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Metodologia do Ensino do Basquetebol

Aula 01
Metodologia do ensino do
Basquetebol
Aula 01
Gerardo Marcílio
Professor Especialista
Ementa do curso
• Conhecimento do Basquetebol em
relação ao contexto histórico e atual,
analisando os aspectos gerais de suas
técnicas e táticas básicas. Estudo de
procedimentos pedagógicos para a
aprendizagem das habilidades
esportivas e seus movimentos básicos
para iniciação nessa modalidade.
Planejamento e organização de
programas de ensino.
Objetivos
• Ao final deste estudo esperamos que você seja capaz de:
• Construir uma visão crítica da educação física e do esporte a partir da reflexão sobre o
contexto histórico e social em que estamos inseridos;
• Refletir sobre os acontecimentos referentes à Educação Física e ao esporte
contextualizando e reconstruindo os valores e crenças;
• Proporcionar que os alunos conheçam e apliquem os métodos para o ensino dos
fundamentos básicos do Basquetebol, assim como noções de regras e planejamento para
iniciação na modalidade.
• Construir planos e planejamentos de curso e aula para todas as series do ensino
fundamental, levando em consideração o objetivo de promover uma educação crítica e
autônoma para todos os estudantes, visando a construção de uma sociedade mais justa.
• Neste período as notas serão obtidas através de três avaliações a saber:
Notas de participação nas aulas práticas dos dias: 08/15/22/29 de Setembro;
2. Seminário em equipe + Aula prática; Tema – Fundamentos técnicos do
Basquetebol; Data: 08/10
3. Prova escrita sobre os conteúdos trabalhados ao longo do bimestre.
Data: 13/10.
Contextualizando
• O basquetebol no contexto dos esportes
coletivos de acordo com a BNCC faz parte
dos esportes de invasão;
• A história do Basquetebol.
Sobre os esportes coletivos
O esporte, de um modo geral, pode representar a oportunidade de explorar
uma série de aspectos que englobam, mas que extrapolam, o
desenvolvimento motor, o prazer de jogar. Quando aplicado
adequadamente, ele possibilita estabelecer relações sociais; gera
aprendizagens éticas; proporciona o desenvolvimento da solidariedade, e
cooperação.
Ao trabalhar com esportes coletivos na escola, devemos ter em mente o
princípio da não-exclusão. Isso significa que todos devem ter a
oportunidade de praticar os esportes coletivos.
Dimensões do
esporte

Você sabia que o esporte acompanha o homem desde


a sua origem? Iniciado a partir de atividades ligadas à
sobrevivência (luta, caça, pesca, habitação etc.), foi na
Grécia que passou a ter sua dimensão de competição
e lazer que evoluiu até os dias de hoje.

Como parte da cultura universal de movimento, tem


sido motivo de inúmeras classificações, das quais
destacamos as de esporte-lazer, esporte-educacional,
e esporte-competitivo. Já Tubino (1996) divide o
esporte em três grandes dimensões: 1) Educação; 2)
Participação e 3) Rendimento.
Precisamos entender que o ensino do esporte deve ir além do aprendizado
do jogo em si e de seus fundamentos. Necessitamos ampliar o repertório de
possibilidades de respostas motoras para os jogos, mas também
compreender o esporte como um fator cultural, estimulando sentimentos de
solidariedade, cooperação, autonomia e criatividade, além dos fatores
éticos sociais e morais que devem ser reforçados.

Perceba que tudo isso faz do educando um sujeito que,


ao ser transformado, se torne também transformador da
sua realidade.
Proposta Pedagógica

Ao darmos início a nossa reflexão sobre o uso pedagógico do esporte, no


caso específico das modalidades coletivas, é necessário entender o que
denominamos como ação pedagógica. Na nossa visão, ação pedagógica é
um ato que envolve quatro etapas:
1. Definição de objetivo(s);
2. Elaboração de estratégias;
3. Intervenção do professor, e
4. Avaliação.
Os objetivos da iniciação esportiva
Como em tudo que fazemos na vida, é necessário, prioritariamente, definir o
objetivo daquilo que estamos realizando.

Para que realizamos? Quais são as nossas intenções?


O que pretendemos alcançar com nossas ações?
Ao usarmos um esporte como instrumento pedagógico, qualquer que seja ele, é
necessário que esteja clara a importância dessa prática na vida dos participantes.
Os professores devem definir os objetivos a serem alcançados, desde o começo,
para que não haja cobranças e pressões indevidas que possam prejudicar a
formação e a convivência entre os atores envolvidos neste cenário.
Isto posto e sabendo que nossa
disciplina trabalhará o ensino do
basquetebol ao longo do
semestre, iniciaremos nossa
caminha falando um pouco
sobre a história do basquetebol.
A história do basquetebol

Embora se atribua a criação do


basquetebol ao professor de Educação
Física John Naismith, sua inspiração
vem do jogo de Pelota.

Aula baseada nos livros: Metodologia do ensino do


Basquetebol & Basquetebol – Manual de Ensino
Este esporte foi criado
por causa de uma
necessidade que havia...
Você sabe que
necessidade era essa?
Histórico

De início, vamos retomar a nossa pergunta: qual foi a necessidade que gerou a criação
do basquete? Bem, nos meses frios dos Estados Unidos era difícil praticar esporte.
Mas este não era o único problema: era preciso pensar em um esporte que pudesse
ser jogado nestes meses frios e também em áreas abertas, durante o verão.
Inicialmente os professores de Educação Física da região realizaram várias reuniões
para tentar adaptar antigos jogos infantis, mas estas ideias não foram bem aceitas.
A ideia inicial de Naismith era que o jogo tivesse certo grau de dificuldade, despertando
o espírito coletivo, e que não fosse violento, para evitar conflitos entre os alunos. Então,
decidiu que o jogo deveria ser jogado com as mãos e o jogador não poderia reter a
bola por muito tempo, nem correr com ela para evitar choques e atropelos como
acontecia no Hugby por exemplo.
A bola também não poderia ser golpeada com os punhos fechados, para
evitar que machucasse os oponentes. Não poderia haver contato físico
entre os oponentes. A condução da bola deveria ser feita por dribles e
passada aos companheiros de equipe. A bola precisava ser esférica, grossa
e leve, para ser driblada, ter quiques regulares e ser de fácil manuseio
(diferentemente da bola de futebol americano).
Na etapa seguinte, houve a preocupação com o alvo a ser atingido com o
jogo. O hóquei e o futebol já previam objetivos a serem alcançados com o
alvo no chão, por isso Naismith pensou em colocá-lo no alto, para que os
defensores não pudessem interceptar a trajetória da bola.
Outra questão importante era a segurança; com um alvo alto era mais difícil
para o defensor defender através de contatos muito acintosos o que
dificultava faltas e lesões.
• Isso traria um grau de dificuldade ao
jogo; por isso, para alcançar o
objetivo, a habilidade seria mais
importante do que a força. Foram
colocados inicialmente dois cestos
de pêssegos presos a pilastras,
numa altura de 3,05 m (respeitada
até os dias atuais).
• Depois de alguns aperfeiçoamentos,
em 1983, a cesta de basquete
chegou ao modelo atual: uma rede é
presa a um aro de ferro. As tabelas
surgiram apenas em 1895.
Para evitar lesões Naismith, optou
por um alvo alto, a cesta.
Sobre a bola

A bola foi escolhida entre as poucas opções que havia na época. A de


beisebol, pequena e dura, não serviria. A de Rugbi, oval, tão pouco. A bola
de futebol de capotão se enquadrou melhor nos objetivos e foi escolhida,
inicialmente com seus poucos gomos e costuras grossas, podia bem ou
mal ser driblada e era mais adequada para os passes e arremessos do
novo jogo.
Bola original de basquetebol
O basquete, no entanto, tem uma
origem bem mais antiga do que se
imagina. Dez séculos antes de
Cristo os Maias, tribo indígena da
Um detalhe américa central, praticavam um
jogo que apresenta numerosas
importante! semelhanças com o esporte de
Naismith: o Pok-ta-pok. O jogo foi
ainda herdado pelos Astecas,
sucessores dos Maias, no século
XVI, com o nome de Oloitic.

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