela

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concretização da transação até todos os pagamentos feitos ou a serem


efetuados até a liquidação da transação.

Pessoal, agora temos que recorrer a matemática financeira. A taxa interna de


retorno (que é a taxa de custo efetivo) é a taxa que torna igual a zero a
diferença entre o valor líquido recebido em uma transação e o valor
presente dos fluxos de caixa de saídas. Em outras palavras, é a taxa que
iguala o valor presente dos fluxos de entrada de caixa ao valor presente
dos fluxos futuros de saídas de caixa.
Assim, se não tivesse no enunciado a taxa de custo efetivo, precisaríamos
calcular conforme abaixo:
Valor Presente dos Fluxos de Entrada = Valor Presente dos Fluxos de Saída

Pessoal, o desconto de duplicatas tem como obrigação um fluxo único de


pagamento no montante de R$ 500.000,00 (caso não seja pago pelo cliente,
quem paga é ao banco é a empresa que descontou as duplicatas). Assim, o
valor presente será calculado a partir da fórmula abaixo:
)

Valor Presente dos Fluxos de Saída = Parcela 1 + Parcela 2 + ... + Parcela n


(

(1 + i)1 (1 + i)2 (1 + i)n


p

Sabendo que o Valor Presente dos Fluxos de Entrada é igual ao Valor Líquido
g

Recebido e que o pagamento será realizado em 10 parcelas, temos a seguinte


p

igualdade:
Valor Líquido Recebido = Parcela 1 + Parcela 2 + ... + Parcela 10
(1 + i)1 (1 + i)2 (1 + i)10

Como já temos o valor líquido recebido e o montante que será pago ao final do
vencimento da duplicata, podemos encontrar a taxa de custo efetivo:
462.278,11 = 500.000,00
(1 + i)2

Pessoal, ao realizar os cálculos acima, encontraremos uma taxa de custo


efetivo no montante de 4% ao mês. “Professor, mas essa informação já tem
no enunciado”. Isso meu caro aluno. Só estou explicando como se chega a este
valor, porque precisamos desta informação. Porém, não temos condições de
fazer isso no dia da prova. Por isso, a banca já irá fornecer tal taxa.
Pessoal, para esta questão, o valor dos encargos financeiros inclui o valor líquido
das seguintes apropriações:

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Encargos Financeiros = Despesas Financeiras + Amortização de Custos

Por isso, o efeito líquido no resultado será o valor dos encargos financeiros do
período (por exemplo, mês ou ano), que é calculado mediante a multiplicação
entre o saldo líquido do passivo (no momento do desconto, este montante é
igual ao valor líquido recebido) e a taxa de custo efetivo.
O valor total das despesas apropriadas no resultado de agosto de 2016 (que
representa os encargos financeiros) será de:
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Custo Efetivo
Encargos Financeiros = R$ 462.278,11 × 4% = R$ 18.491,12
Já poderíamos marcar a letra B como resposta.

Os encargos financeiros de R$ 18.491,12 incluem os juros passivos de


3,0% ao mês que incide sobre o valor das duplicatas e a despesa com
amortização dos custos de transação.
Encargos Financeiros = Despesas de Juros + Amortização de Custos
)
(

Agora, vamos calcular o valor das despesas de juros do mês de agosto/2016. É


p

importante observar que, no cálculo das Despesas de Juros (ou Juros Passivos),
iremos utilizar a taxa de 3,0% a.m. Esta foi a taxa de juros contratada na
g

obtenção do empréstimo (que é diferente da taxa de custo efetivo de 4,0%


ao mês).
p

Despesas Financeira = Valor da Duplicata x Taxa Contratada


Despesas Financeira = R$ 500.000,00 x 3% = R$ 15.000,00

3. As despesas financeiras (ou de despesas de juros) serão contabilizadas em


conta de resultado em contrapartida a conta “Juros Passivos a Transcorrer” ou
“Encargos Financeiros a Transcorrer”:
D – Despesas de Juros (Resultado) ...................... R$ 15.000,00
C – Juros Passivos a Transcorrer (Ret. PE) ............ R$ 15.000,00

Pronto. Como já sabemos o valor dos Encargos Financeiros e das Despesas de


Juros, podemos calcular o valor da Amortização dos Custos:
Encargos Financeiros = Despesas de Juros + Amortização de Custos
R$ 18.491,12 = R$ 15.000,00 + Amortização de Custos
Amortização de Custos = R$ 3.491,12

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4. Em 31/08/2016, o lançamento da amortização dos custos será:


D – Amortização de Custos (Despesa - Resultado) ................. R$ 3.491,12
C – Custos de Transação a Amortizar (Retificadora do Passivo) R$ 3.491,12

No lugar dos lançamentos 3 e 4, poderia ser realizado um único lançamento


caso a empresa utilizasse a conta encargos financeiros a transcorrer e/ou a
conta encargos financeiros para despesa:
D – Despesas de Juros (Resultado) ................................ R$ 15.000,00
D – Amortização de Custos (Despesa - Resultado) ............. R$ 3.491,12
C – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ret. PE) ............. R$ 18.491,12
Ou
D – Encargos Financeiros (Resultado) ................................ R$ 18.491,12
[Despesas Financeiras (Juros) .................. 15.000,00]
[Amortização de Custos ............................ 3.491,12]
)

C – Juros Passivos a Transcorrer (Ret. Do Passivo) .............. R$ 15.000,00


(

C – Custos de Transação a Amortizar (Retificadora do Passivo) R$ 3.491,12


p

Ou
g
p

D – Encargos Financeiros (Resultado) ................................. R$ 18.491,12


[Despesas Financeiras (Juros) .................. 15.000,00]

[Amortização de Custos ............................ 3.491,12]

C – Encargos Financeiros a Transcorrer (Ret. PE) ............. R$ 18.491,12

Após realizar os lançamentos, vamos ver como fica o saldo das contas no livro
razão em 31/08/2016:
Bancos Custos a Amortizar Duplicatas Descontadas
(1)462.278,11 (1) 7.721,89 3.491,12 (4) 500.000 (1)

462.278,11 4.230,77 500.000

Juros Passivos a Transc. Amortização de Custos Despesas de Juros


(1) 30.000 15.000 (3) (4) 3.491,12 (3) 15.000

15.000 3.491,12 15.000

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Assim, temos que:


Encargos Financeiros = Despesas de Juros + Amortização de Custos = R$ 18.491,12

Passivo no Balanço Patrimonial em 31/08/2016:


Duplicatas descontadas ................................. 500.000,00
(-) Custos de transação a amortizar ................. (4.230,77)
(-) Juros passivos a transcorrer ........................ 15.000,00
Saldo líquido do passivo ................................ 480.769,23

Meus amigos, respondi acima de forma detalhada para vocês entenderem os


registros. Porém, no dia da prova, respondam pelo método turbo, que é bem
mais rápido. Dá para responder em menos de um minuto ☺.
E se perguntassem o valor dos encargos financeiros do mês de
setembro?
Como é o último mês, basta você somar o valor da despesa financeira e da
)

amortização do custo de setembro:


(

Encargos Financeiros = Despesas de Juros + Amortização de Custos


p

Encargos Financeiros = 15.000 + 4.230,77 = R$ 19.230,77


g

E se não fosse o último mês, Professor? Como resolver?


p

Bem fácil. Bastaria você pegar o valor líquido do passivo em 31/08/2016 e


multiplicar pela taxa de custo efetivo:
Encargos Financeiros = R$ 480.769,23 × 4% = R$ 19.230,77

Feliphe, mas para encontrar o valor líquido do passivo em 31/08/2016,


precisaria fazer todos estes cálculos?
Claro que não, caros alunos. Utilize a fórmula abaixo, que é usada também no
cálculo do saldo líquido do passivo de empréstimos e debêntures após um
período, ano ou mês:
Saldo do Balanço = Valor Líquido Recebido + Encargos Finan. – Pagamento de Parcela

Saldo do Balanço = 462.278,11 + R$ 18.491,12 – 0,00


Saldo do Balanço = R$ 480.769,23
Espero que tenham entendido. Lembrem-se de fazer pelo método turbo.
Gabarito 18: B.

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19. (FCC/Contador – ALEMS/2016) Determinada empresa obteve, em


30/06/2016, um empréstimo de R$ 200.000,00 para a expansão de suas
atividades, cujo critério de mensuração é o custo amortizado. No dia da
liberação (30/06/2016), foram descontados pela instituição financeira R$
3.000,00 referentes a tarifas e taxas cobradas para a realização da operação.
Este empréstimo será pago em 30/06/2017 e o valor será R$ 215.000,00. Ao
reconhecer esta operação, em 30/06/2016, a empresa realizou o seguinte
lançamento contábil:
(A) Débito − Disponível R$ 200.000,00.
Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 200.000,00.
(B) Débito − Disponível R$ 197.000,00.
Débito − Despesa Financeira R$ 3.000,00.
Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 200.000,00.
(C) Débito − Disponível R$ 197.000,00.
Débito − Despesa Financeira R$ 18.000,00.
Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 215.000,00.
)

(D) Débito − Disponível R$ 200.000,00.


(

Débito − Despesa Financeira R$ 3.000,00.


p

Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 203.000,00.


(E) Débito − Disponível R$ 197.000,00.
g

Débito − Juros e Encargos a Transcorrer R$ 3.000,00.


p

Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 200.000,00.


Resolução:
Método turbo para resolução no dia da prova:
O reconhecimento inicial do empréstimo deverá ser realizado no sentido de
reconhecer os valores tomados (líquidos) pela empresa, os custos de transação
incorridos (diretamente atribuíveis à operação de captação) e a obrigação
surgida. Ou seja, a despesa com custos de transação e a despesa financeira não
são reconhecidas inicialmente, pois serão apropriadas no resultado de acordo
com o regime de competência.
Com isso, eliminamos as assertivas A, B, C e D.
O nosso gabarito é a Letra E.
Reconhecimento inicial do empréstimo pelo custo amortizado.
Débito − Disponível R$ 197.000,00*.
Débito − Juros e Encargos a Transcorrer R$ 3.000,00.
Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 200.000,00.

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* Disponível = Dinheiro recebido (ativo) = 200.000 – 3.000 = R$ 197.000,00


Com isso, o gabarito é a letra E.

A letra C está incorreta, porque não reconhecemos despesa financeira no


momento da contratação do empréstimo.

Professor, qual o motivo de não colocar o valor de encargos financeiros


a transcorrer de R$ 18.000,00?
Na prática, a forma de utilizar é facultativa. Nas questões de concurso, quando
já se sabe o valor a pagar, eles colocam o passivo total. No caso da questão,
não poderia ser a letra C, uma vez que não tem despesa financeira no momento
do reconhecimento.
)

No caso da questão, os juros são pré-fixados, pois a empresa já sabe que vai
pagar 215.000 ao final do empréstimo. Para quem pegou o empréstimo, seria
(

a dívida mais as despesas de juros. Para quem emprestou, seria o valor a


p

receber mais a receita financeira.


Com isso, o examinador utilizou a forma de não colocar logo os juros a
g

transcorrer como retificadora do passivo, mas sim depois apropriando conforme


abaixo:
p

D – Despesa Financeira
C – Empréstimos a Pagar

A outra maneira de fazer o lançamento seria abaixo:


D – Disponível – 197.000
D – Encargos a Transcorrer – 18.000
C – Empréstimos a Pagar – 215.000
Porém, observem que não temos resposta.
Gabarito 19: E.

20. (FCC/ACE – TCE – CE/2015) Uma empresa está captando recursos no


mercado de capitais e emitiu 50.000.000 de debêntures pelo valor nominal
unitário de R$ 4,00 com o objetivo de obter um total de recursos no valor de

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R$ 200.000.000,00. As características das debêntures emitidas foram as


seguintes:
− Data da emissão: 02/01/2014
− Prazo total: 20 anos
− Taxa de juros: 10% ao ano (prefixada)
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 23.491.924,95
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$ 552.890,20
Como há uma tendência de redução das taxas de juros nos próximos anos,
houve uma grande procura pelas debêntures emitidas e a empresa conseguiu
vendê-las pelo valor total de R$ 215.000.000,00, fazendo com que o custo
efetivo final da emissão fosse 9,0% ao ano.
Considerando que a primeira parcela anual foi paga em 31/12/2014, o saldo
apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2014 e o valor total dos encargos
financeiros apropriados no resultado de 2014, relativos às debêntures emitidas,
foram, respectivamente, em reais,
(A) 213.008.075,05 e 19.902.890,20.
)

(B) 220.000.000,00 e 20.552.890,20.


(

(C) 210.808.314,93 e 19.300.239,88.


p

(D) 210.858.075,05 e 19.902.890,20.


(E) 210.255.424,73 e 19.300.239,88.
g

Resolução:
p

Método turbo para resolução no dia da prova:


O Valor Líquido Recebido (VLR) pela empresa com a emissão das debêntures
é igual a:
VLR = Valor de Emissão das Debêntures + Prêmios* – Custos de Transação
VLR = 200.000.000,00 + 15.000.000,00 − 552.890,20 = R$ 214.447.109,80
* Prêmios na Emissão = 215.000.000 – 200.000.000 = R$ 15.000.000,00

O valor total dos encargos financeiros apropriados no resultado de 2014 é


calculado mediante a multiplicação entre o valor líquido recebido e a taxa de
custo efetivo.
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Custo Efetivo
Encargos Financeiros = 214.447.109,80 x 9% = R$ 19.300.239,88
Com isso, a resposta só pode ser a letra C ou a E.

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O saldo apresentado no balanço patrimonial, em 31/12/2014, para as


debêntures emitidas será igual ao valor líquido recebido adicionado dos
encargos financeiros, deduzida das parcelas pagas de juros ou do principal.
Portanto, temos que:
Saldo do Balanço = Valor Líquido Recebido + Encargos Finan. – Pagamento de Parcela

Saldo do Balanço = 214.447.109,80 + 19.300.239,88 - 23.491.924,95


Saldo do Balanço = R$ 210.255.424,73

É assim que você deve resolver no dia da prova. Siga os passos que fizemos,
pois eles são bem simples e mais rápidos. Esta é uma questão que
provavelmente estará na sua prova. Por isso, faça e refaça essas questões
quantas vezes forem necessárias.
Gabarito 20: E.

21. (FCC/Auditor Fiscal - SEFAZ – PI/2015) Em 31/12/2013, a Cia.


Financiada realizou a emissão de debêntures para captação de recursos no valor
)

de R$ 10.000.000,00.
(

As debêntures apresentaram as seguintes características:


p

• Prazo total: 5 anos


• Taxa de juros: 10% ao ano
g

• Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81


p

Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em


custos de transação no valor total de R$ 150.000,00.
No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um
aumento nas taxas de juros nos próximos anos e a Cia. obteve um valor inferior
ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A taxa de custo efetivo
da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros apropriados
no resultado de 2014 foi, em reais,
a) 1.186.094,25.
b) 2.637.974,81.
c) 1.150.000,00.
d) 1.268.550,00.
e) 1.355.122,50.
Resolução:
Método turbo para resolução no dia da prova:

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A empresa emitiu debêntures no valor de R$ 10.000.000,00, sendo que só


conseguiu vender os títulos por R$ 9.500.000,00.
Os R$ 500.000,00 (10.000.000 – 9.500.000) referem-se ao deságio.
Do valor de venda, a empresa incorreu em custos de transação no valor de R$
150.000,00.
Assim, o valor que entrou no caixa da empresa foi de R$ 9.350.000,00
(9.500.000 - 150.000).
O valor dos encargos do ano é calculado mediante a multiplicação entre o valor
líquido recebido e a taxa de custo efetivo.
O valor dos encargos financeiros apropriados no resultado de 2014 é igual a:
9.350.000,00 x 12,6855% = R$ 1.186,094,25.
Gabarito 21: A.

22. (FCC/Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) A Cia.


Empréstimos S.A. obteve, em 01/12/2014, um empréstimo de US$ 500.000,00,
para ser pago integralmente em 01/12/2015. Não há incidência de juros sobre
)

o empréstimo e na data da obtenção a taxa de câmbio era R$ 2,65/US$ 1,00.


(

Em 31/12/2014, a taxa de câmbio era R$ 2,70/US$ 1,00 e a taxa de câmbio


média do mês de dezembro de 2014 foi R$ 2,68/US$ 1,00.
p

Em 31/12/2014, a taxa de câmbio projetada para 01/12/2015 era R$ 2,90/US$


1,00. Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial
g

da Cia. Empréstimos S.A. referente a este empréstimo foi


p

a) R$ 1.325.000,00, em 31/12/2014.
b) R$ 1.350.000,00, em 31/12/2014.
c) R$ 1.340.000,00, em 31/12/2014.
d) R$ 1.450.000,00, em 31/12/2014.
e) R$ 1.340.000,00, em 01/12/2014.
Resolução:
As obrigações em moeda estrangeira ficam registradas pela taxa de
fechamento, ou seja, a taxa vigente no dia do encerramento do balanço ou no
dia que a questão mencionar.
1. Data da aquisição do empréstimo (01/12/2014):
Valor da dívida = US$ 500.000,00
Câmbio no dia da contratação = R$ 2,65
Valor da dívida = US$ 500.000,00 x R$ 2,65 = R$ 1.325.000,00
Podemos eliminar a letra E.

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2. Data do balanço patrimonial (31/12/2014):


Valor da dívida = US$ 500.000,00
Câmbio no dia do balanço (31/dez) = 2,70
Valor da dívida em R$ (31/dez) = US$ 500.000,00 x R$ 2,70 = R$ 1.350.000,00
Gabarito 22: B.

23. (FCC/Auditor Fiscal – SEFAZ-GO /2018) No dia 31/12/2015 uma


empresa realizou uma emissão de debêntures para captação de recursos no
valor de R$ 50.000.000,00. As debêntures apresentavam as seguintes
características:
− Prazo total: 15 anos
− Taxa de juros: 10% ao ano
− Pagamentos: parcelas iguais e anuais no valor de R$ 6.573.688,84
Para a emissão e colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em
)

custos de transação no valor total de R$ 520.000,00.


(

Tendo em vista que a expectativa do mercado futuro de juros é que ocorrerá


uma queda nos próximos anos, houve uma grande demanda pelas debêntures
p

emitidas e a empresa conseguiu obter um valor superior ao desejado, vendendo


os títulos por R$ 53.500.000,00.
g

Sabendo-se que a taxa de custo efetivo da operação foi 9% ao ano, o saldo


p

contábil líquido evidenciado no passivo, no balanço patrimonial de 31/12/2016


da empresa, e o impacto no resultado de 2016 decorrente das debêntures
emitidas foram, respectivamente, em reais,
(A) 48.426.311,16 e 5.520.000,00.
(B) 51.174.511,16 e 4.768.200,00.
(C) 51.704.311,16 e 5.818.000,00.
(D) 47.926.311,16 e 5.020.000,00.
(E) 51.741.311,16 e 5.335.000,00.
Resolução:
Método turbo para resolução no dia da prova:
O Valor Líquido Recebido (VLR) pela empresa com a emissão das debêntures
é igual a:
VLR = Valor de Venda dos Títulos – Custos de Transação
VLR = 53.500.000,00 – 520.000,00 = R$ 52.980.000,00

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O valor total dos encargos financeiros apropriados no resultado de 2016 é


calculado mediante a multiplicação entre o valor líquido recebido e a taxa de
custo efetivo.
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Custo Efetivo
Encargos Financeiros = 52.980.000,00 x 9% = R$ 4.768.200,00
Portanto, o impacto no resultado de 2016 decorrente das debêntures emitidas
R$ 4.768.200,00.
Já podemos marcar a resposta correta, que é a Letra B. Precisaria nem resolver
o restante da questão rsrsrs. Porém, vamos confirmar esse resultado.

O saldo apresentado no balanço patrimonial, em 31/12/2016, para as


debêntures emitidas será igual ao valor líquido recebido adicionado dos
encargos financeiros, deduzida das parcelas pagas de juros ou do principal.
Portanto, temos que:
Saldo do Balanço = Valor Líquido Recebido + Encargos Financeiros – Pagamento
de Parcela
)

Saldo do Balanço = 52.980.000,00 + 4.768.200,00 - 6.573.688,84


(

Saldo do Balanço = R$ 51.174.511,16


p

Gabarito 23: B.
g

24. (FCC/Técnico Judiciário – TRF/2014) Uma empresa obteve um


p

empréstimo de R$ 100.000,00. A taxa de juros compostos negociada com a


instituição financeira foi de 0,8% ao mês e o empréstimo deverá ser pago
integralmente (principal e juros) após 180 dias. Na data da obtenção do
empréstimo a empresa pagou, adicionalmente, uma tarifa de contrato no valor
de R$ 1.200,00, o que faz com que o custo efetivo da operação seja de 1% ao
mês. Os efeitos decorrentes deste empréstimo, 30 dias após o início de vigência
do contrato, são:
a) Passivo (final do 1° mês) = R$ 100.800,00; Despesa Financeira = R$ 800,00.
b) Passivo (final do 1° mês) = R$ 100.800,00; Despesa Financeira = R$ 800,00;
Despesa Bancária = R$ 1.200,00.
c) Passivo (final do 1° mês) = R$ 99.788,00; Despesa Financeira = R$ 988,00;
Despesa Bancária = R$ 1.200,00.
d) Passivo (final do 1° mês) = R$ 99.600,00; Despesa Financeira = R$ 800,00;
Despesa Bancária = R$ 1.200,00.
e) Passivo (final do 1° mês) = R$ 99.788,00; Despesa Financeira = R$ 988,00.
Resolução:

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Sem perder tempo, vamos aplicar o método turbo para resolução no dia da
prova:
O valor dos encargos financeiros é calculado mediante a multiplicação entre o
valor líquido recebido e a taxa de custo efetivo.
1. Assim, o Valor Líquido Recebido (VLR) é igual a:
VLR = Valor do Empréstimo – Custos de Transação
VLR = R$ 100.000,00 − R$ 1.200,00 = R$ 98.800,00

2. Os encargos financeiros 30 dias após o início de vigência do contrato serão


de:
Encargos Financeiros = Valor Líquido recebido x Taxa de Juros Efetiva
Encargos Financeiros = R$ 98.800,00 × 1% = R$ 988,00

Com os dados da resolução acima e sabendo que não teremos despesas


bancárias, a alternativa é a letra E.
)

3. O saldo líquido do Passivo (final do 1° mês) apresentado no balanço


patrimonial será igual ao valor líquido recebido adicionado dos encargos
(

financeiros, deduzida das parcelas pagas de juros ou do principal. Portanto,


p

temos que:
Valor Líquido do Passivo = Valor Líquido Recebido + Encargos Finan. – Parcela paga
g

Valor Líquido do Passivo = 98.800,00 + 988,00 – 0 = R$ 99.788,00


p

Lembrando que a FCC chamou os encargos financeiros de R$ 988,00 de despesa


financeira, o que é errado, porque estes encargos representam tanto os juros
passivos (pelo empréstimo obtido) quanto a amortização dos custos incorridos
na captação dos recursos. Portanto, temos que:
Encargos Financeiros = Juros Passivos + Amortização de Custos
Agora, vamos calcular o valor dos Juros Passivos. É importante observar que,
no cálculo das Despesas de Juros (ou Juros Passivos), iremos utilizar a taxa de
0,8% ao mês.
Juros Passivos = Valor do Empréstimo x Taxa Contratada
Juros Passivos = R$ 10.000,00 x 0,8% = R$ 800,00
3. Os Juros Passivos (que são despesas financeiras) serão contabilizados em
conta de resultado em contrapartida a conta “Empréstimos a Pagar”:
D – Juros Passivos (Despesa – Resultado) ............ R$ 800,00
C – Empréstimos a Pagar (Passivo Exigível) .......... R$ 800,00

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Como já sabemos o valor dos Encargos Financeiros e dos Juros Passivos,


podemos calcular o valor da Amortização dos Custos:
Encargos Financeiros = Juros Passivos + Amortização de Custos
988,00 = 800,00 + Amortização de Custos
Amortização de Custos = R$ 188,00
30 dias após o início de vigência do contrato, o lançamento da amortização dos
custos será:
D – Amortização de Custos (Despesa - Resultado) ............ R$ 188,00
C – Custos a Amortizar (Retificadora do Passivo) .............. R$ 188,00
Gabarito 24: E.

25. (FCC/Auditor Público Externo – TCE – RS/2014) A empresa Palestra


Ltda. fez uma captação de recursos no valor de R$ 4.000.000,00 por meio da
emissão de debêntures, incorrendo em custos de transação no valor de R$
)

400.000,00. As condições das debêntures foram bastante vantajosas e os


debenturistas pagaram um prêmio no valor de R$ 100.000,00 na data da
(

emissão. Ao final de quatro anos, a empresa fará o resgate dos títulos por meio
p

de um único pagamento no valor de R$ 4.400.000,00.


Os lançamentos contábeis correspondentes à mensuração inicial, na data da
g

obtenção dos recursos, foram, em reais:


p

(A) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 3.600.000,00


D − Custos a amortizar (Resultado) 400.000,00
C − Debêntures 3.900.000,00
C − Prêmios a amortizar (PL) 100.000,00
(B) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 3.700.000,00
D − Custos a amortizar (Passivo) 400.000,00
C − Debêntures 4.000.000,00
C − Prêmios a amortizar (Passivo) 100.000,00
(C) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 3.700.000,00
D − Custos de emissão (Resultado) 400.000,00
C − Debêntures 4.000.000,00
C − Prêmio na emissão de Debêntures (PL) 100.000,00
(D) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 3.600.000,00
D − Custos a amortizar (Passivo) 400.000,00

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C − Debêntures 3.900.000,00
C − Prêmios a amortizar (Passivo) 100.000,00
(E) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 4.300.000,00
C − Debêntures 4.000.000,00
C − Prêmios a amortizar (Passivo) 300.000,00
Resolução:
De acordo com o CPC 08 – Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos
e Valores Mobiliários, os custos de transação incorridos na captação de
recursos por meio da contratação de instrumento de dívida (empréstimos,
financiamentos ou títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais
ou outros valores mobiliários) devem ser contabilizados como redução do valor
justo inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido, para
evidenciação do valor líquido recebido.
Portanto, o registro das debêntures emitidas deverá levar em consideração:
1. O valor nominal do título (valor da obrigação);
2. Os custos de transação incorridos (retificadora de passivo);
)

3. Os prêmios recebidos na emissão das debêntures (passivo);


(
p

Tanto os custos de transação quanto os prêmios recebidos pela emissão das


debêntures somente poderão ser levados ao resultado com observância ao
g

regime de competência, ao longo do prazo de duração do título.


p

O valor líquido recebido pela empresa com a emissão das debêntures foi de:
Valor nominal das debêntures ....................... R$ 4.000.000
(-) Custos de transação ................................ (R$ 400.000)
(+) Prêmio na emissão de Debêntures .............. R$ 100.000
(=) Valor líquido recebido ............................. R$ 3.700.000

Os custos de transação incorridos são apresentados como redução do passivo,


enquanto que os prêmios recebidos devem ser acrescidos ao valor justo para
que seja evidenciado, no passivo, o valor líquido recebido pela companhia.
Na data da obtenção dos recursos, a mensuração inicial terá o seguinte
lançamento:
D − Caixa e Equivalentes de Caixa (Valor Líquido Recebido) ......... 3.700.000,00
D − Custos a amortizar (Retificadora do Passivo) ........................ 400.000,00
C − Debêntures (Passivo) ...................................................... 4.000.000,00
C − Prêmios a amortizar (Passivo) ............................................ 100.000,00

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Gabarito 25: B.

26. (FCC/SEFAZ – SP/2013) NÃO é uma conta que deve ser ajustada a valor
presente:
a) Adiantamento em dinheiro para recebimento em bens.
b) Provisão para passivo previdenciário.
c) Contas a receber não circulante, com juros.
d) Contas a pagar não circulante, indexado.
e) Empréstimos concedidos com juros prefixados de longo prazo.
Resolução:
As obrigações de curto prazo podem ser evidenciadas pelo seu valor presente,
mas, apenas se houver efeito relevante. Como a questão não foi clara, iremos
assumir que não há efeito relevante no adiantamento em dinheiro para
recebimento em bens, porque é a única conta que é de curto prazo. Todas as
demais são de longo prazo.
)

Portanto, adiantamento em dinheiro para recebimento em bens NÃO é uma


conta que deve ser ajustada a valor presente nessa questão.
(

Gabarito 26: A.
p
g

27. (FCC/SEFAZ – SP/2013) Em 01/03/2013, a Empresa Esperança fez uma


captação de recursos no mercado financeiro, por meio de debêntures, no valor
p

de R$ 5.000.000,00, incorrendo em custos de transação no valor de R$


450.000,00. A taxa de juros compostos contratual da operação foi de 10% ao
ano, sendo que a empresa fará o resgate das debêntures, num único pagamento
(principal e juros), ao final de três anos.
Pelas regras atuais, em 01/03/2013, a Empresa Esperança
a) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 2.105.000,00.
b) não reconheceu Despesa com Encargos Financeiros.
c) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 450.000,00.
d) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 950.000,00.
e) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 1.655.000,00.
Resolução:
Pelas regras atuais, nos termos do Pronunciamento Técnico CPC 08 - Custos de
Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliário, nenhuma
despesa financeira a título de custos de transação deverá ser reconhecida
no momento da captação dos recursos. Os custos de transação deverão
figurar como conta retificadora de passivo e serão amortizados ao longo do

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prazo de duração da obrigação, conforme o regime de competência. O


lançamento para registro desta transação seria o seguinte:
D – Disponibilidades ............................... 4.550.000,00
D – Custos de Transação a Amortizar .......... 450.000,00
C – Debêntures a Pagar .......................... 5.000.000,00
Gabarito 27: B.

28. (FCC/SEFAZ – SP/2013) Em 01/02/2013, a empresa Ativa S.A. adquiriu


uma máquina, no valor de R$ 2.000.000,00, diretamente do fornecedor. Pagou
10% do valor à vista e o restante será pago em 10 parcelas anuais de R$
180.000,00, sendo a primeira a ser paga em 01/02/2014. A taxa de juros
cobrada pelo credor foi de 13% ao ano. A seguir, a demonstração do valor
presente das parcelas:
)
(
p
g
p

Lançamento contábil que deveria ter sido feito pela empresa Ativa S.A., em
01/02/2013, em R$:
a)
Débito Crédito
Imobilizado 1.176.723,83
Despesa com Juros 823.276,17
Fornecedores 1.800.000,00
Caixa 200.000,00

b)
Débito Crédito
Imobilizado 2.200.000,00

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Juros a Apropriar 200.000,00


Fornecedores 1.800.000,00
Caixa 200.000,00

c)
Débito Crédito
Imobilizado 1.176.723,83
Juros a Apropriar 823.276,17
Fornecedores 1.800.000,00
Caixa 200.000,00

d)
Débito Crédito
Imobilizado 2.000.000,00
Fornecedores 1.800.000,00
)

Caixa 200.000,00
(

e)
p

Débito Crédito
g

Imobilizado 1.176.723,83
p

Fornecedores 976.723,83
Caixa 200.000,00

Resolução:
Nesta questão precisaremos descobrir o lançamento para registro da aquisição
do equipamento, sendo que a obrigação deverá ser ajustada a valor presente.
Como estudamos, no ajuste a valor presente, o bem adquirido deverá ser
registrado pelo valor descontado. Neste caso, como houve uma parcela do valor
paga à vista, ela também deverá ser considerada na apuração do valor do bem.
Portanto, temos que:
Montante pago à vista ....................... R$ 200.000,00
Valor presente da obrigação ............... R$ 976.723,83
Valor para registro do bem .............. R$ 1.176.723,83

Valor de aquisição da máquina = R$ 2.000.000,00

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Pagamento à vista (sai dinheiro do caixa) = R$ 200.000,00 (10% x 2.000.000)


Fornecedores = R$ 1.800.000,00 (2.000.000 – 200.000)
Juros a Apropriar = R$ 823.276,17 (2.000.000 - 1.176.723,83)

O montante dos juros a serem apropriados ao regime de competência deverá


figurar como conta retificadora do passivo originado na transação.
Portanto, o lançamento necessário para registro da transação será:
D – Imobilizado .............. R$ 1.176.723,83
D – Juros a Apropriar ......... R$ 823.276,17
C – Fornecedores ........... R$ 1.800.000,00
C – Caixa ......................... R$ 200.000,00
Gabarito 28: C.

29. (FCC/SEFAZ – SP/2013) A Empresa Devedora S.A. adquiriu um


financiamento de US$ 10,000.00 (dez mil dólares), em 1 de dezembro de 2012,
)

e deverá quitá-lo, em 1 de outubro de 2013. Na data da aquisição do


financiamento, a taxa do dólar (cotação) era R$ 1,70. Sabendo-se que, em 31
(

de dezembro de 2012, o dólar estava cotado a R$ 1,45, a variação cambial,


p

referente ao período de 01/12/2012 a 31/12/2012, foi


a) ativa de R$ 2.500,00, que reduz o saldo da conta Ajustes de Avaliação
g

Patrimonial.
p

b) ativa de R$ 2.500,00, que aumenta o ativo circulante da empresa.


c) ativa de R$ 2.500,00, que reduz o passivo circulante da empresa.
d) passiva de R$ 2.500,00, que reduz o passivo circulante da empresa.
e) passiva de R$ 2.500,00, que aumenta o passivo circulante da empresa.
Resolução:
O método para resolução é apurarmos o valor em reais da obrigação na data de
aquisição e o valor em reais na data do balanço. Se o valor da obrigação, em
reais, reduzir, teremos uma variação cambial ativa (receita). Se aumentar, uma
variação cambial passiva (despesa).
1. Data da aquisição do financiamento (01/12/2012):
Valor da dívida = US$ 10.000,00
Câmbio no dia da contratação = 1,70
Valor da dívida = R$ 17.000,00

2. Data do balanço patrimonial (31/12/2012):

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Valor da dívida = US$ 10.000,00


Câmbio no dia do balanço (31/dez) = 1,45
Valor da dívida em R$ (31/dez) = R$ 14.500,00

Variação cambial ativa (redução da dívida) = R$ 2.500,00 (17.000 – 14.500).


Gabarito 29: C.

30. (FCC/Analista TRF 2ª/2012) A partir de 1 o de janeiro de 2008, de


acordo com as novas normas brasileiras de contabilidade, o prêmio recebido
na emissão de debêntures passou a ser contabilizado, na data do fato
contábil, como
a) receita diferida a apropriar.
b) reserva de capital.
c) receita de aplicações financeiras.
d) resultado positivo da equivalência patrimonial.
)

e) receita de juros no próprio exercício da emissão da debênture.


(

Resolução:
p

Com o advento da Lei n° 11.638/07 e 11.941/09, o prêmio recebido na emissão


de debêntures passou a ser registrado como um resultado não realizado
g

(receitas diferidas), no grupo passivo não circulante, para ser apropriado


p

como receita, conforme o regime de competência, na mesma base em que são


apropriados os juros (despesas) das debêntures.
Gabarito 30: A.

31. (FCC/ISS – SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima


de capital aberto, fez uma captação de recursos, via debêntures, cujo valor de
emissão foi de R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual contratada de 5,0% e
com prazo de 10 anos. Para isso, incorrem em custos de transação no montante
de R$ 100mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em
relação ao mercado, houve prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil.
Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1.
a) passivo de R$ 2,3 milhões
b) receita financeira de R$ 200 mil.
c) reserva de capital de R$ 200mil.
d) ativo de R$ 2,1milhões.
e) despesa financeira de R$ 100mil.

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Resolução:
O registro das debêntures emitidas deverá levar em consideração:
1. o valor nominal do título (valor da obrigação)
2. os custos de transação incorridos (retificadora de passivo)
3. os prêmios recebidos na emissão das debêntures

Tanto os custos de transação quanto os prêmios recebidos pela emissão das


debêntures somente poderão ser levadas ao resultado com observância ao
regime de competência, ao longo do prazo de duração do título.
O valor líquido recebido pela empresa Beta com a emissão das debêntures foi
de:
Valor nominal das debêntures R$ 2.200.000
(-) custos de transação (R$ 100.000)
(+) prêmio na emissão R$ 200.000
(=) valor líquido recebido R$ 2,3 milhões
)
(

Os custos de transação incorridos são apresentados como redução do passivo,


p

enquanto que os prêmios recebidos devem ser acrescidos ao valor justo para
que seja evidenciado, no passivo, o valor líquido recebido pela companhia.
g

O lançamento para registro do fato contábil será:


p

D – Bancos ...................................................................... 2.300.000


D – Custos de transação (Retificadora do Passivo) ................... 100.000
C – Prêmios a Apropriar (PNC - Receitas diferidas) .................. 200.000
C – Debêntures a pagar .................................................... 2.200.000

A apresentação desta operação no balanço seria:


Debêntures a pagar ............................................ 2.200.00
(-) custos de transação a amortizar ..................... (100.000)
(+) prêmio na emissão a apropriar ........................ 200.000
Aumento líquido do passivo ............................... 2.300.000

Vejamos as alternativas:
a) correta. O passivo líquido reconhecido na operação foi de R$ 2.300.000,00.

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b) incorreta. Não houve reconhecimento de receita financeira. A receita,


decorrente do prêmio na emissão de debêntures, deverá ser reconhecida de
acordo com o regime de competência, ao longo do prazo de duração da
obrigação, em contrapartida da conta de “Prêmio na emissão de debêntures a
apropriar”.
c) incorreta. O prêmio na emissão de debêntures não mais deve ser reconhecido
como reserva de capital, após alterações trazidas pela Lei 11.638/07.
d) incorreta. O aumento líquido do ativo foi de R$ 2,3 milhões, dado pelo
aumento das disponibilidades (apresentada como Bancos na resolução).
e) incorreta. Os custos de transação não são apropriados como despesa,
devendo ser lançadas como custos a amortizar, no passivo circulante, em conta
retificadora de debêntures a pagar.
Gabarito 31: A.

FGV
32. (FGV/Técnico em Contabilidade - ALE-RO/2018) Uma entidade
)

brasileira, cuja moeda funcional é o real, vendeu produtos nos Estados Unidos,
de modo que, em 31/12/2017, possuía 600 dólares em caixa. A entidade irá
(

utilizar o valor em dólar para comprar nos Estados Unidos peças para conserto
p

de sua impressora. Assinale a opção que indica a taxa a ser utilizada para a
conversão dos 600 dólares em moeda nacional na elaboração do Balanço
Patrimonial da entidade, em 31/12/2017.
g

(A) Taxa de compra da instituição financeira na data da transação.


p

(B) Taxa de compra da instituição financeira na data da negociação.


(C) Taxa de venda da instituição financeira na data da transação.
(D) Taxa de venda da instituição financeira na data final do balanço.
(E) Taxa projetada da instituição financeira para o dia de uso do montante.
Resolução:
As disponibilidades em moeda estrangeira devem ter seus saldos contábeis
convertidos para a moeda nacional com base na taxa de câmbio corrente na
data do balanço.
Gabarito 32: D.

33. (FGV/Contador - SEFIN RO/2018) Em 01/10/2017, uma sociedade


empresária adquiriu R$ 20.00 em estoque, com prazo de 14 meses. Na análise
da transação foi verificada a existência de encargos financeiros embutidos de
R$ 2.000.

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Assinale a opção que indica os lançamentos contábeis corretos gerados pela


transação.

Resolução:
Como existem encargos financeiros embutidos na operação, é preciso fazer o
)

ajuste a valor presente desta compra.


(

Os estoques adquiridos devem ser registrados pelo valor à vista da compra a


p

prazo, ou seja, excluindo o valor dos encargos financeiros da operação, que


serão reconhecidos como despesa de acordo com o regime de competência.
g

Neste caso, o lançamento contábil correto é:


p

D – Estoques (Ativo) 18.000


D – Despesas financeiras a apropriar (retificadora do Passivo) 2.000
C – Fornecedores (Passivo) 20.000
Gabarito 33: C.

34. (FGV/TNS II – Ciências Contábeis – Pref. Salvador - BA/2017) Uma


sociedade empresária contraiu um empréstimo, em 01/03/2014, com
vencimento em 01/03/2020. O empréstimo contraído estava sujeito a
determinadas condições.
Em 01/12/2016, a sociedade empresária comunicou que não seria capaz de
cumprir uma das condições acordadas. Em 02/01/2017 o banco determinou
que não haveria sanções pelo descumprimento da condição.
Assinale a opção que indica a correta contabilização do empréstimo no balanço
patrimonial da sociedade empresária, referente ao ano de 2016.
(A) Conta redutora do ativo circulante.
(B) Conta redutora do ativo realizável a longo prazo.

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(C) Passivo circulante.


(D) Passivo não circulante.
(E) Reserva de contingências.
Resolução:
Questão difícil para quem não conhece os dispositivos do CPC 26.
74. Quando a entidade quebrar um acordo contratual (covenant) de um
empréstimo de longo prazo (índice de endividamento ou de cobertura de
juros, por exemplo) ao término ou antes do término do período de reporte,
tornando o passivo vencido e pagável à ordem do credor, o passivo deve ser
classificado como circulante mesmo que o credor tenha concordado, após
a data do balanço e antes da data da autorização para emissão das
demonstrações contábeis, em não exigir pagamento antecipado como
consequência da quebra do covenant. O passivo deve ser classificado como
circulante porque, à data do balanço, a entidade não tem o direito incondicional
de diferir a sua liquidação durante pelo menos doze meses após essa data.
75. Entretanto, o passivo deve ser classificado como não circulante se o
credor tiver concordado, até a data do balanço, em proporcionar uma
)

dilação de prazo, a terminar pelo menos doze meses após a data do


(

balanço, dentro do qual a entidade poderá retificar a quebra de covenant


contratual (reenquadramento nos índices de endividamento e cobertura de
p

juros, por exemplo) e durante o qual o credor não poderá exigir a liquidação
imediata do passivo em questão.
g
p

Vamos para o passo a passo.


Em 01/03/2014, quando o empréstimo foi contraído, referida obrigação foi
classificada como passivo não circulante, uma vez que o vencimento da dívida
é em 01/03/2020.
Em 01/12/2016, a sociedade empresária descumpriu um acordo contratual de
um empréstimo de longo prazo.
Com isso, deve ser analisado as seguintes situações:
1. Se o banco aplicar sanções pelo descumprimento da condição, entende-se
que a instituição financeira vai exigir todo o pagamento da obrigação de forma
antecipada e, portanto, a sociedade empresária deve classificar a dívida como
de curto prazo, ou seja, passivo circulante.
2. Se o banco não aplicar sanções pelo descumprimento da condição, entende-
se que a instituição financeira concordou em não exigir todo o pagamento da
obrigação de forma antecipada. Neste caso, podemos ter duas hipóteses:
2.1. Se a concordância da instituição financeira em não exigir o
pagamento antecipado foi após a data do balanço e antes da data da

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autorização para emissão das demonstrações contábeis, a sociedade


empresária deve classificar a dívida como de curto prazo, ou seja, passivo
circulante.
2.2. Se a concordância da instituição financeira em proporcionar uma
dilação do prazo, a terminar pelo menos doze meses após a data do
balanço, foi até a data do balanço, a sociedade empresária deve classificar
a dívida como de longo prazo, ou seja, passivo não circulante.

Ao caso da questão aplica-se o item 2.1. Logo, a contabilização do empréstimo


no balanço patrimonial da sociedade empresária, referente ao ano de 2016, é
na conta do passivo circulante.
Gabarito 34: C.

35. (FGV/Especialista Legislativo-Contabilidade – ALERJ/2017) Certa


entidade tem uma obrigação tributária a pagar, no montante de R$ 100.000,00
com juros de 5% ao ano, sem correção monetária, com pagamento em parcela
única ao final de 24 meses. A taxa de juros do mercado é de 10% ao ano.
)

De acordo com as normas do CPC 12, o valor presente inicial dessa obrigação
(

é:
p

a) R$ 110.250,00;
b) R$ 109.750,57;
g

c) R$ 100.000,00;
p

d) R$ 91.115,70;
e) R$ 82.644,63.
Resolução:
Segue trechos do CPC 12 - Ajuste a Valor Presente (AVP), antes de apresentar
a resposta.
9. Ativos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos
devem ser mensurados pelo seu valor presente quando do seu
reconhecimento inicial, por ser este o valor de custo original dentro da
filosofia de valor justo (fair value).

Como deve ser definida a taxa de juros para fins de cálculo do AVP?
Resposta - Há operações cuja taxa de juros é explícita (por exemplo, descrita
e conhecida no contrato da operação) ou implícita (por exemplo, desconhecida,
mas embutida na precificação inicial da operação pela entidade no ato da
compra ou da venda). Em ambos os casos, é necessário utilizar uma taxa de
desconto que reflita juros compatíveis com a natureza, o prazo e os riscos

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relacionados à transação, levando-se em consideração, ainda, as taxas de


mercado praticadas na data inicial da transação entre partes conhecedoras do
negócio, que tenham a intenção de efetuar a transação e em condições usuais
de mercado. Nos casos em que a taxa é explícita, o processo de avaliação
passa por uma comparação entre a taxa de juros da operação e a taxa
de juros de mercado, na data da origem da transação. Nos casos em que
a taxa estiver implícita, é necessário estimar a taxa da transação, considerando
as taxas de juros de mercado, conforme anteriormente mencionado. Mesmo nos
casos em que as partes afirmem que os valores à vista e a prazo são os mesmos,
o AVP deve ser calculado e, se relevante, registrado. Por definição, valor
presente “é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro”.

O enunciado da questão é um pouco ambíguo, pois podemos ter duas


interpretações do montante a pagar. O valor a pagar, ao final dos 24 meses, é
de R$ 100.000,00 ou de R$ 100.000,00 atualizado pela taxa de juros de 5%
a.a.?
A banca entende que o valor a pagar é de R$ 100.000,00 atualizado pela
taxa de juros de 5% a.a.
)

Vamos aos cálculos:


(

Taxa de juros explícita: 5% a.a.


p

Taxa de juros do mercado: 10% a.a.


g

Agora, pela taxa de juros explícita da operação, precisamos calcular o valor da


p

obrigação depois de 24 meses.


Valor do principal + juros = 100.000 x (1,05)² = R$ 110.250,00
Valor presente = 110.250 / (1,10)² = 91.115,70
Gabarito 35: D.

36. (FGV/TNS - Ciências Contábeis – AL BA/2014) Em 31/12/2012, uma


empresa contraiu um financiamento de R$100.000,00 com vencimento em
2018. Este financiamento está sujeito a uma série de condições. Em outubro de
2013, a empresa constatou que não seria capaz de cumprir uma das condições.
Em 10 de janeiro de 2014, o banco determinou que não haveria sanções pelo
descumprimento dessa cláusula.
No Balanço Patrimonial de 31/01/2013, a conta financiamentos está localizada
em
a) Passivo Circulante.
b) Passivo não Circulante.

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c) Ajuste a valor patrimonial.


d) Reserva de lucros.
e) Reserva de contingências.
Resolução:
Questão igual a anterior. Por isso, digo e repito, sempre é importante fazer
questões de concursos anteriores.
Porém, a questão tem um erro. Na pergunta, entendo que a banca quis dizer
“31/12/2013” ao invés de “31/01/2013”.
Considerando os dados da questão, em 31/01/2013, a conta financiamentos
está localizada no passivo não circulante, uma vez que é uma dívida de longo
prazo. Em 31/01/2013, a empresa ainda não tinha descumprido nenhuma
condição. Com isso, o gabarito seria a letra B.
Porém, o gabarito da questão é a letra A. Assim, vamos agora supor que a
pergunta seria a seguinte:
No Balanço Patrimonial de “31/12/2013”, a conta financiamentos está localizada
em.
)

Como a data de concordância (10/01/2014) da instituição financeira em não


(

exigir o pagamento antecipado foi após a data do balanço (31/12/2013) e


antes da data da autorização para emissão das demonstrações
p

contábeis, a sociedade empresária deve classificar a dívida como de curto


prazo, ou seja, passivo circulante.
g

Sendo assim, o gabarito é a letra A.


p

Gabarito 36: A.

37. (FGV/Contador – COMPESA/2016) Assinale a opção que indica um


passivo não circulante no balanço patrimonial de uma empresa em 31/12/2015.
a) Honorários a serem pagos ao diretor em fevereiro de 2016.
b) Contas a pagar à empresa coligada, com vencimento em junho de 2016.
c) Empréstimos de empresa coligada, com vencimento em maio de 2016.
d) Causa judicial de perda considerada possível, julgada em novembro de 2015.
e) Provisão para imposto sobre a renda diferido passivo, que deverá ser
realizada em 2016.
Resolução:
Vamos analisar cada assertiva:
a) incorreta. Os honorários a serem pagos ao diretor em fevereiro de 2016 são
dívidas classificadas no passivo circulante.

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b) incorreta. Como a conta é do exercício seguinte a apresentação do balanço,


o valor a pagar deve ser classificado no passivo circulante.
c) incorreta, conforme explicação da letra B.
d) incorreta. Causa judicial de perda considerada possível não é contabilizada
no passivo.
e) correta. De acordo com o CPC 26, temos que:
56. Na situação em que a entidade apresente separadamente seus ativos e
passivos circulantes e não circulantes, os impostos diferidos ativos (ou
passivos) não devem ser classificados como ativos circulantes (ou
passivos circulantes)."
Ou seja, impostos diferidos devem ser apresentados no grupo Não Circulante
do Balanço Patrimonial na situação do item 56 do CPC 26 (R1).
Assim, a provisão para imposto sobre a renda diferido passivo, que deverá ser
realizada em 2016, deve ser classificada no passivo não circulante.
Gabarito 37: E.
)

38. (FGV/Contador – DPE RO/2015) Pelas práticas contábeis aplicadas no


(

Brasil, uma debênture com juros anuais de 10%, e conversível em ações da


data de seu vencimento por sua emitente, deve ser classificada como:
p

(A) instrumento derivativo;


g

(B) passivo;
p

(C) capital social;


(D) patrimônio líquido;
(E) título híbrido nas demonstrações consolidadas.
Resolução:
Debêntures são títulos de créditos de longo prazo, emitidos pelas companhias,
podendo ser negociados no mercado. Assim como as ações, as debêntures são
emitidas com a finalidade de obtenção de recursos pelas companhias para
financiamento de suas atividades. É uma forma de captação de recursos junto
a terceiros, assim como os empréstimos e os financiamentos.
A entidade emitente das debêntures recebe os recursos em contrapartida a uma
obrigação perante terceiros. Portanto, as debêntures a pagar são classificadas
no passivo.
Gabarito 38: B.

39. (FGV/Técnico Gestão - Contador – AL MA/2013) Observe a relação de


contas abaixo de uma empresa prestadora de serviços e responda à questão.

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A soma das contas do Passivo Financeiro ou Oneroso é de


a) 10.000
b) 40.000
c) 50.000
d) 60.000
)

e) 90.000
Resolução:
(

O passivo pode ser dividido em:


p

Passivo Cíclico – PC, são os recursos obtidos que guardam relação com a
atividade da empresa e que não são onerosos (fornecedores, adiantamento
g

de clientes, salários a pagar, encargos sociais a pagar, impostos a pagar –


p

quando não vencidos – e IRRF).


Passivo Financeiro – PF, são os recursos obtidos de fontes onerosas
(duplicatas descontadas, financiamentos e empréstimos bancários, provisão
para imposto de renda e contribuição social).
As fontes são onerosas quando há a incidência de juros ou qualquer item que
remunere a obrigação constantemente.
Portanto, a soma das contas do Passivo Financeiro ou Oneroso é de R$
40.000,00, conforme cálculo abaixo:
Empréstimos bancários para 30 dias 10.000,00
+ Financiamentos para 24 meses ..... 30.000,00
= Passivo Financeiro ou Oneroso 40.000,00

A banca errou ao não incluir no cálculo o valor das debêntures emitidas, pois
também são passivos onerosos.
Gabarito 39: B.

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Material de consumo 11.800,00


Duplicatas aceitas 14.000,00
Fornecedores 11.800,00

De acordo com os dados apresentados, o valor em R$ correspondente às dívidas


com terceiros é:
(A) 25.800,00
(B) 42.200,00
(C) 60.400,00
(D) 75.000,00
Resolução:
As dívidas com terceiros representam as obrigações da empresa. Lembrando
que quem emite a duplicata é o vendedor. Portanto, duplicata aceita é uma
obrigação da empresa Beta Ltda.
Empréstimos obtidos ............. 16.400,00
)

+ Duplicatas aceitas .............. 14.000,00


(

+ Fornecedores .................... 11.800,00


p

= Dívidas com terceiros ......... 42.200,00


Gabarito 41: B.
g
p

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7. Lista de Exercícios

01. (CESPE/Analista GRS – Ciências Contábeis – SLU-DF/2019)


Obrigações por operações de crédito bancário com fluxo de liberação em várias
datas, em função do regime de competência, devem ser reconhecidas quando
da assinatura do contrato bancário.
( ) Certo ou ( ) Errado.

02. (CESPE/Auditor de Contas Públicas – TCE - PB/2018) O CPC definiu


custo de transação como o gasto incorrido e diretamente atribuível, entre
outras, às atividades necessárias à distribuição primária de ações ou bônus de
subscrição. Ainda segundo o CPC, o referido custo, quanto à sua natureza, é
um gasto
A) fixo.
B) incremental.
C) operacional.
)

D) diferencial.
(

E) financeiro.
p

03. (CESPE/Técnico Tributário - SEFAZ RS/2018) Em muitos casos, a


g

colocação de debêntures no mercado demanda a contratação de instituições


financeiras para coordenar o processo, o que gera os chamados gastos com
p

colocação de debêntures. Esses gastos


A) são reconhecidos como despesas do período em que tiver sido feita a emissão
dos títulos.
B) são registrados como despesas antecipadas, apropriadas ao resultado
proporcionalmente ao prazo de vencimento das debêntures.
C) integram os encargos financeiros e devem ser amortizados durante o prazo
de vigência das debêntures.
D) são reconhecidos como ativos financeiros e serão baixados à medida que as
debêntures forem quitadas.
E) integram o ativo intangível e são amortizados quando do pagamento das
debêntures.

04. (CESPE/Analista GRS – Ciências Contábeis – SLU-DF/2019) A


avaliação e o registro contábeis de obrigações relativas à aquisição de matérias-
primas e insumos devem ser realizados pelo valor justo à data do balanço.
( ) Certo ou ( ) Errado.

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05. (CESPE/AGE - SEDF/2017) Situação hipotética: Um fornecedor


oferece determinada mercadoria a prazo por R$ 1.000, porém em uma compra
à vista, com vencimento em 30 dias, esse mesmo fornecedor oferece um
desconto de 5% sobre o valor a prazo.
Assertiva: Nesse caso, em uma compra a prazo, a diferença entre o valor à
vista e o valor a prazo deverá ser contabilizada, no momento da compra, como
despesa de juros.
( ) Certo ou ( ) Errado.

06. (CESPE/Auditor – Fiscalização – TCE - PA/2016) A obtenção de


empréstimos junto a instituições financeiras provoca, na data da liberação dos
recursos, um aumento simultâneo do ativo e do passivo das entidades
beneficiárias desse tipo de operação de crédito.
( ) Certo ou ( ) Errado.
)

07. (CESPE/AJ – Contabilidade - TRT 17ª/2013) Para fins de aplicação do


(

conceito de custo de transação, o conceito de encargos financeiros é mais amplo


que o de despesas financeiras, pois o cálculo dos encargos financeiros inclui,
p

além da soma das despesas financeiras, os custos de transação, prêmios,


descontos e ágios.
g

( ) Certo ou ( ) Errado.
p

08. (CESPE/Auditor – TCE - RN/2015) Em condições específicas, observada


a essência sobre a forma, uma ação preferencial resgatável poderá constituir
um passivo — no emissor — e uma debênture poderá ser classificada, também
pelo emissor, como um item de patrimônio líquido.
( ) Certo ou ( ) Errado.

09. (CESPE/Contador - CADE/2014) A companhia poderá adquirir


debêntures de sua própria emissão. Este fato deve ser consignado no relatório
de administração e nas demonstrações financeiras.
( ) Certo ou ( ) Errado.

10. (CESPE/Auditor Federal de Controle Externo - TCU/2015) O


lançamento contábil de conversão de debêntures em ações pelo mesmo valor
da emissão inicial não envolve contas de ativo.
( ) Certo ou ( ) Errado.

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11. (CESPE/AJ - Apoio Especializado – Contadoria - STJ/2015) A


captação de recursos por meio de debêntures gera um passivo para a sociedade
emissora do título. Em caso de debêntures emitidas com prêmio, o valor desse
prêmio também será reconhecido em conta de passivo e deve ser apropriado
ao resultado ao longo do prazo de vigência das debêntures.
( ) Certo ou ( ) Errado.

12. (CESPE/TRE – TO/2007) Sob a óptica dos registros contábeis, o registro


do deságio na emissão de debêntures proporciona à empresa emitente, no
momento do registro:
a) um débito no ativo, um crédito no ativo e um débito no passivo.
b) um débito no ativo, um crédito no passivo e um crédito no patrimônio líquido.
c) um débito no ativo, um crédito no passivo e um débito no passivo.
d) um débito no patrimônio líquido, um crédito no ativo e um débito no passivo.
e) um crédito no passivo, um crédito no patrimônio líquido e um débito no ativo.
)
(

13. (FCC/Analista em Gestão – Ciências Contábeis – DPE AM/2018) Uma


p

empresa obteve um empréstimo no valor de R$ 30.000.000,00 que foi


contratado com taxa de juros compostos de 0,9% ao mês. O empréstimo foi
g

liberado pela instituição financeira no dia 01/12/2012 e será liquidado em 10


parcelas semestrais de R$ 3.984.418,94, vencendo-se a primeira parcela no dia
p

01/06/2013. Para a obtenção dos recursos, a empresa incorreu em custos de


transação no valor total de R$ 884.384,29, fazendo com que o custo efetivo da
operação fosse de 1% ao mês.
O valor do saldo contábil líquido apresentado no balanço patrimonial de
31/12/2012 para o passivo relativo ao empréstimo obtido foi, em reais,
(A) 30.300.000,00.
(B) 31.193.228,13.
(C) 30.270.000,00.
(D) 29.406.771,87.
(E) 29.377.656,25.

14. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade – TRE - SP/2017) Um dos


mais importantes títulos do mercado financeiro são as debêntures. Com elas,
as empresas podem se financiar de acordo com o fluxo de caixa que melhor se
adeque à sua estratégia de financiamento. As empresas podem emitir
debêntures com prêmio, ou seja, valores recebidos na emissão de debêntures

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acima do valor nominal determinado para a liquidação desses valores


mobiliários. De acordo com a legislação vigente, esse prêmio é tratado como
(A) Prêmio a amortizar, no patrimônio líquido.
(B) Receita financeira, no resultado do período.
(C) Reserva de capital, no patrimônio líquido.
(D) Prêmio a amortizar, no passivo.
(E) Custos a amortizar, como redutora de passivo.

15. (FCC/Analista Judiciário - Contabilidade – TST/2017) Um empréstimo


no valor de R$ 5.000.000,00 foi obtido à taxa de juros compostos de 1,4% ao
mês para ser liquidado em uma única parcela no final de 15 meses. A data de
obtenção do empréstimo foi 01/12/2016 e nesta mesma data a empresa pagou
despesas relacionadas com o contrato (custos de transação) no valor de R$
300.000,00. Sabendo-se que a taxa de custo efetivo da operação era 1,82% ao
mês, o valor evidenciado na demonstração do resultado de 2016,
correspondente exclusivamente ao empréstimo obtido foi, em reais,
)

(A) 65.800,00.
(

(B) 370.000,00.
p

(C) 85.540,00.
(D) 91.000,00.
g

(E) 70.000,00.
p

16. (FCC/Auditor Fiscal – ISS Teresina/2016) A Cia. Expansão obteve, em


01/12/2015, um empréstimo para financiar a expansão da sua atividade
operacional. O valor do empréstimo obtido foi R$ 10.500.445,00, para
pagamento integral (principal e juros) em 01/12/2016 e a taxa de juros
compostos negociada foi 3% ao mês. Os custos incorridos e pagos para a
obtenção deste empréstimo foram R$ 500.445,00. Sabendo-se que este
empréstimo é mensurado pelo custo amortizado e que a taxa de custo efetivo
é 3,42% a.m., o valor dos encargos financeiros reconhecido na Demonstração
do Resultado de 2015, referente a este empréstimo, foi, em reais,
(A) 842.445,00.
(B) 315.013,00.
(C) 300.000,00.
(D) 342.000,00.
(E) 800.445,00.

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17. (FCC/Analista de Gestão – Contabilidade – SABESP/2018) No dia


01/12/2015 uma empresa obteve um empréstimo à taxa de juros de 1,5% ao
mês. O valor total do empréstimo foi R$ 10.000.000,00, o pagamento do
principal será feito em uma única parcela em 01/12/2026 e os juros serão pagos
semestralmente, com a primeira parcela vencendo em 01/06/2016.
O valor das parcelas semestrais de juros é R$ 934.432,64 e a empresa pagou,
adicionalmente, na data da obtenção do empréstimo, despesas relacionadas
com o contrato no valor de R$ 250.000,00. A taxa de custo efetivo da operação
foi 1,5429% ao mês.
O valor contábil do empréstimo apresentado no balanço patrimonial de
31/12/2015 e o valor total dos encargos financeiros evidenciados no resultado
de 2015, relativo ao empréstimo obtido foram, respectivamente, em reais,
(A) 9.896.250,00 e 146.250,00.
(B) 10.150.000,00 e 400.000,00.
(C) 10.154.290,00 e 404.290,00.
(D) 9.900.432,75 e 150.432,75.
)

(E) 10.155.738,75 e 405.738,77.


(

18. (FCC/Técnico da Receita Estadual – SEFAZ – MA/2016) A empresa


p

Estelar S.A. efetuou um desconto de duplicatas com as seguintes condições:


− Valor das Duplicatas Descontadas: R$ 500.000,00.
g

− Taxa de juros simples contratada: 3,0% a.m.


p

− Custo Efetivo da Operação Financeira: 4,0% a.m.


− Prazo de Vencimento: 60 dias.
− Data da Operação: 01/08/2016.
− Custos de transação incorridos e pagos no momento da contratação: R$
7.721,89.
Com base nessas informações, em agosto de 2016, a despesa financeira
reconhecida na Demonstração do Resultado da Estelar S.A. referente a este
Desconto de Duplicatas foi, em reais, de
(A) 19.691,12.
(B) 18.491,12.
(C) 37.721,89.
(D) 7.721,89.
(E) 22.721.89.

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19. (FCC/Contador – ALEMS/2016) Determinada empresa obteve, em


30/06/2016, um empréstimo de R$ 200.000,00 para a expansão de suas
atividades, cujo critério de mensuração é o custo amortizado. No dia da
liberação (30/06/2016), foram descontados pela instituição financeira R$
3.000,00 referentes a tarifas e taxas cobradas para a realização da operação.
Este empréstimo será pago em 30/06/2017 e o valor será R$ 215.000,00. Ao
reconhecer esta operação, em 30/06/2016, a empresa realizou o seguinte
lançamento contábil:
(A) Débito − Disponível R$ 200.000,00.
Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 200.000,00.
(B) Débito − Disponível R$ 197.000,00.
Débito − Despesa Financeira R$ 3.000,00.
Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 200.000,00.
(C) Débito − Disponível R$ 197.000,00.
Débito − Despesa Financeira R$ 18.000,00.
Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 215.000,00.
)

(D) Débito − Disponível R$ 200.000,00.


(

Débito − Despesa Financeira R$ 3.000,00.


p

Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 203.000,00.


(E) Débito − Disponível R$ 197.000,00.
g

Débito − Juros e Encargos a Transcorrer R$ 3.000,00.


p

Crédito − Empréstimos a Pagar R$ 200.000,00.

20. (FCC/ACE – TCE – CE/2015) Uma empresa está captando recursos no


mercado de capitais e emitiu 50.000.000 de debêntures pelo valor nominal
unitário de R$ 4,00 com o objetivo de obter um total de recursos no valor de
R$ 200.000.000,00. As características das debêntures emitidas foram as
seguintes:
− Data da emissão: 02/01/2014
− Prazo total: 20 anos
− Taxa de juros: 10% ao ano (prefixada)
− Pagamentos: parcelas anuais de R$ 23.491.924,95
− Gastos incorridos para a emissão e colocação das debêntures: R$ 552.890,20
Como há uma tendência de redução das taxas de juros nos próximos anos,
houve uma grande procura pelas debêntures emitidas e a empresa conseguiu

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vendê-las pelo valor total de R$ 215.000.000,00, fazendo com que o custo


efetivo final da emissão fosse 9,0% ao ano.
Considerando que a primeira parcela anual foi paga em 31/12/2014, o saldo
apresentado no balanço patrimonial de 31/12/2014 e o valor total dos encargos
financeiros apropriados no resultado de 2014, relativos às debêntures emitidas,
foram, respectivamente, em reais,
(A) 213.008.075,05 e 19.902.890,20.
(B) 220.000.000,00 e 20.552.890,20.
(C) 210.808.314,93 e 19.300.239,88.
(D) 210.858.075,05 e 19.902.890,20.
(E) 210.255.424,73 e 19.300.239,88.

21. (FCC/Auditor Fiscal - SEFAZ – PI/2015) Em 31/12/2013, a Cia.


Financiada realizou a emissão de debêntures para captação de recursos no valor
de R$ 10.000.000,00.
As debêntures apresentaram as seguintes características:
)

• Prazo total: 5 anos


(

• Taxa de juros: 10% ao ano


p

• Pagamentos: parcelas iguais e anuais de R$ 2.637.974,81


g

Para a emissão e colocação das debêntures no mercado, a Cia. incorreu em


custos de transação no valor total de R$ 150.000,00.
p

No entanto, a expectativa do mercado futuro de juros era que ocorreria um


aumento nas taxas de juros nos próximos anos e a Cia. obteve um valor inferior
ao da emissão, vendendo os títulos por R$ 9.500.000,00. A taxa de custo efetivo
da emissão foi 12,6855% ao ano. O valor dos encargos financeiros apropriados
no resultado de 2014 foi, em reais,
a) 1.186.094,25.
b) 2.637.974,81.
c) 1.150.000,00.
d) 1.268.550,00.
e) 1.355.122,50.

22. (FCC/Julgador Administrativo Tributário/SEFAZ PE/2015) A Cia.


Empréstimos S.A. obteve, em 01/12/2014, um empréstimo de US$ 500.000,00,
para ser pago integralmente em 01/12/2015. Não há incidência de juros sobre
o empréstimo e na data da obtenção a taxa de câmbio era R$ 2,65/US$ 1,00.

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Em 31/12/2014, a taxa de câmbio era R$ 2,70/US$ 1,00 e a taxa de câmbio


média do mês de dezembro de 2014 foi R$ 2,68/US$ 1,00.
Em 31/12/2014, a taxa de câmbio projetada para 01/12/2015 era R$ 2,90/US$
1,00. Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial
da Cia. Empréstimos S.A. referente a este empréstimo foi
a) R$ 1.325.000,00, em 31/12/2014.
b) R$ 1.350.000,00, em 31/12/2014.
c) R$ 1.340.000,00, em 31/12/2014.
d) R$ 1.450.000,00, em 31/12/2014.
e) R$ 1.340.000,00, em 01/12/2014.

23. (FCC/Auditor Fiscal – SEFAZ-GO /2018) No dia 31/12/2015 uma


empresa realizou uma emissão de debêntures para captação de recursos no
valor de R$ 50.000.000,00. As debêntures apresentavam as seguintes
características:
− Prazo total: 15 anos
)

− Taxa de juros: 10% ao ano


(

− Pagamentos: parcelas iguais e anuais no valor de R$ 6.573.688,84


p

Para a emissão e colocação das debêntures no mercado a empresa incorreu em


custos de transação no valor total de R$ 520.000,00.
g

Tendo em vista que a expectativa do mercado futuro de juros é que ocorrerá


p

uma queda nos próximos anos, houve uma grande demanda pelas debêntures
emitidas e a empresa conseguiu obter um valor superior ao desejado, vendendo
os títulos por R$ 53.500.000,00.
Sabendo-se que a taxa de custo efetivo da operação foi 9% ao ano, o saldo
contábil líquido evidenciado no passivo, no balanço patrimonial de 31/12/2016
da empresa, e o impacto no resultado de 2016 decorrente das debêntures
emitidas foram, respectivamente, em reais,
(A) 48.426.311,16 e 5.520.000,00.
(B) 51.174.511,16 e 4.768.200,00.
(C) 51.704.311,16 e 5.818.000,00.
(D) 47.926.311,16 e 5.020.000,00.
(E) 51.741.311,16 e 5.335.000,00.

24. (FCC/Técnico Judiciário – TRF/2014) Uma empresa obteve um


empréstimo de R$ 100.000,00. A taxa de juros compostos negociada com a
instituição financeira foi de 0,8% ao mês e o empréstimo deverá ser pago

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integralmente (principal e juros) após 180 dias. Na data da obtenção do


empréstimo a empresa pagou, adicionalmente, uma tarifa de contrato no valor
de R$ 1.200,00, o que faz com que o custo efetivo da operação seja de 1% ao
mês. Os efeitos decorrentes deste empréstimo, 30 dias após o início de vigência
do contrato, são:
a) Passivo (final do 1° mês) = R$ 100.800,00; Despesa Financeira = R$ 800,00.
b) Passivo (final do 1° mês) = R$ 100.800,00; Despesa Financeira = R$ 800,00;
Despesa Bancária = R$ 1.200,00.
c) Passivo (final do 1° mês) = R$ 99.788,00; Despesa Financeira = R$ 988,00;
Despesa Bancária = R$ 1.200,00.
d) Passivo (final do 1° mês) = R$ 99.600,00; Despesa Financeira = R$ 800,00;
Despesa Bancária = R$ 1.200,00.
e) Passivo (final do 1° mês) = R$ 99.788,00; Despesa Financeira = R$ 988,00.

25. (FCC/Auditor Público Externo – TCE – RS/2014) A empresa Palestra


Ltda. fez uma captação de recursos no valor de R$ 4.000.000,00 por meio da
)

emissão de debêntures, incorrendo em custos de transação no valor de R$


400.000,00. As condições das debêntures foram bastante vantajosas e os
(

debenturistas pagaram um prêmio no valor de R$ 100.000,00 na data da


p

emissão. Ao final de quatro anos, a empresa fará o resgate dos títulos por meio
de um único pagamento no valor de R$ 4.400.000,00.
g

Os lançamentos contábeis correspondentes à mensuração inicial, na data da


obtenção dos recursos, foram, em reais:
p

(A) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 3.600.000,00


D − Custos a amortizar (Resultado) 400.000,00
C − Debêntures 3.900.000,00
C − Prêmios a amortizar (PL) 100.000,00
(B) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 3.700.000,00
D − Custos a amortizar (Passivo) 400.000,00
C − Debêntures 4.000.000,00
C − Prêmios a amortizar (Passivo) 100.000,00
(C) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 3.700.000,00
D − Custos de emissão (Resultado) 400.000,00
C − Debêntures 4.000.000,00
C − Prêmio na emissão de Debêntures (PL) 100.000,00
(D) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 3.600.000,00

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D − Custos a amortizar (Passivo) 400.000,00


C − Debêntures 3.900.000,00
C − Prêmios a amortizar (Passivo) 100.000,00
(E) D − Caixa e Equivalentes de Caixa 4.300.000,00
C − Debêntures 4.000.000,00
C − Prêmios a amortizar (Passivo) 300.000,00

26. (FCC/SEFAZ – SP/2013) NÃO é uma conta que deve ser ajustada a valor
presente:
a) Adiantamento em dinheiro para recebimento em bens.
b) Provisão para passivo previdenciário.
c) Contas a receber não circulante, com juros.
d) Contas a pagar não circulante, indexado.
e) Empréstimos concedidos com juros prefixados de longo prazo.
)
(

27. (FCC/SEFAZ – SP/2013) Em 01/03/2013, a Empresa Esperança fez uma


captação de recursos no mercado financeiro, por meio de debêntures, no valor
p

de R$ 5.000.000,00, incorrendo em custos de transação no valor de R$


450.000,00. A taxa de juros compostos contratual da operação foi de 10% ao
g

ano, sendo que a empresa fará o resgate das debêntures, num único pagamento
p

(principal e juros), ao final de três anos.


Pelas regras atuais, em 01/03/2013, a Empresa Esperança
a) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 2.105.000,00.
b) não reconheceu Despesa com Encargos Financeiros.
c) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 450.000,00.
d) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 950.000,00.
e) reconheceu Despesa com Encargos Financeiros de 1.655.000,00.

28. (FCC/SEFAZ – SP/2013) Em 01/02/2013, a empresa Ativa S.A. adquiriu


uma máquina, no valor de R$ 2.000.000,00, diretamente do fornecedor. Pagou
10% do valor à vista e o restante será pago em 10 parcelas anuais de R$
180.000,00, sendo a primeira a ser paga em 01/02/2014. A taxa de juros
cobrada pelo credor foi de 13% ao ano. A seguir, a demonstração do valor
presente das parcelas:

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Lançamento contábil que deveria ter sido feito pela empresa Ativa S.A., em
01/02/2013, em R$:
a)
Débito Crédito
)

Imobilizado 1.176.723,83
(

Despesa com Juros 823.276,17


p

Fornecedores 1.800.000,00
Caixa 200.000,00
g
p

b)
Débito Crédito
Imobilizado 2.200.000,00
Juros a Apropriar 200.000,00
Fornecedores 1.800.000,00
Caixa 200.000,00

c)
Débito Crédito
Imobilizado 1.176.723,83
Juros a Apropriar 823.276,17
Fornecedores 1.800.000,00
Caixa 200.000,00

d)

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Débito Crédito
Imobilizado 2.000.000,00
Fornecedores 1.800.000,00
Caixa 200.000,00

e)
Débito Crédito
Imobilizado 1.176.723,83
Fornecedores 976.723,83
Caixa 200.000,00

29. (FCC/SEFAZ – SP/2013) A Empresa Devedora S.A. adquiriu um


financiamento de US$ 10,000.00 (dez mil dólares), em 1 de dezembro de 2012,
e deverá quitá-lo, em 1 de outubro de 2013. Na data da aquisição do
financiamento, a taxa do dólar (cotação) era R$ 1,70. Sabendo-se que, em 31
)

de dezembro de 2012, o dólar estava cotado a R$ 1,45, a variação cambial,


(

referente ao período de 01/12/2012 a 31/12/2012, foi


p

a) ativa de R$ 2.500,00, que reduz o saldo da conta Ajustes de Avaliação


Patrimonial.
g

b) ativa de R$ 2.500,00, que aumenta o ativo circulante da empresa.


p

c) ativa de R$ 2.500,00, que reduz o passivo circulante da empresa.


d) passiva de R$ 2.500,00, que reduz o passivo circulante da empresa.
e) passiva de R$ 2.500,00, que aumenta o passivo circulante da empresa.

30. (FCC/Analista TRF 2ª/2012) A partir de 1 o de janeiro de 2008, de


acordo com as novas normas brasileiras de contabilidade, o prêmio recebido
na emissão de debêntures passou a ser contabilizado, na data do fato
contábil, como
a) receita diferida a apropriar.
b) reserva de capital.
c) receita de aplicações financeiras.
d) resultado positivo da equivalência patrimonial.
e) receita de juros no próprio exercício da emissão da debênture.

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31. (FCC/ISS – SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, sociedade anônima


de capital aberto, fez uma captação de recursos, via debêntures, cujo valor de
emissão foi de R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual contratada de 5,0% e
com prazo de 10 anos. Para isso, incorrem em custos de transação no montante
de R$ 100mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as condições vantajosas em
relação ao mercado, houve prêmio na emissão das debêntures de R$ 200 mil.
Com base nessas informações, a empresa Beta reconheceu, em 30/12/X1.
a) passivo de R$ 2,3 milhões
b) receita financeira de R$ 200 mil.
c) reserva de capital de R$ 200mil.
d) ativo de R$ 2,1milhões.
e) despesa financeira de R$ 100mil.

32. (FGV/Técnico em Contabilidade - ALE-RO/2018) Uma entidade


brasileira, cuja moeda funcional é o real, vendeu produtos nos Estados Unidos,
de modo que, em 31/12/2017, possuía 600 dólares em caixa. A entidade irá
)

utilizar o valor em dólar para comprar nos Estados Unidos peças para conserto
de sua impressora. Assinale a opção que indica a taxa a ser utilizada para a
(

conversão dos 600 dólares em moeda nacional na elaboração do Balanço


p

Patrimonial da entidade, em 31/12/2017.


(A) Taxa de compra da instituição financeira na data da transação.
g

(B) Taxa de compra da instituição financeira na data da negociação.


p

(C) Taxa de venda da instituição financeira na data da transação.


(D) Taxa de venda da instituição financeira na data final do balanço.
(E) Taxa projetada da instituição financeira para o dia de uso do montante.

33. (FGV/Contador - SEFIN RO/2018) Em 01/10/2017, uma sociedade


empresária adquiriu R$ 20.00 em estoque, com prazo de 14 meses. Na análise
da transação foi verificada a existência de encargos financeiros embutidos de
R$ 2.000.
Assinale a opção que indica os lançamentos contábeis corretos gerados pela
transação.

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34. (FGV/TNS II – Ciências Contábeis – Pref. Salvador - BA/2017) Uma


sociedade empresária contraiu um empréstimo, em 01/03/2014, com
vencimento em 01/03/2020. O empréstimo contraído estava sujeito a
)

determinadas condições.
(

Em 01/12/2016, a sociedade empresária comunicou que não seria capaz de


cumprir uma das condições acordadas. Em 02/01/2017 o banco determinou
p

que não haveria sanções pelo descumprimento da condição.


Assinale a opção que indica a correta contabilização do empréstimo no balanço
g

patrimonial da sociedade empresária, referente ao ano de 2016.


p

(A) Conta redutora do ativo circulante.


(B) Conta redutora do ativo realizável a longo prazo.
(C) Passivo circulante.
(D) Passivo não circulante.
(E) Reserva de contingências.

35. (FGV/Especialista Legislativo-Contabilidade – ALERJ/2017) Certa


entidade tem uma obrigação tributária a pagar, no montante de R$ 100.000,00
com juros de 5% ao ano, sem correção monetária, com pagamento em parcela
única ao final de 24 meses. A taxa de juros do mercado é de 10% ao ano.
De acordo com as normas do CPC 12, o valor presente inicial dessa obrigação
é:
a) R$ 110.250,00;
b) R$ 109.750,57;
c) R$ 100.000,00;

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d) R$ 91.115,70;
e) R$ 82.644,63.

36. (FGV/TNS - Ciências Contábeis – AL BA/2014) Em 31/12/2012, uma


empresa contraiu um financiamento de R$100.000,00 com vencimento em
2018. Este financiamento está sujeito a uma série de condições. Em outubro de
2013, a empresa constatou que não seria capaz de cumprir uma das condições.
Em 10 de janeiro de 2014, o banco determinou que não haveria sanções pelo
descumprimento dessa cláusula.
No Balanço Patrimonial de 31/01/2013, a conta financiamentos está localizada
em
a) Passivo Circulante.
b) Passivo não Circulante.
c) Ajuste a valor patrimonial.
d) Reserva de lucros.
)

e) Reserva de contingências.
(

37. (FGV/Contador – COMPESA/2016) Assinale a opção que indica um


p

passivo não circulante no balanço patrimonial de uma empresa em 31/12/2015.


g

a) Honorários a serem pagos ao diretor em fevereiro de 2016.


p

b) Contas a pagar à empresa coligada, com vencimento em junho de 2016.


c) Empréstimos de empresa coligada, com vencimento em maio de 2016.
d) Causa judicial de perda considerada possível, julgada em novembro de 2015.
e) Provisão para imposto sobre a renda diferido passivo, que deverá ser
realizada em 2016.

38. (FGV/Contador – DPE RO/2015) Pelas práticas contábeis aplicadas no


Brasil, uma debênture com juros anuais de 10%, e conversível em ações da
data de seu vencimento por sua emitente, deve ser classificada como:
(A) instrumento derivativo;
(B) passivo;
(C) capital social;
(D) patrimônio líquido;
(E) título híbrido nas demonstrações consolidadas.

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Empréstimos concedidos 30.000,00


Empréstimos obtidos 16.400,00
Duplicatas emitidas 14.000,00
Capital integralizado 30.000,00
Mercadorias para revenda 16.400,00
Material de consumo 11.800,00
Duplicatas aceitas 14.000,00
Fornecedores 11.800,00

De acordo com os dados apresentados, o valor em R$ correspondente às dívidas


com terceiros é:
(A) 25.800,00
(B) 42.200,00
(C) 60.400,00
(D) 75.000,00
)
(
p
g
p

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8. Gabarito

Gabarito 1: Errado. Gabarito 15: C. Gabarito 29: C.

Gabarito 2: B. Gabarito 16: D. Gabarito 30: A.

Gabarito 3: C. Gabarito 17: D. Gabarito 31: A.

Gabarito 4: Errado. Gabarito 18: B. Gabarito 32: D.

Gabarito 5: Errado. Gabarito 19: E. Gabarito 33: C.

Gabarito 6: Certo. Gabarito 20: E. Gabarito 34: C.

Gabarito 7: Certo. Gabarito 21: A. Gabarito 35: D.

Gabarito 8: Certo. Gabarito 22: B. Gabarito 36: A.

Gabarito 9: Certo. Gabarito 23: B. Gabarito 37: E.

Gabarito 10: NULA. Gabarito 24: E. Gabarito 38: B.

Gabarito 11: Certo. Gabarito 25: B. Gabarito 39: B.

Gabarito 12: C. Gabarito 26: A. Gabarito 40: C.


)

Gabarito 13: D. Gabarito 27: B. Gabarito 41: B.


(

Gabarito 14: D. Gabarito 28: C.


p
g
p

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