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ÉTICA EMPRESARIAL E
RESPONSABILIDADE
SOCIOAMBIENTAL
AULA 6

 
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Prof.ª Olívia Carolina de Resende

CONVERSA INICIAL

Você já imaginou como seria a responsabilidade das


organizações em um mundo cada vez mais

globalizado? Como seriam suas ações em


meio a consumidores cada vez mais conscientes da sua

responsabilidade com um
mundo melhor? Consumidores estes com mais acesso a informação e
produtos
diferenciados? Como as organizações se mantêm em um cenário assim?

Pense e reflita sobre estas perguntas, pois nesta


aula vamos tentar responde-las e, mais

especificadamente, nos aprofundaremos


nas Ferramentas de Gestão que direcionam as empresas na

busca de resultados
sustentáveis.

Vamos a nossa aula!

CONTEXTUALIZANDO

A responsabilidade social empresarial é, segundo o


Ethos, “uma forma de gestão que se define

pela relação ética e transparente da


empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e

pelo
estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento
sustentável da

sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as


gerações futuras, respeitando a

diversidade e promovendo a redução das


desigualdades sociais”.

A Responsabilidade da Empresa surge em um


contexto, onde o Estado, as empresas e a

sociedade civil estão envolvidos


diante das pressões internacionais que coloca todos em um campo
de incertezas;
com relação aos seus projetos, fazendo com que outras formas de controle dos

respectivos destinos sejam objeto de pesquisa e de utilização de novas


certificações, metodologias e

sistemas de apoio à decisão.

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Algumas ferramentas gerenciais contribuem para a


implementação e fiscalização de práticas de

Responsabilidade Social Empresarial


(RSE). Com a globalização das práticas de RSE, entende-las e

aplica-las de
maneira adequada é de extrema importância.

No que diz respeito ao papel do gestor na


construção da responsabilidade social da organização
devem ter especial
atenção, pois os projetos que não levarem essas questões em consideração

estarão
fadados ao fracasso. Da mesma forma, o desconhecimento progressivo do processo
de

governança local e das dinâmicas locais sobre o desenvolvimento de processos


de intervenção

tecnológica tem trazido inúmeros problemas: para as comunidades,


os governos, os organismos

internacionais e os órgãos de fomento internacional,


no âmbito da gestão dos respectivos projetos,

entre eles os projetos de


responsabilidade social.

Nesta rota buscaremos refletir sobre a Gestão


Empresarial e a Responsabilidade Social

Empresarial em meio a um cenário de


globalização, apresentaremos algumas ferramentas, normas e

práticas que devem


ser objeto dos programas de responsabilidade social empresarial, as quais

poderão ser utilizadas para que a sua empresa seja considerada responsável,
dentre eles daremos
enfoque ao Investimento Comunitário Estratégico, além disto
apresentaremos o marketing 3.0, um

novo conceito para o desenvolvimento de


estratégias de marketing que está totalmente relacionado

às estratégias de
Sustentabilidade e de Responsabilidade Social. Para tanto buscaremos responder
as

seguintes perguntas:

O
que a globalização tem a ver com a Responsabilidade Social Empresarial?

Existem
formas de gerir uma empresa voltada para sua Responsabilidade Social?

Para responder a esta e


outras perguntas, começaremos abordando a relação entre a

Globalização e a
Responsabilidade Social Empresarial.

TEMA 1 - A GLOBALIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL E O


PRINCÍPIO DA
INCERTEZA

Com a globalização estamos há algumas décadas


vivendo um movimento internacional

denominado “neoliberalismo”. O
neoliberalismo defende que o Estado deixe de ser agente

controlador da
economia, ou seja, defende a pouca intervenção do governo no mercado de
trabalho,
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a política de privatização de empresas estatais, a livre circulação


de capitais internacionais e ênfase na

globalização, a abertura da economia


para a entrada de multinacionais, a adoção de medidas contra

o protecionismo
econômico, a diminuição dos impostos e tributos excessivos, dentre outros,

passando o estado a exercer um reduzido número de atividades, delegando,


através de diferentes

mecanismos e leis, parte das suas atividades para outros


segmentos da sociedade.

Assim, algumas atividades que antes eram


exclusivas do Estado passaram a ser confiadas às

empresas que, por meio da


Responsabilidade Social Empresarial, se transformaram em grande parte

em
agentes de desenvolvimento local, através das parcerias público-privadas.

Neste cenário, as empresas passaram a ter mais


responsabilidades. Quando nos remetemos ao

“princípio da incerteza”, estamos


nos referindo ao grande número de exigências, normas, projetos,

controle e
monitoramentos que as empresas passam nesse momento e que precisam ser revistos

através de análise prospectiva para que seus objetivos sejam atingidos.

Podemos então dizer que a Responsabilidade Social


Empresarial, surge neste contexto

internacional neoliberal, como mudança de


perspectiva do sistema econômico e de regime de

Estado.

No aspecto neoliberal, o Estado cria todas as


condições para se dedicar às suas novas funções.

Entretanto, deixa de ser um


“agente de controle” das atividades econômicas para ser um “agente de

fiscalização” dos processos, produtos e serviços que foram terceirizados,


privatizados e realizados

através de parcerias público-privadas (setor privado)


ou termos de parceria (terceiro setor).

Em relação às organizações da sociedade civil, o


Estado as dota de natureza privada com

personalidade jurídica de instituição


pública, garantindo que estas possam receber recursos de

instituições públicas
ou de empresas, com dedução de imposto de renda, para desenvolvimento de

projetos.

Nesse contexto, empresas, comunidades, mercados


nacionais e internacionais, agências de

certificação e projetos diversos passam


a fazer parte das agendas das empresas responsáveis e dos

seus respectivos
setores e profissionais.

Deste modo, o papel dos diferentes atores sociais


está assim definido:

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o Estado passa a ser agente fiscalizador das atividades que


atribuiu para empresas e

organizações da sociedade civil, através das agências


de regulação.

a sociedade civil, estruturada em organizações da sociedade civil


de interesse público, será o

agente público para projetos na área social, sob


tutela e controle do Ministério da Justiça.

o Ministério Público, seja ele federal ou estadual, passa a ser


agente de controle dos bens de

interesse difuso e coletivo de todo tipo de


relação estabelecida entre o Estado, as empresas.

as empresas passam a ser agentes de desenvolvimento local, em uma


perspectiva de

sustentabilidade social, ambiental, cultural, econômica e


financeira.

Para Ferraz (2007), a responsabilidade social,


nada mais é que um dos pressupostos da função

social da Empresa: o de atender


aos anseios da sociedade onde está inserida, por meio de práticas

sociais e
éticas, o amparo aos direitos do trabalhador envolvido com a produção, bem como
o

reconhecimento dos valores desse trabalhador por meio de investimentos


intelectuais e culturais, e

enfim, a responsabilização, ambiental, social e


moral.

Assim, como analisamos em outras rotas e aqui


reforçado, a responsabilidade social vem

assumindo relevância considerável a


partir das intervenções realizadas pelas empresas em diversas

situações em que
o Estado não se faz mais presente.

Não basta implantar práticas para solução de


desafios empresariais, é necessário que elas

possam também ser avaliadas. Da


mesma forma, é preciso saber qual tipo de prática a ser adotada

vai tornar
possível que os resultados sejam atingidos.

Segundo Zocolaro (2013), em linhas gerais, as


empresas têm desenvolvido práticas na área de:

governança, direitos humanos,


público interno, meio ambiente, cadeia de valor, comunidade e

sociedade,
governo e mercado consumidor.

Gonçalves (2011) entende que as ações de


responsabilidade social estão cobrindo as áreas de

educação, meio ambiente,


capacitação de mão de obra, gênero e diversidade social, sexual e racial,

emprego e renda e orientações para o mercado, as empresas passam a ter uma ação
muito mais

extensiva.

Atualmente, as empresas passam a incorporar


funções governamentais, quando gradualmente

vão assumindo áreas e projetos, que


efetivamente não são a sua atividade fim, fazendo com que

internamente todo o
seu público alvo esteja também envolvido nessas atividades.

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Para se implantar a responsabilidade social


empresarial, foram desenvolvidas várias ferramentas,

normas e seus respectivos


sistemas de gestão que, ao serem aplicados e sistematizados pelos

diferentes
públicos-alvo, garantem a certificação a responsabilidade social de todos os

procedimentos descritos nos planos a serem desenvolvidos.

A responsabilidade social empresarial envolve


temas e demandas diversos, que só podem ser

suficientemente inseridos em uma


organização por meio de várias ferramentas de gerenciamento.

Entre as
ferramentas de gestão mais utilizadas, temos o balanço social, que é uma
ferramenta de

comunicação dos resultados das atividades das empresas e de seus


projetos nessa perspectiva.

O balanço social é um tipo de demonstração de


resultados parecido com as demonstrações

financeiras publicadas anualmente, no


qual as empresas apresentam um conjunto de informações

sobre os projetos, os
benefícios e as ações sociais dirigidas aos empregados, aos investidores, aos
analistas de mercado, aos acionistas e à comunidade.

Relatório de Sustentabilidade Empresarial, Balanço


Social Corporativo, Relatório Social e

Relatório Social-Ambiental são outros nomes


utilizados pelas organizações, especialistas e
acadêmicos para designar o
material informativo sobre a situação da organização em relação a

questões
sociais e ambientais. (OLIVEIRA, 2008).

A função principal do balanço social é tornar


pública a responsabilidade social empresarial,
construindo maiores vínculos
entre a empresa, a sociedade e o meio ambiente.

O Brasil é um país
maravilhoso, rico em florestas tropicais e em reservas de água doce. O
trabalho
da Fundação Grupo Boticário é proteger o patrimônio natural do nosso país, que
além

de ser maravilhoso, possui a maior biodiversidade do planeta. Assista ao


vídeo e conheça os
projetos da Fundação!

<https://www.youtube.com/watch?v=DVE19y5znGA>

TEMA 2 - FERRAMENTAS GERENCIAIS NO PROCESSO DE


RESPONSABILIDADE SOCIAL
EMPRESARIAL

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Atualmente, a responsabilidade das empresas passa


a ser o centro das discussões das principais
economias do mundo, associado ao
conceito de desenvolvimento sustentável, um modelo de

progresso econômico e
social que permitirá que todos os seres humanos atinjam boas condições de
vida,
sem comprometer a capacidade do ser humano de se manter continuamente no planeta.

Na tentativa de dar resposta a esse anseio


mundial, surgem códigos, princípios e normas que

regulamentam essas práticas.


Alguns exemplos são o Pacto Global da ONU, como o Sustainability
Index do Dow
Jones, as normas SA8000 (focada prioritariamente nas relações de trabalho)
e AA1000

(com foco no diálogo com partes interessadas), que desafiam as


corporações a atingir um patamar
mais alto de desempenho. No Brasil, a Bovespa
lançou em 2005 o Índice de Sustentabilidade

Empresarial (ISE), resultado da


análise de uma carteira de ações de empresas reconhecidamente
comprometidas com
a sustentabilidade. Atualmente, o GRI (Global Reporting Initiative) foi
criada com

o objetivo de elevar as práticas de relatórios de sustentabilidade


de empresas a um nível de
qualidade equivalente ao dos relatórios financeiros.

Estes códigos, princípios e normas que


regulamentam as práticas de Responsabilidade Social

Empresarial, contribuem
demonstrando para todos qual é a postura da empresa e seus dirigentes e
da
qualidade do produto ou serviço oferecido. Como vimos, o Estado ajuda apenas na
identificação e

na formulação de políticas públicas, deixando a


responsabilidade para as empresas.

Segundo a Global Reporting, um relatório de


sustentabilidade é um relatório que divulga o

desempenho econômico, ambiental,


social e de governança da organização relatora. Cada vez mais,
organizações
querem tornar suas operações mais sustentáveis e estabelecer um processo de

elaboração de relatório de sustentabilidade para medir desempenhos, estabelecer


objetivos e
monitorar mudanças operacionais. Um relatório de sustentabilidade é
a plataforma fundamental para

comunicar os impactos de sustentabilidade


positivos e negativos bem como para obter informações
que podem influenciar na
política, na estratégia e nas operações da organização de uma forma
contínua.
Acompanhe a seguir a apresentação de alguns relatórios.

Iniciamos com os Indicadores Ethos, que segundo o


Instituto Ethos são ferramentas de gestão
que visam apoiar as empresas na
incorporação da sustentabilidade e da Responsabilidade Social

Empresarial (RSE)
em suas estratégias de negócio, de modo que esse venha a ser sustentável e
responsável. A ferramenta é composta por um questionário que permite o autodiagnostico
da gestão

da empresa e um sistema de preenchimento on-line que


possibilita a obtenção de relatórios, por

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meio dos quais é possível fazer o


planejamento e a gestão de metas para o avanço da gestão na

temática da
RSE/Sustentabilidade.

Ainda para o Instituto Ethos, a atual geração dos


Indicadores Ethos, que será continuamente
aprimorada, apresenta uma nova
abordagem para a gestão das empresas e procura integrar os

princípios e
comportamentos da RSE com os objetivos para a sustentabilidade, baseando-se em um
conceito de negócios sustentáveis e responsáveis ainda em desenvolvimento. Além
de ter maior

integração com as diretrizes de relatórios de sustentabilidade da Global


Reporting Initiative (GRI),
com a Norma de Responsabilidade Social ABNT NBR
ISO 26000, CDP, e outras iniciativas. Os

Indicadores Ethos para Negócios


Sustentáveis e Responsáveis têm como foco avaliar o quanto a
sustentabilidade e
a responsabilidade social têm sido incorporadas nos negócios, auxiliando a

definição de estratégias, políticas e processos. Embora traga medidas de desempenho


em
sustentabilidade e responsabilidade social, esta ferramenta não se propõe a
medir o desempenho

das empresas nem reconhecer empresas como sustentáveis ou


responsáveis.

O Global Report Initiative (GRI) é outro


instrumento gerencial para avaliação das práticas de
responsabilidade social
através de relatórios que deverão ser enviados para os organismos

credenciados.
(Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, 2007)

Já a norma ISO 14063 define comunicação ambiental


como sendo o processo de compartilhar

informação sobre temas ambientais entre


organizações e suas partes interessadas, visando construir
confiança,
credibilidade e parcerias para conscientizar os envolvidos e para utilizar as
informações no
processo decisório. A norma está organizada para propor o
alinhamento entre os princípios, a

política, a estratégia e as atividades de


comunicação ambiental (CAMPOS, M. K. S., 2007).

As organizações devem construir sua comunicação


ambiental com base em princípios: utilizar

transparência no processo, ser


relevante no conteúdo comunicado, garantir credibilidade das
informações, ser
responsivo aos stakeholders e adotar clareza na linguagem.

O Projeto SIGMA foi lançado em 1999 com o apoio do


Departamento de Indústria e Comércio

do Reino Unido, visando construir a


capacidade das empresas de alcançarem seus objetivos de
negócio e
institucionais tratando, de modo mais eficaz, os dilemas, ameaças e
oportunidades nos

campos econômico, social e ambiental. As diretrizes do


Projeto SIGMA oferecem soluções flexíveis e
viáveis que podem ser implementadas
em uma ampla gama de setores, tipos de organização e

funções. Integração e
melhoria de desempenho são palavras chaves no Projeto SIGMA. Ele reúne

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temas
sociais, ambientais e econômicos, ao mesmo tempo em que incentiva as empresas a
integrar
essas áreas na gestão organizacional. É a síntese de vários modelos e
instrumentos no campo da

responsabilidade social empresarial. Ele pode ser


usado sozinho ou em conjunto com outras
iniciativas e permite às organizações
definirem seu próprio processo de acordo com suas

necessidades, visando sempre


à melhoria do desempenho (Instituto Willis Harman House,
Antakarana).

O Guide 72 (ISO, 2001) é um documento informativo


sobre conceitos, processos e metodologias

para sistemas de gestão que deverão


ser objeto de uso pelas empresas para implantação dos
processos de certificação
e de padronização de sistemas de gestão.

A norma PAS 99 (BSI, 2006) é a primeira norma


mundial que integra os diferentes sistemas de

gestão da qualidade (qualidade,


meio ambiente, higiene, saúde e segurança do trabalho). Nesse
procedimento
padrão não foram incluídas as normas de ética e responsabilidade social. O
modelo

usado na PAS 99 (BSI, 2006) tem como base o Guide 72 (ISO, 2001) com
algumas modificações, já
tendo sido testado na prática. Todo o processo do
sistema integrado de gestão segue o mesmo

princípio do sistema PDCA como


mecanismo de gestão das diferentes normas de qualidade.

Assim, o primeiro passo deve ser a identificação


das necessidades do negócio. Se a empresa não
vê benefícios com a integração,
então não deverá fazê-la — embora seja difícil imaginar uma

organização que não


veja.

Para ficar por dentro do assunto assista aos vídeos:

Norma 26000. <https://www.youtube.com/watch?v=pp_ERQAaEko>

Entrevista sobre Sistema de Gestão Ambiental. <https://www.youtube.com/watch?v=0wZIm-

E5yOM>

TEMA 3 - INVESTIMENTO COMUNITÁRIO ESTRATÉGICO (ICE)

O aumento vertiginoso da pobreza, aliado aos


processos de redemocratização de diversos
países, intensifica a pressão social
exercida pela sociedade junto ao setor privado. O resultado é a

ampliação do
alcance da visão das empresas sobre sua responsabilidade, que passam a ir além
das

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expectativas de acionistas, funcionários, fornecedores e clientes. As


empresas começam então a

perceber a necessidade de geração de valor para todos


os stakeholders, e a serem questionadas na
sua missão e objetivos, em
seus processos produtivos e nos impactos que geram no meio ambiente,
na
sociedade dentre outros (Aliança Grupo Capoava, 2010).

Recentemente, a Corporação Financeira


Internacional, objetivando ampliar e melhorar os
resultados da cadeia de valor
dos investimentos realizados em programas e projetos de

responsabilidade
social, desenvolveu outro programa, que já está em andamento, denominado
Investimento Comunitário Estratégico.

Os novos desafios impostos às empresas, exigem que


estas se tornem sujeito de transformação

social, tanto da comunidade onde está


inserida, quanto do país, assim, o Investimento Comunitário
Estratégico, quando
executado de maneira estratégica, ou seja, alinhado às diretrizes de

responsabilidade social e sustentabilidade e às estratégias de negócio da


empresa, integrando a
perspectiva interna à perspectiva externa do negócio, e
gerando valor para a empresa e sociedade,

contribui para que estes desafios


sejam alcançados.

No Brasil ainda pouco se fala do Investimento Comunitário


Estratégico (ICE), onde é
praticamente desconhecido da maior parte das
instituições e empresas. Convém ressaltar que todas

as considerações realizadas
nesse item foram extraídas do único manual da CFI em língua portuguesa
que
trata dessa questão no País.

Segundo Pimentel (2011), atualmente, a grande


maioria dos investidores sociais privados são
fundações, associações
empresariais e empresas, e não pessoas físicas, fundações familiares ou

comunitárias. Isso significa dizer que, de forma geral, estes investimentos são
administrados tendo
como pano de fundo a lógica empresarial. Assim, parece
natural que os investimentos sejam
executados por meio do desenvolvimento de
programa próprio, ou seja, sejam focados em

determinados temas definidos pela


empresa em um horizonte mais curto de tempo.

Mas em que consiste o ICE?

O ICE consiste, por um lado, em contribuições ou


ações voluntárias por parte das empresas para

ajudar comunidades localizadas em


suas áreas de operação a resolver suas prioridades de
desenvolvimento; e, por
outro, em aproveitar as oportunidades criadas pelo investimento privado de

maneira sustentável que respaldem os objetivos do negócio (IFC, 2010).

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Vale ressaltar que o ICE não deve ser confundido


com as obrigações das empresas de mitigarem

ou compensarem as comunidades
locais pelos impactos ambientais e sociais causados por projetos
em
desenvolvimento.

Essas questões são tratadas de forma isolada pelos


“Padrões de Desempenho Socioambiental”
da IFC. Entretanto, as duas são
componentes interligadas de uma abordagem da gestão dos

relacionamentos empresa-comunidade.

As empresas estão mudando as suas formas de gestão


socioambiental, passando de “doadoras
filantrópicas” e de “práticas pontuais”
para adotantes de “programas estratégicos de planejamento”

centrados em
investimento comunitário orientado para plano de negócios.

Segundo o Intituto Ethos, o ICE, através da gestão


dos riscos e das oportunidades, cria valor
compartilhado pela articulação dos
objetivos e das competências do negócio, com as prioridades de

desenvolvimento
das partes interessadas locais.

Através do ICE, as empresas apoiam diversos tipos


de atividades: capacitação, desenvolvimento

de formas de sustento,
transferência de conhecimento, acesso a serviços sociais e infraestrutura,
frequentemente em contextos onde os níveis de pobreza, risco social e
expectativa são altos e onde

empresas e comunidades competem pelo uso da terra


e dos recursos naturais.

A estrutura de um programa de ICE passa pelas


seguintes etapas: avaliar o contexto empresarial;

avaliar o contexto local;


avaliar o processo de envolvimento comunitário; e avaliar a necessidade de
capacitação. Depois dessas etapas, é necessário definir os parâmetros, o modelo
de implementação e

o processo de mensuração e comunicação dos resultados.

A noção dos conceitos de desenvolvimento,


inovação, mudança e progresso poderá ter

diferentes significados em razão dos


contextos historicamente produzidos, que definiram

elaborações e apropriações
cognitivas pelos diferentes grupos e comunidades, no local onde as
empresas e
instituições desenvolvem as suas atividades.

A construção de um modelo cognitivo integra: a


história pessoal e comunitária com conceitos e
significados; a formação dos
conjuntos de relações que definem formas de pensar, agir e se

comportar diante
das diferentes relações que se estabelecem diariamente com as coisas, os
outros, o

mundo, os objetos; e, por conseguinte, as implicações das atividades


das empresas quando

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pretendem implantar programas de responsabilidade social e


de investimento comunitário

estratégico.

Concomitantemente, para a identificação da


estrutura do modelo cognitivo das comunidades de

projeto, os gestores devem


levar em consideração:

Variáveis culturais

Variáveis ambientais

Variáveis sociais
Variáveis políticas

Variáveis econômicas

Variáveis financeiras

Variáveis culturais — na maior parte dos


projetos de empreendimentos civis, a variável cultural

não é levada em
consideração, já que, praticamente, a legislação que regula a possibilidade de
realização de um empreendimento não privilegia essa questão como fator de
realização deste.

Variáveis ambientais — existe uma grande


diferença entre a compreensão do que seja um

aspecto (variável promotora do


impacto) em relação a um impacto ambiental (fatores resultantes da

ativação de
um aspecto).

Variáveis sociais — a maior parte dos


empreendimentos não se integra aos locais onde são

instalados, tanto da
perspectiva de sua manutenção (uso de mão de obra local) quanto dos grupos

sociais que irão utilizá-los.

Variáveis políticas — a falta de


conhecimento das atividades a serem desenvolvidas pelos
empreendimentos pode
gerar uma ação reativa em termos de organização local contra estes, como

já vem
acontecendo em várias partes do planeta.

Variáveis econômicas — refere-se a um


conjunto de grandezas determinadas pelo

funcionamento do sistema econômico,


onde estão incluídos, por exemplo, os preços, as quantidades

transacionadas no
mercado, a riqueza produzida, as taxas de juros, as taxas de câmbio, a
legislação
trabalhista, as taxas de desemprego, entre outras.

Variáveis financeiras — as variáveis


financeiras são aquelas relacionadas aos valores e ao
orçamento de capital, à
avaliação do retorno e do risco financeiro, à análise da estrutura de capital,
às

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possibilidades de financiamentos de longo ou curto prazo e à administração


de caixa do
empreendimento em desenvolvimento.

De uma forma geral, os programas de ICE acabam se


tornando um aspecto (agente promotor do

impacto) que evitará um impacto


(resultado da ação de um aspecto) passivo (custo de recuperação

de um impacto)
e um dano ambiental (infringência legal produzida por um impacto ambiental).

TEMA 4 - SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL E SUAS RELAÇÕES


COM A GESTÃO DA
MUDANÇA E MARKETING

Já vimos que a Sustentabilidade Corporativa está


sendo discutida em empresas de todos os
portes e segmentos. Porém, nem sua
implantação nem o acompanhamento dos seus resultados vêm

sendo tratados como


deveriam. Os efeitos das ações de Sustentabilidade somente serão sentidos ao

longo do tempo. Por isso, uma estratégia mal definida e mal implantada pode
causar desânimo nos

stakeholders, fazendo com que os envolvidos se


sintam desestimulados e percam a confiança nos
efeitos do processo. Em resumo,
um projeto de Sustentabilidade malconduzido pode provocar

efeitos contrários
aos esperados, desencorajando, assim, a sua adoção.

É nesse cenário que a Gestão da Mudança, com


enfoque na constante necessidade de adaptação

das organizações contemporâneas,


torna-se o elemento que, com boa margem de segurança e em

relação às práticas
de Sustentabilidade, permitirá à empresa sair do estado atual para o estado
desejado. Podemos definir a mudança organizacional como um processo que pode
acarretar desde o

direcionamento estratégico até mudanças culturais na


organização. Embora seja um processo natural

ao longo da existência de uma


organização, para que ele tenha sucesso, cada etapa envolvida deve

ser
gerenciada e acompanhada.

Como a Sustentabilidade é um conceito novo e que


envolve mudança de comportamento, neste
caso, a mudança deve ocorrer, em um
primeiro momento, por meio da conscientização. Somente

assim as chances de
resultados efetivos e duradouros serão maiores. Conscientizar alguém a respeito

de algo, ao contrário do que parece, nem sempre é uma tarefa fácil.

A conscientização remete ao engajamento, que, por


sua vez, remete ao fortalecimento das ações

corporativas sustentáveis. Nesse


sentido, trabalhar a mudança organizacional e coletiva passa a ser

um fator
decisivo. Contudo, deve-se ter em mente que, quando implantadas, as mudanças
geram

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resistências, e é aí que a Gestão da Mudança assume um papel fundamental,


pois é por meio de suas

metodologias que as resistências serão minimizadas.

Assim como em todas as áreas, a Sustentabilidade


deve ser encarada e conduzida como um
projeto no qual devem ser consideradas,
no mínimo, as seguintes etapas:

Planejamento e estudo de cenários


Implantação com base em análises

Acompanhamento e divulgação de resultados

A etapa de planejamento, que é o ponto de


partida para a implantação de mudanças, deve

levar em conta as questões


culturais e comportamentais e os riscos e impactos gerados por uma

mudança organizacional.
Definir metas e ferramentas de mensuração de resultados pode ser
considerada
como uma boa tática de engajamento e de comprometimento dos colaboradores

envolvidos.

Na etapa de implantação, o que prevalece é


a transparência na comunicação, ou seja, a forma

pela qual os resultados


obtidos ao longo do processo são demonstrados e, mais ainda, pela qual os

participantes são envolvidos nas mudanças.

Já na etapa de acompanhamento e
divulgação de resultados, os responsáveis devem
mensurar as mudanças ocorridas,
definindo os ajustes necessários para melhorias no processo e

comunicando esses
pontos aos envolvidos.

Após tudo o que aprendemos até agora, podemos nos


perguntar:

Como, efetivamente, as empresas devem


direcionar as questões de marketing quando o

assunto é Sustentabilidade e
Responsabilidade Social?

O marketing 3.0 surge como uma resposta possível a


essa questão, buscando acompanhar as

mudanças mais profundas pelas quais o


mercado tem passado.

O que é o marketing 3.0?

O marketing 3.0 vai de encontro aos novos desafios


do mundo globalizado partindo da premissa

de que o ser humano deve ser


considerado em suas três dimensões: corpo, mente e espírito — de

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acordo com
Kotler. Deve levar em conta, portanto, os valores humanos e os anseios
individuais e

coletivos por tornar o mundo um lugar melhor e mais justo para


todos.

Assim segundo Kotler (2010), “a missão do


marketing 3.0 nas empresas consiste em estabelecer

um elo com o cliente,


promover a sustentabilidade no planeta e melhorar a vida dos pobres. Se você
criar um caso de amor com os seus clientes, eles próprios farão a sua
publicidade”.

No relacionamento com os stakeholders, as


estratégias fundamentadas nesse conceito

apresentam um vínculo profundo com a


ética, atentando para as questões relacionadas à

Sustentabilidade e à
Responsabilidade Social — por isso, também é conhecido como Marketing de

Valores. Mais substancialmente, porém, o marketing 3.0 busca restabelecer a


confiança no exercício e
nas estratégias de marketing colocando em prática,
diante dos consumidores e da sociedade,

conceitos como respeito e compromisso,


assumindo essas posturas efetivamente, não como mero

jargão mercadológico.

O marketing 3.0, em suma, é aquele que deve


colocar as questões culturais e socioambientais no

centro do modelo de negócios


da empresa, demonstrando sua preocupação com as comunidades ao
seu redor
(consumidores, colaboradores, parceiros de canal e acionistas) e minimizando,
assim, as

implicações da globalização. Devemos observar, contudo, que ele não


pretende transformar o

modelo empresarial em um modelo social, mas sim


demonstrar que os resultados e a perpetuação

do negócio estão correlacionados


aos impactos socioambientais que desestabilizam a própria
economia.

A seguir, apresentamos sete ações de sustentabilidade


desenvolvidas a partir dos pressupostos
do marketing 3.0 para serem
consideradas e inseridas no planejamento empresarial:

1. Identificar os
pontos intangíveis e mapear os processos da empresa desde a cadeia produtiva

até o relacionamento com os agentes externos.

2. Elaborar
um Plano de Sustentabilidade.

3. Estabelecer
políticas de contratação de funcionários e fornecedores.
4. Criar
projetos de inteligência coletiva que envolvam funcionários, comunidade,
clientes,

fornecedores, ONGs (organizações não governamentais), governos e


universidades.

5. Definir
indicadores (econômicos, ambientais, sociais, trabalhistas e de direitos humanos,
dentre

outros) e métricas.
6. Buscar
certificações de órgãos balizadores, o que agrega valor à marca.

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7. Comunicar, de
forma eficaz, as ações e os seus resultados, tanto interna como externamente.

É lícito pensarmos que o ambiente de negócios, cada


vez mais afetado por mudanças que

exigem uma readaptação das estratégias e


mesmo da cultura da empresa, precisará de uma

estratégia de marketing que


considere essas mudanças e que ofereça ferramentas efetivas para que a

empresa
opere dentro dessas condições um tanto instáveis. Nesse sentido, a tendência
que é a de
uma migração definitiva para o marketing 3.0, o que não significa,
porém, que essa migração será

repentina, visto que uma readaptação de


estratégias e de cultura empresarial requer um

embasamento em análises e
estudos que precisam de tempo hábil para serem realizados de maneira

a
assegurar seus resultados. Sendo assim, embora a adoção do marketing 3.0 seja
algo praticamente
certo e mesmo esperado, durante algum tempo as estratégias do
marketing 1.0 (foco nos produtos)

e 2.0 (foco nos clientes) conviverão com as


do 3.0.

Em relação as metas do milênio, muitas empresas


têm se amparado nessas metas para se

posicionar como empresas socialmente


responsáveis, diferenciando-se pela preocupação com a

sustentabilidade e
definindo-se como marca preocupada com a continuidade e a melhoria da
qualidade
de vida das pessoas (clientes e colaboradores). Dentre elas, podemos citar a
P&G e a

Danone, empresas que, alinhadas às metas do milênio e às


estratégias sustentáveis e socialmente

responsáveis do marketing 3.0,


desenvolvem produtos e firmam parcerias no intuito de suprir as

necessidades de
comunidades e populações carentes.

TEMA 5 - AS ORGANIZAÇÕES E A SUSTENTABILIDADE

Observamos que a empresa é parte viva da sociedade


e, como tal, tem responsabilidades para o

Desenvolvimento Sustentável e o
Local.

Assim, entendemos que as dimensões da


sustentabilidade empresarial, de maneira geral,

pressupõem, que as tecnologias


ambientais, além de tornarem possível a administração dos impactos

ambientais,
não devem se transformar em um aspecto, impacto, passivo ou dano ou gerar
conflitos
ambientais em toda a cadeia produtiva das empresas e instituições.

Cada vez mais, observa-se que nem todas as


soluções de base tecnológica são as melhores
alternativas para questões
relativas à sustentabilidade social, econômica e ambiental.

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Algumas tecnologias propostas como soluções para a


manutenção da sustentabilidade, entre

elas a sustentabilidade empresarial,


acabaram por se constituir em passivos ambientais, onerando

sensivelmente
empresas e instituições, na sua destinação final, quando cumpriram a sua função

operacional, na respectiva etapa do ciclo de vida dos processos produtivos


(extração de matérias-
primas, produção, distribuição, circulação, troca,
consumo e disposição final).

As tecnologias ambientais devem estar orientadas


para gerar benefícios sociais, resultados

econômicos e redução dos impactos


ambientais. Esses critérios deverão ser utilizados para que a

solução
tecnológica adotada através da seleção de uma tecnologia ambiental traga os
melhores

resultados tanto para o público interno quanto para o público externo


das empresas.

Para que seja possível, é necessário que, antes de


adotar uma solução proposta por uma

tecnologia ambiental, sejam verificadas


várias questões na relação com a sustentabilidade e seu grau
de obsolescência
tecnológica. Isso quer dizer que devemos avaliar se a tecnologia a ser adotada
não

foi suplantada por outra que apresenta melhor desempenho.

Muitas empresas atualmente estão revendo formas de


aquisição de tecnologias ambientais,

entre as quais podemos citar a


terceirização de algumas das suas atividades mais complexas e com

maior impacto
ambiental, com o objetivo de eximir-se da corresponsabilidade pelos danos
ambientais
das empresas subcontratadas que lhes prestam serviços.

Desse modo, algumas ações estão sendo discutidas


para resolver essas questões:

a) formas de contratação de tecnologias ambientais

b) terceirização de etapas de processos produtivos


para empresas de tecnologias ambientais

c) investimento em pesquisas básicas e recuperação


de soluções ambientais a partir de

conhecimentos tradicionais

Um dos maiores desafios para empresas e


instituições é avaliar qual a melhor forma de
promover a gestão dos aspectos, impactos,
passivos, danos e conflitos ambientais decorrentes das

tecnologias ambientais
utilizadas em seus processos produtivos.

Normalmente, as empresas compram tecnologias


ambientais por pressão ou exigência de

órgãos de licenciamento ou em
decorrência da natureza de sua atividade, para fins de controle

ambiental.
Entretanto, na maior parte das vezes, as empresas e instituições não fazem
avaliação da

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relação custo-benefício, entre as soluções existentes, para


verificar qual é a tecnologia mais
adequada para determinados tipos de
projetos.

Essa ausência de avaliação das tecnologias


ambientais faz com que os processos de suas

respectivas aquisições passem


necessariamente por avaliações com base em alguns critérios.

Certos critérios devem ser adotados na avaliação


tecnológica, tais como: a relação custo da

tecnologia X benefícios em relação


ao seu ciclo de vida; situação em processo de descarte; processo

de montagem e
desmontagem; utilização de componentes; reciclagem de partes de sua estrutura;

amortização; e se configura como tecnologia limpa (tecnologia ambiental sem


produção de aspectos
ambientais).

Muitas empresas utilizam diferentes formas de


terceirização: umas subcontratam outras

empresas para desenvolver atividades


potencialmente poluidoras; e outras criam as condições para

que seus
funcionários estabeleçam firmas a fim de que as referidas atividades sejam
executadas pela

nova empresa, na condição de subcontratada. As duas


possibilidades promovem a redução dos graus
de responsabilidade sobre os impactos
ambientais.

Da mesma forma, nos processos de fusão e


incorporação de empresas, equipamentos e

tecnologias ambientais entram no


processo de avaliação das auditorias do tipo due diligence. Nessas

auditorias, as tecnologias ambientais passam por alguns tipos de acordos, entre


as empresas

compradoras X empresas vendedoras, em termos de compensações


financeiras, por assumir ou não
um passivo ambiental.

Em alguns casos, a dedução ou compensação


acionária, decorrentes dessas relações comerciais,
fazem-se presentes em
contratos específicos. Até os órgãos ambientais são envolvidos, para que as

transações tenham legitimidade legal diante de todos os processos implicados


nas transações.

Em um contexto de terceirização dos processos


produtivos, não basta que empresas e

instituições realizem esses processos de


modo simplificado.

Torna-se necessário que se estabeleça um processo


de qualificação das empresas terceirizadas

para prestação dos serviços, em uma


perspectiva de atendimento à qualidade desejada pela empresa
cedente dos
processos, produtos e serviços a serem desenvolvidos.

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O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas


Empresas (Sebrae) desenvolveu um Programa

de Capacitação de Fornecedores, com


oito critérios de excelência de gestão baseados na Fundação
Nacional da
Qualidade (FNQ):

1. Liderança

2. Estratégias e planos

3. Clientes

4. Sociedade
5. Informações e conhecimento

6. Pessoas

7. Processos

8. Resultados

O programa é articulado entre empresas e


instituições com o Sebrae, e cada um fará o seu
investimento no programa.
Assim, micro e pequena empresas terão acesso às melhores tecnologias e

treinamentos com custo bem reduzido.

Afora as questões relativas ao processo de


terceirização dos produtos e serviços, os projetos de

responsabilidade social
têm procurado integrar outras perspectivas às dimensões da sustentabilidade

empresarial.

Assim, pudemos entender que os aprimoramentos são


necessários e devem ser constantes nas

organizações.

Assista ao vídeo e
reflita sobre a história das coisas!

<https://www.youtube.com/watch?v=MWUHurprTVA>

NA PRÁTICA

Para aprofundarmos ainda mais o que estudamos aqui vai uma sugestão de documentário:
Demain (ou Tomorrow).

Assista ao filme e estabeleça relação com os temas estudados na aula.

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COMENTÁRIO

Demain (ou Tomorrow) mostra que cada um de nós pode realmente contribuir para criar o

futuro. O filme tem tom positivista e otimista, que pergunta: apresentar soluções contando uma

história positiva é a melhor forma de resolver as crises ecológicas, econômicas e sociais que
atravessam o nosso mundo?

Demain acompanha a viagem de Cyril Dion, Mélanie Laurent e uma equipe de quatro pessoas

por dez países à procura do que poderá provocar o desaparecimento da humanidade e como evitar

esta catástrofe até 2100. Durante a viagem, Cyril Dion e Mélanie Laurent encontraram pioneiros que

reinventaram a agricultura, a energia, e economia, a democracia e a educação.

SÍNTESE

Chegamos ao fim!

Nesta aula trabalhamos


questões que dizem respeito a Globalização da Responsabilidade Social,
fator
fundamental para entendermos o atual cenário imposto às empresas. Uma vez
abordada a

responsabilidade das empresas sobre suas externalidades, estudamos


como e quais são as

ferramentas gerenciais mais utilizadas no processo de


Responsabilidade Social Empresarial.

Abordamos também questões


sobre o Investimento Comunitário Estratégico (ICE), e por fim

estudamos a
Sustentabilidade Empresarial e suas Relações com a Gestão da Mudança e
Marketing e
as organizações e a sustentabilidade.

Bons
estudos!

REFERÊNCIAS

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Social Empresarial: Por que o guarda-chuva

ficou pequeno? 2010. Acesso em: http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/arquivo/0-A-888Publica%C3%

A7%C3%A3o%20Alian%C3%A7a%20Capoava.pdf

CAMPOS, M. K. S. FIESP —
Seminário Internacional “Tendências da ISO em normalização

ambiental
internacional e as ações do Brasil”, A Comunicação Ambiental no Brasil e o
potencial de

https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/22
10/08/2022 14:15 UNINTER

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FERRAZ, A. C. S. L. A
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Desenvolvimento. Universidade
de Marília, 2007. Acesso em: http://dominiopublico.mec.gov.br/dow

nload/teste/arqs/cp062626.pdf

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relatórios Global Reporting Initiative (GRI). Acesso em: http://oglobo.glob

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Acesso em: http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/arquivo/0-A-cb3MarcoDeReferenciaCOMPLETO.pdf

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Acesso em:
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